Amizade Colorida escrita por Bê s2


Capítulo 5
Embarque na Plataforma 9 3/4


Notas iniciais do capítulo

OIE!
Mais um capítulo aí :) Espero que agrade.
Obrigada pelos comentários!
Boa leitura.



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—Vamos, Ronald! Já estamos atrasados.

Faltavam quinze minutos para o relógio bater 11:00 da manhã. Os Weasleys e Grangers estavam na estação King’Cros embarcando os malões no trem.

—Calma, Hermione! –o Ruivo colocava a mala dos dois embaixo do banco. –Pronto. Vamos nos despedir do pessoal?

Eles saíram do trem. Já estavam vestidos com o uniforme de Hogwarts e seus crachás de monitores-chefes. Harry e Gina já se despediam quando os dois chegaram na plataforma.

—Tchau mãe, tchau pai. –Hermione se despedia dos pais –Eu juro que escrevo. Ah, a Sra. Weasley nos convidou para passar o natal na Toca. Vamos?

—Vamos, sim, Mione. Ela já conversou conosco e concordamos. –A mãe dela sorria. –Bom ano letivo. Juízo, hein?

Elas se abraçaram. Ron que passava ouviu o ‘juízo’ e sorriu. Não conhecia ninguém com mais juízo que a amiga.

Hermione abraçou o pai e pegou a irmã no colo. Ronald se aproximou.

—Nina! –ele chamou e a pequena estendeu os braços pra ele. Os pais da menina se entreolharam sorrindo. –Vou sentir sua falta, mocinha. Mas no natal nós no vemos, ok? Ah... –ele sussurrou no ouvido da menina –Pode deixar que eu cuidarei bem da sua irmã, viu?

Ele deu uma piscadela para a menina e devolveu-a ao pai, que olhava severo pro ruivo. Ron se despediu e entrou no trem.

—Concordo com a sua mãe, Hermione. Juízo! –disse Filipe Granger deixando a filha rosada.

Terminadas as despedidas, eles entraram no trem e procuraram a cabine. Encontraram-na ocupada com Neville e Luna. Entraram.

—Bom, nós temos que ir. –Disse Hermione depois de uns quinze minutos. –Daqui a pouco voltamos.

Ron e Hermione foram para a cabine dos monitores. Como foram nomeados monitores-chefes eles teriam que passar metade da tarde por lá para instruírem os novos monitores. Depois de muito falar e explicar, Hermione liberou os outros para fazerem a primeira ronda. Ela e o ruivo também andaram pelo trem verificando se estava tudo certo. Quando estavam voltando, Rony empurrou Hermione pra dentro de uma cabine vazia. Ela se assustou. Sentada, perguntou:

—O que foi?

—Precisamos conversar.

Ele tinha um olhar sério. Sentou-se na frente dela e começou:

—Vamos esclarecer as coisas de uma vez?

—Que coisas? –Ela tremia.

—Nós dois. –Ele respondeu simplesmente.

—Admito que precisamos conversar. Mas não hoje, muito menos agora. –ela evitava o olhar do ruivo. –Por favor, me dê mais um tempo. Espere só mais um pouco.

Ela olhou pra ele, e o ruivo pode sentir o quanto ela precisava daquele tempo. Não sabia o motivo, mas sabia que precisava.

—Espero, Mione. Por você eu faço sacrifícios.

Ele foi em direção à garota e aplicou um selinho nos seus lábios. Ela fechou os olhos com o contato, esperando mais. Porém, ele se levantou, deu um beijo na testa dela e foi embora, deixando Hermione com os pensamentos longes.

Depois de quase uma hora, Hermione voltou ao normal e correu para a cabine dos amigos.

—Onde você estava, Mione? –Perguntou Harry curioso. –O Rony não quis nos dizer.

—Eu...estava... por aí... –Ela respondeu vagamente e se sentou ao lado de Luna que lia o Pasquim.

