Rachel deu uma risada bêbada e disse com a voz arrastada:

- Quanto é que você mede? Meio metro?

Quil abafou uma risada recebendo uma cotovelada de Seth.

- Sabe... eu posso até ser baixinha. – Nessie disse – mas eu sou bem rápida e bem mais forte que você.

E então ela puxou Rachel pelo braço com incrível força e diante de todos os olhares arrastou a menina bêbada para o banheiro.

- Vamos curar essa ressaca, querida Rachel? – disse com debochada fúria e enfiou o rosto de Rachel na privada dando a descarga em seguida. Rachel se debateu e tentou bater em Nessie sem sucesso.

Nessie a puxou pelos cabelos e perguntou com sarcasmo:

- Já aprendeu a respirar debaixo d’água?

- Não.

- Que pena. – disse com cinismo.

E enfiou novamente a cabeça de Rachel na privada.

Só quando seus braços começaram a doer pelo esforço de manter Rachel com a cabeça abaixada foi que ela soltou a menina que logo após encher seus pulmões com ar atacou Nessie empurrando-a fazendo com que batesse suas costas com força na parede.

Nessie após se recuperar do golpe pulou em cima de Rachel puxando seus cabelos e arranhando o rosto da mesma.

Uma amiga de Rachel foi tentar tirar Nessie de cima dela, mas foi impedida pela mão de Carrie, que, seria e sensatamente disse:

- É melhor nem se meter.

- Ela é minha amiga.

- Nessie também é minha amiga, por isso eu te aconselho a manter distância ou vamos acabar que nem as duas. – ela apontou para Nessie e Rachel. – Você escolhe.

- Não vou deixar minha amiga ser espancada por aquela louca! – a outra disse.

Carrie suspirou e disse:

- Tudo bem. – então deu um soco na menina iniciando uma briga.

Leah tentou separar Carrie da menina, mas findou se machucando e esbarrando em outra que logo foi revidando.

- FOI SEM QUERER SUA LOUCA! – Leah berrou empurrando-a.

- ISSO AQUI TAMBÉM É SEM QUERER! – a outra gritou batendo nela.

Leah deu um chute na barriga da menina e disse:

- Querida, você vai se arrepender de ter me batido.

.....................................

Jacob correu até o banheiro feminino e o invadiu abrindo espaço entre os curiosos.

- Seth, você segura a Nes... – ele foi interrompido por um soco que Leah deu nele sem querer. Atingiu em cheio o olho dele. Jacob caiu e bateu a cabeça na cerâmica da pia.

- DESCULPA. ERRO MEU. – Leah gritou, mas não houve resposta.

- Jacob? – Seth perguntou e notou que o irmão estava desmaiado no chão. – Ah cara! Sempre tem um. – ele lamentou puxando o irmão pelo braço e o tirando do banheiro sendo arrastado.

UMA HORA DEPOIS...

As seis meninas estavam espalhadas pela pequena saleta.

Rachel, ainda bêbada, estava com uma compressa gelada sob o roxo em sua bochecha.

Nessie tinha vários arranhões pelos braços e manchas vermelhas e amarelas em seu rosto.

Carrie tinha um olho roxo e Leah era a única na sala que não tinha nenhum arranhão ou mancha de briga no corpo. Ela usava um óculos escuro que a deixava como um daqueles garotos de classe baixa de Forks que vivem se metendo em encrencas.

Foi então que o homem de terno entrou e sentou-se de frente a sua mesa.

- Rachel Bradson, Carrie Withlock, Leah Clearwater, Renesmee Cullen, Shelly Berry e Makenna Corcorran... Estou surpreso. – o delegado disse – Principalmente com a senhorita Cullen. 

Nessie suspirou pesadamente.

- A culpa foi minha. – ela disse – eu que comecei com a baderna.

- Sim, eu soube por testemunhas oculares. – o delegado disse pacientemente – No entanto quero saber o que levou uma moça do seu porte, de sua importância a fazer uma coisa dessas.

- O senhor bem sabe que eu sou casada, não sabe? – ela perguntou e ele assentiu – Rachel deu em cima do meu marido.

- Ela está bêbada! – Shelly defendeu.

- Pra começar ela já estava errada – Carrie se meteu – Não deveria estar bebendo antes dos 21. E se dar em cima de homem casado é pra desmanchar a moral.

