Amor e orgulho escrita por Karmen Bennett


Capítulo 2
Capítulo 2 : Desconhecidos?


Notas iniciais do capítulo

Oi, mais um cap novinho espero q gostem!! Então nesse capitulo, um flash back, uma proposta, um reencontro. Fortes emoções, não deixem de ler!!!



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–Calma, Freddie, ano que vem você tenta de novo,- falava Carly carinhosamente passando a mão em seus cabelos. Os dois estavam sentados no sofá e Carly consolava Freddie pela não admissão em Haward, as véspera da formatura deles.

Freddie a olhou e sentiu um certo peso. Há algum tempo Carly parecia estar tendo um súbito interesse por ele, e se mostrava cada vez mais doce. Ela era linda, meiga, frágil, gentil e atenciosa, tudo o que ele sempre sonhou de uma garota. Mas não conseguia retribuir, apesar de gostar dela como amiga, ao olhar Carly via uma garota fresca, sem graça, chata e comum. Ele sentia raiva disso, e sabia que isso tinha um culpado. Uma terrível culpada que infectara sua mente, seu corpo e alma e principalmente, seu coração, ocupando todo o espaço que havia ali sem deixar brecha para ninguém. E essa pessoa era tudo o que ele sempre mais odiou em um ser humano: Agressiva, selvagem, mal educada, preguiçosa e com fortes instintos criminosos. Mas quando ele a olhava via uma garota corajosa, forte, criativa, divertida, e determinada.

Samantha Puckett, sua eterna rival, sempre em competição com ele, sempre ganhando. Não havia nada que ele desejasse muito, que Sam não lhe tirasse. Antes eram apenas brincadeiras de crianças, depois as coisas tomaram outras proporções. Ela sempre tentava lhe roubar os seus sonhos. Fosse por capricho, fosse pra provar ser melhor. E ela era. E por isso ele amava mais. Por isso a odiava mais.

–Carls –A porta se escancarou e a loira entrou pulando.Parecia emocionada. –Adivinhem só.

–O que? –Perguntou Carly aborrecida pelo interrompimento.

–A MAMÃE FOI ADMITIDA EM HAWARD!

Queixo caído? Foi pouco para a reação de Freddie. Ele se levantou em um pulo com os olhos arregalados.

–Como? Não é possível! –Ele disse interrompendo o abraço de urso que Carly dava aos gritos na amiga.

–É acredite Fredonho terá que me aturar por mais um tempinho... –Ela tinha um sorriso demoníaco.

–O Freddie não foi admitido. –Informou Carly sem jeito com os olhos cheios de lágrimas pela amiga.

Sam pareceu momentaneamente triste, frustrada, mas logo recuperou a pose e falou debochada:

–Own, o nerdizinho não conseguiu... Que peninha, aprende com a mamãe aqui, Benson.

Freddie saiu em direção ao seu apartamento e quase derrubou Sam ao passar.

–Sam, precisava disso? –Repreendeu a morena. –Ele ta muito mal, sabia?

–Ele nem ao menos me deu os parabéns. –O sorriso tinha sumido de seus lábios e aquela carta em suas mãos parecia tão... Sem sentido. –Vou falar com ele.

Se virou deixando a amiga sozinha, um pouco triste. Carly estava bem confusa de uns tempos pra ca.

Sam amava muito Freddie, mas não sabia como demonstrar. Tentava impressiona-lo, fazia de tudo para estar perto dele, mas não entendia o que fazia de errado. Sempre fora uma menina deixada de lado pela mãe e que mal conviveu com o pai. Freddie sempre se mostrou protetor com ela, e tentava lhe por na cabeça um mínimo de juízo possível. Por isso havia se apaixonado. Mas achava que não era correspondida e lutava como podia, como sabia.

Ela entrou no apartamento, cumprimentou Marissa que estava na cozinha e foi ao quarto do nerd. Marissa a seguiu com um olhar duro e fazendo um bico torcido.

Ela entrou e la estava ele sentado na cama, aquela coma onde eles haviam tido sua primeira vez. Nem falavam mais nisso agora. Em fim, ele estava com os braços cruzados sobre o peito olhando pro nada. Se sobressaltou ao ver Sam.

