The Carrerist Games-74 Jogos Vorazes escrita por BrunaBarenco


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Autora sendo extra-super-legal, e voltando com um capítulo bem legalzinho (sim, eu nunca acho minhas coisas boas, no máximo legais). Não se acostumem, sem sempre eu terrei tanta inspiração assim.
Desculpem pelo meio palavrão com asteriscos (sei lá se um dia meu pai resolve ler a minha fanfic), foi necessário num momento de raiva.
Enfim, ENJOY IT e vejo vocês nas notas finais.



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A declaração é seguida por uma imagem de Katniss, chocada, ao lado na tela e suspiros da multidão. A taça de vidro na minha mão virou pedacinhos. A mesma raiva inexplicável que eu sentia na arena, a mesma que eu senti quando esses tributos insolentes apareceram com capas de fogo na abertura do Jogos.

-Você está bem?- pergunta Denny, que encara os caquinhos no chão.

-Claro. Eu... eu preciso procurar Glimmer e Marvel. Obrigada por, obrigada por patrocinar. Nos vemos amanhã, certo?

Levanto ainda tensa, e tentando agir normalmente enquanto todos me encaram por onde passo. De qualquer forma, ainda sou uma vitoriosa.

Enquanto caminho para procurar por Marvel e Glimmer, uma agitada Effie Trincket passa por mim, com Haymitch bufando atrás dela. Me controlo para não voar nos dois e... E eu não sei. Ás vezes é como se ainda estivesse na arena e pudesse matar as pessoas para resolver meus problemas.

Invado a sala onde os tributos são levados depois da entrevista. Está um pandemônio lá dentro. Alguns gritam de raiva e jogam coisas, outros tentam acalma-los e outros ainda estão chocados demais, mas de qualquer forma me observam cruzar a sala até Marvel, que sorri sarcasticamente:

-Por que não pensamos nisso antes?- ele ri. Como consegue?...

-Porque isso é Jogos Vorazes, não um lugar para encontrar uma namorada. Vamos. Levanta daí. Eu quero conversar com os dois... Cadê a Glimmer?

Ele me observa também, e ri de novo:

-Ah, Diana, você não gostaria de saber onde ela está.

-Cadê a Glimmer? É a última vez que eu pergunto Marvel, estou te avisando...

Marvel dá de ombros e aponta para um corredor:

-Ali. Mas não diga que não avisei.

Viro as costas para ele, e sigo pelo corredor escuro. O que aquela desmiolada estava fazendo? Tem uma luz em algum lugar ao fundo. Procuro desesperadamente por um interruptor nas paredes, e finalmente acho um. E, oh não, ela não fez isso.

Glimmer está sentada num sofá, com um abajur fraco ao lado e Cato (sim, o tributo do 2) do outro. Ambos estão rindo, e se assustam com a luz.

-Ora, ora- eu digo, sorrindo como uma maníaca de novo. Tento não tremer de mais raiva ainda- Glimmer, você vem comigo. Sem “mas”, sem reclamar, sem me dirigir a palavra. E, Cato... Eu acho que você devia ir lá ver o que aconteceu.

Agarro o braço de Glimmer com toda força, e a puxo pelo corredor, agora claro. Ela não fala nada. Marvel sorri orgulhosamente e sussurra “Eu disse que não ia querer ir lá” quando eu passo por ele, mas sai da sala. A entrevista de Peeta acabou, mas a confusão não.

A sala onde estava alguns minutos antes encheu. Encontro Nerfet milagrosamente perto de uma elevador, empurro todos para dentro e subimos. Ela não sabe o que dizer, e só para garantir mando todos ficarem de boca calada. Devia estar com uma expressão muito séria, ou muito descontrolada, porque todos me obedecem.

Somos recebidos pelos Avoxes, com copos de água. Pego um, ainda tremendo e bebo, para só depois controlar o impulso de quebrar alguma coisa. Deixo o copo com um estrondo na mesa e levanto, por simplesmente não conseguir ficar parada.

Glimmer, Marvel e Nerfet estão sentados no sofá. Nerfet está séria, Glimmer e Marvel também segurando a raiva enquanto uma reprise da grande confissão de Peeta é reprisado. Desligo a TV:

-O que Haymitch tem na cabeça? O QUE ELE PENSA QUE É? Nada, ele não é nada, ele não podia... Que história mais estúpida, isso não tem cabimento... ISSO NÃO EXISTE! É JOGOS VORAZES, P*R*A! – eu berro, enquanto todos me encaram e me sinto bem mais leve.

-Você acha que é verdade?- pergunta Glimmer, sem o seu irritante sorriso de sempre.

-Claro que não. Deixem de ser idiotas. Aquela, aquelazinha lá... Katniss. Ela tem olhar de assassina. Nunca que isso seria verdade. Amantes desafortunados do Distrito 12, ó que cruel eles estão nos Jogos Vorazes! Esse garoto é muito mais estúpido do que pensava se acha que ela vai comprar essa historinha. Não é verdade. Não caiam nessa. Isso é marketing. Aquele incompetente bêbado do Haymitch sabia que não seria suficiente para mantê-los vivos, e ficou desesperado... Então inventou todo esse teatrinho.

