Between Us escrita por AppleOC


Capítulo 1
Between us


Notas iniciais do capítulo

Capitulo em homenagem a leitora KaterinaPetrova, que me inspirou a escrever.



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And I've been a fool and I've been blind


I can never leave the past behind

I can see no way, I can see no way

I'm always dragging that horse around...


Capitulo unico


Katherine não conseguia acreditar naquilo!

Ela quase pode sentir o gosto da liberdade em sua boca, então Elijah interviu.

Como ele sempre fazia, pensou amargamente.

Foi assim quando ela era humana, mas Katherine tinha absoluta certeza de que assim como naquela época, ela iria escapar. Só ainda não tinha certeza de como.

Agora, encontrava-se sentada no chão sujo da maldita tumba, ela já tinha batido nas paredes liberando toda sua raiva e revolta. Então, tudo o que lhe restava era se sentar e tentar não olhar para o livro de sua família.

A vampira não pode aguentar a curiosidade quando Elena trouxe e o folheou avidamente, era a historia de sua família no final das contas. Tinha até um desenho seu e de seus pais. E, para sua vergonha, Katherine não foi capaz de se controla quando o viu, suas emoções voltaram para a surpeficie e quando percebeu já estava chorando por eles.

Felizmente, ela já tinha se controlado, não podia permiti que sua humanidade voltasse. Não na situação que se encontra no momento.

Sob compulsão de um original, apenas esperando Klaus vir a cidade e ser entregue como se fosse um animal para o abate.

Katherine bufou com o pensamento, sempre odiou ser tratada como se não tivesse um pensamento na cabeça, felizmente, o movimento feminista surgiu no século passado. Embora, devesse admitir, os homens sempre a subestimarem tinha sido sua grande vantagem para sobreviver.

O primeiro a cometer esse erro foi Elijah, ele realmente acreditou em sua inocência, ela pode ver em seus olhos. Mas isso não o impediu de caçá-la quando fugiu. Katherine ainda se lembra do terror que sentiu ao ouvir sua voz na floresta:

Katerina? Eu sei que você está perto! Eu posso sentir o cheiro de seu sangue.

Ela tinha sido tão verdadeira com ele, achando que depois de tudo o que tinha acontecido na Bulgária, tinha finalmente conhecido um homem que merecia sua confiança...

Foi tudo era uma mentira! Elijah sabia muito bem que seu irmão planejava mata-la e não teria feito nada para impedi-lo.

Katherine fez dessa sua mais valiosa lição: nunca confie em ninguém.

Depois que virou vampira, o fato de poder desligar suas emoções foi certamente útil. Se ela não tivesse feito isso, provavelmente não teria nem pensado em fazer metade de suas ações. E depois de tanto tempo, ela simplesmente perdeu os valores morais de quando era humana. Então mesmo que voltasse suas emoções, ela não sentiria remorso nenhum.

–Katerina? – Sentiu um arrepiou ao ouvir a voz dele ressoar na tumba.

Ela já esperava que ele aparecesse.

Ainda assim, ela não se moveu, ficou sentada nas sombras ouvindo os passos se aproximarem. Katherine não respirava, nem fazia nenhum ruído nas ultimas horas, apenas estava sentada encarando a lanterna.

Ela simplesmente ergueu os olhos quando o som parou e ficou ali encarando Elijah, por que ela não se surpreendia pelo terno dele? Era apenas a cara dele se vestir tão elegante, como se fosse superior a todos.

Mas no fim, ele não tinha tanta moral assim.

–Então... Ainda enganando doppleganger alheias? – Perguntou em tom baixo, ela se sentia exausta, talvez Elijah a matasse, se pudesse ao menos irrita-lo o suficiente...

Qualquer coisa é melhor do que Klaus.

Infelizmente, ela conhecia Elijah, não seria possível faze-lo perde a paciência ao ponto de mata-la.

–Se me lembro bem, a única a enganar alguém foi você. – Elijah disse com o rosto completamente fechado.

–E faria alegremente de novo. – Ela admitiu com petulância, mas suas mãos tremiam um pouco. – Melhor os outros morrerem do que eu. – Caminhou para uma pedra e se sentou.

–Não me lembro desse seu egoísmo.

–Se chama senso de autopreservação. – Ela rebateu suspirando. – O que exatamente você quer, Elijah? – Olhou o Original odiando a sensação de impotência.

