The Dragon Tail escrita por Heldia


Capítulo 5
De geração à geração - Karov


Notas iniciais do capítulo

*-* Então, estão gostando? Mais um cap pra vcs aqui! Não se esqueçam de comentar, espero que gostem XD



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Karov sempre se orgulhou de sua família. Pelo que ele sabia, seu bisavô fora um grande mago e mestre. Seu pai também era um grande mago, mesmo todo sempre dizendo que ele não chegava aos pés do grande Makarov o pequeno mago sempre adorou o pai.

                Mas ele entendia o que as pessoas diziam, seu próprio nome fora em homenagem ao grande Makarov e o garoto adorava isso, seria como uma profecia que daria grandes poderes á ele. Bem, era o que ele acreditava.

                Mas no momento, Makarov Segundo Dreyar era apenas um menininho de 10 anos de cabelos loiros, baixo, e de olhos azuis, que andava sempre com o pai e o admirava muito. Quando seu pai lhe disse que seria um mestre, ele não podia segurar o orgulho.

                - Sério papai? – perguntou. – Eu posso entrar? Por favor!

                - Eu não sei... – disse ele pensando no assunto. – Você é muito pequeno... Sua mãe me mataria.

                - Ela vai entender! Quero ser forte! Quero provar do que sou capaz!

                Laxus suspirou. Sabia que ele puxara sua própria grande teimosia.

                - Tudo bem, com uma condição.

                - Qual? – perguntou Karov com os olhos brilhando.

                - Vou te colocar em um time.

                Karov piscou estupefato. Um time?

                - Sério?

                - Sim, todos os membros devem ser definidos por time. Deixarei apenas quatro entre todos trabalharem sozinhos ou definirem se querem entrar em um time ou não. Isso seria por sorteio, deixando para a sorte. Porém, você não vai passar por isso. Eu definirei qual time você vai entrar. Aí ficara mais seguro.

                Mas Karov não gostou muito disso. Provavelmente seu pai lhe deixaria com pessoas chatas que não o deixaria lutar.

                - Pode ser pelo menos em um time, mas sem você escolher os participantes? Assim seria melhor.

                - E você sair com alguém irresponsável? Nem pensar.

                - Mas isso seria justo? Essas pessoas não são filhos de seus antigos colegas? Não seria mais justo com todos se até eu fosse sorteado?

                Laxus olhou para ele e pensou no assunto, tentando desesperadamente achar uma solução. Mas o garoto tinha razão. Seria injusto.

                - Tudo bem. Você será sorteado. Mas aviso, se sair sem time, te expulsarei da guilda e voltará para casa até que tenha idade suficiente para ser considerado responsável.

                Karov teve medo da ameaça, não queria sair da guilda, mas aceitou o acordo.  A sorte não seria tão injusta assim com ele. Cairia em um time. E em um time de pessoas legais que lhe deixassem lutar. Precisava acreditar nisso.

                - Obrigado, pai.

                - Vá avisar aos outros da guilda que preciso falar com eles daqui a alguns minutos no auditório. Sem demoras. Esteja lá.

                - Vou estar. – disse sorrindo e depois saindo correndo do escritório.

                Realmente adorava a nova guilda. Por que seu pai contara dela tão tarde? Talvez porque não quisera que ele entrasse? Muito provável. Mas Karov iria provar que era forte. E estava tão feliz por isso.

                Porém, não prestava atenção enquanto andava então bateu de frente com uma pessoa que andava sem prestar atenção também.

                - Ei! Preste atenção garoto!

                - Foi mal! Desculpe! – ele pediu, se levantando e ajudando o outro a levantar. O cara com quem Karov bateu era estranho. Tinha cabelos verdes curtos, usava óculos e era bem mais alto do que ele.

                - Desculpe. – Karov pediu de novo.

                - Tudo bem. – disse ele. - Você que é o Makarov? Filho do mestre desconhecido que ainda não deu as caras?

                - Ei, como sabe?

                - Ouvi falar pela guilda. Vai participar?

                - Vou!

                - Mas você ainda não tem marca...

                - Acho que ainda vou ganhar... Meu pai acabou de me deixar entrar.

                - Ah, sou Laxus Freed Júnior. – eles se cumprimentaram e Karov ficou surpreso de aquele garoto ter o mesmo nome do pai, mas não iria comentar isso. Seu pai ainda nem havia se apresentado aos outros membros. – Nos vemos por aí.

                - Espera! É para você ir ao auditório! Meu pai acabou de me mandar avisar vocês...

                - Ah, certo. Ei, quer que eu avise à May para ela avisar as garotas? Assim é menos gente para você avisar.

                - Ah, obrigado. Quero sim.

                - Ótimo. A gente se vê.

                E depois foi andando, pelo caminho oposto. Karov apenas continuou correndo, mas desta vez, prestando mais atenção ao caminho.

                Quando encontrou uma pessoa sentada em um banco e parou de novo.

                - Ei! É para ir ao auditório.

                O cara olhou para ele confuso. Ele tinha cabelo azul escuro comprido e tinha olhos azuis praticamente da mesma cor. Segurava um papel amassado. Ele desviou o olhar dele e jogou o papel no lixo.

                - O que estava fazendo? – perguntou Karov.

                - Nada de importante. Sou Rain. Quem é você?

                - Karov. O mestre mandou você ir ao auditório agora.

                - Hã... Tá bom. – ele disse. – Já estou indo. – e ele jogou outro papel amassado no lixo. – Droga de desenho...

