Novos Ventos escrita por Mariana Moreira


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Tá todo mundo roendo as unhas de curiosidade?



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“Senhores passageiros, em alguns instantes iremos aterrizar no aeroporto de Chicago.”

A voz da aeromoça me acordou de um monte de devaneios, estava relembrando a despedida entre eu e Charlie, as suas recomendações sobre segurança e seus conselhos. Sentiria muitas saudades de Charlie é verdade. Passei na verdade um dia com minha mãe, ela estava mais eufórica e insana que nunca, e eu não estava numa boa fase para aturar as loucuras dela, e já não conseguia mais desviar do assunto “por que vocês terminaram”. Na nossa despedida no aeroporto ela foi chorona e me
pediu que lhe mandasse noticias todos os dias. Apenas sorri e entrei
no avião.

Agora estava desembarcando no aeroporto em Chicago, esperando minhas malas na esteira, finalmente elas apareceram, e fui tentar conseguir um táxi, o que não foi difícil.

O motorista guardou minha bagagem e me perguntou para onde.

- hotel Rouge Royal  por favor.

O caminho até o hotel era impressionante, com prédios altos e luminosos, restaurantes, cafés e casas noturnas. Teatros com musicais em cartaz. Lojas e galerias de arte com artistas expondo, uma livraria de três andares – tinha certeza que perderia muitas tardes ali – Fiquei tão
fascinada com a cidade que mal notei quando chegamos ao hotel e o
carregador abriu minha porta.

- bem vinda ao Rouge  Royal senhorita!

- Obrigada! sorri  educadamente.

Paguei a corrida ao motorista e deixei uma boa gorjeta por ele não ter ficado tagarelando na minha cabeça com bobagens sobre ser minha primeira vez na cidade, que lugares deveria ir ou a que peças assistir.

- Boa Noite  senhorita! Seja bem vinda ao Rouge Royal!

- Boa noite! Sou  Isabella Swan.

Não entendi porque ela ficou um pouco nervosa com meu nome. Mas um senhor grisalho chegou e dispensou a recepcionista e continuou o meu atendimento.

- senhorita Swan!  Que prazer conhecê-la! Eu sou Martin. Esperávamos sua chegada para  amanhã, mas por sorte, pedi que deixassem sua suíte pronta com  antecedência.

- Espero não ter  causado nenhum transtorno Sr Martin.

- De maneira alguma  senhorita. Ben vai acompanhará até seu andar.

Um rapaz jovem e com sardas empurrava o carrinho com minhas malas e me mostrou o caminho.
Martin não estava sendo genérico quando disse que ele me
acompanharia ao meu andar, porque tipo, minha suite ocupava todo o
10º andar do prédio. Ben deixou minhas malas no pequeno closet e
saiu, quase tive que correr atras dele para dar lhe uma gorjeta.

Minha suíte era incrivel! Era em tons de azul, marfim e detalhes em dourado. A pequena sala de estar tinha um sofá de camurça azul meia noite, com almofadas marfim e douradas,  um tapete claro e felpudo, uma mesinha longa de centro e dois aparadores, duas poltronas florais, uma parede recoberta de livros e uma porta que dava para uma sacada com vista para a cidade. Tinha um pequeno corredor com um lavablo e uma
discreta cozinha mesclada com sala de refeições. Uma grande porta
dupla dava passagem para o meu quarto, era maravilhoso. Tinha uma
enorme cama com dossel, nos tons de marfim, com alguns fios mesclados
em cristal e pérolas caindo nas pontas. A colcha era de um dourado
pálido, com vários travesseiros e almofadas. Em cada mesinha de
cabeceira um abajur de madreperola e cristal. O chão do quarto era
todo recoberto com um carpete cor de areia. Uma espreguiçadeira aos
pés da cama com estofado dourado envelhecido era a coisa mais
chamativa do quarto. Uma mesa redonda com duas cadeiras e um grande
arranjo de rosas chá arrumadas em um vaso de cristal. As cortinas
eram claras e esvoaçantes, acompanhando os tons de todo o quarto.
Havia uma TV enorme na parede, e vários controles que depois
descobriria para que serviam.

Fui até o pequeno closet pegar minha bolsa de higiene e me encaminhei ao banheiro...
Não pensei que poderia me surpreender mais nesse lugar. O banheiro
era todo em mármore rosa seco, marfim e detalhes em dourado – que
tentei não pensar muito se seria ouro de verdade. Tinha uma parede
inteira de espelhos, um box de vidro e uma banheira que fiquei em
dúvida se não seria uma piscina. A bancada da pia era enorme, com
armários e gavetas que descobri recheadas de produtos para banho,
sais, óleos perfumados, sabonetes, hidratantes e shampoos. Toalhas
enormes e roupões brancos, tão felpudos que parecia que estava me
segurando um poodle.

Estava um pouco cansada da viajem, e acabei só tomando uma ducha demorada, mas a água tinha bastante pressão e consegui destravar meus músculos travados pela viagem.

Voltei para o quarto  ainda de roupão levando um vidro de hidratante que cheirava a baunilha. Abri o  closet pensando em desfazer minhas malas e descobri alguns vestidos, casacos, pijamas e camisolas, robes de seda e renda, pantufas – amei uma de coelhinho marrom!- sapatos e bolsas. Uma das paredes do closet era revestida de espelhos contornados por lâmpadas.
A bancada era uma penteadera de salão, com todos os apetrechos e
maquiagens que se podia imaginar.

Escolhi um pijama de seda pérola de calças e camisa comprida e coloquei um robe longo por cima da mesma cor, calcei uns chinelos azuis e tirei a umidade dos cabelos com o secador.

Voltei passei na cozinha e descobri um iogurte na geladeira que me interessou, peguei uma colher em uma gaveta e fui para o quarto, resolvi tentar descobrir a utilidade dos controles remotos.

Eram cinco controles diferentes. Um ligava a TV, é claro, e encontrei um canal de desenhos que me divertiu. Outro controlava o ar condicionado. Um outro as persianas. Um regulava a iluminação do quarto. E tinha um do sistema de Home Theater.

Terminei de comer meu iogurte e resolvi me aninhar nas cobertas e travesseiros. Começou a passar alguns episódios de Scoob Doo da época em que eu era criança, e acabei pegando no sono.




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