Fragment Escola De J Rock escrita por Kamui Nishimura


Capítulo 1
Capítulo Único : Amorphus


Notas iniciais do capítulo

Yo!
Essa é a side fic tão prometida (e esperada?)
Então meus leitores... Boa leitura!



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Capítulo Único: Amorphus

Uruha’s POV

Medo...

Eu posso dizer que tenho ainda tenho medo, de qualquer toque... Por mais que eu saiba que o Ni-ya não vai me machucar... Mas as cenas daquele dia ainda estão tão claras na minha mente.

Eu não sei por que o Toshiya fez isso comigo, e o porquê ele me persegue tanto, eu nunca fiz nada pra ele.

E quando eu digo nunca, é nunca mesmo.

Quando que eu cheguei aqui nessa escola, eu não disse nada a ninguém, por isso há minha primeira semana estava passando despercebida.

Quando o Kaoru, o Shinya, Kyo, Die e Toshiya se aproximaram de mim, zombando da minha cara, eu não me importei muito, por que sempre fui importunado no orfanato onde eu vivia.

Ah... Não falei o porquê fiquei tanto tempo lá...

Eu e minha Nee-chan só tínhamos nossos pais, e quando meus pais morreram naquele acidente de carro, minha irmã não tinha condições para cuidar de mim... Ela estava  começando a estudar na universidade e o trabalho dela mal dava dinheiro para pagar a faculdade e manter a casa, e eu era pequeno demais para ficar sozinho.

Eu tinha nove anos quando fui para lá. E ela sempre ia me ver nos finais de semana.

Quando ela começou o penúltimo ano, ela já tinha condições para manter nós dois, já que ela começara a trabalhar no hospital, e receber muito bem.

Então eu pude voltar para casa. Terminei o bimestre, na escola antiga, e depois comecei a freqüentar a escola mais próxima de casa.

Voltando ao que eu estava dizendo antes, enquanto eles só me xingavam, eu nem me importei... Mas assim que eles me derrubaram no chão, e começaram a me bater... Passei a temer por minha integridade.

Mas logo surgiram os meninos do grupo Kei que me protegeram...

Bom, eu nunca tive amigos, porque sempre fui tímido de mais para se aproximar de alguém, então eu não tive contato com pessoas da minha idade.

No ultimo dia da semana conheci o Kaya...

Bom, confesso que tentei armar minhas defesas contra ele, com medo de que ele fosse me zoar como os outros da escola.

Mas ele foi muito educado comigo, e ele também tinha acabado de se mudar para a escola.

Depois que eu me aproximei do Kaya, ele me levou para conhecer, direito, os meninos do grupo Kei.

Foram muito gentis comigo, e me acolheram como um irmão mais novo.

Depois... Ocorreu algo que eu não quero mais lembrar, mas por mais que eu tente... Tudo aquilo sempre volta a minha mente, me deixando sem dormir às vezes...

Foi passando os dias, eu  adorava passar o intervalo e os fins de semana com eles, me faziam esquecer por algum momento o que...

Depois quem se aproximou mais de mim foi o Ni-ya.... Ele sempre me dava atenção, e sempre passava as tardes comigo, jogando videogame.

Eu sempre fui desligado da realidade, em alguns momentos é claro... E eu nunca soube o que era se apaixonar...

É sério, acho que isso é algo que faz com que as pessoas se aproximem de mim, pro bem e pro mal... Eu sou muito bobo.

Eu não sei por que mais um dia eu perguntei pro Kaya e pro Miyavi, como é que poderíamos saber se gostamos de alguém.

E tudo o que o Miyavi disse, eu sentia quando olhava pro Ni-ya.... Eu só não tive coragem de falar para os dois... Então eu disse que não entendi.

Na festa do sorvete, quando o Ni-ya se declarou para mim, eu senti meu coração saindo pela boca, fiquei com medo primeiramente...  Novamente por culpa do que o Toshiya fez... Mais eu simplesmente consegui esquecer disso no momento em que o Ni-ya me beijou de maneira tão delicada e sem pressa.