Harry e Gina lançaram olhares desconfiados à amiga, mas não falaram mais nada. Ronald também estava estranhamente calado ao lado da irmã. Ela não disse mais nenhuma palavra até chegarem em Hogwarts.

Os seis amigos pegaram uma carruagem em Hogsmead e foram para a escola. Uma sensação de euforia perpassava por todos eles, a sensação de voltar para casa depois de muito tempo longe.

Depois de todos os alunos serem selecionados para as casas, o banquete foi servido. Muitas pessoas olhavam para o trio, mas eles tentavam ignorar.

—É bom estar de volta, não é? –Perguntou Gina radiante.

—É sim, Gina. –respondeu Harry.

—Não é Mione? Hein, Ron? –A ruiva tentava arrancar uma palavra da boca deles desde que desembarcaram, mas não conseguia.

Os dois acenaram com a cabeça, e a ruiva explodiu, atraindo mais olhares das pessoas que estavam ao seu redor:

—Vocês não vão nos dizer o que aconteceu ou não?

—Não –os dois responderam juntos.

—Por quê?

—Por que não é da sua conta, Ginevra. Quando for eu te digo, ok? –Rony retrucou rispidamente.

A ruiva nem se alterou e perguntou mais curiosa ainda:

—Então realmente aconteceu alguma coisa?

Ron e Hermione ignoraram a ruiva. Nesse momento as sobremesas desapareceram e a diretora, Minerva Mcgonagal, se levantou.

—Boa noite! Dou as boas vindas aos alunos novos e desejo um bom retorno aos alunos antigos. --

Ela deu uma pausa. Apesar de ser uma ótima pessoa, ela não inspirava aquele carinho de Dumbledore.

—Como todos sabem, acabamos de sair de uma guerra. –o salão emudeceu. –Mas eu não quero que as lembranças dessa última interfiram no dia-a-dia aqui em Hogwarts, portanto eu peço que esse triste assunto seja posto de lado e que ninguém incomode ninguém com perguntas incômodas. –seu olhar foi em direção aos três amigos. – Temos duas mudanças no nosso corpo docente este ano: o professor Henry Smith e a professora Laura Mendes, que assumirão, respectivamente, transfiguração e Defesa contra as artes das trevas. E por último: o Sr. Filch me pediu para lembra-lhes que é proibida a entrada na floresta proibida e também praticar feitiços nos corredores. Os alunos novos sigam os monitores de suas casas que eles lhes levarão para os dormitórios. Boa-noite.

O som alto no recinto voltou rapidamente. Ron e Hermione levaram os calouros para a torre da Grifinória. Quando desceram dos dormitórios para o salão comunal viram que estava cheio. Harry e Gina estavam sentados próximos à lareira acomodados juntos no sofá, sem se importarem com os olhares voltados para eles. O ruivo e a morena foram em direção ao casal, ainda sem se encararem. Não estavam com raiva um do outro, afinal não acontecera nada de mais entre eles, mas estavam sem graças com a conversa.

Eles se sentaram em frente aos amigos.

—Vão continuar com essas caras de pensadores até quando? –indagou Gina cansada.

—Dá um tempo, Ginevra! Cuida da tua vida. –o irmão retrucou mal-educado. –com licença, eu vou dormir. Amanhã eu acordo cedo, boa noite.

Ele deu um beijo na testa da irmã e um na bochecha de Hermione, que corou, e subiu para o dormitório masculino.

—É, Mione, eu não sei o por quê de vocês estarem assim. Mas uma coisa eu sei: você fez um milagre no meu irmão. É a primeira vez que eu vejo ele pedir licença pra alguma coisa.

Hermione ignorou o comentário da garota e desejou boa-noite para o casal.

—Queria saber o que está acontecendo com eles. –Disse Gina pro namorado.

—Deixe eles, Gi. Logo eles se acertam. Enquanto isso, nós nos acertamos...

Ele beijou a namorada com carinho e sem medo de estar envolvendo alguém que amava em perigo.


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