–Eu gostaria de ver no que o tempo a transformou. – Elijah sabia bem o que viver tanto tempo fazia com uma pessoa, ele viu cada membro da sua família se perde. – Saber como foi que se tornou tão ruim quanto Klaus...

Katherine deixou os olhos caírem em suas mãos, aquilo não deveria machuca-la tanto assim. Talvez ela esteja ficando velha o suficiente para não poder mais desligar suas emoções, a doppleganger tinha ouvido falar de coisa parecida ao decorrer dos séculos.

Sua mente praticamente entrava em pânico ao pensar na possibilidade de viver sentindo absolutamente tudo, mas, secretamente, seu coração rezava para que fosse verdade.

– Estranhamente, esse foi o jeito que encontrei de sobreviver. – Ela falou escondendo suas emoções no seu usual tom irônico.

–E qual é o ponto de sobreviver, se não pode viver? – Katherine olhou para Elijah.

–Oh vejo... – Ela murmurou parecendo entender algo, Elijah a olhou interrogativamente. – Você veio aqui para me tortura psicologicamente. É esse o plano, não? Me destruir por dentro e depois assistir Klaus me arruinar por fora? Quão fraternal de você...

–Cuidado com suas palavras, Katerina. – Ele a repreendeu.

–Por quê? Você esperava que fosse tímida e desse discursos de como o amor é necessário para viver? Eu não sou mais uma tola humana, Elijah, tenho mais de cinco séculos de vida. – Olhou-o um tanto amarga.

–É triste ver a criatura perdida que se tornou Katerina. – Katherine pensou ter visto um brilho triste em seus olhos, ela se viu irritada por ele ficar supondo coisas. – E você nunca foi tola, Katerina, mesmo quando era humana. Afinal, você escapou de todos quando ninguém achou ser possível.

–Falando nisso, Elena me disse que você matou Trevor. – Katherine comentou o olhando de lado. – Mas não Rose, por que isso?

–Ela não merecia pagar por algo que o irmão fez. – Elijah apoiou o braço na grade ao redor de um tumulo e colocou a mão no bolso. – Um irmão estupido que se apaixonou por uma humana. – Falou como se fosse a maior idiotice do planeta.

Katherine sentiu outra pontada no peito, em um determinado momento naquela época, a vampira chegou a achar que Elijah poderia estar apaixonado por ela. Obviamente, ela entrou em pânico, seu irmão, Klaus estava a cortejando, entretanto... Ela apenas não pode evitar se sentir feliz pelo pensamento.

Katherine passou todos esses anos dizendo a si mesma que motivo para isso era por que Elijah ficou ao redor dela mais do que qualquer outro. Por que foi gentil e lhe deu atenção, e como ela tinha acabado por ficar sensibilizada depois dos acontecimento na Bulgária...

Obviamente, era tudo coisa de sua cabeça de garota ingênua sonhadora.

–Vejo que continua não acreditando no amor. – Katherine comentou disfarçando suas estupidas emoções. – Isso é triste. – Ergue as sobrancelhas para ele.

–Você parece ter parado de acreditar também. – Ele rebateu no mesmo tom.

–Não, eu não parei de acreditar no amor, Elijah. – Elijah encontrou os olhos de Katherine. – Eu apenas parei de sonhar com ele, é diferente.

Elijah pode ler nas entrelinhas, ela achava que amor era uma fraqueza. O que era um tanto irônico, já que Klaus lhe falou a mesma coisa séculos atrás, quando ele queria salva-la.

–Sua conduta com o jovem Salvatore diz algo diferente.

–Stefan é problema da Elena agora. – Katherine espremeu os lábios. – Assim com Damon.

–Deve ser difícil, ver dois homens com que se importa brigarem por outra mulher. – Ele alfinetou sabendo que atingiria um nervo dela.

–Uma mulher que é idêntica a mim. – Katherine retrucou sentindo a irritação crescer em seu peito. Elijah se perguntou por um breve momento se Tatia se sentia assim do outro lado. – Eles não estariam a protegendo se eu não tivesse os feito se apaixonar por mim anos atrás.

–E novamente, tudo volta a você. – Elijah concordou. – Por que simplesmente não aceitou seu destino como Elena?

Katherine o olhou incrédula, ele estava falando sério?