- Posso falar delegado? – Leah pediu – A coisa foi a seguinte: Rachel esta alta pra cacete e deu em cima do Jacob porque foi um dos únicos garotos com o qual ela não foi pra cama. Nessie viu, pediu que ela tomasse vergonha na cara e não desse em cima de um homem casado e avisou que se acontecesse novamente não seria tão educada, Rachel a ofendeu fazendo uma referência a estatura de Nessie, Nessie se emputeceu e enfiou a cara dela na privada. Rachel se emputeceu e as duas saíram na porrada. Shelly quis impedir, mas a Carrie avisou que era melhor não, porque a Nessie quando entra em briga assim é pra sair pedindo arrego e disse que seria melhor doloroso se as duas saíssem no tapa do que tentar parar a Nessie e a Rachel, Shelly não deu ouvidos e a Carrie meteu um soco nela. Eu fui tentar separar as duas, levei um soco esbarrei na mau-educada aqui que eu não lembro o nome e ela começou a me bater, como eu não levo quieta meti a porrada também. Fim da narrativa.

O delegado suspirou pesadamente.

- Juan. – ele pediu pelo rádio. – Leve as três pro xadrez até os responsáveis chegarem. E separe as seis em duas celas bem distantes.

- COMO ASSIM PRO XADREZ? – Nessie berrou assustada.

- Abaixe o volume Srta. Cullen.

- Sra. Black. – ela corrigiu.

O delegado suspirou mais uma vez em impaciência.

- Ande logo com isso Juan. – apressou pelo rádio.

....................................

Nessie se sentia horrível. Tudo bem que bater em Rachel foi merecido, mas ela ir pra cadeia?

Nessie segurou a placa com seu nome e pediu:

- Me desculpe! – ao bater as fotos.

Leah foi a seguinte e apenas olhou mal-humorada para a policial feminina.

Carrie foi sorridente tirar suas fotos.

- Desculpe garotas. – Nessie pediu.

- Não precisa se desculpar. Estou achando tudo divertido. – Carrie disse sorrindo.

- Eu poderia estar, se não estivesse usando esse macacão ridículo. É laranja. Não combina com o meu tom de pele. – Leah resmungou e cheirou o macacão fazendo careta. – Eca. Ta com cheiro de cigarro, maconha e cheiro de sovaco suado.

- Credo! – Carrie disse enojada fazendo careta. Nessie imitou a careta de nojo.

Passadas meia hora a policial feminina chegou:

- Renesmee Cullen, Leah Clearwater, Carrie Withlock e Makenna Corcorran. Podem sair. Suas fianças foram pagas.

Nessie respirou aliviada.

- Ainda bem. – ela disse.

- Escreve uma música sobre isso. – Leah disse – “Estamos felizes, livres e confusas ao mesmo tempo”. É miserável eu sei, mas... estamos LIVRES! Bem a nossa cara.

- Tem que ser uma música animada.

- Como uma festa do pijama que vai acontecer agora. – Leah disse – Na sua casa, Nessie.

Nessie sorriu.

- Vamos nessa. Hoje tem Pôquer! – Carrie disse animadamente.

.......................................

Billy estava terminando de ajeitar seus papéis quando bateram em sua porta.

- Ah... Olá Jenna. – ele saudou com sarcasmo sua cunhada.

- Porque você me escolheu, Billy? – ela perguntou direta.

- Como assim?

- Você sabe muito bem do que eu estou falando. De você ter me oferecido dinheiro pra seduzir o seu irmão.

Billy deu um sorriso irônico como quem sabe algum segredo.

- Você se apaixonou por ele não foi Jenna?

Jenna engoliu em seco.

- Ah sim. Você se apaixonou por ele. Não está pensando em dar pra trás, está?

- Keith não me ama. – ela disse melancólica. – Ele não ama Jenna Hawkins. Ele ama Jenna Cruz, a americana que cresceu no México e tem sangue latino. Essa não sou eu, Billy.

Billy se levantou de sua poltrona e parou bem na frente da mulher.

- Tem razão. Jenna Cruz é uma moça de família. Uma mulher recatada, fina e delicada. Jenna Hawkins é uma prostituta que eu encontrei em Las Vegas usando cocaína para conseguir fazer os programas do dia.

Os olhos de Jenna marejaram.

- Eu vou contar a ele – ela avisou – Keith merece a verdade.

- Ah sim. Imagine a reação dele ao descobrir que a mulher a quem ele deu o anel da mamãe mentiu pra ele!? Ele iria te denunciar na hora por Falsidade Ideológica.

Jenna respirou fundo.

- Você não vai contar a ele porque eu tenho a sua mamãezinha na mão. Eu a sustento. E se você não quiser que ela pare de tomar os remédios é melhor ficar de bico calado. Ou então sua mamãezinha irá morrer e sua filhinha irá para um orfanato. E você... usará um macacão laranja em alguma cadeia por aí.

Jenna deixou algumas lágrimas caírem.

Nenhum dos dois notou Sue parada em choque do lado de fora do escritório.

.......................................

UMA SEMANA DEPOIS...

- Não sei por quanto tempo vou continuar guardando isso, Bella. – Sue disse nervosa.

- Que tal contar logo de uma vez? – Bella sugeriu.

