A Descoberta Da Semideusa escrita por Tia Malu


Capítulo 11
POV - Sou obrigado a ir a um baile.


Notas iniciais do capítulo

Acho que este capítulo deve ter ficado mal feito e tudo o mais, mas ainda assim foi o melhor que eu pude fazer. Espero que gostem de ver um POV de um dos personagens para ver como ele se sente e tudo o mais.
Boa leitura ;)



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POV - Renato.

Acordar em um lugar que não era o meu quarto, com certeza não foi tão estranho assim. De alguma forma depois do estranho sonho que tivera eu soube que assim que eu acordasse, veria algo muito estranho. E de certa forma estava certo.

Em meu sonho eu estava em uma colina ao lado de um pinheiro aonde um dragão estava enroscado e em um galho havia alguma coisa dourada brilhando. O Velocio de Ouro. Como eu soube disseo não fazia a menor ideia. Estava olhando para uma estranha construção de chalés formando um U gigante, aparentemente estava sozinho, mas então de repente senti que não estava mais sozinho pois de alguma forma uma mulher de cabelos castanhos claros se materializou ao meu lado, e quando digo isso é porque ela apareceu mesmo do nada ao meu lado, e por incrível que pareça isso não foi nem um pouco assustador para mim. Ela era alta, tinha cabelos castanhos e seus olhos eram cinzentos. Usava uma blusa branca sem mangas, calças jeans simples e tênis all star pretos de cano longo. Ao olhar para ela pensei que estava vendo minha amiga Malu, que sumira misteriosamente, mas de algum jeito eu sabia que aquela moça parada ao meu lado não era ela, mas era assustador o quanto elas se pareciam.

– Não se assuste criança. Você ainda irá ver muitas coisas estranhas. - falou ela calmamente.

– Hã? Me assustar? Imagina, não estou assustado. Afinal quem é a senhora? - perguntei erguendo uma sobrancelha e então ela me olhou e percebi que seus olhos brilhavam um pouco.

– Ainda não adivinhou quem eu sou, criança? - perguntou ela com a expressão um pouco diferente.

– Você é a mãe da minha amiga, a Malu... Mas isso não responde a minha pergunta. Quem é você? - perguntei me sentindo um pouco confuso.

– Realmente não me admira que um filho daquele deus da guerra não me reconheça. - ela suspirou. - Sou Atena, a deusa Grega da Sabedoria meu jovem.

Ao escutar a moça falar que era Atena, a deusa grega da Sabedoria de alguma forma isso não me surpreendeu. Mais ainda assim era estranho, nunca acreditei em deuses gregos e agora estava falando com uma.

– Hããn... Está bem. Então o que a senhora quer comigo? - perguntei, sempre indo direto ao ponto. Fazer o que né?

– Só venho lhe dar um aviso semideus. Ajude minha filha, a sua amiga. E não se assuste com o que virá a seguir. - falou Atena, então tudo ficou escuro e eu acordei.

Estava deitado em uma cama que definitivamente não era a do meu quarto, várias pessoas estavam me olhando, me sentei na cama e quando olhei ao redor vi minhas malas ao lado da cama, não sabia aonde estava e nem como diabos havia ido parar ali. Fosse qual fosse o lugar em que eu me encontrava. Um cara chamado Victor me falou que eu estava em um tal de acampamento meio-sangue para semideuses e que não fora o único que aparecera misteriosamente no acampamento. Ele me explicou que ali era um lugar para semideuses, filhos dos deuses gregos. Pensei no sonho e em quando Atena me chamara de "filho do deus da guerra", então o cara que estava me explicando tudo, o tal de Victor, me falou que eu era um filho de Ares assim como ele. E enquanto ele me explicava tudo, me olhava com uma cara de quem esperava que eu começasse a gritar ou algo assim, mas sinceramente eu já tinha visto coisas estranhas demais para entrar em choque agora. E de alguma forma sempre suspeitei que eu nunca fora uma pessoa normal mesmo. Passei a manhã conversando com ele, o que não foi de todo mal. Ele me falou dos campistas então perguntei se havia alguma filha de Atena ali chamada Maria Luiza.

– Maria Luiza? Hmm... Sim, mas ela prefere ser chamada de Malu. - falou o Victor.

– Cara não acredito nisso. Ela chegou aqui a mais ou menos três dias? - perguntei.

– Sim, isso mesmo. Você a conhece? - perguntou o Victor.

– Sim, ela é minha amiga. Onde ela está agora? - perguntei.

– Olhe, acho que ela deve estar dormindo. - falou ele e parecia um pouco preocupado. - Mas podemos ir até o chalé de Atena dar uma olhada certo?

– Claro, vamos lá. - falei.

