Accidentally In Love escrita por MissLerman


Capítulo 32
Capítulo 32 Ela não amava ele


Notas iniciais do capítulo

Booooa tarde sweeeties. Me desculpem por não ter postado ontem, fiz o desafio final do DNA e dormi a tarde toda. Quando acordei já era tarde e eu fiquei com preguiça de postar. Mas aqui estou, e como prometido, a explicação de todo o caso. Boa leitura (:



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POV Annabeth

Algumas horas antes...

Se eu estava com raiva? Não. Raiva era pouco. Me sentia enganada, feita de palhaça. Era ele esse tempo todo. Era Luke. Só me dei conta hoje, assim que encontrei um papel amassado com o nome e o telefone dele. Eu não havia reparado na época, mas já havia visto aquela letra. O modo como o "L" era desenhado, era praticamente impossível de se esquecer. E tinha outro detalhe. Em nossa época de colégio, todos chamavam Luke de Billy. Então, uma coisa ligou-se a outra e pronto, eu tinha o culpado.

Como eu não conseguia me lembrar que o nome de Luke era Luke Willian Castellan? Como me esqueci disso? Estava com raiva dele. E estava ainda com mais raiva de mim mesma. Eu tinha a resposta esse tempo todo, só demorei para me lembrar. 

Sai de casa às pressas e peguei um táxi. Já havia mandado uma mensagem para Percy, só precisava que Luke confessasse. Meu coração acelerou um pouco. Eu temia que algo de errado pudesse acontecer. Mas estava indo mesmo assim. Afinal, não estava fazendo aquilo por mim, mas sim por Thalia. Se Luke fosse realmente o culpado, eu o queria preso pelo resto de sua miserável vida. E queria ainda, sentir o gosto, de prendê-lo eu mesma.

Com o celular na mão direita, desci do táxi assim que chegamos em sua casa. Era a mesma que ele sempre morara. Porém, com um jardim horrendo. Era a casa perfeita para o Halloween. Me apressei e logo já estava parada em frente à sua porta. Toquei a campainha e pensei no quanto queria que Percy estivess ali comigo. Mas isso seria arriscado. Luke iria desconfiar se visse Percy comigo. E eu nem sequer havia levado minha arma. Se algo desse errado, eu estava ferrada.

Não demorou muito, o belo moço de cabelos claros e olhos azuis, que eu conhecia bem, abriu a porta. Ao me ver, Luke sorriu surpreso. Mas eu sentia que ele desconfiava de minha presença ali, em sua casa.

- Ora, que bela visita eu recebo já de manhã. Bom dia, Annabeth. - ele disse me dando um beijo no rosto.

Permaneci parada. Estava lutando contra a vontade de lhe meter a mão na cara.

- Bom dia, Luke. Então, eu estava caminhando um pouco, e pensei em ver se você ainda morava aqui. É só uma visita rápida, tenho que voltar ao trabalho. - digo de maneira inocente.

Luke sorri maliciosamente e faz um sinal para que eu entre. Entrei e vi que sua casa era muito mais arrumada por dentro do que por fora. Sua mãe havia morrido, era disso que me lembrava, mas acho que essa casa continuou com ele.

- Sabe, Annabeth, acho estranho alguém que estava caminhando estar usando jeans - Luke disse interrompendo meus pensamentos.

Olhei para ele tentando me manter calma. Eu era um burra. Inventei a desculpa, mas não havia me dado conta de que estava de calça jeans e tênis impróprios para caminhadas. Precisava de uma nova desculpa.

- Eu não estava fazendo uma caminhada de verdade. Só queria andar um pouco, e não me dei conta de que havia chegado tão longe. - digo.

Luke arqueou a sobrancelha e se aproximou. Como um reflexo, me distanciei dele. Ele riu irônciamente olhando para mim.

- Não veio até aqui caminhando, Annabeth. Tem noção de quanto tempo levaria para vir até aqui à pé? Uma hora, talvez. Não veio aqui por acaso. 

Engoli seco. Luke era melhor do que eu imaginava. Ele percebera que eu não andara tudo aquilo. E eu realmente nunca andaria tudo aquilo. Não sabia ao certo o que dizer. Luke parecia mais como um identificador de mentiras. 

- Eu sei que foi você, Luke. - digo. Era melhor mesmo ele ficar sabendo da verdade.

- Do que está falando? - ele me perguntou rindo.

- O nome Thalia Grace Olimpius te diz alguma coisa?

