Vortex escrita por Dayse Aoi


Capítulo 6
Capítulo 6 - Proteção


Notas iniciais do capítulo

É PROMETI E NÃO CUMPRI, mas dessa vez a culpa não foi minha ^^ (corri)
Bom, e não sei se vcs perceberam mais tem uma parte do capitulo quatro que veio errado akie no Nyah, é uma parte que o Aki ta falando com o Aoi e explica o que o Kou fez com ele, então, é essa akie ooo:
"- Eu não estou evitando seu irmão. esse Yuu pensa que eu sou um burro, retardado.
- Ah não? Então por que será que toda vez que ele aparece você quer sumir?
E ainda fica todo vermelho só de ver ele! O que aconteceu aquela vez que ele foi te levar?
- Ele me beijou! disse irritado e com o rosto todo vermelho.
- Eca...
- Você perguntou, o problema é seu se está com nojo!
- Não eu não ligo, o problema eu que eu estou imaginando! Sai imagem maldita sai!
- Baka! me deu um tapa me fazendo rir alto.
- Agora você é meu cunhado? disse em meio a gargalhada.
- Vai pro inferno Akira! "
Tava tão na cara que o Kou fez isso ou não? e acho que sim kkkk'
Boa leitura ^^



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Capítulo 6  - Proteção 

Eu não poderia ter visão mais perfeita ao acordar, Aki estava por cima do meu braço direito eu podia sentir sua respiração bem de leve em meu rosto, levei meus dedos até os fios loiros que estavam caídos em seu rosto, vi que ele estava todo suado, talvez a febre tenha diminuído bastante.

Ele começou a se mexer, então resolvi tirar meu braço debaixo de sua cabeça sem acorda-lo, mas não tive sucesso ele acordou com meu movimento.

- Er... Como esta Aki? – perguntei ainda deitado.

- Melhor... – respondeu baixo com a voz roca. – Bom... Isso está meio gay não?

- Ah, é claro eu sou gay, e estou me aproveitando da situação pra te bolinar. - disse rindo e o fazendo sorrir também.

- Te dou um soco!

- Se você tiver força pra isso, bom... Acho que vou começar tirando sua camisa.

- Vai pro inferno! – disse com um sorriso largo que eu amo, é claro.

- Vontade não falta. – me levantei ainda sorrindo e sentindo a dor em meu braço por causa da posição em que estava.

- Não vou mais vir aqui não, estou correndo o risco de ser agarrado.

- Não está não, você não faz meu tipo! – menti.

- Além de bicha é convencido! – me mostrou a língua.

- Sou mesmo, e você é cabeçudo! Meu braço ta doendo pra caralho agora.

- Quem manda se enfiar debaixo de mim?

- Você que colocou esse cabeção em cima dele, então a culpa é só sua!

- Ta bom sou eu o gay da vez, adoro um homem, assim sendo acordei depois que você adormeceu puxei você pra perto e deitei em cima do seu braço, certo gatão?

- Ah, por que você não me acordou? Seria mais legal nós dois acordados! – disse fazendo um bico e logo senti um travesseiro na cara.

- Vai te fuder Kai!

- Um dia eu tento, prometo... Acho melhor você ir tomar um banho, ta todo suado.

- Não, vou ficar aqui mesmo! – disse se cobrindo novamente com o edredom.

- Ta ok seu porquinho, continue ai e deixe que a febre volte dessa vez eu deixo você morrendo.

- Duvido! – disse com o som abafado por conta do edredom.

- Quem duvida perde a vida!

- Quem me enche o saco é que morre cedo!

- Agora fiquei com medo. – disse irônico. - Vou fazer alguma coisa pra você comer, vai tomar um banho anda. – puxei o edredom.

- Chato! Quem vê pensa que tomar banho faz bem a saúde. – se levantou.

- Porco! Bom, a saúde eu não sei, mas o meu nariz agradece...

- Ok, eu estava só brincando velho ranzinzo!

- Hum... Bom no meu guarda roupa deve ter algo que seja de seu gosto, se vira!

- Se vira... - resmungou baixo com a voz fina, sai do quarto rindo, essa mania do Aki é irritante, da vontade de encher a cara dele de soco.

Eu fico tão leve com o Aki por perto, ele me transmite calma e eu me esqueço do mundo a fora, nem a prova que perdi está sendo tão preocupante mesmo sabendo da dor de cabeça que eu vou ter depois.

Se eu pudesse ter ele por perto todos os segundos da minha vida... Mas parece que é pedir de mais nee!

Me assustei com o barulho irritante do telefone e fui até a sala atender.