-Me pareceu verdadeiro da parte dele. Ela deve ter comprado isso tudo- argumenta Marvel.

-Uma pessoa não faz um casal. Ela estava chocada demais para quem sabia o que ia acontecer. Não. Conheço pessoas orgulhosas, porque eu sou orgulhosa. Ela está ofendida por causa disso tudo.

Nerfet continua quieta, então é Glimmer quem fala, com seu olhar um pouco mais dissimulado:

-Quero dar um bom show ao mata-la.

Me viro para ela:

-Terá muita concorrência. Todos querem matar a coitada da Everdeen agora. Estúpida garota em chamas.

Marvel sorri, de novo, sarcasticamente:

-Depois disso tudo, acho que devíamos dormir.

Glimmer concorda:

-Amanhã iremos para arena, e estaremos livres dos pombinhos do 12.- responde ela, levantando-se e abraçando Nerfet- Obrigada por tudo. Mesmo.

Nerfet chora um pouco ao se despedir deles.

-E você, rainha das facas?- Marvel pergunta e eu quase fico um pouco triste porque estão indo para a arena. Quase.

Consigo sorrir:

-E eu? Eu vejo vocês dois amanhã. Tentem dormir bem, certo?

Os dois concordam e saem pelo corredor. Eu me jogo no sofá, onde Nerfet segura um soluço:

-Não posso dizer que vão ficar bem- digo á ela, enquanto pressiono os olhos- isso tudo me deu até uma enorme dor de cabeça. Mais uma dor de cabeça.

Nerfet fica séria de repente:

-Diana, eu preciso que seja sincera agora.

-Hum? Pergunte.

-Você... Você já esteve lá, bom, deve saber... Acha que eles têm chance de ganhar?

Encaro Nerfet. Ela deve imaginar o que vem a seguir. Marvel e Glimmer... ambos são ótimos lutadores. Mas eu não sei.

-Não sei, Nerfet. Talvez não. Não. Tem, tem alguma coisa que me diz... Infelizmente... É como se fosse um sexto sentido, sabe? Não acho que eles vão ganhar. Pronto, falei. Mas não perca a esperança, tá?

Ela assente:

-Se precisar de ajuda, amanhã... É só chamar. Eu gosto muito de você, Diana.

-Eu imagino. E claro, eu hã, vou precisar de você. Mas acho que vou pedir um remédio para dor de cabeça e ir dormir mesmo. Boa noite.

-Boa noite.

_____________________________________________________________________________

O despertador toca bem cedo, mas eu não quero levantar. São quatro e meia da manhã. A Avox negra entra, acendendo as luzes e deixando uma bandeja com o café. Ela me olha como se perguntasse se preciso de ajuda. Depois de um tempo  com Avoxes, você aprende a entender o que significam seus diferente olhares:

-Obrigada, pode ir.- respondo e ela ainda me lança outro olhar antes de sair.

Hoje eu não tenho Nerfet do meu lado. Estou sozinha, penso, enquanto coloco uma calça preta qualquer, uma blusa estampada e um casaco roxo. Acho que isso é estar bem arrumada. Tento prolongar o café da manhã o máximo que posso, mas Glimmer e Marvel tem hora. Devo acompanhar separadamente cada um deles até o embarque, mas já decidi que Marvel vai primeiro.

Eles estão na sala, com Alina e Gyron. São os estilistas que acompanham os tributos até a arena.

-Alina, Gyron, podem ir descendo por favor? Eu já estou indo com eles.

Os dois estilistas assentem e entram no elevador. Viro para os tributos, mas antes de dizer qualquer coisa, Glimmer pergunta:

-Algum último conselho?

Suspiro, olhando nos seus olhos azuis-gelo:

-Não confie em ninguém, a não ser você mesma.

-E em mim?- indaga Marvel, me encarando também.

-Também não. É o mesmo conselho. Eu vou fazer a minha parte para manter os dois vivos o máximo que der. Mas é com vocês, e só com vocês.

E então acontece a coisa mais estranha do mundo. Glimmer dá um passo a frente e me abraça:

-Obrigada por tudo, Diana- ela diz, com a voz falhando um pouco- Eu... eu vou tentar não decepcionar ninguém.

Sorrio para ela, mas dessa vez é de verdade. Glimmer parece entender o que o sorriso significa. Marvel apenas aperta a minha mão, o que já bem satisfatório.

-Boa sorte- eu digo a eles antes de o elevador fechar. E então vejo as portas se fechando e tenho a horrível sensação de que eles estão caminhando para a própria morte.


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Notas finais do capítulo

E então, e então? Eu queria agradecer pelos reviews no outro capítulo, mesmo. É tão incrível saber que tem gente lendo (e até gostando) de algo que você escreve.
Me digam o que acharam, e ajudem a Make A Writer Happy, deixando um review nessa e em qualquer outra fanfic que lerem, porque reviews são realmente importantes para todo autor. E eu sou eternamente grata aos leitores lindos e divos que deixam um review. Não demora nem dois minutos.
Bruna



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