Assim que mencionei seu nome, o sorriso no rosto de Luke desapareceu. Ele agora em encarava de maneira sombria. Seus olhos pareciam estar distantes. Ele cerrou os punhos e trincou os dentes. Parece que eu havia tocado em seu ponto sensível. Continuei o encarando. Procurei ao máximo não demostrar qualquer tipo de reação. 

- O que descobriu? - Luke me perguntou ainda sério.

Dei um passo para trás, mas ele parecia não estar disposto a me deixar. Quando estava pronta para dar um outro passo, ele segurou meu braço.

- Acho melhor começar a cooperar, Annabeth. - ele me disse olhando em meus olhos.

A raiva eminava de seus olhos. Isto estava mais claro do que água.

- O que ela te fez para você matá-la? Provavelmente disse que não queria fugir com você, acertei? - digo irônicamente.

A expressão de Luke não mudou. Notei apenas que algumas lágrimas brotaram de seus olhos. Ele parecia estar muito triste. Cheguei a quase sentir pena dele. Quase. Só não senti por me lembrar do que ele havia feito para minha amiga. Sua mão envolta de meu braço estava começando a me machucar. O celular estava em minha mão. Mas eu não poderia tentar nada, não sem Luke dizer, com suas palavras, que matou Thalia.

- Íamos fugir, estava tudo certo. Mas ela deu pra trás. Ela simplesmente deu pra trás! - ele gritou - E sabe qual foi seu motivo? Ela não me amava. Eu escutei de sua boca: "Eu não te amo"! Tem noção de como isso me doeu?

Luke estava alterado. Ele já não falava, mas sim gritava. Seu braço me apertava cada vez mais. Pude notar que ele estava magoado. 

- O que aconteceu, Luke? Quer dizer, o que aconteceu entre vocês? - pergunto tentando me manter calma.

Luke então começou a chorar. Meu coração se apertou ao ver aquela cena. Ele então me arrastou pela casa até uma velha porta. Tirou uma chave dourada do bolso e a abriu. Com um pouco de brutalidade, me jogou lá dentro. Era apenas um quarto cinza, com uma janela pequena que quase tocava o teto. Assim que caí no chão, meu celular voou para longe de minha mão. Luke, irritado, o pegou e o guardou em seu bolso. Lá se ia minha chance de pedir ajuda.

- Eu a conheci quando ela estava no primeiro ano de faculdade. Thalia era diferente, ela tinha personalidade. Sabia muito bem o que queria. Não levou muito tempo, me apaixonei por ela. Mas ela tinha um amiguinho nerd, o qual eu não aguentava nem escutar o nome. E eu percebia que ela sentia algo por ele. Eu me enfurecia toda vez que os via juntos. Ele então se declarou para ela, como fiquei sabendo, e ela me escolhei! Sabe o quanto eu fiquei feliz? - Luke dizia rindo - Íamos completar três anos juntos naquele dia. Eu queria um lugar longe daqui, então disse para Thalia que queria fugir com ela. Se pegássemos uma das jóias de sua mãe, estávamos feitos.

Claro, pensei, Luke era apenas mais um louco apaixonado. Enquanto ele me narrava, as lágrimas brotavam de seus olhos cada vez mais.

- Mas ela deu pra trás. E me confessou que... Depois de tanto tempo... Não me amava, nunca me amou. Ela só me queria porque eu era um problema. Eu bebia muito, e ainda bebo. A arrastei comigo em várias festas, e isso deixava seus pais loucos. Só então, naquele dia, descobri que era por isso que ela em escolheu. Ela era uma garota problema, e seu pai sempre quis a filha perfeita. Estar comigo era mais um problema. Era só isso.

Luke então deu um chute na porta. Ele estava ferido. Mas isso não explicava suas atitudes. Isso, que ele estava sentindo, não era amor. Era obscessão. Ele provavelmente não aceitou um não como resposta.

- Então você decidiu se vingar. Deu veneno para Thalia. E, acidentalmente, deixou um pouco cair em frente à porta de entrada. Mas, como conseguiu entrar lá? Tem muitas câmeras e... - começo a falar, mas sou interrompida por sua gargalhada.

- Aqueles dois velhos nunca me viram. E, caso não saiba, trabalho como motoboy para uma pizzaria. A mesma que os Olimpius sempre pedem pizza. Thalia é uma das poucas pessoas da cidade que come pizza de brócolis. Assim que peguei a entrega, tive uma ideia. Era uma calabresa e uma brócolis, e eu sabia para quem iria a brócolis. Só precisei colocar um pouco daquele meu veneno na pizza e um bilhete "Cuidado com o que come. Beijos, Luke" para que ela viesse correndo até mim. Mas, quando estava perto, já era tarde.