- Alô.

- Alô, Kai é o Ruki.

- Oi Ruki, tudo bem?

- Tudo... Quer dizer mais ou menos e você?

- Tirando que eu perdi uma prova está tudo normal! – riu baixo. – Mas o que acontece?

- Bom eu liguei pra saber se você viu o Aki, ou se ele ligou pra você. – qualquer um poderia notar o tom de preocupação em sua voz. – Eu não estava em casa ontem e quando cheguei hoje minha mãe disse que ele saiu de casa com mochila e que não conseguiu impedi-lo, nem o Kou sabe onde ele está!

- Ruki... Calma... Ruki.

- Você não imagina a raiva que eu estou do meu pai, sério...

- Ruki ele está aqui!

- Kami me perdoe, mas eu tenho vontade de esgana... O que? Está ai?

- Está, ele dormiu aqui e...

- Me deixa falar com ele. – Me cortou novamente.

- Bom ele esta tomando banho agora

- Ah... Bem... Desculpe a euforia, você deve estar rindo de mim.

- É admito que esteja sim, mas eu admiro esse cuidado que você e o Kou têm pelo Aki.

- Pena que ele não da importância nee! Ele poderia ter me ligado... – disse num tom baixo, talvez triste.

- Deixe de bobagem Ruki... O Aki tem essa mania de achar que está sempre atrapalhando a vida de vocês com os problemas dele, ele só é... Digamos, idiota. – ouvi uma risada.

- Sim, ele é...

- Então, se você quiser vim ver ele não tem problema...

- Não, não, é bom dar um tempo pra cabecinha de adolescente revoltado. – rimos. – Eu só quero saber como ele está e se precisa de algo.

- Acho que melhor.

- Como assim?

- Ele estava com febre hoje de manhã, creio eu que ele está melhor agora.

- Essas febres... Elas aparecem quando ele está bravo ou chateado... Certo, agora vou para de tomar seu tempo, estou bem mais aliviado em saber que ele está com você.

- Que isso.

- Qualquer coisa me liga, e fala pra ele avisar a minha mãe onde ele está que eu não vou poder voltar pra casa hoje, e também não estou a fim de ouvir ele me enchendo de perguntas que eu não posso responder. – rimos.

- Falo sim Taka.

- Até mais, e obrigado por cuidar dele.

- Não é nenhum sacrifício, até.

- Souka! – disse num tom irônico e desligou.

Será que eu dou tanto na cara assim? Também não me importa, eu não pretendo esconder o que sinto, e também não pretendo sair por ai falando.

Fico me perguntando como vai ser depois que ele descobrir, por que uma hora eu vou acabar falando, ou ele vai acabar descobrindo...

Será que é pedir muito que ele ao menos não vire a cara pra mim?

Começo a imaginar tudo que é tipo de situação e isso é estressante, o pior é quando me vem em mente reação de repulsa que ele pode ter de mim.

Estou ficando louco, essa historia esta me deixando cada vez pior, acho que desistir seria... Mais fácil, poderia ser menos complicado.

Dei um pulo ao ouvir a campainha tocar, tenho que aprender a para pra pensar só quando estiver indo dormir ou no banho, sempre tem algo que atrapalha meus pensamentos idiotas.

Ao abrir a porta vi a cara nada contente de Kou junto com Aoi que não expressava nada além de um “oi” mudo.

- Kou... Aoi entrem.

- Desculpe aparecer assim aqui Kai, sem avisar...

- Não precisa se preocupar, entrem. – fechei a porta assim que passaram por mim. – O Aki está no banho.

- Como ele está? – perguntou Kou se sentando.

- Ele esteve com febre ainda hoje de manhã, mas esta melhor agora.

- Agradeço por ter cuidado dele Kai.

- Não agradeça Kou, você sabe que não é sacrifício nenhum.

- Sei sim. - deu um sorriso de canto mais do que normal.

- Idiota! – resmunguei baixo.

- Não fiz nada, está louco?

- Hum... Err, você chegou aqui com uma cara nada boa o que aconteceu? – ele olhou de canto pro Aoi e baixo a cabeça.

- Meu pai, como sempre... Fui até a casa dele pra saber o que estava acontecendo e brigamos novamente.

- Posso deduzir que é por que você começou a defender o Aki.

- Também, mas acho que ele ficou mais nervoso ao saber do meu namoro com o Yuu.

- Entendo... Gente eu ia pra cozinha preparar algo...

- Nossa to morrendo de fome e você fica ai de papo com esses dois! – brincou Reita.

- Pelo que vejo já esta melhor nee cara de pau! Eu vou pra cozinha fiquem a vontade.

