POV Ambre

Bem, meu nome é Amber Wood, tenho 15 anos, morena, olhos azuis “elétricos”, como diria meu amigo, estatura mediana e... Bom, isso não importa, o que importa é minha história. Sou uma semideusa, hoje estou no Acampamento Meio-Sangue, no chalé de Hermes, por enquanto, ou não, mas acho que não sou filha de Hermes, nunca roubei nada, nem sou carismática, mas... Tenho que esperar. Bom, vou contar como vim parar aqui.

Estávamos eu e Jones, eu e Jones no internato de crianças e adolescentes “Problemáticos” como diz a sociedade. Tenho déficit de atenção e TDAH, estou aqui a uns cinco meses, uma mulher, que se diz minha madrinha, me muda de escola quando arranjo problemas apersar de não me lembrar dela eu aceito sempre.

Jones apareceu a quatro meses, meu único amigo. O pior de tudo, é ter de agüentar Ravi Bell e seu namorado tosco, Taylor Allen. Eles riem de Jones, porque ele é meio estranho e anda com mancando e com muletas, eu não ligo, sou estranha também.

Eu e Jones estávamos almoçando, ou melhor, ele estava, já que eu nem toquei na minha comida, e ele devorava tudo, inclusive ela. Eu não ligava, isso era rotina.

Quando ele terminou, fomos em direção à saída, de qualquer modo, tínhamos que passar em frente à mesa de Ravi Bell, eu não ligava, não tinha medo deles, mas Jones ficava nervoso,mas, infelizmente tínhamos que ir.

–Lá vem o lindooo casal. – Disse Ravi com ironia todos riram. Ela estava quase no colo de Taylor, olhei com nojo, e ignorei-a, Jones continuava quieto.

– Garota, Alô-u ninguém me ignora.- Disse ela irritada.

Segui em frente, ainda ignorando-a. Ele colocou um pé na minha frente, eu caí de cara no chão.

Todos riram de mim, por causa daquela vadia desgraçada, isso não ia ficar assim, não ia mesmo.

–Calma Amber. – Murmurou Jones com medo de minha reação.

Mas eu não me acalmei, estava possuída pela raiva. Senti um repuxo no peito e na garganta, quando vi, Ravi estava no chão, temendo e gemendo de dor, eu não sabia o que tinha acontecido, mas sorri com um prazer cruel ao vê-la assim.

– O QUE VOCÊ FEZ COM ELA? – Gritou Taylor com lágrimas nos olhos. Voltei a realidade. Jones me olhava assustado, tomos estavam em choque. (N/A: Isso não foi um trocadilho, kk.)

Quando eu pensei em dizer alguma coisa ouvi um barulho descomunal. Jones me olhou assustado e gritou:

–CORREEE AMBEEER.

Ele me puxou, só ouvi os gritos de Taylor, corri como nunca na minha vida, fiquei com medo do barulho, mas eu e Jones já estávamos cansados.

Um homem de um olho só, gigante uns 3 metros de altura, quebrou a parede e saiu. Eu já tinha visto isso, era um... Droga de TDAH, grr, Ci... Ciclote... Ciclope, isso, um Ciclope, eu já tinha visto em livros, na aula de latim, mas pera, isso era Mitologia, hã?

–Eu te protejo. – Disse Jones desesperado.

–NÃOOO!- Eu gritei mais ele já estava indo de encontro com o Ciclope. Como eu esperava, ele levou uma bancada antes de alcançar sua falta na mochila, eu já estava acostumada, ele dizia que sua flauta era sua proteção.

–S-seu colar, aperte-o. – Disse ele antes de desmaiar.

O Ciclope estava vindo eu minha direção, eu apertei meu colar.

Do nada, em minhas mãos estava uma linda adaga dourada, de fio duplo, fabricada pelo próprio Hefesto como um presente à Zeus, só fui descobrir isso depois, mas já falei agora.

O Ciclope recuou, mas logo veio novamente.

Eu fui o que minha mente mandou, fui de encontro com ele e fique rapidamente a adaga em seu coração, ele explodiu em pó dourado.

Estava assustada, mas quando ia começar uma dancinha da vitória me lembrei de Jones. Ele estava gemendo algo sobre hambúrguer de tufo ser bom, até que eu o sacudi. Ele me olhou assustado e disse:

–O-o C-ciclope.

–Calma, eu matei-o.- Disse receosa.

–Amb? Sério? Que orgulho!- Ele me chamava de Amb, eu não gostava, mas tolero.

Corei.

–Temos que ir para o Acampamento.- Ele pegou uma moeda, parecia de ouro, achei que era um dracma, e depois descobri que era mesmo. –Vamos ali no bebedouro. – Disse ele, eu fiquei meio “WTF?”, mas tudo bem.

Chegando lá, ele fez um arco-íris improvisado e disse:

–Oh Íris, deusa do arco-íris, aceite minha oferenda e me mostro o Acampamento Meio-Sangue.- Uma imagem tremeu e apareceu um homem em uma cadeira de rodas em frente à uma mesa jogando alguma coisa.

–Oi Jones. – Disse ele.

– Oi Quíron, preciso chegar logo ao Acampamento, estou em N.Y. mesmo.