- Tenho medo de fazer isso.

Bella rolou os olhos.

- Sue... Coragem mulher! – ela disse brincando.

- Coragem é o Cão Covarde ta? – Sue brincou nervosa.

- Mas ele sempre salva o dia. – Bella observou. – Que tal você ser o Coragem e o Keith a Muriel?

Sue suspirou.

- Tem razão. Eu vou contar a ele. Só não sei quando.

- Antes do casamento, por favor. – Bella pediu.

................................

Nessie realmente havia sentido falta da Escola de Artes Swan.

Era ótimo estar lá.

- Oi Nessie, bem vinda de volta. – sua antiga professora de Balé, Kim, a saudou com um abraço.

- Oi, Kim... É bom estar de volta.

- Claro que sim. E sua mãe? Como está?

- Cansada, mas feliz. – Nessie disse sorrindo.

- Diga a ela que vou visitá-la logo que tiver uma folga. Esse lugar só não está pior porque James consegue controlar as coisas por aqui.

- Devo imaginar. Bom, deixa eu matar a saudade do estúdio daqui que ele é mais fofo e rosa do que o que eu trabalho.

Kim gargalhou.

- Posso apostar que sim.

Nessie continuou seu trajeto até o estúdio e se surpreendeu por ter um quarteto ali.

Nessie aproximou-se de Lyle, o aspirante a produtor musical e deu um silencioso oi para ele, pronta para ouvir o quarteto.

http://www.youtube.com/watch?annotation_id=annotation_839084&feature=iv&src_vid=l_lNTlP_3Bo&v=awz0Qf7uPSw

- UAU! – ela arfou e então teve uma idéia. Puxou seu celular e mandou mensagens rápidas para seu pai. – Lyle, manda uma cópia dessa música pro meu celular, por favor?

Lyle fez o que ela pediu.

Nessie saiu de sua cadeira entrando na cabine de Gravação.

- Isso foi... Impressionante. – ela disse se fazendo ser notada pela banda. – Oi. Acho que não conheço vocês. Prazer, Nessie Cullen.

- Sabemos quem você é. – o baterista disse.

- A cantora adolescente do momento. – o baixista disse.

- Você deu uma bela surra naquela menina. – a vocalista disse.

Nessie corou.

- Ah... foi na hora da raiva. Bem... eu queria saber se... Ok, eu não sou boa nisso. Mas eu quero vocês gravando na Red Room Records.

Os quatro músicos se entreolharam.

- Como é que é? – o guitarrista chiou.

- Vocês têm talento. A música de vocês é boa. Muito boa por sinal. Seria um pecado não deixar que o mundo visse isso. Qual o nome de vocês.

- Nossa banda se chama The Armor. – a menina disse – Eu sou Katherine Barton. O batera é meu irmão Jack. O guitarrista é Gabriel Jackson e o baixista é Nathan Collins.

Nessie sorriu.

- Sejam bem-vindos a Red Room Records.

MEIA HORA DEPOIS...

- Você tem certeza disso? – Edward perguntou pela milésima vez a Nessie.

- Eu tenho sim. – Nessie respondeu com firmeza. – E, não se preocupe, pode continuar com sua licença maternidade... – ela brincou fazendo referência ao tempo que ele estava em casa. – Eu vou produzir tudo.

Edward arqueou uma sobrancelha.

- Produzir?

- Sim, eu tenho contatos. Posso fazer isso. The Armor vai ser uma grande banda. Preparem os Grammy’s... – ela brincou.

Edward sorriu.

- Sabe, eu tenho que me acostumar a você toda independente e forte e... Muito parecida com sua mãe.

Nessie sorriu orgulhosa.

- Sou independente desde o dia em que segurei uma mamadeira sozinha pela primeira vez, papai. – ela disse – e eu tinha um mês e meio.

- Um mês e meio? – ele duvidou.

- Pode conferir com a mamãe. – Nessie disse convencida. – Bem, deixa eu ir. Tenho que ajudar a Leah com a mudança.

Ela deu um beijo na bochecha de seu pai e se foi na direção da casa de Carrie.

.............................................

- Sabe... – Leah começou – Eu não me sentia tão em casa desde que saí da casa dos seus pais.

Nessie sorriu.

- Devo imaginar... – ela disse.

Leah se levantou do sofá e foi em direção a cozinha. Abriu a geladeira e retirou de lá duas garrafas de cerveja que Quil trouxera para Jacob, que ainda estava lá.

- Vamos brindar. – Leah disse sorridente.

Nessie olhou para as cervejas hesitante e deu ombros pegando uma.

- A nossa vida que é uma droga. – Leah disse e Nessie riu dando um gole na cerveja.