–O que quer aqui? –Disse com aspereza.

–Foi mal. –Disse sentando no pé da cama ficando de frente pra ele. –Lamento que você não tenha conseguido.

–Não lamente, você conseguiu, isso é o que importa. –Disse seco. -Meus parabéns, Puckette.

–Obrigada. –Ela sorriu sem graça. –Mas... O que acha de tentarmos juntos ano que vem de novo?

Ele ergueu a sobrancelha surpreso e ela rapidamente falou:

–Quero ter esse mesmo gostinho duas vezes, Freddie, vencer você é meu maior passatempo. –Ela deu novamente o sorriso que ele tanto amava.

–Apesar de você não se importar nem um pouco comigo, jamais deixaria você atrasar sua vida pelo simples prazer de arruinar a minha. –Ele a olhava serio e forçava um sorriso desafiador. –Até por que acho difícil a sorte lhe contemplar duas vezes.

Sam ruborizou-se. Então ficou estudando meses para impressiona-lo e estudar com ele alem de desprezar isso atribuía sua admissão a sorte?

–Você tem razão. Thau Freddie.

Ela se levantou e saiu do quarto sem dizer mais nada deixando Freddie ali sozinho absolutamente confuso, e muito triste.


Flash back off


Freddie deu uma rápida olhada para trás e percebeu que estava tão distraído que não lera o nome escrito na porta: Samantha Puckett: Diretora executiva. Foi difícil descrever o que sentiu. Alegria, orgulho, raiva, frustração, mas acima de tudo se sentiu rebaixado de novo. Sam não estava incomodada com a presença dele, apenas surpresa. Mas sabendo o ódio que aquele homem sempre sentiu por ela, lançou a ele um olhar gélido e sentiu a alegria em revê-lo se esvaindo e dando lugar a mágoa.

–Freddie. –Disse por fim. Sua voz saiu em um tom que ela não reconheceu. –Ou melhor, Srº Fredwardo Benson, queira sentar, por favor.

Ela apontou a cadeira a sua frente, e ele se dirigiu automaticamente a ela sentando-se, ainda em choque.

O clima era pesado, amigos de infância, se tratando como... Desconhecidos. Resolveram se tratar de modo restritamente profissional.

–Que surpresa, ver você. Sam –Ele falava de um jeito meio robótico. –Ou devo dizer Senhorita Puckette?

Ela riu secamente, e pegou uma ficha tentando disfarçar o tremor nas mãos.

–Chame como preferir, pelo menos quando estivermos sozinhos. –Ela não tirou os olhos dos papéis.

Freddie não prestou atenção no que ela disse. Aproveitava Sam de cabeça baixa para admira-la. Sempre fora muito linda, é verdade, mas agora tinha um ar maduro que a deixava ainda mais... sexy. Sim, sempre achara Sam muito atraente, mas agora com aquele blazer branco, e de óculos, que nada tinham a ver com seu estilo, parecia que ela estava disfarçada, uma daquelas fantasias que os casais usam para “animar” a relação. Os cabelos eram os mesmos. Compridos, cacheado e longos. Os olhos, sempre aquela imensidão azul. Que no mesmo instante cruzou os seus fazendo desviar o olhar sem jeito.

–Então veio tentar o cargo de analista financeiro? –Perguntou ela olhando o mais firme que podia com a voz ainda embargada.

–Não. –Ele enrugou a testa. –Recebi uma ligação do senhor Paulo Gregori dizendo estar interessado no meu projeto.

–Então por que sua ficha esta comigo? –Ela abaixou a cabeça confusa e voltou a encarar os papéis que no momento eram seu único refugio.

–Se você não sabe... –Disse ele sarcástico olhando o escritório de Sam, que não era nada modesto. –Vejo que esta muito bem Sam, tenho que te parabenizar pelo sucesso.

Ela voltou a encara-lo. Sam mandaria tudo aquilo pro espaço e venderia cachorro-quente de bom grado por aquele individuo em sua frente, e ele ironicamente a parabenizava, quando ele era o culpado pelo o que ela julgava ser o fracasso em sua vida. Uma mulher linda, rica, fria e solitária.