- Mas é filho da puta mesmo! – disse Yuu.

- Filho da puta não nee amor.

- Foi mal esqueci.

- Que essa viadagem não seja contagiante, credo! – reclamou Aki.

Me sinto mal às vezes com esse jeito dele de falar sobre “viadagem”, me sinto cada vez mais distante, parece ofensivo mesmo sendo dito em tom de brincadeira, é como se ele quisesse mostrar que ele nunca vai querer nada com alguém como eu... Gay.

Uma vez ele me disse que não tinha problemas com homossexuais, até por que seu irmão e melhor amigo são namorados, mas com certeza comigo vai ser diferente depois que ele descobrir.

...

- Bom a gente tem que ir agora. – disse Kou se levantando.

- Fiquem mais um pouco. – disse batendo na mão do Reita que ia pegando a garrafa de cerveja.

- Me deixa beber um pouco, não vai matar.

- Nem pensar, eu não deixo por que o Kai tem que deixar? – perguntou Kou.

- Por que o Kai é mais legal comigo.

- Não é por que eu sou “legal”. – fiz aspas no ar. – Que eu vou deixar que você beba.

- Se fudeu trocha, eu só não vou reclamar por que eu sei que você me ama, mas que um dia você acabaria me trocando pelo Kai. – na boa, sabe aquela vontade de socar seu melhor amigo, eu quase sempre tenho ela.

- Como é ciumento, eu não troquei ninguém por ninguém ok!

- Trocou sim, você me deixou por causa do Kai. – reclamou Yuu.

- Cala a boca que você me trocou pelo Kou.

- O que? Que maldito você Aki, antes mesmo de eu começar a namorar com o seu irmão você já tinha me trocado pela Clara.

- Vamos sentar Uruha, por que a discussão vai longe.

- Mentiroso a Clara mesmo vive reclamando que eu do mais atenção pra vocês do que pra ela.

- Ah é! Então é comigo que você sai todos os fins de semana e é comigo que você vai e volta da escola.

- Nos fins de semana não por que você sai com o Kou, e você mora perto da escola nunca mês espera.

- Ta, cansei de ouvir já, vamos embora Aoi. – disse Kou se levantando novamente.

- Espera que agora eu esquentei!

- Esquenta com o seu namoradinho, lá no apartamento dele. – ficamos em silencio e em menos de segundos caímos na gargalhada.

- O Filho da puta mais respeito que sou seu irmão mais velho.

- Mais respeito você, fica me chamando de filho da puta! – rimos.

- Agora chega né gente, ta todo mundo se trocando aqui, e eu sou o único que sobra.

- E sobra como se o Aki me deixou por sua causa. – disse Aoi.

- Não, o Aki deixa todos nós pela Clara, e o Kou me deixa por sua causa.

- Troquei nada amor, você sabe que quando precisar é só procurar.

- Ei, Kouyou. – tive que rir ao ver a cara do Aoi.

- Ta parei, Aki você vai voltar quando pra casa?

- Não pretendo ficar atrapalhando o Kai.

- Você não atrapalha Reita.

- Eu tenho certeza que o Kai não se sente incomodado... Ele ama...

- Sim eu amo ajudar meus amigos – cortei antes que o retardado falasse alguma merda.

- Exatamente isso que eu ia dizendo. – sínico. – Kai eu preciso de um particular com você, pode ser?

- Po... pode, vamos pro meu quarto.

- Vai me contar tudo depois Kai. – gritou Akira.

- Cuida da sua vida safado, se fosse pra tu saber eu dizia na sua frente. – gritou Uruha.

Uruha praticamente me jogou pra dentro do quarto.

- Qual é seu louco?

- Até quando você pretende continuar assim?

- Assim como?

- Não se finja de retardado Kai, eu não gosto dessa situação.

- Eu não posso fazer nada se meu medo é maior, não quero perder a amizade dele Kou.

- Você nem tenta se aproximar Kai, quer o que?

- Quero preservar ao menos a única coisa que tenho dele! – disse num tom mais alterado.

- Se continuar falando assim, não vai precisar contar, eu mesmo digo.

- Kou... Você mais do que ninguém conhece a situação, ele ama a Clara e ele me tem como amigo.

- Você não conhece o Aki... Uke, ele está tão próximo de você, e ele nunca foi com ninguém da maneira que ele é com você, se você souber fazer as coisas com calma eu acho que...

- Eu prefiro deixar as coisas como estão, eu... Eu acho que ele vai me odiar, é melhor ter ele como amigo do que ver ele me detestando.

- Uke... Deixa-me tentar ao menos...