Senti-me tão bem com isso...

Passou-se um tempinho, e parecia que eu não lembrava mais o que tinha acontecido, por que meus pensamentos eram somente sobre o Ni-ya.

Mas, eu quase estraguei tudo quando o Ni-ya decidiu me beijar de uma maneira, digamos, mais ousada.

Foi quando todos ficaram sabendo do que aconteceu... E quando o Toshiya mais me infernizou...

Ele passava por mim, e me empurrava...

Acho que os dois piores momentos foram quando ele mordeu meus lábios, enquanto eu estava paralisado de medo, por ter ele tão próximo a mim. E depois quando tudo foi ‘resolvido’ legalmente, ele me agarrou perto do banheiro, e quase me beijou novamente...

Mas... Realmente depois disso ele não se aproximou tanto de mim...

Um alívio para mim, meu coração batia mais calmo, em todo o tempo que eu estava na escola.

Eu só penso uma coisa: Será que eu vou conseguir superar tudo isso, será que eu ainda terei medo de qualquer toque do Ni-ya, de qualquer toque mais ousado.

Eu sei que ele me entende, mas isso começa a ficar chato, pra ele, e claro, pra mim... Ele não tem culpa, e ele não vai me machucar se eu o deixar ir em frente, mas meu corpo, meu inconsciente, faz com que eu fuja de seus braços.

Quando a ultima festa da escola ocorreu, eu decidi acabar com meu tormento, resolvi me aproximar  do Toshiya.

Eu o perdoei... Por que não queria ser como ele, e guardar tanto ódio só para mim. Não podia prosseguir com aquilo.

Depois disso se passaram alguns dias. E eu parecia realmente mais aliviado.

Eu não tinha tanto medo... E mesmo assim o Ni-ya respeitava meu espaço, não tentando nada a mais.

Mas eu quero isso, eu quero que ele me toque, eu quero que ele me faça dele, mas, tenho vergonha, sou tímido demais para isso. Sou criança demais...

Como eu irei falar para o Ni-ya o que eu quero, não me deixando com vergonha?

Tenho dezesseis anos e nem sei como agir num relacionamento sério.

É  algo desconcertante...

Estávamos na casa do Tio dele, sozinhos como já de costume. Assistindo TV, comendo, e rindo.

Mas logo todos os pensamentos vieram a minha mente numa velocidade instantânea.

- Uru, o que foi, você está inquieto? – ele perguntou apertando meus dedos entre os dele.

- Nada Ni... Eu só estava pensando.

- Sobre o quê? – ele sorriu, daquela maneira encantadora.

- Nada importante, não se preocupe.

- Você anda muito pensativo desde que teve aquela conversa com aquele idiota...

- Ni-ya, vamos parar de colocar ele nas conversas...

- Desculpa Uruha... – ele me deu um beijo no rosto, e voltou a assistir TV.

Respirei fundo, e puxei-o para um beijo, uma atitude que eu nunca tive, porém que minha mente e meu corpo pediam há um tempo.

Ele correspondeu do mesmo jeito que sempre me beijara, com calma, mas eu estava desesperado por aquele beijo, desejava ardentemente sentir ele me tocando...

Senti suas mãos em torno da minha cintura, e num impulso, subi em seu colo, cruzando  as pernas por trás das costas dele, como se o prendesse para não fugir.

A intensidade do beijo foi diminuindo, conforme os nossos pulmões pediam ar.

Quebramos o beijo e eu não conseguia encará-lo. Encostei minha cabeça da curva do pescoço dele, e senti meu rosto esquentar, sinal de que eu estava envergonhado por ter agido de modo inesperado

- O que quer Uru?... – ouvi sua voz, ofegante pelo beijo intenso. E ele parecia rir de minha atitude repentina.

Não respondi, apenas continuei da mesma maneira que estava.

Ele ergueu meu rosto, mas fechei os olhos.

Ele riu.

- Porque está agindo assim, Uru?

- Porque eu sou um bobo.

Ele selou meus lábios brevemente.

