Escolha-me escrita por IaraEulb


Capítulo 11
Escolha


Notas iniciais do capítulo

CUIDADO: LEMON.
Yay, último! Demorei pra publicar. Espero que gostem ♥
Acho que se eu pudesse ser um dos gêmeos, Hikaru definiria meu lado mais elétrico, mas Kaoru definitivamente tem meu lado mais sentimental... eu o amo muito ♥ Para quem acompanhou, eu agradeço imensamente. E aos que acompanharam há muito tempo, minhas singelas desculpas novamente. Beijos ♥



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—Será que ele está chegando?

 Hikaru olha pela janela de seu escritório. São 12:10h e nada de Kaoru voltar daquela reunião para irem almoçar juntos. Ele pensou que ia acabar 12h, e não 12:10h. É tão difícil as pessoas perceberem que o horário de uma reunião precisa ser pontual!? 12:02h já estava começando a ficar irritado.

 Olhou ao redor da sala para tentar se acalmar e sentiu um orgulho do que ele e seu irmão fizeram com a grande empresa de moda da família Hitachiin, ou melhor, empresa de Design da família Hitachiin. Hikaru seguiu os negócios da família do pai com computação e resolveu dedicar seu conhecimento em arte para Design de Jogos, que era muito mais o estilo dele. Já Kaoru, dedicou-se à família da mãe, e seguiu o ramo da moda, passando a ser conhecido no mundo todo como o melhor estilista do Japão. Os gêmeos então, uniram os negócios na própria sede Hitachiin, e espalharam muito mais o nome e os negócios da família. Dão orgulho para Yuzuha.

—12:11h... Ugh...

 Sentou-se em sua grande poltrona o olhou para o outro lado da sala. Lá ficava a mesa de Kaoru, agora vazia. Fizeram questão de a sala da presidência ser para ambos, apenas para eles, mantendo a privacidade do relacionamento que tão poucos sabiam ou desconfiavam.

 Era difícil para Hikaru manter as mãos longe de Kaoru por muito tempo. Vez ou outra arriscava um beijo na bochecha do gêmeo, apertava-lhe a mão, abraçava-o rapidamente, ou quando ninguém olhava, passava a mão em sua bunda.

 Mas a culpa não é dele. Agora formados, com seus 22 anos, em pleno movimento com os negócios, Kaoru se tornou um adulto espantosamente lindo, responsável e sexy. Deixou a franja crescer mais, a altura de seu cabelo atingir a nuca, o corpo mais esbelto... nesse exato momento, gostaria de ter Kaoru aqui, e tocá-lo de uma maneira muito abusad-

—Cheguei, Hikaru!

—Ah, finalmente! - Foi correndo abraçar o seu tão amado irmão.

—Ei, o que houve? – Kaoru sorriu desajeitado. Cada toque de Hikaru o atingia, sempre amando cada vez mais.

—Estou com fome. Sabe onde podemos almoçar hoje?

 Kaoru olha amorosamente seu irmão. Os cabelos pintados de negro, o rosto mais fino e maduro... a aparência divertida nunca lhe deixou. Isso só o cativava ainda mais.

—Eu gostaria de almoçar em casa hoje. O que acha?

  Os gêmeos subiram outra mansão para a família Hitachiin próximo à sede, com o argumento de que “precisam estar mais perto dos negócios”. Yuzuha sabia que gostariam de ter sua privacidade como “filhos homens”, então não questionou muito a ideia. Os gêmeos, claro, não comentaram o principal motivo.

—Bem, pode ser. Vou chamar um carro.

—Não... eu gostaria de ir andando com você, Hikaru.

 Hikaru olha surpreso para o irmão. Estava frio lá fora, e em uma época perto do Natal, com várias pessoas comprando nas ruas.

—Kao, não é uma boa ideia. Eu não trouxe um casaco para...

 Kaoru levantou o braço e mostrou dois agasalhos grandes e um par de toucas.

—Sem desculpas! Fiz esses casacos especialmente para nós. Quero ir andando com você.

 Kaoru poderia ser imprevisível e difícil de entender às vezes. A mente dele trabalhava de maneira muito rápida. Hikaru enfim respondeu, derrotado.

—Tudo bem...

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—Aquele boneco de neve de isopor é horrível, haha!

—E você viu aqueles patins roxo? Era muito feio, hahahaha!

 No caminho para casa, apenas a três quadras daquela zona nobre, os gêmeos andavam de mãos dadas, rindo e comentando das lojas e prédios que viam pela frente. Aquela caminhada estava agradável, e como muitos os conheciam, estavam acostumados a verem a grande dupla Hitachiin se divertirem e se darem tão bem. As mãos dadas eram símbolo do grande laço familiar dos irmãos. Claro, os gêmeos faziam a todos entenderem dessa forma, mas amavam andar de mãos dadas como o casal que eram.

 Ao alcançarem a calçada para atravessarem, havia uma senhora esperando os carros pararem para chegar ao outro lado. Quando o sinal abriu, Kaoru soltou a mão de Hikaru, que surpreso, encarou o irmão.

—Com licença, a senhora gostaria que eu a ajudasse a atravessar? – Kaoru estendeu a mão à senhora, com um sorriso simpático, e aguardou a resposta.

 A senhora sorriu encabulada, a aceitou a mão de Kaoru. Este lançou um olhar para Hikaru segui-lo, enquanto ajudava a senhora com sacolas grandes.