Seguimos para o chalé de Atena, estava pronto para bater na porta do chalé mais não foi preciso pois ela se abriu e eu vi a Malu, e para minha surpresa ela estava junto com a Lisa. Isso com certeza significava uma coisa. As duas eram filhas de Atena, estava começando a sentir pena dos outros filhos da deusa com aquelas duas ali. Isso certamente não iria dar certo. Depois de uma breve troca de palavras entre eu e a Malu, a Lisa falou que ela a estava levando para lhe mostrar uma surpresa da qual eu já sabia o que era. Só queria ver a reação da Malu ao saber que o Rafael, Leandro, Gabriel, Thaina e o Iury estavam ali. Definitivamente eu tinha de estar perto para ver isso. Seguimos para o lago e enquanto isso fui conversando com Malu, ou como estava pensando em passar a chamá-la: Corujinha. Chegamos no lago e quando ela viu quem estava ali fez uma careta que eu tive de me esforçar muito para não rir. Conversamos um pouco e tudo o mais soube que iria ter uma festa mais a noite que eu certamente não iria, então depois de algum tempo Malu foi em bora e o resto do pessoal também, até que por fim ficamos apenas eu e o Rafael ali. Mais depois de algum tempo fui em bora do lago também e fui andar pelo acampamento, esbarrei uma vez com o Victor e segundo ele estava procurando a Malu, o bichinho parecia bem apressado enquanto seguia em direção ao lago. Voltei a andar pela área comum quando vi a Malu ali, parada feito um poste.

– Malu... Ei Malu, sua surda! - chamei ela ao me aproximar.

– Ah oi Renato, fala o que foi? - perguntou ela se virando com uma expressão um pouco estranha.

– Ei não é nada, será que eu não posso querer conversar com uma amiga? - falei fazendo uma cara inocente eo ao olhar para ela percebi que não estava dando muito certo.

– Em geral você só me procura quando tem algo errado, ou quer encher meu saco mesmo. -falou ela dando de ombros e eu ergui uma sobrancelha.

– E você faz a mesma coisa comigo mocinha - falei dando um pequeno sorriso para a minha amiga.

– É porque quando EU faço é legal. - falou Malu voltando a andar e eu logo estava ao lado dela.

– Tá bom então Corujinha. - falei dando de ombros.

– Do que você me chamou? - perguntou ela parando de andar para poder me olhar com uma de suas sobrancelhas erguidas.

– De Corujinha. O que você vai fazer, vai me bater é? - perguntei um pouco mais presunçoso do que realmente queria.

– Não, mas essa é uma boa ideia, Javali Júnior. -falou ela voltando a andar e eu logo estava ao seu lado novamente revirando os olhos.

– Então Corujinha... Acho que agora seria um bom momento para me falar o que quiz dizer aquilo que o seu pai falou. - falei.

– Bem... é complicado. - falou ela com uma careta.

– Acho que eu posso entender. - falei tentando parecer confiante.

Ela pareceu nervosa por um momento então suspirou e me contou tudo, seus sonhos que estava tendo antes de chegar ao acampamento, o que havia acontecido quando ela chegara ali, seu sonho mais recente, sua conversa com Dionísio e o que ela achava que seu pai queria dizer. Ficamos em silêncio por um tempo, até que por fim ela o quebrou perguntando o que eu achava, e eu disse. Era tudo muito estranho, mas então ela começou a falar da festa e eu lembrei do Victor procurando por ela. Eu falei então e ela fingiu não ver a careta que eu fizera e quando eu falei aonde ele estava ela se foi, mas não antes de eu poder chamá-la de "Noctowl". Quando ela se foi, voltei a andar pelo acampamento. Era estranho ser um filho de Ares, todos ficavam te olhando estranho como se você fosse começar a bater nelas ou algo assim. Enquanto andava pelo acampamento encontrei com três meninas e a Lisa, as três meninas se apresentaram como Hevelyn, Helen e Lucia. Elas estavam indo em direção ao lago, será que estava tendo uma festa lá? Ou seria... Não, não pense nisso menino. As três meninas, também filhas de Atena, Lucia, Helen e Hevelyn foram para o lago enquanto a Lisa ficava para trás, ela me olhava com aquela cara de que ia começar a me cutucar, mas em geral ela só fazia isso quando a Malu estava por perto então não achei que ela fosse realmente a fazer isso comigo.

– Então Javalizinho, você vai ao baile mais tarde? - perguntou ela.

– A festa? Não, não vou. - falei dando de ombros.

– Não, não é festa, é um baile mesmo. - falou ela.

– Ah agora é que eu não vou mesmo! - exclamei balançando negativamente a cabeça.

– Por que não vai? - perguntou ela semicerrando os olhos.

– Porque não quero ir. - falei suspirando, era meio óbvio que eu não queria ir não?

– Sim, você vai. Todos vão ir, vai ser legal sério. - falou a Lisa fazendo um bico, e isso me deu medo.

–Se eu for ganho o que em troca? - perguntei.

– Nada, mas se você não for... - ela não terminou de falar, mas estava claro que era uma ameaça.

– Você não seria capaz de fazer nada comigo. - falei cemicerrando os olhos.

– Não? Paga pra ver... - falou ela.

– Está bem sua chata, eu vou. Feliz? - falei parecendo mais rabugento do que queria.

– Sim. - falou ela abrindo um sorriso enquanto ia para o lago atrás das irmãs.

Sinceramente nunca iria entender as garotas, principalmente se essa garota fosse a Lisa. Talvez a única que eu entendesse fosse a Malu mesmo, mas ela não era muito diferente das outras garotas, talvez só a entendesse porque ela era minha amiga ou algo assim. Já era final de tarde, era engraçado como o tempo passava tão rápido quando você estava aproveitando as coisas, logo seria a hora do baile e eu, infelizmente, tinha de ir me arrumar para o maldito baile se eu não quisesse que a Lisa me esfolasse vivo ou algo parecido. Segui em direção ao chalé de Ares, aonde junto com os outros dali comecei a me arrumar para o maldito baile.








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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram cupcakes?



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