A Descoberta Da Semideusa escrita por Tia Malu


Capítulo 24
Somos Capturados.




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Depois de descansarmos por tempo suficiente, arrumamos nosas coisas e logo estávamos seguindo Bludins  morro acima. Segundo Bludins, no alto daquele morro havia um templo em ruínas, que segundo a coruja é de onde vinha a energia do mal.

Enquanto seguímos a coruja eu ficava olhando nervosamente para as cavernas. Estava com um presentimento estranho quanto aquelas cavernas...

De repente estávamos cercados por mais ou menos cinquenta guerreiros vestindo armaduras completas, a maioria portava espadas mais alguns estavam com lanças. Quando olhei mais atentamente vi que não eram guerreiros muito comuns, eram...

- Guerreiros esqueleto - falou Leandro, e eu fiquei me perguntando com diabos iríamos lutar com eles.

- Não tentem lutar ou será pior para vocês. - disse o guerreiro que vinha á frente. - Agora, venham conosco, nosso rei quer vê-los. 

Os guerreiros começaram a apontar suas lanças para nós, nos incitando a irmas para dentro da caverna. Estávamos andando pela caverna quando senti alguém segurar minha mãe. Era Rafael, olhei para os meninos e vi que eles também estavam de mãos dadas, logo entendi o que eles haviam feito. Aquilo era para que não fóssemos separados. Continuamos andando pela caverna pelo o que parecia uma eternidade, até que finalmente chegamos a uma grande posta dupla dourada guardada por duas dracaenas. Elas pegaram nossas espadas, mas não todas, elas deixaram meu anel-escudo e o do Renato em nossos dedos, e também tínhamos os pingentes, se bem que eu não sabia o que fazer com eles. Nos deixaram apenas com nossas mochilas, então elas abriram as portas e nós entramos no grande salão. 

Quando adentramos o local, percebi que era uma espécie de sala do trono. Um homem grande e com várias cicatrizes estava sentado no trono falando com um guerreiro (não um esqueleto, era um de carne e osso) que trazia um pequeno pacote pardo nas mãos. O guerreiro entregou o pacote ao homem no trono como se aquilo fosse algum tipo de explosivo e logo saiu apresado. O cara do trono percebeu nossa presença e abriu um sorriso um tanto quanto cruel.

- Ora, ora... Sejam bem-vindos semideuses, estava aguardando antenciosamente por vocês. - falou ele e eu fiquei com uma cara tipo "WTF?"

Eu e meus amigos largamos as mãos e eu percebi que o cara no trono esperava que um de nós falasse algo. 

- Como assim você estava nos aguardando? - perguntou Rafael.

- Eu tinha de ficar de olho nos meus sacrifícios não? - falou ele e eu não gostei nem um pouco da palavra "sacrifícios."

- Sacrifícios? Quem é você hein? E por que você nos raptou? - perguntei dando um passo involuntário a frente.

- Ora... se essa não é a nossa pequena deusa? Ou melhor, nossa semideusa que ainda não faz a menor ideia de quem realmente é. É de se admirar que você e seus amigos não saibam quem eu sou. - disse ele se levantando do trono. - Eu sou Agamenon, antigo rei de Creta, e os raptei aqui pois vocês serão meus sacrifícios!

- Acabou com o discurso? Ótimo. Como você pode estar vivo? - perguntei.

- Isso não lhes interessa ! Agora que estão aqui é a hora de trazer meu mestre de volta a vida! - disse Agamenon, ele deu uma ordem ás dracaenas e então começou a subir um lance de escadas que eu não havia percebido antes. As duas dracaenas nos cutucaram com duas lanças e nos fizeram seguir Agamenon.

*

Quando por fim chegamos ao final das escadas percebi que estávamos em uma espécie de templo antigo em ruínas. 

- Que lugar é esse? - perguntou Leandro em voz baixa para mim e os outros.

- Acho que esse é o lugar que Bludins nos falou. É o tempo da onde vem a estranha força que ela falou. - respondi ele.

- Muito bem semideuses, agora é a hora de vocês serem sacrificados. - falou Agamenon. 

- Só se for nos seus sonhos. - disse Renato e então eu fiz uma coisa estranha.

Sem pensar, peguei o pingente de minha pulseira e então quando me dei conta estava segurando um arco dourado feito de pura energia. Não tinha aljava nem nada, mas algo me dizia de que eu não iria precisar. Posicionei meus dedos como se estivesse segurando uma flecha e puxei a corda, então uma flecha prateada feita apenas de energia também apareceu na corda do arco.  Mirei no ombro de Agamenon e atirei, acertando meu alvo. A flecha acertou o ombro de Agamenon, que urrou de dor. 

Mesmo ele estando longe, com um único movimento de sua mão, me fez cair para trás e o arco sumiu. Ele avançava em minha direção com uma espada tirada sabe-se-lá-de-onde. Estava certa de que iria morrer, porém uma estranha luz o acertou ele cabaleoou.

-Deuses idiotas! Vocês não podem impedir o que vai acontecer! - urrou ele e logo desceu novamente as escadas de volta para a sala do trone, mas não antes de dar uma ordem para as dracaenas nos atacarem. 

Para a nossa sorte eram apenas quatro, elas estavam armadas com arcos e flechas e logo estavam atirando contra nós. Corremos para as ruínas do antigo templo e nos abrigamos ali. Não sei quando, mas dado um certo momento senti a falta de Leandro, aonde diabos aquele garoto tinha se enfiado? As dracaenas continuaram atirando flechas contra nós e estavam se aproximando cada vez mais. Estava considerando usar novamente o pingente de minha pulseira, porém Leandro apareceu com nossas armas. Eu peguei meu arco e minha aljava e apenas observei enquanto Renato jogava adagas nas dracaenas, mas parecia não estar dando muito certo. Então ele segurou seu pingente que se transformou em uma lança e a enfiou em uma das dracaenas que se aproximou do local aonde estávamos, porém assim que ele usou a lança a mesma voltou a ser um pingente. Já fora uma, agora faltavam três. Já havia pego minhas armas e estava pronta para começar a tirar minhas flechas, então de repente plantas surgiram nas pernas das dracaenas, e logo em seguida vários raios acertaram monstros, os reduzindo a pó. Bludins que devia estar em algum lugar ali por perto apenas observando o que acontecia, voou em nossa direção.

- Vamos logo semideuses. Este lugar está ruindo, venham, eu sei de um atalho até a praia. - falou a coruja.

- Ah, que ótimo, AGORA ela sabe um atalho! - exclamou Leandro e saiu correndo atrás da coruja junto com os outros.

Estava prestes a seguí-los quando percebi um pequeno pacote pardo no chão. Era o pacote que estava com Agamenon, com certza ele o havia deixado cair quando saiu correndo. Peguei o pacote e rapidamente o enfiei no bolso de minha mochila, então saí correndo atrás dos outros em direção á praia. 


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