Luke agora já não chorava mais. Tinha um sorriso assustador no rosto.

- Então você a matou do modo mais frio. Ela teve uma parada respiratória, sabe o quanto isso pode ser horrível? E o que você fez a seguir? Ficou assistindo Thalia parar de respirar e morrer? - pergunto começando a alterar minha voz.

Luke apenas riu. Ele se aproximou de meu corpo, que ainda estava caído no chão e disse:

- Foi exatamente o que eu fiz. Ela não iria ser minha, então não seria de mais ninguém. 

- Isso não é amor, Luke. Isso é obsessão. Se realmente amasse Thalia, deixaria que ela fosse feliz com outro! - praticamente gritei para ele.

Luke pareceu ficar extremamente irritado.

- Eu era o único que poderia fazê-la feliz!

Após dizer isso, agarrou meu braço novamente. Saímos do quarto e ele me levou para a cozinha. Me forçou a sentar na cadeira e me deu um lápis e um papel. O encarei confusa. 

- Anda, escreva uma carta para seu amado. Diga que não o ama, e que está indo embora de Nova Iorque... comigo! Não deixarei que o resto do mundo saiba da verdade. - Luke enfatisou o "comigo".

Meu coração apertou e senti meus olhos se enxerem de lágrimas. Eu nunca faria isso. Mas, pelo estado alterado de Luke, ele poderia facilemente me matar e não sentir nada com isso. Era um psicopata. E precisava de tratamente psicológico o mais rápido possível.

- E por que eu faria isso? - pergunto tentando me manter fria.

- Porque senão, eu mato Percy Jackson. Da forma mais dolorosa que você pode imaginar. - ele disse me dando um sorriso assustador.

Uma lágrima escorreu. Não, eu não iria perder Percy. Mas também não poderia escrever algo assim para ele. Ele ficaria acabado, desolado. Não poderia fazer isso, agora que descobri o que ele sente por mim, eu não poderia quebrar seu coração. Fechei os olhos com força e torci para que tudo aquilo não passasse de um sonho. Mas, infelizmente, não era.

Encarei Luke e encarei a folha de papel em branco. Minhas mãos tremiam, o que eu escreveria para ele? Se fosse preciso fazer algo assim para não vê-lo morto, eu o faria. A menos que... 

Tive que me controlar para não sorrir. Eu sabia o que fazer. Comecei a escrever e, propositalmente, deixei erros ortográficos inaceitáveis, pelo menos para mim. Assim transmitiria minha mensagem para Percy. Estava torcendo para que ele a notasse. Luke ainda me encarava e, vez ou outra, apertava meu braço. Eu segurava meu choro ao máximo. Terminei de escrever e lhe entreguei a pequena carta.

Luke a leu e, logo em seguida, se virou para pegar um envelope. Ele poderia simplesmente mandar uma mensagem para Percy, mas sabia que Percy provavelmente não acreditaria. Era a minha letra que estava ali. Isso era quase impossível de se negar. Olhei para Luke e vi que ele estava tentando encotrar um envelope em uma das gavetas. Isso me deixava livre para correr até a porta e fugir. Seria arriscado, mas poderia ser minha última chance.

Afastei silenciosamente a cadeira e corri. Corri o máximo que pude, mas meu tênis não me ajudavam. Olhei para trás diversas vezes, mas não vi Luke. Assim que alcancei a sala, já estava quase sentindo o vento em meus rosto. Mas algo me barrou. Várias peças de porcelana caíram em minha frente, e logo após, um armário. Como meus tênis pareciam estar mais lisos do que normalmente, acabei escorrengando nos cacos e caí no chão. Bati a cabeça, mas ainda estava consciente. 

Luke então se aproximou e, com ódio no olhar, caminhou até mim. 

- Escolha errada, Annabeth. - ele disse me segurando.

Naquele momento, só conseguia pensar se minha carta iria mesmo ser entregue. Minha única chance de sair dali, com vida, seria se Percy entendesse a mensagem. 


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Notas finais do capítulo

Então, como ficou? Achei que ficou meio pequeno, menor do que eu esperava. Mas enfim, espero que tenha dado para entender. Atá amanhã xuxus NHAC ;3