Marcado escrita por Reira chan


Capítulo 4
Capítulo 4 - Salas


Notas iniciais do capítulo

Outro capítulo com nome idiota. Desculpem a demora.



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Acordou de repente, sentindo uma dor lancinante formigar com uma força absurda em seu braço esquerdo, onde alguém injetara algo em uma seringa. Não conseguiu enxergar de imediato, pois se encontrava em um lugar muito escuro. As próximas coisas que sentiu foram que suas mãos estavam amarradas com muita força por algum tipo de corda, bem como seus pés, impedindo a circulação de forma no mínimo desagradável, além de algo igualmente desconfortável em suas costas. Ele estava deitado em algum tipo de... Mesa cirúrgica.

Finalmente, seus olhos começaram a se acostumar com a falta de luz. Estava em uma sala pequena, pouco iluminada por uma única janela que era estranhamente muito alta, apesar de a sala em si não ser grande em nenhum sentido: era estreita e com teto baixo. Ao redor de si, havia várias coisas de metal que ele não conseguia identificar com precisão. Também estava sem sua capa e seus amados headphones, que foram um presente de Makarov. Percebeu, naquele momento, que estava apenas de calça e botas, com o peino nu exposto¹ e que tremia de frio. Não era necessário ser algum tipo de grande gênio para saber o que tinha acontecido; então era ali que Hibiya escondia suas vítimas. A julgar pela altura da janela e da dificuldade da luz em entrar, concluiu que estava em algum lugar nos subterrâneos, e aquela janela na verdade era uma pequena entrada – a única. Ele se perguntava como Hibiya havia feito para que o Dragon Slayer não o percebesse, seus sentidos eram muito aguçados. Mas sua presença, seu cheiro, qualquer som que ele pudesse emitir, simplesmente não foram captados.

Começou a tentar se debater contra as cordas, mas não conseguia se livrar delas. Eram muito grossas e apertadas. Tentou usar magia, mas logo descobriu que aquelas cordas eram especiais e a anulavam. Bem, é claro. Aquele cara não era nenhum amador, e não era necessário ser um gênio para saber com quem estava lidando.

Ouviu uma risada sarcástica, produzida sobre uma voz fina e de certa forma melodiosa, e imediatamente virou sua cabeça na direção do som, vendo então um mago baixo, de cabelos castanhos curtos e olhos vermelhos.

– Não consegue sair, Laxus Dreyar?

Sua resposta foi um rosnado.

– Ssshhh... Dragãozinho, ainda não está na hora de se achar o macho.

Ele arreganhou os dentes irritado. Maldito.

– Não consegue usar seus raiozinhos pra cortar as cordas? – abusava dos diminutivos, como uma criança, coisa que realmente parecia a julgar pela voz e tamanho.

Dessa vez, arregalou os olhos. Sabia seu nome, que era um dragon slayer e o elemento que controlava, e pelo jeito fazia questão de mostrar isso. Como?

– Surpreso? Oras, eu passei esse tempo todo à sua espreita, Dreyar. – também sabia que o seu sobrenome o irritava, a julgar pela forma como o pronunciou

Foi a vez de o loiro sorrir sarcástico.

– Disso eu não duvido.

– Oras, por favor. Vocês, magos de guildas legais², pensam que sempre podem nos pegar, nos levar para o conselho e serem condecorados toda a vida... Mas agora é você quem está preso, sem nenhuma possibilidade de ajuda, na minha sala de tortura, então eu diria que seria uma boa ideia se comportar - pegou uma faca de porte pequeno e passou a língua por sua lâmina calmamente - não que isso vá te salvar.

Revirou os olhos. Falava demais. O homem se aproximou de seu rosto com um sorriso sádico.

– Agora, Laxus... A sua magia é a do raio, não é mesmo?

XXX

Ela estava com um mal pressentimento. Laxus fora embora de repente e ela não sabia onde ele poderia estar ou o que poderia estar acontecendo, e isso a estava assustando. Onde aquele maldito cabeça dura poderia ter se metido? Merda, ela sabia que ele sabia se cuidar, mas ainda assim não conseguia evitar se preocupar com ele. Irritada, chutando pedras, percorreu a pequena distância entre a barraca agora exclusivamente dela e a de Mystogan e Erza, invadindo-a.

– ESSE IDIOTA! - foi a primeira coisa que ela gritou, exaltada.

Erza revirou os olhos.

– Isso não é novidade.

Ela encarou a loira com uma força de vontade voraz.

– Nós temos que ir atrás dele.

Erza e Mystogan se entreolharam; estavam apenas esperando aquilo acontecer. Mas sabiam que Laxus era esperto, então decidiram esperar a proposta vir de Mirajane; não havia necessidade de procurá-lo com tanta rapidez. Mas Erza não resistiu a provocar a rival.

– Não, nós não temos. Foi escolha dele ir embora, não se esqueça. – falou sorrindo, apenas para vê-la irritada. Funcionou.