 Hikaru não pôde deixar de conter o brilho nos seus olhos quando viu a cena. Kaoru foi tão... simpático. Tão solidário. Aquilo o encheu de carinho por seu irmão. Não era uma cena recorrente, porque é difícil presenciarem uma cena como essa por estarem muito na empresa, no carro, ou em casa.

 Chegaram ao outro lado da rua, e a senhora retribuiu a gentileza de Kaoru com um doce acenar em agradecimento, dizendo que ele era um jovem muito bom. Kaoru sorriu e retribuiu o aceno, a observando ir embora.

—Ah, desculpe soltar sua mão, Hika. Não pude deixa-la sozinha, não é? – Ele sorri e toma a mão do irmão novamente, indo para casa. Hikaru sorri levemente, olhando para a nuca do irmão.

 Chegando na residência, Hikaru começa a retirar seu casado na porta, e percebeu que Kaoru foi rapidamente para a sala de jantar, retirando o casado com passos apressados até o cômodo. Procurou algum empregado para pedir um chá quente, mas não havia ninguém na mansão. E um cheiro bom de comida estava subindo... O que estava acontecendo?

 Seguiu Kaoru até o cômodo, se deparando com uma mesa muito bem arranjada para um almoço à dois, com alguns detalhes que deixavam o ambiente muito harmonioso. E lá estava Kaoru, em pé, com um sorriso bobo e uma cara vermelha, encarado Hikaru.

 E, claro, Hikaru ficou vermelho também.

—Er... Essa era minha reunião de hoje, heh... quis fazer algo para nós, antes de passarmos a semana do Natal com a mamãe...

 Oh, Kaoru era tão doce. Sempre pensava neles, em como manter o relacionamento tranquilo, sem preocupações ou desentendimentos... em como tornar as coisas mais amorosas a cada dia que passava. Não pôde deixar de sorrir.

—E qual é o nosso menu de hoje, senhor? – Disse num tom brincalhão, indo em direção à mesa para ver o que tinha.

Era... um bento?

—Bem... eu que fiz. Faz tempo que não pratico, mas... ainda lembro como se fosse ontem... o dia em que...

 Hikaru o encarou. Parecia que tinha sido ontem que se declararam e fincaram sua união. Parecia que tinha sido ontem a primeira vez que tocaram seus lábios, seus corpos... que tinham fincado sua união para sempre, em um laço de ternura e paixão. Seu coração se encheu de alegria e amor, foi até Kaoru e deu-lhe um beijo, num abraço apertado.

—O dia em que eu escolhi ser feliz ao seu lado.

 Kaoru sorriu e sentiu seu coração e corpo quentes, demorando para sair do abraço de Hikaru e puxar uma cadeira para o irmão se sentar.

—E então... está com fome? Caprichei no prato, quero que coma bem.

 Hikaru tomou o acento e permitiu-se olhar bem o bento. Estava lindo, como no dia em que Kaoru fez para ele. Quando o mais novo se sentou, segurou a mão do irmão.

—Hikaru... Sabe o que esse momento significa para mim. Para nós. – Ele olhou o irmão nos olhos. – Quero que saiba que, mesmo depois de alguns anos, eu ainda sou capaz de fazer qualquer coisa por você, para que você escolha ficar ao meu lado.

 Hikaru demorou para raciocinar as palavras e para formar uma resposta adequada, mas antes que pudesse, Kaoru o cortou.

—Bem, vamos comer! Espero que goste.

 Eles comeram e trocaram palavras sobre a empresa, como estava indo cada negócio e projetos futuros, e qual seria o próximo país que iriam viajar para fechar negócios.

—Eu tomei a iniciativa e entrei em contato com o presidente da empresa de uma marca de saias conhecida na França. Acho que podemos compra-la e investir nossos negócios lá, mesmo tendo torno de 55% de participação no mercado da moda de lá...

 Hikaru olha surpreso para Kaoru. Depois de tomarem os negócios da família, se tornaram muito mais responsáveis, mas Kaoru... era incrível. Tão maduro e visionário. Ele quem tivera a ideia de unir os mercados da família, e isso sempre impressionou Hikaru.

—Hikaru? Está prestando atenção?

—Estou sim... – Disse dando um sorriso doce para o irmão. – Você é tão responsável, determinado...

—Notou? Ah, que bom! – Kaoru sorri para ele. Hikaru retribui o sorriso largo, e alcança a mão do irmão.

Espera...

—Notei... o quê, exatamente?

—Que sou muito responsável.

—Mas... já lhe disse isso outras vezes, seu bobo.

—Eu sei, mas... gostaria que você notasse isso hoje.

 Hikaru o olhou estranho. Então, Kaoru retirou um papel um pouco desgastado, dobrado em duas partes, de seu bolso da camisa, e entregou à Hikaru. Este abriu o papel, e encontrou um nome escrito em grandes letras na parte de trás: Haruhi.

—Isso é...

—A “Lista de Qualidades da Haruhi”... Eu a encontrei ontem no nosso baú de lembranças. Eu nunca me desfiz dela. Me traz lembranças... perfeitas. De dor, confusão, lágrimas... e de amor. – Kaoru sorri um pouco encabulado. – Eu ia demonstrar as “qualidades” de outra maneira para você, mas o incidente com a senhora de manhã foi inesperado. O resultado, ao menos, foi positivo, haha. Te fiz ver como sou simpático!

 Hikaru sorriu. Kaoru era tão sentimental na maioria das vezes. Achou que tinha se livrado da lista há muito tempo, mas conhecendo seu gêmeo, deveria saber que ele guardaria como lembrança, assim como guardou a caixinha de chocolate que Hikaru lhe deu no primeiro dia dos namorados que passaram como um casal.