- Sabe que se não falar para mim, o que quer, eu não posso adivinhar...

Tenho certeza que ele sabia o que eu queria, mas ele queria ouvir o pedido partindo de mim.

- eu... Apenas quero que ... – parei não ia conseguir continuar ,  eu tinha medo, eu me sentia inseguro com que eu iria falar.

- Continue... Já falei que não precisa sentir medo de mim...

- Não é medo de você... É vergonha...

- É porque tem vergonha de mim? Eu sou seu namorado, não é mesmo?

-  É...

- Então pode falar! – ele brincou com uma mecha do meu cabelo.

Pensei, repensei, e voltei ao meu dilema... Como vou pedir algo assim, sem ficar constrangido.

Fiquei calado, ainda de olhos fechados, sentindo os dedos dele segurando meu rosto.

- Me faça seu... – saiu mais fácil do que eu imaginava, mas eu continuei parado do mesmo jeito, com os olhos fechados.

Um silêncio se fez, e eu fiquei cheio de adrenalina esperando uma resposta dele.

- Se realmente estiver preparado... – ouvi sua voz perto de meu ouvido.

Aquilo me fez estremecer

- Eu... Eu... Eu preciso superar meu passado...

Ele beijou meu rosto de novo...

E eu vagarosamente  abri meus olhos, e  pude ver o sorriso dele.

- Você não precisa se forçar a nada, meu anjo...

- Não estou me forçando Ni-ya...

- Tem certeza?

- Absoluta...

Ele me segurou, e se levantou comigo enroscado na cintura dele. E  me levou para o andar superior.

Meu coração batia acelerado, meu corpo ainda estava tremulo, mas minha mente pedia aquilo com todas as forças que tinha.

Encostei o rosto em seu ombro, e senti o medo passando, confiando mais em mim mesmo.

Entramos no quarto, e nos sentamos na cama, iniciando um beijo calmo, porém repleto de desejo.

Perduramos o beijo por um bom tempo, até que nossos pulmões implorassem por ar.

Enquanto ofegávamos, levei timidamente as mãos até a camiseta dele, e fui tirando, com a ajuda dele.

Iniciamos mais um beijo, agora mais intenso que o outro.

Nós afastamos novamente ofegando, e ele tirou minha camiseta

Seus lábios tocaram meu ombro, e ele desceu  os lábios até meus mamilos, mordicando de leve.

E fazendo com que eu risse.

Ele também riu, acho que também pelo fato de me ver mais a vontade.

Senti suas mãos delinearem calmamente  minha cintura...

Senti um arrepio por todo meu corpo...

Uma sensação diferente.

Senti suas mãos descendo até o cós do meu jeans.

E uma daquelas malditas cenas veio a minha mente, e eu congelei... cravando minhas unhas nos ombros de Ni-ya, que parou o que ia fazendo.

- Uru... você está bem?...

- Eu.. eu ... estou... Ni..estou sim... – sorri, ouvir a voz dele realmente me fazia bem.

Não olhei para as mãos dele, fixei-me em seus olhos,que brilhavam...  perdi-me em sua íris escura.

Senti que minha calça já estava aberta...

Era esse o momento. Eu somente deveria deixar me levar pela sensação.

Ele voltou a me beijar... agora de maneira intensa, e ele fez com que me deitasse e ficou por cima de mim.

Acariciando meu rosto, e com a outra mão, tirava minha calça delicadamente...

Senti minhas bochechas corando...

Maldita hora para ficar envergonhado...

Ele riu mas continuou o que fazia.

Me arrepiei ao sentir a temperatura  do quarto nas minhas pernas, mas logo acostumei.

Agora as mãos dele, massageando minhas coxas, e fazendo com que eu arfasse com os toques.

Senti seus lábios, mordiscando meu ombro.

Ele afastou as mãos e começou a se despir também.

O ajudei, e ele riu.

Ele tirou junto com o jeans a boxer.

Ele voltou a me beijar, e eu correspondi com desejo ardente.

Senti suas mãos delinearem minha cintura e puxarem a minha peça intima para baixo, me revelando aos seus olhos.