–Por que eu não sou estupida. – Ela estava descrente demais para se preocupar com sua ousadia.

–É engraçado, o que você chama de estupidez, eu chamo de coragem.

Katherine olhou para Elijah e dessa vez não desviou rapidamente o olhar como tinha feito desde que o Original tinha entrado na tumba. Ela se ergueu da pedra, seu medo tinha ido embora depois do primeiro minuto, Elijah não iria mata-la, isso estava bem claro. Ele já tinha traçado seu destino em direção a Klaus.

Katherine enrolou as mãos em dois pequenos punhos, seus olhos estavam em chamas. Elijah achou sua reação muito... Interessante.

–Isso é inacreditável! Você está mesmo elogiando Elena por... Por... – Katherine suspirou exaspera. –... Por que ela aceitou seu destino? Que tipo de destino é morrer e ter o sangue derramado em uma pedra?! Isso não destino, é uma maldição!

Elijah quase sorriu com a palavra, ela mal sabia o quão certa estava.

–Eu acho corajoso e honroso se sacrificar pelos seus entes querido, coisa que você, minha querida, nunca faria.

–É claro que não, eu não tenho mais entes queridos, lembra-se? Klaus os matou, se ao menos eu soubesse... – Katherine desviou o olhar para o livro de família perto da lamparina. Elijah percebeu um fugaz sentimento de dor em seus olhos quando ela se focou no livro, mas fingiu não percebe. – Mas aprendi minha lição, passei todos esses séculos evitando qualquer coisa remotamente parecida com isso. – Ela acrescentou tentando recuperar a compostura.

–É por isso que você deixou os Salvatores pensarem que estava morta? – Ela estreitou os olhos para ele, Katherine tinha se esquecido como ele poderia ser sagaz.

–Para ser honesta, eu simplesmente nunca fui capaz de decidir entre os dois. Apesar de cada um ter estilo próprio na cama, ambos conseguiram me levar aos céus. – Katherine disse em tom malicioso enquanto virava de costas para Elijah, por isso não chegou a ver os lábios dele se torcerem em sinal de irritação.

–Você mudou bastante, aprendeu a desviar perguntas muito bem, imagino que é requerido ter esse talento para ser uma fugitiva. – Elijah comentou se recompondo, ele podia ver através do seu pequeno show.

–Você poderia apenas parar com isso? – Katherine gemeu se apoiando na parede e fechando os olhos.

–Parar com o que?

–Com essa analise de minha personalidade ... – Ela olhou ao redor quase desamparada. - Esse julgamento. Você não é ninguém para fazê-lo, nós dois sabemos disso.

–O que isso supostamente quer dizer? – Ele estreitou os olhos para ela.

–Que você é tão manipulativo quanto eu, talvez até pior. – Katherine arranjou coragem não sabe de onde. Ou talvez, ela estivesse apenas atuando, nesse ponto tudo estava confuso. – Me iludindo, me fazendo acreditar que era alguém que eu podia confiar e no fim planejava minha morte com Klaus.

–Não fale sobre coisas que não sabe, Katerina.

–Oh por favor, meu senhor, deixe-me saber se eu falei alguma mentira. – Ela o olhou sarcasticamente. – Você me prometeu que eu ficaria em segurança sob seus cuidados, quando me mostrei preocupada com Klaus vindo para casa com as roupas cheias de sangue. Mas foi você quem liderou o grupo que me caçava durante minha fuga. Você faltou com sua pala... – Ela se engasgou quando Elijah bruscamente a prendeu na parede com a mão fechada em sua garganta.

–Eu nunca faltei com minha palavra. – Seus olhos estavam mais escuros que o normal, mas ele não mostrou sua verdadeira face de vampiro, nunca fazia. - No segundo que confiou nas palavras de Trevor e fugiu, foi você quem me traiu. Não hesitou em acreditar nele, em vez vir até mim para saber a verdade, a traidora aqui é você, não o contrario. – Para sua surpresa Katherine deu uma risada sufocada.

–É por isso que você tem raiva de mim, não? – Ele a soltou, mas não se moveu a mantendo contra a parede de pedra. – Por isso me agradeceu por eu ter medo de você mais cedo, hã? Por supostamente trair sua confiança.

–Suspostamente?