–Obrigada. –Disse abaixando as vistas. Pegou o telefone e ligou para o tal Paulo. –Sr Gregori, há um... –olhou a ficha novamente e arqueou as sobrancelhas surpresa- candidato da Sorbonne, sr Benson dizendo ter uma reunião com o senhor. A ficha dele não bate com o que ele diz. (Silêncio) Ok, obrigada.

Ela desligou e voltou a olha-lo.

–Sala 8, primeiro andar, final do corredor a direita. –Voltou a olhar os papéis esperando que ele se retirasse.

–Obrigado. –Respondeu em tom semelhante. -Tenha um bom dia.

Ele se levantou confuso e aborrecido. “A ficha dele não bate com o que ele diz”. Sentiu ímpetos de sair dali e mandar todo aquele pessoal pro raio que o parta, mas conteve-se. Saiu da sala sem olhar para trás. Se olhasse, veria um par de olhos azuis lacrimejantes cravados em suas costas.

–Senhor Benson!

Um homem gordo o esperava de pé com a mão estendida assim que o viu entrar.

–Senhor Gregori! –É um prazer vê-lo!

–Eu sei –Disse o homem. –Queira sentar-se por favor.

Paulo Gregori era o presidente do departamento de criação. Era um dos maiores acionistas da empresa, e conhecido por ser um dos grandes criadores de jogos para aparelhos móveis.

–Então senhor Benson, como foi o reencontro? –Ele foi sentando ainda sorrindo.

–Como é? –Freddie riu confuso.

O homem soltou uma grande gargalhada.

–Com a senhorita Puckett, ora! Costumo investigar a vida dos meus funcionários e descobri que vocês se conheciam, e resolvi fazer uma surpresinha! E então?

Freddie entendeu tudo. Seu projeto era o mais cotado no momento, e aquele homem achou estar bolando a estratégia do século usando sua funcionaria para tentar influencia-lo. Faltou pouco para dizer umas duas a ele, mas se conteve mais uma vez.

– Ótimo! Mas vamos dar inicio a reunião? Seremos só nós dois mesmo?

–Sim, a menos que o senhor queira que eu chame a...

–Não é necessário. –Ele cortou controlando a fúria. Sam não poderia ver seu projeto em hipótese alguma.

–Tudo bem, então deixe-me ver seu portfólio enquanto você me explica.

Ao fim da reunião, o homem parecia maravilhado, com o projeto e estava decidido a ter aquele rapaz em sua equipe.

–Senhor Benson, mal posso esperar para apresenta-lo aos nossos sócios na semana que vem. Reuniremos toda a equipe, e pode ter certeza, não poderá recusar nossa proposta.

–Aguardarei ansiosamente senhor Gregori, mas ainda estou avaliando mais cinco propostas então não posso prometer fechar negócio.

–Não se preocupe, se o caso for dinheiro daremos um jeito, se for condições de trabalho também. Mas esse é sem dúvida o melhor projeto que já vi na vida! Tem a ver com alguma mulher em especial?

–Não. –Cortou seco. Que homem intrometido! -Senhor Gregori já são seis horas, eu preciso ir agora. Foi um prazer.

–Igualmente rapaz. Se quiser se despedir da sua amiga, esteja a vontade, quero que desde já se sinta em casa.

–Obrigada, tenha uma boa noite.

Ele saiu apressadamente e nem cogitou a possibilidade de falar com Sam. Querer, ele queria, e muito, mas não tinha coragem o suficiente. Ainda que fechasse com a Aplle, trabalharia em uma sala sozinho e só precisariam se cruzar para assinar contratos. Ele achou que seria fácil.

Chegando ao estacionamento, foi até seu Camaro preto, e ao abrir a porta, ouviu passos de salto. Olhou pra trás mas seu sexto sentido já lhe avisara quem era. A loira ia passando direto fingindo não vê-lo, mas ele a seguiu.



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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Espero rewius!! No px cap, Sam surta ao saber que o projeto de Freddie substituirá o seu. Nova competição, quem ganhará dessa vez?? O que tem de tão bom nesse projeto de Freddie?? Até la!



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