Em Busca Da Felicidade. escrita por Jajabarnes


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Só um inicio. Não tem muitas emoções, mas espero que gostem mesmo assim ;D



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Eu tinha que ser rápida. Fechei o vestido sozinha, joguei o manto por cima dos ombros, prendi o cabelo num coque desajeitado, joguei os lençóis amarrados pela janela e desci, agora com mais pratica do que antes, pelo lado mais remoto do castelo. Cobri a cabeça com o capuz do manto verde escuro e corri pelo gramado até o portão lacrado que eu sempre escalava até o lado de fora, de lá, seguia para a cidade.

                Caminhei tranquilamente pelas ruas de Cair Parável, sempre movimentada, as crianças correndo com suas bolas improvisadas, as mulheres com suas cestas cheias das verduras que acabaram de comprar nas bancas espalhadas pela rua principal. Aproximei-me das fachadas das casas, andando colada no muro sem querer chamar a atenção, olhando em volta para certificar-me de que ninguém notara minha presença.

                Uma mão agarrou-me firmemente, puxando-me para a escuridão de um beco deserto e escondido da visão das pessoas. Ele me abraçou forte. Logo reconheci seu perfume, retribuindo o abraço apertado. Ele afastou-se de mim dando-me um beijo sedento que matava a saudade quase dois meses.

                - Senti tanto a sua falta... – sussurrei afagando seus cabelos enquanto minha testa tocava a sua e suas mãos repousavam em minha cintura.

                - Eu também senti muito a sua. – ele sussurrou. Como era bom ouvir sua voz novamente. Percebi as bandagens em seu braço.

                - Você está ferido... – observei preocupada.

                - Não é nada – disse ele, dando pouca importância. – Coisas de batalha – sorriu.

                - E como foi? – referia-me a batalha.

                - Vencemos os exércitos da Calormânia mais rápido do que nunca e o nosso não teve muitas perdas... Graças à Aslam.

                Sorri e Caspian beijou-me novamente.

                - Caspian ande logo, temos que ir! – chamou Edmundo que nos dava cobertura com Pedro, meu irmão. Caspian interrompeu o beijo.

                - Não devia estar aqui, princesa, como general, é meu dever levar você de volta ao castelo. – disse, segurando-me pelo braço delicadamente. Eu ri e o beijei mais uma vez, segurando a gola de sua camisa.

                - Vamos! – chamou Pedro, atrapalhando-nos. Caspian interrompeu o beijo e encarou Pedro parado na entrada do beco.

                - Vamos. – chamou.

                - Sim, senhor.

                Ele segurou meu braço novamente e juntos voltamos ao palácio, atuando como sempre. Adentramos a sala do trono.

                - Olá, general, mais uma vitória, não? – meu pai virou-se para nós e parou a me ver.

                - Majestade – Caspian, Pedro e Edmundo fizeram rápidos reverencias. Meu pai olhou para mim esperando respostas, bufei. – Encontramos a princesa pelas ruas da cidade. – informou em seu tom de general que eu amava.

                - Obrigado, general, vou cuidar para que as fugas de Susana acabem. – o rei falava serio. – Podem se retirar. – sentou em seu trono. Demos as costas e nos dirigimos para a saída. – O senhor não, general, quero falar com você.

                Caspian permaneceu na sala o trono enquanto Pedro, Edmundo e eu saímos. As portas se fecharam atrás de nós.

                - Bem, com a licença de vocês, eu também tenho que matar a saudade de alguém. – Edmundo saiu sorrindo e aposto como estava indo ao encontro de Lucia.

                Fui para meu quarto ansiando pelo momento em que estaria com Caspian novamente.

POV. Lucia.

                Susana fugiu de novo para encontrar com Caspian que chegara hoje cedo de uma batalha contra a Calormânia, um país que anda atrás de qualquer motivo para declarar guerra contra Narnia. Sim, eu sabia sobre o sentimento que Susana nutria pelo general e vice-versa. Embora eu seja apenas uma serva, Susana e eu crescemos juntas neste castelo, somos irmãs de leite. Minha mãe, viúva e comigo ainda bebê, foi trazida da cidade para amamentar Susana já que a Rainha Helena faleceu pouco depois que a princesa nasceu. Somos melhores amigas, confidentes e cumplices.

                Como em todo lugar, uma serva não tem muita importância por aqui e a maioria, além do trabalho diário, ainda podem ser cortejadas pelos melhores guerreiros e lordes que moravam no castelo. Com sorte, há um guerreiro em especial que certamente é diferente e mexe comigo. Edmundo não concorda que as servas sejam obrigadas a agir como concubina caso algum dos homens que moram aqui as chamem em seus aposentos a noite e ele não quer que isso aconteça comigo, assim sendo, ele manda me chamar em seu quarto toda noite só para que nenhum outro guerreiro me chame.

                Ficamos até tarde da noite conversando, jogando alguns jogos de tabuleiro ou dormindo mesmo e quando ele está para a guerra, preciso fingir estar doente...

                Enchi a cesta com flores e preparei-me para voltar ao inteiro do castelo, ao quarto de Susana – que há essa hora já devia ter voltado – quando alguém cobriu minha boca e puxou-me para trás de uma arvore.

                - Buh! – a voz de Edmundo ao me soltar. Com o coração ainda aos pulos, bati em seu ombro.

                - Não tem o que fazer, não?! – levei a mão ao peito.

                - Na verdade não. – ele riu. Senti sua falta. – ele falou sincero. Saltei em seu pescoço abraçando-o, Edmundo abraçou minha cintura, girando-me.

                - Eu também senti muito a sua falta... – contei. Paramos de rodar e eu pousei os pés mais uma vez na grama, sem solta-lo completamente. Edmundo aproximou seu rosto do meu lentamente. Sua respiração quente se misturando com a minha. Fechei os olhos e senti seus lábios tocarem os meus num beijo doce e sem pressa que matava a saudade de mais de um mês.

                Esqueci-me até de que devia voltar para o castelo...


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Notas finais do capítulo

Logo, logo tem mais!
Beijokas e estou esperando os reviews!



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