—Você é muito fofo, Kaoru.

Kaoru corou muito.

—A-Ah, eu não esperava que essa seria sua reação, haha. – Riu sem graça. – Imaginei que diria “Nossa, que sentimental, Kaoru”, “Que brega, Kaoru”, essas coisas. – Disse com a mão na cabeça.

—Ah, eu pensei isso sim. – Isso fez uma gota escorrer da cabeça de Kaoru. – Mas sabe...

 Kaoru encara o irmão. Hikaru aperta mais a mão do gêmeo.

—Eu também guardaria como lembrança, porque eu amo pensar em como tudo isso começou, Kaoru.

 Kaoru o encara. Atingiu sua expectativa tão rápido, só precisou mostrar três itens da lista para Hikaru cair na real.

 Queria mostrar ao gêmeo que o inicio de tudo ainda está fresco em sua memória como um acontecimento recente. Que por mais que estejam juntos desde o segundo ano do colegial, ele faria tudo de novo por Hikaru. Mudaria se fosse preciso para que o irmão escolhesse ficar com ele para sempre.

 E, claro, a telepatia gêmea funcionou nesse exato momento de pensamento.

—Venha cá.

 Hikaru levantou a mão de Kaoru, gesticulando para que esse se levantasse e fosse até ele. O fez sentar-se em seu colo, abraçando sua cintura. Kaoru passou um braço em volta do pescoço de seu irmão, curvando-se um pouco para alcançar-lhe o rosto e tocar-lhe carinhosamente com a outra mão.

 Hikaru entregou-se ao toque sorrindo amorosamente para Kaoru, permitindo o calor das bochechas subir pela maneira que Kaoru o encarava com tanta ternura.

 Durante todo esse tempo, os olhares e gestos amorosos nunca acabaram. Era fácil notar que Kaoru o encarava com tanto sentimento, e muito óbvio como Hikaru o tocava querendo transmitir seu amor. O laço era muito maior, era um laço eterno de alma, de corpo, de união e de amor.

—Eu te amo, Kaoru. Muito. Obrigada por tudo que fez por mim... por nós.

 Kaoru esperava por essas palavras. Sentia seu coração bater de maneira feliz e quente, por ter seu sentimento correspondido. Sentimento esse que o faz encher-se de vida, por alguém que batalhou para fazer feliz.

—Eu também te amo, Hikaru. Mui-

 Antes que pudesse falar, Hikaru tomou-lhe os lábios, por sentir um grande desejo ao ver a boca do irmão se mexendo para dizer palavras tão doces que enchiam seu peito de felicidade. Dançavam os lábios harmoniosamente, com movimentos que sabiam que o outro gostava. A língua fazia-se presente poucos segundos depois, num ritmo leve e quente. Kaoru passou a mão do rosto de Hikaru para o cabelo na nuca, fazendo leves massagens que sabia que deixaria o irmão muito feliz. Hikaru não ficou parado, e logo uma mão passou a fazer massagens nas coxas de Kaoru, num modo mais necessitado, apertando levemente, depois mais firmemente, subindo e descendo aos poucos.

 Kaoru encerrou o beijo com um encostar leve nos lábios de Hikaru.

—O que acha de irmos para o quarto? Não há ninguém em casa...

 Hikaru olha Kaoru com um pouco de luxúria. Estava tão encantado com o gêmeo que simplesmente começou a beijá-lo, sem se importar se havia alguém em casa ou não. Ficou vermelho pela falta de atenção e soltou-se de Kaoru. Quem manda o mais novo ser tão fofo e atraente?

—C-Claro, vamos sim.

 Kaoru sorri e segura a irmão de Hikaru para subirem ao quarto. Cogitou a ideia de usar a cozinha para seus atos -caham- quentes, mas o frio estava forte, e o quarto com certeza estava mais quentinho que a cozinha.

 Ao começarem a subir os degraus, Hikaru pega na bunda de Kaoru e começa a rir mordendo os lábios.

—Você é muito pervertido, Kaoru.

—E-EU? Você é quem está apertando minha bunda! Eu já disse pra parar com isso!

—Você nunca reclamou de verdade.

—M-Mas! – Kaoru começou a protestar, mas Hikaru beijou-o novamente, prendendo-o ao corrimão da escada, com as mãos no rosto do Hitachiin mais novo. – Hmm...

Hikaru sempre foi muito ansioso. Quando Kaoru demonstrava algum sinal de que queria um tempo a sós com o irmão, Hikaru logo entrava em fogo e sentia uma vontade subida de o ter ali e agora. Kaoru sentiu que Hikaru estava em brasa, e achou que devia ter comentado que ninguém estava em casa apenas quando chegassem ao quarto. Agora é tarde.

—Hikaru... – Quebrou o beijo ofegante, tentando se desprender das garras do irmão. – Vamos para o quarto primeiro, seu afobado. – Sorriu para o gêmeo também ofegante.

—Não tem ninguém em casa, Kao... quero você agora...

—Mas lá está mais confortável... estou com frio aqui... – Disse fazendo beicinho, tentando convencer o irmão.

—Está bem... – Hikaru soltou o irmão e deu-lhe a mão novamente, deixando ser guiado para o quarto.

 Chegando à porta do quarto, Kaoru abriu lentamente, para que Hikaru não empurrasse a porta e o enfiasse lá dentro, ao mesmo tempo em que o beija e arranca as roupas.