Leah ficou em silêncio por alguns segundos antes de comentar insegura:

- Pode ser coisa da minha cabeça, mas... Eu acho que o Seth tava me jogando uma indireta... no dia em que a gente foi pra cadeia.

Nessie quase derrubou a garrafa de tanto susto e ficou imediatamente nervosa.

Leah observou bem a amiga e disse desconfiada:

- Você sabe disso não sabe?

- Ahn... Seth disse que você disse que achou que Jacob e eu somos fofos juntos... Como... Pôneis Malditos, mas não disse mais nada. – ela mentiu.

- Ahn-ran... – Leah disse não totalmente convencida.

Nessie suspirou cansada e perguntou:

- Quando foi que a gente deixou os rapazes tomarem conta de nossa vida?

- Ah, bem... Eu tinha nove anos. – Leah deu ombros. – Foi a pior coisa que já fiz na minha vida. Me deixar apaixonar por alguém aos nove anos de idade.

Nessie riu triste.

- É, né? Pelo menos você não se casou pra se separar depois. – comentou melancólica.

Naquele instante, Leah percebeu que a amiga estava sofrendo mais do que deixava transparecer.

- E você tem realmente uma sina de se apaixonar pelos caras errados. – Nessie brincou sorrindo abertamente – Os caras... problemas!

Leah rolou os olhos e deu um gole em sua cerveja sentindo a substância descer quente por seu corpo.

- A vida é foda. – disse brincando.

- É... Ah, arrume suas malas pro Natal. Vamos passar o Natal com a vovó e o vovô em Nashville.

- Wow! – Leah sorriu. - Adoro guerra de neve.

- Vai ser depois do casamento do Keith. – Nessie lembrou.

Leah suspirou.

- Só espero que a Sue faça seu trabalho direito. Não passei a madrugada toda costurando por nada! – ela disse fingindo irritação.

Nessie riu.

.......................................

23 DE DEZEMBRO, CASAMENTO DE KEITH.

Sue respirou fundo e entrou no quarto onde Keith se arrumava.

- Oi. – ela saudou com um sorriso e um falso tom animado.

- Oi. – ele sorriu nervoso. – Que tal estou? – ele perguntou.

Sue o avaliou dos pés a cabeça.

- Lindo. – disse. – Mas, eu gostaria de conversar com você, um instante.

- Claro. – Keith sentou-se na cadeira e Sue sentou-se na cadeira de frente a ele.

Sue suspirou.

- Eu não sei como fazer isso Keith, na verdade eu tenho duas bombas pra soltar em você. E eu me sinto horrível por ter que jogar tudo em você agora, mas... eu não tive coragem de jogar isso antes e se eu não falar agora não vou falar nunca mais. – ela respirou fundo e resolveu começar com a mais fácil. – Eu não acho que seja uma boa idéia você se casar, Keith. O primeiro motivo é... O primeiro motivo é porque eu te amo e não quero que você se case com Jenna por isso.

Keith arregalou os olhos.

- O segundo, por favor, fique preso na cadeira e preste bastante atenção no que eu vou te falar... Jenna não é quem você pensa que ela é. Outro dia eu fui a Concessionária de Billy conversar com ele sobre Seth e escutei uma conversa que ele estava tendo com Jenna.

Sue abriu sua bolsa e tirou um amassado papel de dentro.

- Isso é parte de um Dossiê que eu ahn, pedi pra preparar pra você. Não pense que estou feliz em fazer isso, Keith, por que não estou. Eu só não quero que cometa um erro.

Sue se levantou, beijou a testa de Keith e se retirou.

Keith respirou fundo e desamassou o papel lendo as informações.

Nome Completo: Jenna Andrea Hawkins

Data de Nascimento:14/04/1977

Filha de Dolores e Michael Hawkins, Jenna Hawkins nasceu e cresceu em Wyomissing, Pensilvânia. O pai morreu aos três anos de Jenna, a mãe se entregou à depressão. Jenna cresceu nas ruas sem cuidado algum. Usuária de Cocaína há mais de dez anos. Aos vinte e três anos, teve uma filha, uma menina chamada Nancy. Sua mãe, Dolores, está em fase terminal de Câncer Cerebral. Para suprir as necessidades da casa, dos remédios de sua mãe e da educação de sua filha, Jenna começou a fazer programas em uma boate local, onde lucrou muito até sua saída. Mudou-se para a Europa com a ajuda de Billy Black e em seguida para Forks, Washington, nos Estados Unidos, não se sabe o motivo. Atualmente noiva de Keith Black, com quem mantém um relacionamento estável.

Keith abaixou a folha atordoado. Billy e Jenna... A

Naquele momento a porta se abriu e era Billy.

Keith, não pensou, apenas desferiu um soco no irmão.

- SEU CALHORDA, MISERÁVEL, MENTIROSO. – Keith gritou batendo no irmão e chamando a atenção dos convidados.