Ele mordeu os lábios, demonstrando o seu desejo mais claramente.

Ficamos alguns segundos apenas nos olhando.

Apenas analisando as reações um do outro.

Acompanhando o respirar já ofegante.

Senti suas mãos deslizarem até meu membro, já semi-desperto.

E ele começou a me massagear levemente. E eu deixei um gemido escapar de meus lábios.

Mas eu já não senti vergonha.

Ele foi aumentando levemente o ritmo, e meus gemidos iam aumentando.

Logo ele parou e eu protestei...

- Que tal, juntos? – riu.

- Tudo..bem... – respondi ofegante.

Ele se posicionou entre minhas pernas, e deslizou os lábios pelo meu torso, parando no meu umbigo.

Permiti rir, por que aquilo realmente me dava cócegas.

- E você acha tudo isso engraçado... – riu.

- com certeza...

- Que bom...

Senti seu membro mais próximo a minha entrada. Estremeci por um segundo, mas nada perceptível.

- E doer me avisa. – sussurrou ao meu ouvido.

Assenti com a cabeça.

Ele foi se forçando lentamente, e eu ia apenas apertando os ombros dele conforme  o sentia dentro de mim, as lágrimas encheram meus olhos, mas não era de medo...

Logo a dor foi passando, dando lugar ao êxtase quase total...

Ele ficou um pouco quieto, para que eu me acostumasse com seu volume.

- Tudo bem Uru?

Assenti com a cabeça;

Ele se afastou um pouco, e começou a me estocar levemente.

Os gemidos escapavam de nossos lábios, bem altos...

O som de nossos corpos se chocando era algo ‘delicioso’ de se ouvir...

Ele voltou a massagear o meu membro, no mesmo ritmo que me estocava,  a velocidade ia aumentando, os gemidos muito mais audíveis.

Senti que estava chegando ao meu ponto de extremo êxtase.

E liberei o meu sêmen, e logo senti que o Ni~ya também havia  chegado ao seu ápice.

 Ele continuou se mexendo um pouco, e me beijou ardentemente.

Até que se afastou, deitando-se ao meu lado.

Nunca imaginei que algo assim seria tão bom.

Achei que teria medo pra sempre.

Olhei para ele, a fina camada de suor sobre seu rosto.

- Ni...

- Sim... – ele olhou sorrindo para mim.

- Aishiteru.

- Aishiterumo.

Selei os lábios dele, e me aconcheguei em seus braços.

- Eu quero ter você para sempre , Ni... para sempre... porque eu sei que com você eu nunca mais sentirei medo de novo.

- Eu também quero ter você para sempre... e eu nunca  irei deixar que ninguém te machuque.

Ele puxou um lençol e cobriu nossos corpos, suados.

- Não seria melhor tomarmos um banho? – sugeri.

- Depois... depois... vamos ficar quietinhos... – riu.

- Tá bom... – ri.

Peguei no sono, e só acordei com meu celular berrando, dentro do bolso da minha calça.

Estava morrendo de preguiça de me levantar e ir pegá-la, mas não queria acordar o Ni~ya.

Peguei o celular.

Mensagem do  Ruki.

Estranho, ele não costuma mandar mensagens, e sim ligar.

“ Sabe quando você se sente preparado?

E somente tem medo de dizer um sim?

Foi assim que me senti hoje, mas já está tudo resolvido...

E você, quando vai se resolver?”

Ri. Então não fui o único a superar alguns medos hoje!

“Ah... Minha questão já está resolvida. Não tenho medo.”

“As longas noites de insônia

Representam meus sentimentos por você

Eu sussurro ´Isso é amor´

As trêmulas batidas do coração que falam incessantemente

Transformam-se em suspiros

misturados com uma leve febre

Dê-me um sorriso e dias brilhantes

com o seu sorriso

Então até mesmo o frio da noite congelada seria bom e eu posso agüentá-lo”


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Notas finais do capítulo

A música do final é 1/3 junjou na kanjou.
Então eu mereço reviews?



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