                - Estava tentando desenhar?

                - Mais ou menos, meu tio sempre disse que é importante ter em mente o que você vai usar contra o oponente... Não sei se é importante desenhar, mas achei esse um bom truque para treinar. Qual você acha mais poderoso: Um machado ou um martelo?

                - Hã.

                - Deixa para lá. Vou para o auditório daqui a pouco.

                - Certo. – Karov disse e voltou a andar, deixando o cara para trás. Depois ouviu alguns barulhos vindos do pátio no lado de fora e viu outro garoto, jogando basquete com cinco bonequinhos voadores.

                É... Bonequinhos de madeira voadores... Se você não acha um exceed estranho, então não tem nenhum motivo para não entender bonecos de madeira voadores.

                Quando viu Karov, o cara parou de jogar na hora e olhou para ele desconfiado.

                - Algum problema? – perguntou. “Problema” repetiu eles. – Quem é você?

                -... Sou Karov.  – respondeu ele. – Você precisa ir até o auditório imediatamente.

                O tal garoto tinha cabelos azuis curtos meio raspados e tinha uma cara estranha, ele meio que parecia com o outro menino que Karov vira antes, Laxus Freed Júnior... Talvez fossem irmãos ou primos...

                - Tudo bem. – respondeu. – Vou depois que o jogo acabar.

Karov não resolveu apressa-lo, ainda tinha mais gente que avisar, então apenas continuou andando. Voltou aos corredores.

                E parou ao ver dois caras discutindo alguma coisa.

                - Ei! Vocês! – ele chegou perto deles. – Mestre mandou vocês irem para o auditório.

                - Tá... – disse um deles. Ele tinha cabelos vermelhos e uma estranha tatuagem na cara. – Mas quem é você garotinho?

                - Karov. – respondeu ele. – Membro da guilda.

                E começaram a rir dele.

                - Tá, e eu sou o coelhinho da páscoa. – disse o outro, de cabelo castanho e que parecia ser quase o triplo do tamanho do loiro.

                - Se não acreditam, problema de vocês. É para ir para o auditório, sem demoras.

                Eles voltaram a rir.

                - Tá. – disse o de cabelo vermelho. – E como você entrou garotinho?

                - Já disse, sou um membro.

                - Cadê sua marca então? – perguntou o segundo cara.

                - Ainda vou ganhar...

                Eles voltaram a rir. Karov estava prestes a ignora-lo e continuar andando quando uma garota passou perto dali. Ela era a pessoa mais assustadora que Karov já viu.

                - Ei, vocês, quero passar. – ela disse. Pelo visto, os dois garotos tapavam o caminho dela.

                - E você vai fazer o que? – perguntou um deles, o de cabelo vermelho. – Sou Simon e... Você não pode me impedir de ficar aqui, baixinha.

                - Isso aí. – disse o segundo.

                - E você? Quem é? – ela perguntou para o segundo.

                - Matthew. – respondeu ele rindo. – Além de baixa, é burra também?

                Um gato chegou perto dela e deu uma pequena risada. Karov o observou. O gato olhou para ele e sorriu.

                - Oi. – disse ele. – O que faz aqui?

                Karov não soube o que responder. A garota anda olhava para os dois caras como se quisesse que eles morressem.

                - Sou Okky. – disse o exceed. – E não ligue para Grace. Está apenas se controlando.

                - Se controlando para que?

                - Para não mata-los.

                Karov arregalou os olhos ao ouvir isso. Ele não queria mesmo cair no mesmo time que ela. Mesmo que tenha odiado aqueles dois caras, também morria de medo daquela estranha garota.

                 E então, de repente, ela suspirou.

                Os dois olharam para ela sem entender nada. Quando abriu os olhos e de repente, não havia ninguém na frente dela. Simon e Matt haviam desaparecido.

                - Onde eles foram? – perguntou Karov assustado à Okky.

                - Fugiram. – respondeu Grace. – Não se preocupe, depois desta, eles vão estar no auditório. Nos vemos lá.

                - Espera. May já te avisou?

                - Hã... Não. Acabei de ouvir vocês conversando. Mas vou até ela ver se por acaso aquela menina se esqueceu de me avisar.

                - Hã... Obrigado.

                - De nada. – disse e deu um meio-sorriso, voltando a andar. Okky começou a segui-la, mas antes se virou para Karov.

                - Ei, depois desta, aposto que você vai ganhar alguns inimigos.

                - Então você vai ganhar um bom dinheiro com essa aposta. Mas sua dona também vai ganhar alguns inimigos.

                - Não se preocupe com Grace. A magia dela... dá medo nas pessoas.

                - Medo?

                - É ela não daria medo normalmente, mas a magia é algo involuntário na maioria das vezes. Como ela não queria mata-los aumentou o medo o suficiente para eles fugirem.

                - O medo... É involuntário? Aumentar... o medo...

                - É... Apenas pessoas que sabem disso não podem mais ser afetadas. Não precisa ter medo da Grace, ela é gente boa. Mas você é mesmo da guilda?

                -Sou...

                - Nos vemos depois, então. Boa sorte Karov! Nos vemos no auditório!

                E eles foram embora, Karov pensando que precisaria de muita sorte para acabar saindo com algum parceiro de time decente.


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Notas finais do capítulo

*-* Então, gostaram? Conseguem advinhar os pais? u.u Achoq ue dei algumas dicas muito boas para vcs aqui XD Não se esqueçam de comentar