Recomeçando A Viver - Hiatus escrita por lorien, Ketlen Evans


Capítulo 11
Capítulo 11 - Teddy e Dursley


Notas iniciais do capítulo

Segue mais um cap. =)



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Harry aparatou em uma rua perto da casa as senhora Tonks. Olhar aquele lugar o fazia lembrar do caos da batalha com os sete Potters, o medo horrivel que ele esperimentou naquele dia ao pensar que seus amigos estavam sendo mortos enquanto ele fugia com Hagrid, o pavor ao seu encontrado por Voldemort, a confusão que a varinha tinha provocado sozinha e depois o desespero ao pensar que o meio gigante havia morrido.Começou a caminhar devagar até lá. Quando chegou bateu na porta e aguardou. Passados uns dois minutos a Andromêda abriu a porta e não conseguiu esconder uma cara de surpresa. Apesar de Harry já lhe ter dito que queria estar presente na vida de Teddy, ela não esperasse que ele fosse aparecer tão cedo.

– Harry! Que surpresa. Entre. – Disse dando passagem a ele. – Desculpe a demora em atender, mas estava terminando de dar mamadeira ao Teddy.

– Não se preocupe senhora Tonks. Como a senhora está?

– Bem, na medida do possível. Mas nada que alguém possa ajudar.

– Compreendo. – Harry sabia muito bem o que era perder alguém que amava. – E o Teddy?

– Ele está bem. Ele não tem idade para compreender o que aconteceu. E como fazia pouco tempo que ele havia nascido ainda não havia se acostumado com nada para sentir falta. Você quer vê-lo?

– Se não for incomodo.

– É claro que não. – Disse indo em direção as escadas. – Não tenho nada o que fazer, a não ser cuidar dele.

– Por falar em não ter o que fazer a Sra. Weasley pediu para te chamar para almoçar lá na toca, e disse que não aceita recusa.

– Não sei não, eu nem os conheço direito. – Disse a mulher.

– Então está na hora de conhecer. Até por que, pode ter certeza que Teddy vai vir a conhecê-los muito bem. E não só por minha causa, mas também porque eles gostavam muito tanto da Tonks como do Remo.

– Se é assim está bem, eu estou precisando sair um pouco mesmo. Aqui, este é o quarto dele. – Disse abrindo uma porta.

O quarto era simples, tinha um berço de madeira pintado de azul claro, um guarda-roupa e uma cômoda ambos de madeira bem trabalhada, mas sem nenhuma pintura. E as cortinas e lençóis eram de um azul um pouco mais forte que o berço. As paredes do quarto eram brancas.

– Foi o próprio Remo que fez os moveis. – Andromêda falou acariciando a madeira lisa do berço.

– Não sabia que ele sabia trabalhar com madeira. – Harry disse surpreso. – Ficou muito bonito.

– Também não sabíamos, foi uma surpresa. – Contou a mulher sorrindo com o que Harry pensou ser alguma lembrança. – Mas acho que ele aprendeu fazendo esses. Ele queria uma coisa bonita, mas não queria gastar muito. – Disse com um brilho excessivamente molhado nos olhos. – Ele tinha um grande coração apesar da doença dele. Remo fez muito bem a minha Dora. Eu vou deixá-lo um pouco com o Teddy enquanto me troco, eu já volto.

– Não precisa ter presa senhora Tonks. – Ele disse se aproximando do berço.

– Me chame de Andromêda, Harry. – Ela pediu sorrindo.

– Como quiser.

Andromêda foi se trocar e Harry passou alguns minutos maravilhosos com o afilhado. Teddy era um lindo bebê todo sorrisos e covinhas. Assim que a mulher voltou eles foram para a toca onde Teddy fez um sucesso incrível, principalmente com Fleur que havia aparecido com Gui para passar o domingo com a família.

O almoço e a tarde foram muito agradáveis, as senhoras Tonks e Weasley, se deram muito bem, e ficaram por um longo tempo conversando. Teddy como ainda é um bebê de poucos dias dormiu o tempo todo, de vez em quando mudando sem nenhum controle a cor dos cabelos, dos olhos, da pele, sem contar sua forma física, o que era interessante de se ver, dado ao fato que nunca se sabia como iria encontrar o menino.

Molly intimou a Andromêda a aparecer na toca todos os domingos, e quando mais ela sentisse vontade de ter uma companhia, dizendo que não era nada bom ficar sozinha. Porém essa disse que não seria possível todos os domingos, uma vez que as vezes ela ia almoçar na casa de umas antigas amigas, a qual ela disse que gostaria que também conhecesse.