 Ao abrir, Hikaru viu as janelas bem fechadas com cortinas grossas, a cama bem arrumada com um lençol vermelho e felpudo, com velas aromáticas acesas e algumas pétalas de rosas no chão. Ficou boquiaberto e corado.

—Er... nunca fiz uma coisa assim antes, mas acho que... – Kaoru ficou vermelho e sem jeito. – Ficou bom?

 Hikaru o encarou. Fechou a porta lentamente, a trancou, e atacou a boca de Kaoru. Segurou a cabeça do gêmeo com as duas mãos, demonstrando desespero em tê-lo. Kaoru agarrou bem a camisa de Hikaru na região da cintura para não cair, já que o apressado o fez dar passos para trás de tanta ansiedade. Se beijaram ardentemente, se segurando mais forte, mantendo o abraço mais apertado e íntimo. As mãos começaram a percorrer o corpo, dançando como as línguas dançavam. Hikaru liderou Kaoru até a cama, passando a mão em seu rosto, seu peito, sua cintura, sua bunda... E que bunda. Apertava com gosto, querendo ouvir o irmão gemer. Claro que Kaoru deu esse gosto à Hikaru, fazendo sons durante o beijo que estava ficando muito mais quente.

 Hikaru quebrou o beijo e tirou o suéter e camisa de Kaoru, o fazendo acomodar-se na cama de modo confortável, enquanto tirava sua camisa manga longa. Foi em direção ao irmão, e posicionou-se em cima deste, depositando leves beijos no pescoço. Kaoru abraçou o irmão pelo pescoço enquanto outra mão passeava pelo corpo firme e macio. O lençol novo o deixava aquecido o suficiente nas costas, enquanto Hikaru o aquecia no peito, pernas, pescoço, e...

—Já está assim, Kao?

—A culpa é sua, idiota. – Kaoru riu com Hikaru. – Eu sei que você já está assim também, não aponte pra mim.

—Quer saber? – Sorrindo, Hikaru empurra um pouco o quadril na virilha de Kaoru, enquanto encara o irmão com olhos apaixonados e pervertidos, ouvindo o outro gemer baixinho ao sentir a dureza do irmão contra a sua que estava se formando. – Estou sim. E muito. Te quero mais que tudo.

 Kaoru ficou encabulado. Era normal Hikaru o deixar encabulado em momentos assim, de tanta intimidade. Eles sempre descontraíam nos atos sexuais, que nunca foram complicados para ambos, pois sempre se sentiam relaxados um com o outro. Porém, Hikaru tira proveito de instantes em que Kaoru abaixa a guarda para deixa-lo sem jeito, como agora, que está admitindo estar excitado por ele. Mas assim como a vergonha veio, se foi quando Hikaru voltou a atacar seu pescoço com beijos e lambidas, enquanto mexia levemente o quadril na virilha de Kaoru, com movimentos alternados.

 Kaoru fazia sons baixinhos. Os toques dos lábios de Hikaru pareciam plumas, enquanto o rebolar de quadris estava firme e delirante, acontecendo ora sim ora não. Não queria ficar parado, e quando Hikaru começou a descer os beijos para seu peito, aproveitou para lamber e mordiscar a orelha do outro, se inclinando um pouco para alcançar. Hikaru gemeu um pouco, deixando-se ser atiçado pelo mais novo. Estava tão bom, e o calor começou a crescer mais e mais. As mãos pelos corpos estavam mais desesperadas, mais firmes. Hikaru começou a abaixar de maneira lenta e torturante a calça de Kaoru, que felizmente havia retirado os sapatos.

Diferente dele.

“Droga, esqueci de novo. Sou realmente muito desesperado. ”

 Kaoru logo notou os pensamentos do irmão, então antes que este ficasse constrangido por esquecer novamente de retirar os sapatos por pura impaciência em esperar chegarem ao quarto para começar algo, fica em cima do irmão, e permite que este tire os sapatos com os pés.

 Claro que aproveitou a situação para dar mais prazer ao gêmeo. Fez os mesmos movimentos com o quadril para atiçar Hikaru, mas mais rítmicos e leves, enquanto beija o irmão. Hikaru gemeu no beijo, segurando firme a bunda do mais novo e incentivando a fricção dos quadris, no qual Kaoru lhe concedeu com gosto.

 Kaoru desceu para o pescoço, com leves mordidas e beijos lânguidos, depositando beijos borboletas na clavícula e no peito de Hikaru. O gêmeo mais velho não segurou os sons leves e graves que fazia, com a respiração pesada e necessitada. Subiu uma mão e massageou o cabelo de Kaoru com ternura, enquanto outra mão passeava pelas costas macias do gêmeo.

 Kaoru alcançou um mamilo, e permitiu que Hikaru encostasse o membro ereto em sua barriga, que agora estava muito excitado. Lambeu e chupou sensualmente, enquanto estimulava o outro com a mão, passeando pelo corpo do gêmeo. Hikaru estava indo à loucura, ao mesmo tempo que era saboroso sentir a boca do irmão ali, ficava louco pensando no que aquela boca poderia fazer com seu membro, sua respiração ficando pesada e sua cabeça sendo inclinada para trás enquanto abria os lábios para fazer sons prazerosos e suas mãos apertavam levemente as costas e cabelo de Kaoru.

