My Fair Lady escrita por ANDesativado


Capítulo 3
Sweet Lady, Poor Lady


Notas iniciais do capítulo

Gomen nasai pelo super atraso! *apedrejada*
É que me bateu uma preguiça tão grande de passar a história pro computador T~T
Mas eu voltei com mais um capítulo para vocês! o
Enjoy!



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Na manhã seguinte, mal conseguia enxergar alguma coisa - de tão inchados que meus olhos estavam-. Fiz de tudo para não sair do quarto, até pedi para Marrie dizer que eu estava gripada, ou coisa parecida.

Depois de algumas horas, finalmente minha visão deixou a turves e voltou ao normal. Levantei-me de meu leito e fui lavar-me e endireitar-me. Após isso, sentei em frente à penteadeira e comecei a desembaraçar meus cabelos.

De repente, uma batida na porta ressoa em meus ouvidos, assustando-me – e ao mesmo tempo, fazendo-me arrancar alguns fios de meu cabelo-.

- Pode entrar. – Consenti a entrada, enquanto esfregava minha cabeça – para amenizar a dor-.

- Onee-san! Ohayo! – Disse meu ursinho sorridente enquanto entrava no quarto.

- Ohayo, nii-chan. O que foi?

- Oto-san mandou avisar que um homem veio conhecê-la.

Não tenho certeza, mas acho que meu coração parou por pelo menos um segundo.

Como assim?... Como ele poderia já estar aqui?... Eu não quero conhecê-lo...

- Onee-san?

- V-vá na frente, Ciel. Eu já vou descer. – Falei com a voz falha.

- Hai... – Disse ele saindo da sala.

Meu coração doía e o ar faltava. Eu não iria agüentar conhecê-lo... Mas, por que uma parte de mim fica a gritar para eu ir?

Com dificuldade me levantei e fui até a porta  - cambaleando-. Apoiei-me na maçaneta e a girei bem devagar. Meus pés pesaram como se fossem duas bigornas. Desci a escadaria lentamente – com medo de tropeçar e cair-. Caminhei por alguns corredores – com o coração quase na boca-, até chegar ao fatídico local.

Fiquei encarando a maçaneta, com medo de segurá-la, como se ela estivesse pegando fogo. Hesitei durante um tempo, mas logo a segurei, girei-a, e enfim abri a porta.

A primeira coisa que vi, foi um homem de cabelos negros, pele alva e roupas elegantes.

- Allana, - Começou meu pai, que se encontrava ao lado desse homem- quero que conheça o Conde Michaelis.

O homem levantou o olhar em direção a mim. Eu pude jurar que aqueles olhos conseguiam ver até minha alma, de tão profundo que eram. Vermelho vivo...

- Deixarei vocês conversarem. – Falou meu pai se levantando e vindo em direção a porta.

- Mas... – Sussurrei, mas ele fingiu não ouvir, e simplesmente saiu do local.

Quando voltei a olhar para frente, vi aquele homem ali, frente a frente a mim. Isso fez meu rosto gelar. Até que senti ele pegar minha mão, a erguer um pouco e beijá-la levemente.

- É um prazer conhecê-la, Milady.

Meu rosto ardia como se estivesse em brasa. Aquele olhar, aquele toque tão singelo... Era tudo tão... Diferente.

- É um p-prazer, Conde Michaelis. – Falei abaixando a cabeça. Era impossível olhar em seus olhos sem que eu corasse.

- Perdõe-me, mas... Por que tanta vergonha de olhar para meu rosto?

Gelei. Não sabia o que responder.

- Etto... - Simplesmente empaquei.

Levantei meu rosto e, ao olhá-lo, notei que um sorriso brotara em seus lábios. Será que é possível? Aquele homem sorrindo a minha frente... Ele era mesmo meu futuro marido?

Desviei meu olhar e fui em direção a parte onde estavam as poltronas – e logo sentei em uma delas-.

- S-sente-se, por favor. – Disse timidamente enquanto indicava a poltrona ao meu lado. Logo, ele sentou-se.

- Pode falar-me um pouco sobre você, Milady?

- Bem... Ahn...

- Fiquei sabendo que dominas a arte do piano.

- Bem, ainda estou tendo algumas aulas. Minhas habilidades ainda não são muito avançadas. – Falei encabulada.

- Adoraria ouvi-la tocar. – Disse ele suavemente, enquanto dava outro sorriso.

O silêncio pairou no ar por alguns minutos, até que me levantei e fui em direção ao piano da sala. Sentei-me no banco e levantei a parte de proteção das teclas. Procurei rapidamente alguma melodia em minha mente, e logo comecei a tocar.

As notas ressoavam pela sala, como se estivessem dançando uma valsa harmônica, enquanto formavam uma das melodias de Mozart.

Depois que a música cessou, palmas ressoaram pausadamente. Logo, virei-me em direção a elas.

- Duvido que até o próprio Mozart consiga tocar desse jeito. – Argumentou ele, que de repente, já estava a minha frente novamente.

Seus olhos reluziam em vermelho puro, cruzando com o azul do meu olhar. Era quase hipnotizante. Aqueles olhos, aquele rosto, faziam meu corpo arder. Minhas palmas suavam, minhas pernas estavam trêmulas e meu coração quase saltava de dentro de meu peito.

Será que... Não, não era possível... Será que eu... Estava amando?


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Notas finais do capítulo

Peço desculpas novamente, mas agora é pelo capítulo curto. É que como a história foi escrita a mão, eu não tinha noção de como ficaria o tamanho se ela fosse digitada.
O que acharam?Gostaram? Odiaram? Expressem suas opiniões em reviews ;D
~Mariana11