Chegou ao hotel e como o elevador parecia demorar subiu pelas escadas. Chegou ao andar que queria e estranhamente estava tudo calmo e as luzes um pouco mais baixas, mas talvez fosse só impressão.Parou em frente ao quarto dele e respirou fundo antes de girar a maçaneta da porta que para sua surpresa estava  destrancada.

O quarto estava escuro e possuía um cheiro amadeirado com maçã verde, delicioso e que a deixara em êxtase por alguns instantes.

- Então, como terminou tudo lá?! – estava sentado de frente para a janela e bebia algo alcoólico.

-Oi, Jay, não sabia que estava aqui! – foi até ele com o intuito de sentar ao seu lado, porém ele se levantou afastando-se. – O que aconteceu?!

- Porque você não me contou nada?! – tinha a voz embargada.

- Contou o que?! Sobre o que?!

- Que você era a garota da praia, a garota que cantava naquele bar em L.A. ...

- Jared eu...

- Você o que?! – a interrompeu – Vai dizer para que eu te desculpe, que não foi por querer e blabla?! – balançou a cabeça – Você se aproveitou de um momento em que eu estava frágil, você sabia direitinho o que estava fazendo naquela época não é mesmo?!

- O que você está dizendo?! Do que eu sabia?!

- Que eu tinha terminado meu namoro, por isso você começou a me jogar olhares, dispensou meu irmão e se fez de boa moça! O que você queria?! Dinheiro, fama?!

- Eu não queria nada! E eu nem sabia que você tinha namorada se não tivesse me dito! E também eu nunca quis nada com você!

- Não?! Então porque transou comigo?! Era um plano seu e do seu irmão?!

- O William nada tem a ver com isso, não mete ele na história!

- Agiu sozinha então?!

- Porque está fazendo toda essa tempestade?! – virou ele para que pudesse olha-lo.

- Não é tempestade! Eu só queria entender o por que de você ir embora daquele jeito?! Sabe, eu passei pouco tempo com você, mas senti algo a mais, não sei explicar, e acreditei que tivesse sentido a mesma coisa!

- Jared você não se deu conta, mas eu era virgem naquela época e confesso que também senti algo por você e foi exatamente por isso que eu quis ter a minha primeira vez com você! Você era um estranho e não ia ter o porque eu me apegar a você, seria mais fácil!

- Mas ainda não respondeu, por que foi embora sem dizer nada?!

- Eu não queria ter a mesma vida que minha mãe, queria ser algo a mais, ter uma carreira, uma casa... uma família! Coisas que eu nunca tive!

- Eu poderia ter te dado tudo isso! – a olhou nos olhos fazendo com que a mesma sentisse a magoa dele.

-E como eu ia saber?! Você era um cantor que estava ficando famoso, não iria se interessar por alguém como eu! Iriam ter várias atrás de você...

- Mas poderia ter dado uma chance!

- Você não sabe como eu me arrependi por isso! – ficou cabisbaixa.

- É claro, você ganhou a vida da sua mãe! – sorriu de forma sarcástica, queria atingi-la da mesma forma. – Você caiu nas drogas, igualzinho a sua mãe! Então, me diz cadê sua carreira, sua casa e sua família?! Escondidos em algum lugar?!

- Eu sei o que me tornei, não precisa ficar me falando! – começou a formar algumas lagrimas nos olhos.

- Nessa história o único que sofre é o William, por ter uma irmã como você!

- Sabe! – enxugou algumas lacrimas que insistiram em cair – Você tem razão, o único que sofre é o William! – balançou a cabeça, se levantou e saiu, deixando-o ali sozinho com as próprias palavras.

Joss correu o máximo que pode para sair do hospital, estava aos prantos e esbarravas em diversas pessoas que entravam em seu caminho. Ela sabia exatamente o que fazer e aonde ir, já estivera em Londres algumas vezes, achar alguém que vendesse algo para ela não seria muito difícil.

Entrou em um beco pouco iluminado que não tinha m cheiro muito agradável e, embora com a visão ruim, pode ver algumas pessoas saindo de lá com pacotinhos esbranquiçados nas mãos, entrou ali.

- O que você tem de mais forte?! – perguntou a um rapaz que tinha por volta de uns 20 anos e estava escondido no beco.

- Eu tenho heroína e coca, o que prefere?!

- Você tem seringa?!

- Tá me achando com cara do que?! De farmácia?! Ae, gatinha, eu só vendo a parada e não os instrumentos!

- Desculpe! Me vê a cocaína então, pelo menos não deixo o braço marcado!

- Aqui! – entregou o pacote para ela quelhe deu o dinheiro. – Agora anda, vaza daqui antes que alguém chegue!

Ela o obedeceu e saiu de lá, não foi para muito longe dali, parou em uma praça onde algumas pessoas bebiam e usavam drogas onde acabou fazendo o mesmo e ficando até o amanhecer quando resolveu voltar para o hotel sem que ninguém mais lhe incomodasse.