Na manhã de segunda feira Harry acordou decidido a ir na casa dos Dursley ver se estava realmente tudo bem com eles, pois apesar deles nunca terem se preocupado com ele, ainda eram os únicos parentes vivos que ele tinha. Sem contar que haviam convivido juntos a sua infância inteira, por isso simplesmente sentia que ao menos devia saber se eles tinham ficado bem, para que pudesse seguir com sua vida sem coisas aleatórias incomodando seus pensamentos.

Quando chegou ao numero quatro, viu que as coisas já estavam voltando ao normal. A grama estava aparada, apesar de demonstrar estar um pouco seca, provavelmente devido ao fato de não ter sido cuidada por quase um ano. O caro dos Dursley estava na garagem, indicando que eles deviam estar em casa.

Harry respirou fundo, foi até a porta e tocou a campanhinha.

– Bom di... – Tio Válter assim que viu quem era ficou vermelho de raiva. – O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI MOLEQUE? Se acha que vai voltar a morar aqui está mais do que enganado. – Berrou furioso.

– Eu só vim saber como vocês estão e se precisam de alguma coisa. Afinal foi por minha culpa que vocês tiveram que se esconder por quase um ano. – Disse Harry respirando fundo e já começando a se arrepender de ter ido até lá.

– Precisamos. Precisamos que você e o pessoal da sua laia tratem de ficar bem longe da gente. – Pediu o tio

– Válter, porque está gritando? – Perguntou Petúnia surgindo atrás do marido. – Quem foi que tocou a campanhinha?

– O anormal do seu sobrinho.

Depois dessa, Harry teve certeza de que eles estavam bem, e portanto, ele não tinha mais nada o que fazer ali.

 – Olá tia! Eu só vim ver se vocês estavam bem e se estavam precisando de algo. Mas já vi que está tudo certo por aqui. De qualquer forma se por acaso algum dia precisarem de algo vocês podem me encontrar nesse endereço. – Disse entregando um pedaço de pergaminho a tia. – Essa é a casa dos Weasley. Por mais que eu não vá ficar morando lá por muito tempo, eles sempre vão saber aonde me encontrar. Mas fique sabendo que eu pretendo voltar a morar em Godric's Hollow, a cidade onde meus pais moravam. Apesar de pretender morar no campo. Bem... era só isso. Adeus.

Ele se virou para ir embora. Mas a tia o interrompeu.

– Harry? – A tia o chamou e ele virou-se para ela novamente. – Fico feliz que também esteja bem. Posso não gostar de você e de pessoas como você, mas nunca quis te ver morto. – A expressão dela ainda era fria, mas Harry podia jurar que havia um pouco mais de sentimento em seus olhos.

– Obrigado tia. – Disse ainda surpreso demais para dizer algo além disso.

Saiu. Mas foi alcançado por Duda ainda na esquina.

– Harry, espere. – Pedia o primo correndo para alcançá-lo.

– O que foi Duda? – Perguntou pensando com que tipo de gracinhas Duda viria dessa vez.

– Eu queria... queria...

Harry viu que o primo estava tentando criar coragem para lhe dizer algo.

– ...te pedir desculpas. Eu não fazia idéia das coisas pelas quais você passou. Diggle que me contou. Acho que você passou por poucas e boas, e eu só fazia as coisas ficarem piores para você. Mas apesar disso você salvou a minha vida. Obrigado.

Mas uma grande surpresa na mesma manhã. Harry já estava começando a pensar que deveria haver algo de muito errado com Merlin para fazer Petúnia e Duda serem gentis no mesmo dia.

– Você está diferente Duda! – Disse Harry pensativo observando o primo.

– Acho que percebi o idiota que eu era. – Falou parecendo envergonhado. - E te garanto que estou mudando.

– Fico feliz em ouvir isso. Posso não gostar muito de vocês, afinal, vocês nunca gostaram de mim. Mas nunca quis ver vocês mal. – Disse Harry. – Bem como eu disse para tia Petúnia, se algum dia precisarem de mim é só falar.

– Eu sei, eu estava ouvindo tudo. – Respondeu sorrindo travessamente.

– Adeus Duda.

– Até algum dia Harry.

Harry caminhou mais um pouco, atordoado, porém feliz pela conversa que tivera com Duda. Quando chegou em uma rua deserta, aparatou de volta a toca.


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