Friends escrita por Miles


Capítulo 1
O mesmo felizes para sempre


Notas iniciais do capítulo

Primeira fic, nervosa. Comentem, ok?



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Os finais de semana estavam cada vez mais monótonos. Nós sempre saíamos, pregávamos peças, surfávamos, dentre outras coisas rotineiras, porém, em certas vésperas eu me encontrava novamente solitário. Eram essas, por exemplo, o dia dos namorados. Um dia feito inteiramente para que você pudesse ficar com alguém que você realmente goste, e que a companhia dessa pessoa pudesse ser o melhor presente que você poderia ganhar. Infelizmente, eu não tinha ninguém com que pudesse partilhar tanto carinho.

Meus amigos já são bem diferentes. Ao contrário de mim cada um já encontrou seu par, o que de certo modo me irrita as vezes. Charlie por um exemplo, era bem mais legal antes de conhecer Silena. Ele é dois anos mais velho que nós assim como sua namorada, e ambos vão para a universidade mês que vem. Ele será um 'importante engenheiro técnico' e ela será a mais famosa 'estilista de moda'.

Mais um de meus companheiros é Percy Jackson. Este que era apaixonado por Annabeth desde os dois anos de idade, e só assumiu o amor aos quinze anos. Desde então eles namoram firmemente, e, acredite ou não, eles falam até de casamento.

Luke e Thalia é um caso complicado. Quero dizer, os dois tem muita química, o amor deles realmente é algo bonito, mais não se assumem. Eles vivem brigando e se alfinetando, quando na verdade querem se beijar o tempo inteiro. Engraçado é que no dia dos namorados eles não se desgrudam.

Travis é um cara bem exemplar. Tira notas altas e tem um rosto angelical que, a primeira vista, você poderia julgá-lo fraco, mas o ditado de: 'nunca julgue um livro pela capa', se aplica e muito a esse quesito. Ele e o irmão gêmeo Connor, são mestres em pegadinhas e trollagens.

Katie e Travis estão em um relacionamente 'rápido demais'. Não que eles já estejam, literalmente, se entregando um ao outro, mais já estão noivos e pensam em se casar no outono, o que não seria de todo um mal, se eles não tivessem apenas dezesseis anos.

Connor e Kat, são o mais novo casal recente. Se você convivesse com ambos diariamente, julgaria o amor deles impossível, mais é claro que não é. Kat é irmã de Katie e um ano mais nova que Connor. A diferença de idade não é o problema maior, mais sim a rivalidade entre as duas famílias.

Sei que pode parecer 'Romeu e Julieta' demais, mais as famílias Stoll e Gardner tem um velha richa, esta que interfere no relacionamente dos filhos, ou seja, eles namoram escondido. É dureza você ver um amor tão bonito escondido, principalmente na frente dos pais, mais é claro que estamos sempre dispostos a ajudá-los a qualquer momento.

De todos citado a cima eu sou livre, leve e solto. Nunca encontrei alguém da qual eu sentisse necessidade de tê-la ao meu lado. Nunca encontrei uma menina que eu pudesse chamar de 'minha' e sentir prazer ao ouvi-la sussurrar um 'eu te amo' pra mim. Bom, tudo isso estava prestes a mudar, somente eu não sabia.

–Nico, nós vamos voltar para Karolina Do Norte esse final de semana -Começou Travis -, Está afim de ir?

– Claro cara, vai ser legal. -Respondi dando de ombros.

Veja bem, nós moramos em Nova York, mais adoramos surfar. Como em nossa cidade não se tem praias, a gente viaja a Los Angeles ou a cidade citada a cima aos finais de semana.

Voltei dirigindo para casa. Ao contrário de muitos jovens, eu não bebo e nunca bebi. Nem eu e nem meus amigos. Nós nunca usamos qualquer tipo de drogas e nunca nos arriscamos a ficar com 'qualquer uma' que passe pela rua.

Em casa, meu pai e minha mãe jantavam em silêncio. Minha única irmã, Bianca, havia saído de casa a dois anos para começar a faculdade. Ela está cursando psicologia e nos visita aos feriados. Ela namora Leo, que de acordo com os meus pais, está estudando na mesma faculdade que ela.