Jacob e Seth entraram e juntamente com Edward, Jasper e Emmett seguraram e separaram os irmãos.

- O QUE DEU EM VOCÊ, SEU LOUCO? – Billy gritou sentindo o gosto de sangue em sua boca.

- O QUE DEU EM MIM? O QUE DEU EM VOCÊ PARA TIRAR JENNA HAWKINS DE WYOMISSING E TRAZÊ-LA PARA FORKS?

Billy ficou branco.

- Peraí que eu to perdida! – Leah se fez presente – O nome dela não era Jenna Cruz?

- Da última vez que eu vi sim. – Nessie disse também confusa e procurando o convite de casamento em sua bolsa. – Aqui ta Jenna Cruz.

- Então quem é Jenna Hawkins? – Carrie perguntou.

- Sou eu. – a voz embargada de Jenna soou chamando a atenção de todos. A mulher vestia um lindo e simples vestido branco que caía nela como uma luva. – Me perdoe, Keith. Billy me ofereceu dinheiro. Muito dinheiro e eu precisava dele para cuidar da minha mãe. E da minha filha.

Os olhares de todos se arregalaram.

- Ela tem catorze anos. – Jenna disse – e precisa concluir seus estudos. Eu não quero que ela tenha o mesmo futuro que eu tive.

O silêncio reinou.

- Me perdoe. – Jenna disse chorando e saiu correndo.

A tensão era imensa.

- Bem... – Leah disse desconfortável – Eu acho que o casamento acabou. É melhor eu ir embora.

- Eu também vou com você. – Nessie disse puxando a mão de Jacob.

Quando fora da igreja eles puderam ouvir o barulho de briga novamente.

- Sabe, se a Sue tivesse cantado teria menos barraco. – Leah comentou.

Foi quando Nessie avistou Sarah chegando a igreja.

Ela se aproximou do grupo.

- Olá, Nessie.

- Oi... O casamento não aconteceu. – Nessie disse.

- Oh, sim. Sue acabou de me mandar um torpedo. Vim buscar Billy.

Nessie hesitou e perguntou:

- Sarah... sei que não gosta de mim, mas... eu gostaria muito que você passasse o Natal comigo e com a minha família.

Sarah suspirou impaciente.

- Uma trégua. – Nessie implorou. – Apenas durante o Natal. É só o que peço.

Sarah olhou para Jacob e suspirou ao ver o filho acenar freneticamente para que ela aceitasse o convite.

- Tudo bem. Mas pelo Jacob, que fique claro.

Nessie sorriu satisfeita.

TENESSEE, 24 DE DEZEMBRO...

Nessie tocou a campainha e logo uma máscara de palhaço surgiu gritando:

- FELIZ HALLOWEEN.

Nessie deu um grito agudo e assustado e empurrou a vasilha de abóbora cheia de doces que o palhaço segurava na cara do palhaço.

- AI! – a voz reclamou – Nessie sou eu. Tio Riley! – Riley tirou a máscara de Palhaço. – Tinha esquecido da sua fobia a palhaços.

- Você tem medo de palhaços? – Sarah perguntou.

- Tem sim. Desde os seis anos de idade.

- E você parecia um Serial Killer. – Nessie se defendeu entrando na casa de seus avós. – E tio Riley, é Natal e não Halloween.

- Ele sabe. – a voz animada de Reneè soou. – Mas esse ano vamos comemorar todas as festas em uma. Agora é a hora do Halloween, você perdeu a Páscoa querida. Oh que maravilha! Mais pessoas para comer do meu guisado! Venham entrando. – ela disse e todos obedeceram. - Eu sou Reneè, a matriarca dessa família. Bem-Vindos ao Lar dos Swan. Você... – ela apontou se aproximando de Jacob. – É um prazer conhecer o maridinho fofo da minha netinha. Nessie, ele é mais bonito pessoalmente... AH, e você deve ser a mãe dele. Muito prazer, você fez um excelente trabalho na produção do seu filho, ele é um gato, se eu não fosse tão velha... Ok, esqueça, nem assim, sou louca pelo meu velho Charlie. Oh, Nessie... esperava já ver você com um pouquinho de barriga. Mas não tem problema, se puxar para a sua mãe não vai ter barriga de grávida até os cinco meses!

Nessie corou.

- Vovó, eu não estou grávida. – ela murmurou.

- Ah, bem. Eu sabia. Logo vi pela cara. Muito pálida, por sinal. CHARLIEEEE. NESSIE CHEGOU E TROUXE VISITAS! Leah, Carrie... Meninas, como cresceram. Onde estão Alice, Jasper, Bella e Edward? Oh, desculpe as meninas acabaram de ter bebê, não é? Não devem sair de casa! Por falar nos Cullens... ROSIE, EMMETT, LOGAN DESÇAM AQUI. OS ATRASADOS CHEGARAM! Riley leve todos a seus quartos. Ponha a sogrinha de Nessie no quarto ao lado do de Leah e Jacob no quarto de Nessie. São casados não são?