 O mais novo sentia sua excitação subir a cada barulho e gesto de Hikaru. Era tão bom dar prazer ao seu amor, se sentia tão completo... aquilo era a melhor coisa do mundo. Desceu suas mãos até o cós da calça de Hikaru, abaixando ambas calças e cueca até o meio da coxa, e o outro simplesmente chutou as peças para longe. Kaoru desceu os beijos até o abdômen de seu amado, depositando leves beijos e trilhando até o canto da virilha, segurando bem o quadril de Hikaru. Ele sabia que isso o deixaria louco. Começou a dar beijos fortes com lambidas e mordidas numa região bem próxima do membro do gêmeo, fingindo não perceber o desespero do irmão agarrando seus cabelos e apertando uma de suas mãos a redor da cintura que se remexia desesperada.

—K-Kaoru... – Hikaru respirava pesadamente. Estava indo à loucura, queria logo sentir seu irmão colocando a boca inteira ao redor do seu-

—A-Ah!

 Kaoru colocou o membro dentro da boca antes que Hikaru dissesse mais alguma coisa. Estava se sentindo extremamente excitado depois do gemido de Hikaru, e ao mesmo tempo sorria com a necessidade gritante do irmão. Começou a fazer leves movimento de vai e vem, com uma mão passeando pelo peito de Hikaru e a outra segurando firme o membro agora sendo estimulado com sua boca e língua.

 Hikaru se sentia maravilhado. Aquilo era incrível, o tesão crescendo cada vez mais, seus gemidos ficando mais eróticos, suas pernas espasmando algumas vezes pelo crescente prazer, sua cabeça jogada para trás com a sensação e suas mãos apertavam com força o cabelo do irmão e o lençol da cama. Kaoru aumentou um pouco a velocidade da cabeça, e começou a estimular o membro com a boca e com a mão que segurava a base, sabia que Hikaru amava isso.

—Ah... hmm... Kao... ah...

 Kaoru queria ouvir aqueles sons por todo o tempo até ouvir seu irmão berrar de prazer, mas ainda tinha um plano em mente... tirou a boca do membro de Hikaru e subiu, encarando o irmão agora confuso pela parada repentina.

 Hikaru respira pesadamente.

—Tudo bem, Kao? – Diz com os olhos cheios de luxúria.

—Sim, eu... – Kaoru apoia as duas mãos ao redor do irmão para melhor se apoiar. – Eu gostaria de fazer uma coisa diferente com você...

 Hikaru o olha curioso. Não sabia que Kaoru tinha algum plano a mais para esse momento tão íntimo em que estava louco para o atacar. Mas ainda o ouviu atentamente.

—Pode dizer, Kao.

—Eu... – Kaoru ficou corado. – Sabe, nunca tomamos esse passo, mesmo depois de tanto tempo, mas eu gostaria que você... que eu... er...

 Hikaru o encara por um momento, lentamente captando o que o gêmeo quer dizer.

—Você quer... que eu... er... em você?

 Kaoru o olha espantado e extremamente corado.

—S-Sim! Er, quero dizer, se você quiser é claro! É que eu venho pensando nisso há alguns dias, e eu realmente estou com vontade de... como posso explicar...

 Hikaru rola seu gêmeo para que fique embaixo dele, e roça os quadris propositalmente para deixar Kaoru mais corado ainda.

—Está com vontade de me ter dentro de você? – Ele passa as mãos perversamente no peito do mais novo, que estava ficando muito vermelho embaixo do mais velho. – Com vontade de eu... – Ele abaixa a cabeça no nível da orelha do mais novo. – Penetrar você?

 Kaoru fica extremamente encabulado com as palavras do irmão. Sim, Hikaru era o mais sexual do relacionamento, e não, eles nunca fizeram sexo com penetração. A verdade é que a parte sexual do relacionamento sempre foi uma consequência do amor um pelo outro, nunca foi uma necessidade urgente ou obrigatória, eles simplesmente faziam para despachar aquele sentimento que se acumula no decorrer do dia-a-dia de demonstrar um pelo outro a paixão e amor que têm. Hikaru nunca se emburrou com Kaoru por sexo, nem nunca Kaoru se emburrou com Hikaru. Era mútuo, uma reação à ação de amar.

—S-Sim... se você quiser, é claro.

Hikaru deu um leve riso.

—Você é adorável Kao... – Começou a beijar o pescoço do mais novo lentamente enquanto dizia. – Está pensando nisso há quanto tempo?

—Bem... eu sei que alguns casais aderem a isso, então pesquisei a respeito. Li alguns artigos, opiniões, vi alguns vídeos e-

—Você o quê?! – Hikaru o encara com um sorriso largo no rosto, se segurando para não gargalhar.

—Vi alguns vídeos! Algum problema?! – Kaoru ficou muito constrangido, e começou a rir junto de Hikaru. – De qualquer forma, eu... gostaria de tentar. Acho que vai ser interessante.

—Só interessante? – Hikaru sorri maliciosamente. – Se você quer tentar, então permita-me saber se você estiver se sentindo bem ou mal... – Voltou a lamber o pescoço do mais novo, retomando o ar de luxúria do ambiente.

 Kaoru deu passagem para os beijos sem pestanejar, colocando a cabeça mais para trás. Hikaru foi ficando mais selvagem, o desejo voltando à tona e a necessidade gritando entre suas pernas. Começou a roçar os quadris aos quadris de Kaoru, seus membros pulsantes entrando em conflito enquanto beijos, lambidas e mordidas eram espalhadas pelo corpo do mais novo, que gemia e fazia sons mais altos por sua necessidade também se fazer presente.

 Kaoru estendeu uma mão para trás do travesseiro, e tirou um pequeno tubo de...

—O que é isso?

—Lubrificante. É importante, pra não me machucar.

 Hikaru encara o pequeno tubo. Tinha visto alguns na última sex-shop que entrou para comprar algem-, bem, pra comprar alguma coisa, mas nunca sentiu interesse nos pequenos tubos coloridos. Agora entende o para que serve.