- Não... Não Kou eu agradeço, eu sei que você só quer me ver feliz e que se eu ficar mal você também vai ficar por isso eu peço que deixe as coisas como estão eu pensei que se eu me aproximasse aos poucos eu poderia conquistar ele, mas me enganei a Clara é muito mais presente, muito mais bonita e é uma garota, ele nunca vai querer nada comigo, ele não é como nós, gosta de mulheres. – senti meus olhos arderem e os braços de Kou em volta do meu pescoço.

- Ah Kai, eu odeio essa situação, na verdade eu odeio tudo que te deixa mal.

- Eu que sou burro, estou sempre querendo o que não posso ter, e o que tenho sempre perco, bom é melhor eu parar com essa choradeira. – disse me afastando pra poder enxugar as lágrimas. – Vamos voltar antes que seu Yuu pense que estou te agarrando aqui. – rimos.

- É... Vamos.

- Meus olhos, estão vermelhos?

- Só um pouquinho, mas dá pra disfarçar com o cabelo. – disse bagunçando minha franja.

- Para seu corno.

- É assim mesmo, a gente tenta ajudar e é chamado de corno. – rimos.

- Desculpa emotivo. – saímos do quarto, e assim que entramos na sala Aki e Yuu pararam de conversar, como se estivessem falando de nós.

- Algum problema mocinhos? – perguntou Kou com um tom de desconfiança.

- Se não estamos falando alto é por que não queremos que você saiba. – rebateu Aki com um sorrisinho sapeca.

- Veado!

- Você! – parecem duas crianças.

- Sou mesmo, agora eu vou mesmo Uke, eu te ligo pra gente marcar de sair no fim de semana, só nós dois, pra tomar uma cerveja! – deu ênfase a cerveja para irritar o Reita.

- Vou esperar.

- E eu senhor Kouyou?

- Você não pode tomar cerveja amor, e não se preocupe meu coração é só seu.

- Hum. – reclamou o moreno franzindo as sobrancelhas. – Vamos, até mais Aki te ligo mais tarde.

- Falou, liga mesmo vou esperar. – disse num tom sarcástico, os dois se despediram e saíram me joguei no sofá em frente ao Reita depois de ter fechado a porta.

- Que horas são? – perguntei olhando pros lados.

- Seis e meia. – ficou me olhando de forma intrigante.

- O que foi?

- É que eu queria saber se... Se eu posso ficar aqui por duas semanas, e sei que é muito e...

- Muito? Só das semanas, fiquei triste. – disse rindo e sorri mais ao ver o seu sorriso. – Pensei que seria por uns dois meses.

- Exagerado, não quero matar minha mãe do coração, e não quero te atrapalhar mais...

- Já disse que você não me atrapalha só me passa o número da sua casa depois pra eu conversar com a sua mãe, e falando nela, você já ligou?

- Liguei sim, ele mandou agradecer e ficou tranquila em saber que eu estou aqui.

- Olha, estou podendo mesmo, estou cheio de créditos com a família Suzuki. – ri.

- É está sim, poderia até me adotar.

- Boa ideia, acho que vou conversar com seus pais sobre esse assunto. – disse me levantando.

- E é ai que você perde os créditos com a família Suzuki, incluindo os senhores Kouyou e Takanori.

- E é ai que eu desisto de te adotar. – rimos. – Bom vou tomar um banho, depois ligo pra sua mãe, está com fome?

- Quer me engordar?

- Ta precisando nee!

- Idiota! Eu vou me deitar, estou com um pouco de dor de cabeça.

- Se piorar me avisa viu, não abusa dessas dores!

- Ta ok super-pai, não vou abusar dessa vez.

- Hum! – resmunguei dando as costas.

- Kai... – parei sem olhar pra trás. – Obrigado... Por tudo. – me virei só para lançar um sorriso e fui pro meu quarto.

“Super-pai” é isso... É assim que ele me vê como um pai, só preciso ocupar minha mente e me acostumar com isso.

Aki de alguma forma é meu, meu amigo, meu “filho”, e isso deveria me deixar ao menos feliz ou leve, que seja ele está por perto e depende de mim fazer com que ele continue pra sempre assim, mesmo que seja somente como um “filho”.


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Notas finais do capítulo

E então, o rolo é o seginte (le os tapas) eu tava no Anime friends (vi o Kaya haha ele é muito divoso)ai quando eu voltei pra casa não vi computador, não vi pendrive, resultado: não pude cumprir com minha promessa, desculpem...
Espero que tenham gostado, espero que tenha gostado Aline ^^
Até o prox *O*y