Nessie e Jacob coraram.

- Ora, pra que essa vergonha toda? Não estão fazendo nada que eu não faria. CHARLIE, DESÇA LOGO SEU VELHO PREGUIÇOSO!

Nessie escondeu o rosto em suas mãos.

Sarah estava com muita vontade de rir.

Reneè era uma figura!

- Estão cansados? – ela perguntou enquanto Rosalie, Emmett, Logan e Charlie desciam.

- Não. – Jacob, Sarah, Nessie e Carrie disseram.

- Sim. – Leah disse bocejando.

Reneè riu.

- Seu quarto de sempre a espera. Bom descanso meu anjo e nada de biscoitos debaixo da cama.

Leah sorriu assentindo e subiu dando um beijo na bochecha do velho Charlie.

- NESSIE! MINHA GAROTA! FOI INDICADA AO GRAMMY ESSE ANO? – ele perguntou rodando-a no ar.

Nessie gargalhou como uma criança feliz.

Carrie cumprimentava seu tio Emmett.

- Todos prontos para a abertura de...

A campainha tocou novamente e Riley colocou a máscara de palhaço só para atender.

Para a surpresa geral, eram os Cullens, com os bebês e tudo mais... E Riley levou um soco de Alice por assustar Chelsea.

- E assim, nasce mais uma menina com fobia a palhaços. – Bella brincou. – Olá mamãe. Sarah! Que surpresa vê-la. Papai, que saudades. Beijos pra todo mundo tenho que ir ao meu quarto. Edward, leve as coisas lá pra cima sim? Não comecem a abertura sem mim. Alice venha comigo. Vou te mostrar seu quarto.

E dando um rápido cumprimento a todos eles subiram.

Reneè suspirou de felicidade.

- É tão bom ter a família inteira para o Natal. Vamos a abertura de Natal. Todo mundo para o celeiro.

Sarah ficou confusa.

- Celeiro? – perguntou a Jacob, mas fora Nessie quem respondera.

- Tradição. Lá é onde funciona a “Sala de Música”.

Quando chegaram lá, descobriram que o “Celeiro” era nada mais que uma sala de coral onde Tanya, Sam, James, Victoria, Jessica e Angela os esperavam.

Então fora esperar os outros chegarem e Charlie disse:

- Bem vindos visitantes. Somos a família Swan e, como tradição, temos um número musical para vocês. Meninas.

Tanya, Jessica e Angela foram sorrindo para a frente.

http://www.youtube.com/watch?v=u_6jvEex8n8

- A Tanya canta? – Jacob perguntou abismado a Nessie.

- Todos nessa família cantam.

- Bella, sua vez. – Tanya cantarolou.

Bella rolou os olhos fuzilando a irmã com os olhos.

- Vamos, Rose?

- Vamos nessa. Enquanto isso, alguém cante alguma coisa, por favor. Vamos decidir qual música cantar.

- VAMOS FAZER O NÚMERO DA FAMÍLIA. – Angela sugeriu.

Nessie suspirou e disse:

- Vamos, eu tomo o lugar da mamãe.

Ela tomou seu lugar no “palco” ao lado de Victória, Jessica, Sam, Riley e James.

http://www.youtube.com/watch?v=Gcatxob0WNI

Jacob ria e se divertia como todo mundo que assistia. Até mesmo Sarah deixara a carranca de lado para aproveitar o Show daquela família excêntrica.

Nessie sorriu arfante e com o rosto corado sentou-se na frente de Jacob, ao lado de Carrie.

Jacob franziu a testa. Desde quando Nessie não sentava do seu lado?

- Como você fez aquela coisa com o Riley? – um menino, não muito mais velho que Jacob perguntou a ela.

- Anos de prática. Ah, muito prazer, Renesmee Swan Cullen Black. – disse estendendo a mão educadamente ao visitante. – Filha da Bella e do Edward.

- Ah. – ele fez em reconhecimento - Agora eu sei de onde te reconheci. Do VMA, dos outdoors anunciando seus Shows. Eu sou Flynn. Flynn Donald.

- Irmão da Maria. A namorada do tio Riley. – Nessie reconheceu.

Maria deu um soco no irmão.

- Ela é casada Flynn. – disse em alerta brincalhão.

Jacob pôde agradecer a ela mentalmente.

- Eu sei. Só estou cumprimentando. E seu marido, onde está? Sou um jogador de basquete também.

Jacob se inclinou colocando seu rosto propositalmente entre os dois.

- Muito prazer Jacob Black. – disse estendendo a mão em falsa cortesia.