—Sabor caramelo... quer me enlouquecer?

 Kaoru sorriu e deu um olhar sugestivo, entregando o tubinho para o irmão.

 Hikaru começou a pensar rápido. Estava com muita vontade de possuir o mais novo, mas queria mais alguns minutos de diversão, agora que tinha um novo brinquedo. Abriu o tubo, e fez uma trilha do peito para a virilha do mais novo, começando a lamber os locais lentamente. Kaoru foi a delírio, curtindo a nova sensação da língua de Hikaru o limpando, gemendo baixinho e suspirando alto, se agarrando ao travesseiro que suportava sua cabeça se inclinando para trás. Ao chegar na virilha do gêmeo, Hikaru forçou os lábios na pele, dando beijos quentes e de boca aberta, aumentando o volume de gemidos do irmão. Despejou mais uma parte do tubo no membro de Kaoru, que estremeceu com o produto gelado, e claro que Hikaru não perdeu tempo em esquentá-lo.

—Aahh... Hikaru!

 Hikaru usava somente a boca para estimular o mais novo, e não encostava em mais nenhuma parte do corpo do outro para provoca-lo, colocando as mãos no colchão para se apoiar. Kaoru começou a ficar desesperado por mais calor, segurando a cabeça de Hikaru e buscando uma de suas mãos, ficando difícil alcançar. Estava gemendo alto, ao mesmo tempo que era provocante, era extremamente excitante. Fechou os olhos com força quando Hikaru aumentou a velocidade e passou a usar a língua, tirando o membro da boca e o colocando de novo, até a base. Kaoru pressionou o corpo no colchão com força, e segurou o travesseiro de maneira que se soltasse iria à loucura. Num ato rápido, Hikaru apertou o quadril do gêmeo usou a outra mão para masturba-lo enquanto lambia a ponta do membro, querendo ouvir mais gemidos antes de fazer algo. Kaoru despejou gemidos e palavras bagunçadas não compreendidas, abrindo mais as pernas e dobrando-as conforme sentia ondas de prazer subindo.

 Hikaru aproveitou a excitação de Kaoru e abriu o tubo de lubrificante de caramelo para despejar nos dedos de uma mão, voltando a lamber o membro do gêmeo. Lentamente, passou um dedo na entrada de Kaoru, e foi entrando devagar, com movimento de vai e vem indo mais fundo aos poucos. A sensação de ter seu dedo inserido num local tão apertado o fazia sentir excitação antes da hora. Kaoru parou os gemidos altos para suspiros pesados, deixando Hikaru preocupado.

—Como se sente, Kao? – Se amaldiçoou por ter falado com tanta luxúria. E se o gêmeo não gostasse?

—É um pouco... diferente.

 Hikaru deixou escapar um ar aliviado, e abriu mais as pernas do gêmeo para masturbar o membro e estimular sua entrada ao mesmo tempo, para que relaxasse. Quando Kaoru voltou a gemer, arriscou mais um dedo. Kaoru deu um suspiro alto.

—Kao, se não quiser, é só me diz-

—Continue Hikaru. Eu vou me acostumar. – Kaoru sorriu para o outro, o confortando com uma mão lhe fazendo carinho no rosto.

 Hikaru deu leves beijos no membro do mais novo, o fazendo se concentrar mais na área necessitada e menos nos dedos que entravam e saíam, ficando mais rápidos e indo mais fundo. Logo, Kaoru começou a gemer com a sensação.

—Hi-Hikaru...

 Hikaru entendeu, e inseriu mais um dedo, fazendo Kaoru estremecer. Chupou levemente o gêmeo, mas de maneira intensa, enquanto usava os dedos para penetrá-lo. Kaoru começou a ficar excitado com os movimentos, e logo começou a mexer o quadril para obter mais prazer. O membro de Hikaru não aguentava mais, mas não conseguia parar de dar prazer para o mais novo, e estava tão bom ouvir seus gemidos... até que Kaoru abriu os olhos e puxou Hikaru para cima, o fazendo ficar entre suas pernas abertas. Deu-lhe um beijo animalesco, agarrando as costas do outro e o incentivando com movimentos do quadril, para que voltasse o desejo desesperado em ter um ao outro. Quebrou o beijo ofegante, olhando dentro dos olhos do mais velho.

—Hikaru...

—Kaoru... Posso?

 Kaoru assentiu levemente, com um leve sorriso. Puxou a cabeça do irmão para beijá-lo levemente dessa vez, enquanto o outro despejava lubrificante no membro, o preparando em frente à entrada do mais novo. Hikaru mexeu o quadril para frente, começando a entrar no irmão. Kaoru fechou os olhos e prendeu um pouco a respiração, não era tão fácil como faziam parecer. O coração começou a bater rápido, o medo crescendo um pouco... A sensação de ter algo grande o penetrado era doloroso, parecia rasgar, mesmo com o produto para ajudar. Apertou os braços de Hikaru, e pressionou o corpo na cama para tentar aliviar o incômodo.

 Claro que Hikaru percebeu o estado do irmão e, vendo que não estava relaxado, decidiu confortá-lo.

