--E Então, mamãe, vai nos contar o por quê de mais uma semana de férias?

--Ah, claro! –Molly sorria radiante. –Carlinhos marcou a data do casamento.

--Isso é ótimo, mas o que tem... –Ron perguntava confuso, mas Carlinhos cortou.

--Vamos nos casar no primeiro sábado do ano. –Ele abraçou sua noiva Ana. –E você vai ser o nosso padrinho.

--Eu?! –Ron e os outros irmãos estavam de olhos arregalados.

--Sim, você. Não vai fazer essa desfeita pra gente, né Roniquinho? –Carlinhos perguntou zoando com o irmão.

Ron sorriu e assumiu sua postura de pavão.

--Claro que eu quero, Carlinhos! Vai ser ótimo!

--Então, Ronald, você precisa de uma acompanhante pra dançar a primeira valsa. Você tem namorada? –Ana perguntou.

Ana era uma moça muito bonita que Carlinhos conheceu na Romênia. Loira dos olhos claros, conquistava as pessoas facilmente. Era uma jovem muito decidida e doce. Trabalhava como Auror na Romênia, mas depois do casamento ela e Carlinhos pretendiam morar em Londres.

--Não tenho. –Ron estava com a ponta das orelhas vermelhas.

--Nem a Lavander agüentou... –Jorge disse, arrancando risos dos presentes.

--Não amola, Jorge! –Ele estava vermelho como tomate quando se dirigiu à Ana –Você sugere alguém que eu possa... hum... dançar?

--Chame uma amiga. Mas se não puder trazer ninguém, você dança com a Gina. Afinal, suas amigas estarão em Hogwarts, né?

--A não ser que...

--Você chame a Hermione! –Jorge cortou o irmão. –Pelo que eu sei ela foi a ultima pessoa que bateu a cabeça. Então ela seria capaz de ir com você!

Os presentes riram e Ron ficou roxo de raiva.

--Você vai comigo?

A garota abriu a boca pra responder, mas Jorge cortou de novo:

--Num disse! Só batendo a cabeça, mesmo...

--Cala a boca, Jorge! –rosnou a garota.

--Se bem que o caso de vocês é antigo, não é? –ele fingiu que não ouviu.

--Cala a boca, Jorge!

Ele ignorou e fez uma pose pensativa.

--Bem antigo. Teve o caso Krum e o caso Brown. Sabia que o Roniquinho tem marcas daqueles passarinhos até...?

Mas até quando ninguém soube, porque Hermione levantou e fez um movimento como se fosse furar o garoto com a varinha. Jorge colocou as mãos na garganta e começou a falar com uma voz extremamente fina. Foi tão rápido que nem Molly conseguiu parar os dois.

--..até hoje.. Hermione Granger! Tire esse feitiço, ou...

--Ou nada, Jorge Weasley. –saíam faíscas dos olhos dela. –Da próxima vez fica quieto!

Os presentes na mesa olhavam de um pro outro, assustados. Os irmãos Weasleys riam da situação de Jorge, afinal o rapaz que atormentava todo mundo tinha finalmente encontrado alguém que cortasse o barato dele.

--Não assumem e ficam assim. –retrucou Jorge com a voz fininha.

Hermione pegou a varinha de novo e apontou pro rapaz, mas foi interrompida quando ia lançar mais um feitiço.

--Hermione! Guarde isso agora! –Jane dizia brava.

A garota ignorou.

--Agora, Hermione! –o pai disse com a voz firme. –Chega de brincar com as varinhas. Retire o feitiço e guarde isso imediatamente!

A morena obedeceu e retirou o feitiço.

Jorge abriu a boca, mas Molly o cortou:

--Você também, Jorge. Cale essa boca. –ela se virou pra garota –E Hermione: sem varinhas!

--Desculpe-me –ela murmurou.

--Então você... hum.. vai comigo? –Rony tornou a perguntar timidamente.

--Vou.

--Senhora Granger? –Carlinhos chamou. –Ana e eu estávamos pensando se a Nina poderia entrar com a noiva no dia do casamento.

--Seria uma honra, Charlie. –respondeu depois de trocar um olhar com o marido.

O restante do jantar correu tranqüilamente. Quando Molly fez menção de se levantar e começar a tirar os pratinhos de sobremesa, Harry segurou e disse:

--Só um minuto, Sra Weasley. Por favor.