Flynn estendeu a mão e naquela hora uma outra música começou.

Sarah se inclinou para frente e comentou com os adolescentes:

- Bella está em muito boa forma pra quem acabou de ter um bebê.

- Ela pratica Pilates todo dia de tarde quando o Ronan ta dormindo ou quando o papai ta cuidando dele. – Nessie disse. – E ela faz aulas de Spinning como quem bebe água. Papai até comprou uma Bike pra ela não sair de casa.

http://www.youtube.com/watch?v=jC8xCxh3TaM

Até Nessie estava impressionada.

- Essa é a segunda vez que fazemos essa performance. – Rose avisou – a primeira foi há dezessete anos trás.

E elas foram aplaudidas.

- Que lindo. Estão todos liberados para... Fazerem o que quiserem. Podem até destruírem a cerca se quiserem. – Reneè disse.

- GUERRA DE NEVE NO JARDIM! – James gritou feito uma criança. E todos saíram correndo menos Bella, Alice, Jacob, Sarah e Rose.

- Eu vou indo... – Jacob anunciou e saiu correndo.

Ao chegar lá, viu, desgostoso, Flynn e Nessie rindo e fugindo das bolas como se fossem velhos amigos.

Ele estava perdendo sua Nessie!

Suas mãos fecharam-se em punhos. Não. Ele não a iria perder. Ele lutaria até o último fôlego por ela.

Correu em direção à cerca que dava para a rua tendo uma idéia. Nashville não era uma cidade tão grande assim. E ele queria fazer uma surpresa para Nessie.

.................................

Billy estava em seu escritório quando de repente sentiu cheiro de fumaça.

Curioso, ele saiu em direção ao cheiro e ao ver, entrou em choque e desespero.

Haviam posto fogo em sua concessionária.

Ele procurou pelo extintor de incêndio, mas lembrou-se de que nunca o comprou. Imprudência agora ele via. O fogo espalhava-se rápido pelo local.

O ar começou a ficar rarefeito e Billy não viu outra alternativa que se não sair de lá.

Ele tentou correr até a porta, mas logo ficou sem ar, tentou puxar um pouco sem sucesso.

Estava morrendo.

Fechou seus olhos e parou de respirar.

Incrivelmente, ele ainda conseguia sentir tudo a sua volta. O chão, o vento frio... Vento frio?

Ele abriu os olhos voltando a respirar. Sua visão embaçada. Apenas um vulto embaçado. Alguém que ele conhecia bem. E que havia posto fogo em sua concessionária.

Era Seth, provavelmente a mando de Keith!

Quando Seth viu que ele estava de olhos abertos, saiu correndo.

“Correndo como um criminoso” Billy pensou furioso.

...................................

Jacob estava esperando a noite. Logo após a meia noite para entregar a Nessie a surpresa dela.

Ele passara a tarde inteira trabalhando naquilo e estava mais moído do que se fosse o Homem de Ferro no filme dOs Vingadores e não tivesse Shawarmas pra comer depois.

A família se reuniu na sala as dez e meia da noite, todos vestidos com fantasias que caracterizavam o Natal. Nessie, usava um vestido que parecia ser feito de fios dourados e botas pretas. Seu cabelo ruivo-escuro estava preso com uma tiara dourada de estrela natalina.

Jacob estava de Ajudante do Papai Noel. Com falsas orelhas verdes e um gorro de Natal.

- Bem... em algumas horas será o Natal. – Reneè disse calmamente como não tinha falado o dia inteiro. – E eu juro, que nunca vi um Natal tão... lindo nessa família. Eu queria agradecer a todos por terem vindo, mesmo sendo loucura viajar com bebês recém-nascidos. Mas eu queria agradecer principalmente a Edward e Jacob. Por devolverem esse sorriso lindo aos rostos de Bella e Nessie. Obrigada por fazerem desse natal um dos mais especiais de todas as épocas. Obrigada Esme e Carlisle por estarem fazendo parte de nossa família hoje. Obrigada por tudo. Que tal uma última música? Edward e Nessie, poderiam nos dar a honra? E por favor, querida, não cante White Christmans novamente.

Nessie sorriu enquanto Edward se punha ao piano.

http://www.youtube.com/watch?v=Xa2ignKcS3U

A voz de Nessie era doce, calma, forte e bela. Enchendo Jacob de paz e orgulho.

Em um determinado momento, um dos tios de Nessie, Mike Newton acompanhou-a no violino.

Sarah tinha os olhos marejados de emoção. Ela nem se lembrava da última vez que estivera em um Natal tão cheio de paz como aquele. Tão lindo e tão... Familiar como aquele.

Ela apertou a mão de seu filho sentindo-se próxima a ele como nunca.

Quando Nessie terminou de cantar, Charlie gritou:

- FELIZ NATAL PARA TODOS!