–Passe o endereço. – Jones passou o endereço e logo chegaram dois lindos garotos em cavalos alados, ou melhor, pégasus.

~*~*~*~*~*

Eu fiquei hipnotizada, assim, não é normal dois deuses gregos em pegasus. Jones sorriu e gritou:

– Ei, Clarck, ei Tyler.

–Oi Jones. – Disse o moreno de lindos olhos azuis com corpo perfeito.

O outro, de cabelos negros e olhos escuros sombrios, mais magro que o primeiro, porém ainda lindo, deu um aceno com a cabeça para Jones.

–Essa aqui é Amber.-Jones disse.

Sinceramente não sou muito tímida, mas eu corei.

–Oi Amber. –Disseram os dois em sincronia. Até o garoto de olhos sombrios sorriu.

–Este é Clarck Mason. – Disse Jones apontando para o de olhos sombrios. – E esse é Tyler Herdenson. – Disse ele apontando para o de olhos azuis, ele sorriu, Clarck só deu um aceno de cabeça.

– Já contou à ela? – Perguntou Clarck.

–Ainda não, conto no caminho.- Respondeu Jones.

–Contar o que? – Eles se entreolharam. – O QUE É?- Gritei, Clarck sorriu, sim, Clarck, fiquei surpresa.

–Gostei dela.- Disse Clarck, eu corei.

–Vamos. – Disse Jones.

–Ela vem comigo. – Disseram Tyler e Clarck ao mesmo tempo.

– Nada disso, - disse eu- eu vou com Jones. Vamos Jones. – Disse enquanto ele continuava parado.

Tinha um pegasus branco e um preto. Subi no preto. Jones me seguiu.

– Desde quando você sabe guiar um pegasus? – Perguntou Clarck com as sobrancelhas levantadas.

–Desde sempre, fiz aulas, sei andar a cavalo, em um pegasus não deve ser tão difícil. – Eles me olharam surpresos. – Nós vamos hoje? Ou é para amanhã? – Os dois se entreolharam e subiram no pegasus. Os pegasus começaram a voar.

–Bem, - disse Jones,- precisamos conversar. – Jones me contou sobre os deuses, e sobre eu ser uma semideusa, no começo eu ri, depois eu fiquei impressionada e perguntei de quem eu era filha, ele disse que ainda não sabia e de quem ele era filho, ele disse que era um sátiro, e pelo o que eu lembrei, sátiros era protetores.

Contou que Clarck era filho de Hades, e Tyler de Poseidon. Eu pirei, eles eram filhos dos deuses, e de deuses legais, sempre adorei mitologia grega, e eu sempre amei Os Três Grandes, meu Deus.

Primeiro eu fiquei em choque, sei lá, eu era filha de um deus, como assim? Depois comecei minhas enoorme lista de perguntas até todos não me agüentarem mais.

Quando chegamos no Acampamento, Jones disse:

–Obrigada vocês dois, vou levá-la a Quíron, Tyler,depois, pode mostrar o Acampamento à ela?

– Claro, Jones, vou ficar te esperando aqui Amber. – Disse ele sorrindo e eu sorri também.

Clarck saiu pisando fundo, eu olhei-o confusa. Jones balançou a cabeça.

– Vamos Amber, Quíron quer conhecê-la. – Eu segui Jones até uma Casa Grande, na varanda estavam o homem na cadeira de rodas, Quíron, e um outro baixinho, rabugento com uma camisa de estampas de tigre. Ele me olhou entediadamente.

–Oi Quíron. – Disse Jones sorrindo.

–Não vai me cumprimentar, sátiro? Quer ser transformado em um cacho de uvas? – Disse rigidamente o baixinho, estranho, ele me era familiar, como se eu já tivesse visto ele em alguma imagem ou algo assim.

– D-desculpe s-senhor D-d.- Disse Jones nervoso. O Senhor D. revirou os olhos.

–Olá, - disse Quíron se dirigindo a mim.

–Oi.- Respondi timidamente.

– Sou Quíron, diretor de atividades do Acampamento Meio-Sangue, sua nova casa. E você é Amber, Certo?

–Isso. – Respondi.

– Jones já te contou tudo? – Perguntou.

Eu afirmei com a cabeça.

–Ótimo.- Ele sorriu. – Jones, leve-a ao chalé de Hermes, ou mande alguém fazer isso, certo?– Disse Quíron.

– Pode deixar Quíron, Tyler vai levá-la.- Jones disse e Quíron sorriu.

– Podem ir já, não vêem que estão atrapalhando o jogo? – Disse rispidamente Senhor D.

Saímos apressados.

Encontrei Tyler, e ele gentilmente me apresentou o Acampamento inteiro, falou de Annabeth, disse que tinha um irmão muito querido, um tal de Percy Jackson, só que ele estava desaparecido, falou de todos os semideuses mais “famosos” por aqui. Mostrou onde eu faria as atividades, e disse que sempre que eu precisasse eu poderia chamá-lo.

Ele me deixou no chalé de Hermes.

Onde estou nesse exato momento esperando a hora da fogueira pra ver se sou reclamada.

Foi assim que vim parar aqui.