– PORQUE ELE É UM MALDITO ORGULHOSO! ELE ODEIA SE SENTIR INÚTIL, SEM FAZER NADA. ELE QUER PROVAR QUE É CAPAZ DE FAZER ISSO, E ODEIA PERDER TEMPO! POR ISSO ELE FOI, PRA FAZER ESSA SENSAÇÃO DE INUTILIDADE PASSAR! MAS ISSO NÃO QUER DIZER QUE VÁ, E ELE CORRE RISCO!

Como sempre, ela havia adivinhado perfeitamente o que ele pensava. Erza revirou os olhos.

– Então não há nada que possamos fazer.

Mira rosnou.

– É CLARO QUE HÁ! TEMOS QUE IR! VAMOS LOGO! ELE PODE ESTAR PRECISANDO DA GENTE, ESTAMOS FALANDO DE UM ASSASSINO EM SÉRIE E TORTURADOR! VAMOS!!!!!!!!!!

Mystogan reprimiu um sorriso com o desespero da maga albina. Mas decidiu parar com a diversão de Erza e colocou uma mão à sua frente exatamente como tinha feito com Mira e Laxus no trem, um mês antes.

– Ela está certa, vamos - disse levantando-se, mas não resistiu a olhar pra Mira com certa diversão - sinceramente, achei que fosse demorar mais.

Ela sentiu suas bochechas esquentarem, e ele ficou realmente surpreso ao perceber que a garota tinha corado.

– O que está insinuando? VAMOS LOGO!

E assim eles se levantaram e começaram a procurá-lo

As próximas lembranças que vieram à memória de Laxus o fizeram estremecer.

– AAAAAAAAAHHHHHHH!!!!!!!! - o grito foi soltado em sua voz grossa, seu rosto em agonia. Fazia todo o esforço possível para não gritar, mas era impossível, e o grito durava tanto tempo quanto aqueles malditos choques. Sua boca se abria involuntariamente e seus olhos se arregalavam; a dor se movia sem direção dentro dele e quase o matava. Hibiya apenas ria.

– Então, é divertido ser eletrocutado?

Laxus arfou, procurando por ar.

– Mal... Maldito!

Hibiya não se importou com a frase amigável, apenas jogou outro balde de água nele e voltou a ligar o interruptor.

Outro grito foi ouvido.

– É a primeira vez que sente isso, não é? Agora que sua magia foi anulada, posso usar seu próprio elemento contra você; não é divertido? - perguntou com um sorriso meigo, como se estivesse falando de um passeio no parque.

– AAAH! - ele desligou o interruptor. Laxus tentou respirar - arf... Arf... Eu... - finalmente conseguiu sentir que conseguia falar. Então Hibiya ligou o interruptor de novo. Ele mordeu os lábios com força para não gritar, e esta foi tanta que chegou a abrir um corte, de onde saiu sangue. Hibiya deixou-o se segurar por mais alguns minutos e então desligou o interruptor de novo, vendo os músculos de Laxus relaxarem, mesmo que ainda estremecessem por sentir o contato com os eletrodos.

Laxus ia matá-lo. Ia matá-lo.

Hibiya apenas riu.

– Oh, esse olhar de determinação em seu rosto... Ainda não desistiu de ganhar? Ainda quer viver? Aquela vidinha medíocre, só uma sombra estúpida do seu maldito avô?

Ele rosnou e começou a se debater, visando acertar um soco na cara dele.

– Hã-hã... Não pode - ele disse, e sem dó ligou o interruptor de novo, interrompendo o trabalho de Laxus em sair quando seus músculos subitamente tensionaram e ele voltou a gritar.

Desligou de novo.

– Você não cansa desse joguinho?

Laxus não respondeu, o encarou com fúria.

– Bom, tudo bem. Eu também não. É realmente divertido ver alguém ser atacado por aquilo que até ontem nunca poderia atingi-lo...

Então ele era absurdamente sádico.

Laxus voltou a estremecer. Não sabia por quanto tempo ainda durara aquele jogo; sabia que tivera que aguentar aquelas malditas ondas de dor que o dominavam em apenas um segundo diversas vezes, e que gritara de dor diversas vezes, o que só o divertia mais na medida em que destruía seu orgulho. E seu corpo todo tremia ao pensar nisso. Até que, em algum momento, ele cansou-se dos choques e decidiu passar para uma "brincadeira" mais direta.

Aproximou-se dele com uma lâmina em mãos; uma assustadoramente afiada, mas Laxus não tremeu. Apenas a observou com certo receio.

– O que acha de ganhar uma lembrancinha, Dreyar?



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Notas finais do capítulo

¹ AAAAAAWWWWWW YEEEEEEEEEEAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHH
² Legais no sentido: o contrário de ilegais, e não o contrário de chatas -Q
AWWWWN, EU ME ODEIO PELO QUE EU FIZ NESSE CAPÍTULO.
EU AMO O LAXUS Y-Y-Y-Y-Y-Y-Y-Y-Y
POR QUE???????
A propósito... Duas leitoras sumiram U-U e eu descobri que tenho 9 leitoras, sendo que delas 5 comentam, ou seja, 4 são fantasmas.
Então, exijo que elas apareçam antes de continuar.
Beijos.