–Mãe, pai, esse final de semana eu vou para Karolina do Norte com os meus amigos... - Disse -, tem algum problema? - Perguntei me sentando.

– Claro que não, querido. - Minha mãe sorriu de forma serena.

Maria Di Angelo é e sempre será uma heroína aos meus olhos.Bianca e eu sempre admiramos nossos pais, principalmente nossa mãe. Meu pai, trabalha dia e noite, mesmo assim consegue ser um marido carinhoso e um pai exemplar. Isso me fascina nele. Quero ser igual ao mesmo quando crescer.

Minha mãe faz tudo em casa, apesar de termos uma eficiente empregada. Maria cuida para que tudo saia conforme todos nós preferimos, e sempre arruma o quarto da Bia quando a mesma avisa que está chegando. Sempre disposta a nos ajudar.

O jantar foi bem divertido, como sempre era. Meu pai fazia piadas sobre o trabalho, minha mãe conversava com Bianca pelo viva-voz, o que sempre é divertido. E eu, bem, eu escutava tudo atento, em bora as vezes soltasse um ou dois comentários sobre o quão importante seria eu entrar para a faculdade.

Só uma dica: Nunca comente sobre universidades na presença de seus pais. De preferência nunca na presença de sua mãe. Entenda, você sempre será o 'filhinho' deles, e escutar você dizendo que pretende partir quebra ambos os corações.

– Nico, sua irmã vem essa semana para o seu aniversário - Informou papai -, espero que esteja aqui.

–É claro que eu vou estar. É só que... faz mais de um mês que eu não surfo, acho que preciso de alguma distração.

–Hãm... -Ele murmurou. Minha mãe estava sentada na sala assistindo algum programa dos anos 80 em quanto meu pai e eu conversávamos - Nico... não acha que precisa de uma namorada? Quero dizer, todos os seus amigos tem uma. Na sua idade, Maria e eu já... bem, nós já...

–Eu já entendi pai. Mais ainda não encontrei uma garota que realmente valesse a pena. Quer dizer, eu quero uma menina bonita, inteligente e que saiba fazer um homem feliz. - Meu pai deixou que uma risada rouca ecoasse sobre a cozinha.

– O problema, é que sempre achamos que namoro de colegial não dura. Veja eu e sua mãe por exemplo. Nos conhecemos aos catorze anos, começamos a namorar aos quinze, ela engravidou aos dezesseis e nos casamos aos dezessete. - Ele sorria, como se lembra-se de tudo com clareza - O que eu estou tentando dizer é que... não importa o quanto demore, desde que você encontre a garota certa.

– Você leva isso tudo a sério demais... eu só tenho dezesseis anos. Tem milhares de meninas que eu poderia conhecer, não tenho pressa em me casar...

–Eu sei que casamento pode ser o pior pesadelo pra você agora. Era pra mim e eu me lembro disso muito bem. As vezes, eu tinha pesadelos, como eu estar entrando no altar de vestido de noiva. Assim que eu dizia a palavra 'aceito', o seu avô entrava na igreja e me dava um tiro.

– Mesmo assim casou?

– Eu amava e amo sua mãe demais para que sonhos perturbadores a tirassem de mim. Ah... - Ele suspirou - Filho, eu só quero que não acabe ficando literalmente 'preso' a alguém que só quer o seu dinheiro.

De fato. Eu sou o único herdeiro das empresas dos meus pais, e isso gera em muitas meninas oferecidas. Eu nunca pensei na hipótese de me casar com alguém que eu realmente não amasse, mais estava jovem demais para pensar nesse assunto.

–Agora, você precisa ir dormir. - Meu pai abriu uma latinha de coca-cola e deu uma longa golada - Amanhã vai pra praia e precisa estar bem forte para vencer os tubarões... - Sorri ironicamente e me pus a subir as escadas.

Tomei um rápido e relaxante banho. A água estava no mais quente possível, fazendo com que minha pele ardesse, mais eu não ligava. Após desligar o chuveiro, me enrolei em uma toalha e voltei para o meu quarto.

Meu pijama é composto por uma simples bermuda azul marinho. Me joguei em cima dos cobertores e logo meus olhos estavam pesados demais para que eu aguentasse. Bocejei e lentamente o sono foi me dominando.


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Notas finais do capítulo

Eu continuo?