—Kao... Está tudo bem. – Começou a beijar o pescoço do mais novo e parou de empurrar o membro. Acariciou o rosto do outro enquanto a outra mão subia e descia um dos braços, para acalmá-lo. Kaoru resmungou algo parecido com um “É difícil”, mas conseguiu relaxar o corpo aos poucos com os carinhos de Hikaru. Começou a ceder, e para ajudar passou os braços pelo pescoço do irmão e fez as pernas se enrolarem em sua cintura, tomando cuidado para não fazer movimentos bruscos e acabar se machucando. Hikaru ajudou, passando a mão pela coxa e buscando um ângulo que não machucasse o gêmeo. Enquanto beijava o mais novo, tirou um pouco o membro e colocou novamente, indo até o fim. Não se conteve e soltou um gemido, em puro êxtase por ser completamente engolido pela caverna quente de Kaoru, e se culpou por não saber se o outro estava se sentindo bem como ele.

—Kaoru... – Respirou fundo. – Dói?

 Kaoru o encarou com um olhar assustado. Era uma coisa nova, estranha. À princípio sentia dor, e agora as paredes de sua entrada latejavam um pouco.  Ao mesmo tempo que quer que Hikaru se mexa, não quer. Estava confuso, não imaginava que seria assim. Hikaru o tirou do transe passando a mão em seu cabelo um pouco suado, e seus lábios foram tomados carinhosamente. Apertou mais o abraço no pescoço do gêmeo, e subiu um pouco mais as pernas, tentando se ajustar. Hikaru massageou o membro do mais novo, para que voltasse seus desejos. Começou lentamente, apertando de leve e passando o polegar na ponta demoradamente para excitar. Kaoru logo começou a suspirar mais alto, sentindo o corpo se contorcer no estímulo que Hikaru lhe dava, enquanto recebia beijos no pescoço e clavícula. Sentiu um calor lhe subir a barriga, e Hikaru começou a se mexer. A balança do prazer e incômodo foi se desequilibrando conforme os movimentos aconteciam: Quando Hikaru saia, era um alívio, e quando entrava, era dor. Hikaru começou a dar investidas um pouco mais rápidas para acostumar o irmão, aproveitando para ir mais fundo. Até que Kaoru substituiu as caretas para gemidos baixos, o que entrava e saía não mais doía, e a balança despencou para o lado do prazer. Sentiu o produto escorregadio o acostumar mais rápido, e sentir o membro de Hikaru quente e pulsante o fez gemer de calor e tesão.

—Hi-Hikaru... aah...

 Algo animalesco cresceu em Hikaru ao ouvir seu nome, mesmo a sensação sendo tão nova para ele. Segurou firme o quadril de Kaoru, e começou a empurrar mais vezes, de maneira mais profunda. Começou a gemer mais alto, em sintonia com o mais novo. Kaoru se agarrou no travesseiro e arqueou as costas, o que permitiu Hikaru ir mais fundo e mais rápido. Até que atingiu uma parte escondida de Kaoru, que o fez dar um gemido alto. Hikaru parou na hora, preocupado.

—T-Tudo bem, Kaoru? – A adrenalina e excitação o deixava corado e com o cabelo desgrenhado.

—De novo... faz isso de novo.

 Hikaru voltou a se mexer, e recuperou o ritmo novamente, acertando o gêmeo mais novo novamente naquele lugar que o fez gemer e suspirar alto, jogando a cabeça para trás tentando recuperar o ar que perdia a cada estocada funda de Hikaru.

 O mais velho adorou o desespero do mais novo. Estava tão quente, tão prazeroso... gemia sem se importar com o barulho que fazia ou se perdia o ritmo de vez em quando, estava num mundo maravilhoso de prazer e queria continuar aquilo por muito mais tempo... mas sentia que estava prestes a gozar. Kaoru está tão quente, tão apertado. Precisou pensar rápido, porque viu que Kaoru estava prestes e vir também. Parou os movimentos e inclinou-se no mais novo antes que fizesse uma cara de confusão, para beijá-lo. O beijou fervorosamente, engolindo os gemidos do mais novo e o fazendo engolir os seus, junto de sua língua.

 Virou Kaoru de bruços, o fazendo ficar de joelhos e com os cotovelos apoiados no travesseiro. Kaoru olha para trás para confrontar o irmão.

—Hikaru, não acha que...

 Antes que Kaoru pudesse terminar sua pergunta, Hikaru o penetrou e voltou ao ritmo animalesco de antes, empurrando o gêmeo mais novo com força, quem teve que se segurar firmemente. Kaoru foi pego de surpresa, mesmo a ideia de mudança no ato sexual ter sido sua, parecia que Hikaru já esperava por isso há mais tempo. Será que Hikaru já tinha pensando nisso antes dele?

 Não conseguiu terminar a linha de pensamento porque seus gemidos estavam mais altos que o trabalho na sua mente, seu corpo estava quente e suado, e só conseguia pensar em Hikaru naquele momento.

Hikaru... Hikaru... Hikaru...

 

—Hi-Hikaru! Ah!

 Hikaru sabia que ia chegar logo, mas não sabia se Kaoru já estava preparado. Puxou um pouco o cabelo do irmão para trás, enquanto masturbava seu membro que balançava a cada movimento. Estava tudo muito bom, e ambos gemiam alto e de prazer. Kaoru sentia um calor se aglomerando na barriga e fechou os olhos com força, sabendo o que estava por vir. Se derreteu na mão de Hikaru, sentia o formigamento na cabeça dos cabelos puxados lhe dando mais prazer, seu corpo sendo balançado pela forte penetração que o estava atingindo tão fundo... gritava em prazer e dizia palavras que não sabia se existiam no vocabulário.

—Kaoru... aah, ahh... eu...