E começaram os abraços e as felicitações.

Jacob puxou Nessie dando-lhe um beijo de tirar o fôlego e disse:

- Quero te mostrar uma coisa. Vamos?

Nessie apertou sua mão na dele e discretamente eles saíram em direção ao jardim.

Colocaram seus casacos, agasalhando-se bem e Jacob a levou a casa da árvore.

Confusa, ela subiu com ele logo atrás.

Quando entrou ofegou em surpresa.

Tudo estava decorado lindamente com pisca-pisca dourado. Haviam velas e um violão que Nessie nunca havia visto na vida.

- Passei a tarde inteira trabalhando nisso. – Jacob disse. – Eu mesmo fiz o Violão. Queria te dar de presente de Natal. Comecei a fazer semana passada, mas não sabia como te dar. Acho que... quando vi a casa da árvore tive uma idéia, mas ela estava quebrada e descuidada. Tive que fazer uma Reforma Relâmpago, isso depois que sua mãe deixou escapar que você sempre adorou Casas Na Árvore. Gostava de se sentir como o Tarzan.

Ambos riram e Nessie tinha lágrima nos olhos.

- Achei que ficaria feliz.

- E eu estou, Jake. – ela disse suavemente. – Estou muito feliz. – ela o abraçou e o beijou.

Ele a abraçou fortemente pela cintura e ficaram assim, abraçados.

De repente Nessie riu.

- Aquilo ali... é um pôster dOs Vingadores?

- Você é viciada na Marvel. – ele deu ombros. – Mais precisamente no Homem de Ferro e no Hulk. O que eu agradeço muito. – ele brincou.

- Porque? – ela perguntou rindo confusa.

- Porque o Homem de Ferro tem a ruiva dele, o Hulk vira um monstro verde. Sem chances de você me trocar por eles. – Jacob brincou. – Se fosse o Thor eu também nem me incomodaria ele tem a Jane, agora o Capitão América... Eu iria montar guarda em você.

Nessie gargalhou.

- Ele é muito velho pra mim. – ela piscou divertida e o beijou. – Prefiro alguém... Moreno, alto, jogador de basquete... um playboyzinho muito carinhoso, por sinal.

Jacob riu.

- Eu te amo ruiva.

- Vou ignorar isso porque me lembrou da Scarlett Johansson no Homem de Ferro 2.

Foi à vez de Jacob gargalhar.

- Ela é muito velha pra mim. – ele piscou e ela o beijou.

MAIS TARDE...

Nessie aproximou-se de Leah e pegou uma bebida qualquer que um dos seus tios malucos lhe ofereceu.

- Onde estava? – Leah perguntou – seu pai me perguntou agora a pouco e eu disse que tinha visto você ir em direção ao banheiro trocar o absorvente. Só pra não dizer que vi você e Jacob saindo em direção a Casa da Árvore.

Nessie sorriu.

- Não aconteceu nada do que você está pensando, sua pervertida. Ele me fez uma surpresa muito linda. Mais tarde eu te conto. – ela disse e bebeu um pouco de sua bebida. Ela sentiu o líquido arder e olhou para dentro do copo com olhos arregalados. – Vodca! Aqueles sem-noções me deram Vodca!

- Sem problema. – Leah disse trocando seu copo com o dela. – Adoro fazer uma troca básica.

Nessie gargalhou e Carrie se aproximou das amigas.

- Feliz Natal. – disse a loira. – Sabe, é a primeira vez que me sinto em paz desde o meu aniversário.

- É, porque foi no seu aniversário que a bagunça toda começou. – Leah disse. – Mas, concordo com você. É realmente, um Feliz Natal.

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27 DE DEZEMBRO, DE VOLTA A FORKS.

Leah estava megamente feliz em voltar a escola.

- Oi, Seth! – ela saudou.

O rapaz olhou para ela e sorriu.

- Oi. Tudo bem com você?

- Pela primeira vez? Sim. – ela disse.

Seth mordeu os lábios e disse:

- Não me bata.

E então a beijou.

Leah arregalou os olhos e apesar do pedido dele, desferiu um forte e estrondoso tapa na cara dele.

Seth a encarou sem expressão enquanto ela reunia suas palavras e dizia um ofendido e indignado:

- Seu tarado!

E saiu entrando na escola como se estivesse correndo do diabo.

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- Ele te beijou? – Carrie duvidou.

- Beijou. Usou até língua. – Leah disse ultrajada.

- Credo! – Carrie disse entrando na biblioteca onde havia marcado de encontrar-se com Nessie, mesmo com Leah gritando e dizendo: É ZONA VERMELHA, EU NÃO ENTRO! AH TA BOM VOU ENTRAR!

Foi então que ouviram um barulho que definitivamente não pertencia a escola.

O barulho de um tiro.