–Sim, supostamente, por que você foi o primeiro a me trair. – Katherine apontou sentindo a magoa querendo voltar a superfície. – E provavelmente vai fazer de novo agora com Elena. Nós dois sabemos que não tem como ela sair viva disso.

Elijah se inclinou em sua direção, a mandíbula trincada era o único sinal de suas emoções. Ele ficou tão perto que ela teria dado um passo para trás se não fosse pela parede a suas costas.

Ela só tinha ficado perto do seu rosto assim uma vez, séculos atrás. Katherine havia o visto lendo no jardim e resolveu se aproximar, para sua vergonha, ela tropeçou e caiu em cima dele. Ela se lembra claramente, por que foi a única vez que viu uma expressão surpresa no rosto de Elijah.

E, bem, o irmão mais velho de Klaus não era exatamente feio de perto.

–Como eu disse antes, você não sabe de nada, Katerina. – Ele disse em tom baixo encarando seus olhos ilegivelmente, isso era o que mais irritava Katherine, ela nunca poderia ler Elijah. – Eu irei apreciar entrega-la a Klaus.

E Elijah não mentia, ele queria vê-la sofrer, ela merecia por tudo o que tinha feito. Ele tinha ido contra seu irmão, arruinando toda uma relação de confiança para no fim ela simplesmente trai-lo com aquela fuga.

Isso parecia ser uma coisa que as doppleganger faziam. Ficar entre irmãos.

Mesmo a adorável Elena o fazia, não era de proposito, Elijah podia ver que a mais recente doppleganger tinha um bom coração.

Ele se afastou de Katerina bruscamente e casualmente arrumou o terno. Elijah estava secretamente se deliciando com o olhar aterrorizado dela. Porém, por um instante ele pensou que talvez estivesse exagerando sobre a situação toda, se importando até demais com algo que Katerina fez anos atrás. Por um momento, ele lamentou o que disse e até sentiu pena dela.

Mas foi uma emoção fugaz.

Katerina não era mais aquela jovem ingenuamente doce e humana que sonhava com amor. Ela era uma vampira de quinhentos anos, tão mortal quanto qualquer um de seus irmãos foi, até mesmo tão esperta quanto ele.

Ele deu um sorriso polidamente diabólico e lhe desejou uma boa noite, antes de desaparecer da visão de Katherine tão rápido que se ela não soubesse de sua velocidade, acharia que tinha evaporado no ar.

Ela soltou o suspiro que não sabia que estava prendendo. Lentamente, se deixou escorregar na parede, não se importante com a dor nas costas que isso lhe causou. Seu olhar se voltou para a lamparina por alguns instantes e então para o livro de sua família.

Para sua surpresa, não estava mais lá.

Katherine apertou a terra do chão entre suas mãos, rangendo os dentes.

Se Katherine conhecia bem Elijah (e ela conhecia), essa era a sua punição por suas ações no passado. Mas ela não pode deixar de pensar que era interessante o fato dele não tê-la matado, por que era isso que Elijah acreditava ser a punição justa por traição.

Bem, agora era a vez dela lhe devolver a punição na mesma moeda.

Graças a Stefan, Isobel estava a caminho agora.

E quando ela chegasse, tecnicamente, Elijah não iria morrer.

Katerina Petrova sorriu para as sombras da tumba, enquanto seu plano de fuga se formava.

Ela ia escapar, como sempre fazia.

E agora sabia exatamente como.



And I'm damned if I do



And I'm damned if I don't

So here's to drinks in the dark at the end of my road

And I'm ready to suffer

And I'm ready to hope

It's a shot in the dark aimed right at my throat

'Cause looking for heaven, found the devil in me

Looking for heaven, found the devil in me

Well, what the hell

I'm gonna let it happen to me

(Shake it out - Florence and The Machine)





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Notas finais do capítulo

Bem, eu não desviei dos acontecimentos da segunda temporada, apenas expliquei um certo ponto de vista do relacionamento dos dois.
Sim, eu acho que tem algo ali. Dêem uma olhada na cena da tumba, prestem atenção no olhar dele para ela.
Anyway, sejam legais e me deixem um comentario com seus pensamentos, ok?
E se quiserem que sugeri que eu escreva alguma outra historia, é só sugerir ;D. Essa surgiu da sugestão de Katerina na outra one-shot "Tale of Siblings"
Bjos!
Até.
Maça



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