 Antes que Hikaru pudesse avisar, Kaoru gozou na mão dele, gemendo em prazer e ao sentir o corpo estremecer e endurecer com o despejo de seu líquido na cama. Hikaru não suportou ver o irmão atingir o súbito prazer chamando por ele, e com as estocadas profundas veio também, gemendo alto quando orgasmo o atingiu, ainda rebolando um pouco para sensação durar mais para si e para Kaoru.

 Arfavam muito, e Kaoru jogou o corpo na cama, exausto, sem esperar Hikaru se recompor e sair dele primeiro. Hikaru se deixou levar pelo cansaço também e se jogou ao lado do irmão, o abraçando e jogando a perna por cima das costas do mais novo, que estava de bruços. Passou a mão pela testa suada do mais novo, afastando a longa franja, e dando-lhe um beijo tenro. Kaoru sorriu, e retribui amorosamente. Que sensação incrível de conexão.

—Eu te amo, Kaoru.

—Eu também te amo, Hikaru...

 Hikaru puxou a coberta que estava no fim da grande cama, e se enrolou com seu gêmeo. Agora que o fogo abaixou, o frio estava começando a aumentar.

—Hikaru...

—Sim?

—Você... já sentiu vontade de fazer isso antes? Ou já... fez... antes? – Kaoru não pôde conter a curiosidade. Hikaru o fez se sentir tão bem que parecia já ter alguma ideia.

 Hikaru encara Kaoru surpreso. Não acha que deu seu melhor, mas também não tinha experiência nenhuma, só fez o que achou que Kaoru fosse gostar, levando em consideração o que já fizeram juntos em tantos momentos íntimos. Claro que toda vez que via a bunda de Kaoru sentia vontade de apertá-la, morde-la ou até bater. Tinha seus desejos, mas nunca pensou muito nisso. Compreendeu a aflição do mais novo.

—Kao... é claro que não! – Beijou a ponta do nariz do mais novo. – Achei que você fosse gostar se eu fizesse o que fiz..., mas, não, nunca fiz isso. E estou feliz que foi com você minha primeira experiência, assim como as que estão por vir. – Sorriu para seu amado para confortá-lo. Kaoru sorriu de volta.

—Que bom... – Kaoru se ajeitou e se afundou no pescoço do mais velho, buscando conforto.

—Não durma, Kaoru.

—P-Por quê?

—Nós temos que voltar para o trabalho, lembra?

 Kaoru o encara. Trabalho?

“Merda. O Trabalho! Acabou demorando mais do que o esperado! E eu tenho reunião às...“

 Ele olha rapidamente para o relógio. Era 14:50h!

—AAAHH EU TENHO REUNIÃO ÀS 15H! – Ele jogou o cobertor pra cima, pulando da cama com um Hitachiin resmungando de frio. Correu para a porta do banheiro, mas foi pego por um par de braços o levantando do chão.

—Hikaru! Eu preciso me arrumar! É plena quarta-feira e eu marquei a reunião de design com o espanhol hoje!

—Deixe a secretária cuidar dele. Decidi que vamos ficar mais um pouquinho aqui...

—Mas é importante! Ai... eu devia ter deixado para fazer essa surpresa numa sexta-feira, ou sábado... – Bateu a mão na testa o chamando de estúpido mentalmente. Hikaru o deitou na cama novamente, e antes que pudesse alcançar seu celular, o mais velho o enrolou e agarrou seu corpo. – Hikaru! Me deixe ao menos avisar a Mei-chan para pedir ao visitante para esperar mais um pouco!

—Não. Fique aqui comigo, por favooor!

—Ai caramba. – Derrotado, Kaoru parou de tentar se desprender do irmão e se acolheu no casulo quentinho que lhe era fornecido. Sua mente estava trabalhando em como se desculpar com o espanhol que lhe traria ideias para esse inverno, porém...

—Kao... – Hikaru o beijou na testa, e começou a encostar seu nariz no de Kaoru, fazendo carinhos leves enquanto sua respiração quente deixava o mais novo corado.

“Droga... sempre consegue me prender com ele. ”

 Kaoru abraçou Hikaru, e se entregou ao momento.

—Mamãe vai fixar uma fera...

—Não vai não, vamos comprar um presente super maneiro de Natal para ela. E para a Ageha¹ também.

—É... vamos sim – Kaoru sorri com o pensamento de Hikaru, se afundando mais no abraço e nas cobertas.

 Pular um dia de trabalho não fará tão mal assim. Quem sabe o negócio com o italiano da semana que vem dê certo? E quem sabe não acabe cancelando também, sem querer? Afinal, não sabe quando poderá seduzir Hikaru novamente, com lista ou sem lista, com lembrança ou sem lembrança... assim como Hikaru o escolheu por ser o que é, ele sempre escolherá Hikaru, e sempre será assim.

“Obrigado por me amar, Hikaru. ” Sorriu e adormeceu, junto de seu amor.

Você não sabe como você é amável
Tinha que te ver, lhe dizer que preciso de você
Dizer que te escolhi

Conte-me seus segredos, faça-me suas perguntas
Oh, vamos voltar para o começo
Correndo em círculos, lançando a moeda
De cara, numa ciência à parte

FIM


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Notas finais do capítulo

Fim ♥ Ageha é a irmãzinha que a Bisco previa que os gêmeos tivessem. Pra mim, eles são muito grudados nela, já que não podem ter uma criança por manterem o relacionamento um segredo - e dos bons, não acha? Se você, coleguinha, está descobrindo Ouran agora, ainda sou fã, viu? Venha falar comigo, podemos montar fics! haha ♥
Obrigada à quem acompanhou, novamente. ♥



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