Amizade Colorida escrita por Bê s2


Capítulo 24
(Cap 24) ●๋• Coisas que não mudam ●๋•




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Jane, Filipe e Marina chegaram por volta das nove e meia da manhã na Toca. Jane logo foi ajudar Molly na cozinha, e Filipe foi com Arthur montar uma tenda no quintal, maior que a do natal e transparente, para poderem ver o céu a noite e , é claro, os fogos que Jorge lançaria. Ela serviria apenas para abrigar os convidados da neve e manter uma temperatura quente lá dentro, de modo que eles poderiam vestir roupas leves.



Andrômeda e Teddy já estavam lá na Toca desde cedo. O garotinho brincava com Marina e Jorge na sala. O ruivo fazia alguns truques de mágica para distrair as duas crianças, de modo com que as mais velhas pudessem preparar as coisas sossegadas.

 

Rony, Gina, Hermione e Harry ficaram incumbidos de arrumarem a casa e prepararem os quartos para que todos os convidados pudessem dormir acomodados, afinal a família Weasley inteira ia passar o fim de ano lá.

 

Hermione e a caçula ruiva arrumavam as camas, com o auxilio de magia, enquanto os dois garotos montavam as camas de armar e tiravam o pó. 

 

—-Estou exausto! –Rony exclamou se jogando em uma das camas, depois de ter terminado seu serviço. –Estou morrendo de fome.

 

A barriga dele roncou, como se confirmasse o que ele tinha acabado de falar.

 

—-Você bagunçou a cama, Ronald! –A morena exclamou exasperada, dando um tapa no amigo.

 

—-Ah, Mione! Dá um tempo, vai!

 

—-Não foi você quem arrumou, não é? –ela retrucou com raiva.

 

—-Nem você!

 

—-Me poupe, Ronald! Se não fui eu, quem foi? –Ela gritava.

 

—-Foi a sua varinha. Com um aceno ela volta a ficar arrumada! Deixa de ser chata! –O tom dele não era diferente do da amiga.

 

—-Chato é você! 

 

Ela saiu do quarto e Rony a seguiu. Harry e Gina trocaram um olhar como se dissessem: “Certas coisas não mudam nunca...”. Hermione subia as escadas batendo o pé, e Rony ia atrás.

 

—-Sua sabe-tudo irritante!

 

—-VOCÊ QUE É UM LEGUME INSENSÍVEL!

 

Molly já estava no pé da escada, e gritou com a voz nervosa, sobrepondo-se aos gritos dos dois jovens:

 

—-O que está acontecendo aí em cima?

 

—-Nada! –os dois responderam juntos.

 

—-Então parem de brigar como duas crianças! Você tem dezoito anos! Pelas calças de Mérlim! –a ultima frase ela disse em tom baixo.

 

Ela voltou para a cozinha e Jane comentou, arrancando risos da ruiva:

 

—-Logo, logo faremos parte da mesma família, Molly...




Enquanto isso, lá em cima, Rony e Hermione se encaravam raivosos. Ela passou pelo ruivo e entrou no quarto de Gina, batendo a porta. O rapaz fez um aceno negativo com a cabeça e foi para a cozinha, tentar comer alguma coisa.

 

—-Que barulho foi aquele, Ronald? –Molly perguntou assim que ele entrou no recinto.

 

 --Hermione bateu a porta.

 

Jane resmungou algo como: “Não sei mais o que eu faço com essa menina...”.

 

Rony pegou um pão de mandioca com presunto e sentou em uma cadeira, olhando para algo impossível de se ver.

 

—-Por que vocês brigaram, filho? –a Sra Weasley perguntou enquanto mexia uma panela funda.

 

O ruivo terminou de engolir e respondeu:

 

—-Não me lembro...

 

—-Pelas barbas de Merlim, Ronald Weasley! Vocês armam um escândalo daqueles e nem sabem o por quê?!

 

Ela balançava uma colher de pau ameaçadoramente em direção ao filho.



—-O que eu posso fazer se ela é temperamental? –ele levantou a voz num tom indignado –Eu já tentei de tudo! E ela nem dá bola!

 

Ele estava de pé, e o pão largado na mesa. Seu rosto estava ressentido e avermelhado. Molly se condoeu. A ruiva virou-se para o fogão e pegou duas tortinhas de chocolate e colocou-as em um pratinho.



—-Leve pra ela. E peça desculpas. –A matriarca pediu, entregando-lhe o pratinho.

 

—-Mãe! Você ouviu o que eu disse?

 

—-Ouvi, Ronald. Não sofro de surdez. –ela mudou seu tom para amável. –Leve para ela e peça desculpas. Só dessa vez. Ela vai aceitar.

 

Rony olhou para Jane e perguntou, apenas com o olhar, se a morena a perdoaria. A Sra Granger respondeu carinhosamente, dando um tapinha no ombro do ruivo:

 

—-Ela é temperamental e irritante. Mas ela vai ficar derretida se você for lá.

 

Ele deu um sorriso de lado e subiu.



—-Posso entrar? –ele abriu a porta devagar e foi entrando.

 

—-NÃO!

 

A voz dela estava abafada, por causa de um travesseiro que cobria sua cabeça. Ela estava de bruços e seu corpo balançava, provavelmente estava chorando.

 

—-Trouxe uma coisa pra você. –ele continuou, ignorando a resposta mal criada.

 

—-Não quero! –ela respondeu sem se mover.

 

—-Deixe de ser birrenta, Mione!

 

Ele colocou o pratinho na mesinha ao lado da cama e se sentou ao lado da morena.

 

—-Vai parar de drama e me desculpar?

 

—-Não to fazendo drama! –Ela respondeu com tom mimado.

 

O garoto gargalhou; e isso pareceu surtir efeito nela, pois a morena se sentou na cama, com a cara amarrotada e o cabelo não muito pior, disse zangada:

 

—-Do que está rindo? 

 

—-De você. –ele respondeu simplesmente.

 

Ela resmungou alguma coisa ininteligível. 

 

—-Trouxe uma coisa pra você. –ele pegou uma tortinha. 

 

—-Não quero. –ela fez bico e virou a cara.

 

—-Deixe de ser mimada, uma vez na vida deixe seu orgulho de lado. Eu fiz isso.

 

Ela se espantou com o que o garoto disse e, depois disso, pareceu mais calma. Estendeu a mão para pegar o doce, mas ele desviou.

 

—-Não vai me dar?

 

—-Abre a boca.

 

Ela obedeceu e ele colocou o doce na boca dela. A morena mordeu, e ao fazer isso, seus lábios roçaram os dedos do garoto. Ele sentiu um formigamento no lugar, mas disfarçou.



—-É bom. Quem fez? –ela perguntou depois de engolir o doce.

 

—-Minha mãe. –ele deu uma pausa, e olhou fundo nos olhos dela. –Me desculpa?

 

Ela demorou um momento, mas respondeu abraçando-o:

 

—-Você ainda tem dúvidas?

 

Ele sorriu abertamente.


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