“Oh you better watch yourself

I think that girl's insane” – Ladykiller (Maroon 5)

Plano maluco e insano, mas ao mesmo tempo brilhante no olhar das irmãs. Pondo-o em prática, Atena adentrou no grande salão do castelo real. Perto dos outros convidados ela sentia-se um bicho menor do que uma formiga, muito menor. Andando a passos firmes, ela chamava a atenção de todos daquela sala. Parecia que toda a ala masculina estava prendendo o fôlego. Podia-se escutar os seus saltos Jimmy Shoes prateados colidindo com o chão. Tec-tec. A transformação que Afrodite havia feito nela era assustadora, ela conseguiu transformar uma garota “semi” invisível em uma das mulheres mais bonitas daquela festa. Os cabelos loiros de Atena caíam em cascata sobre seus ombros, o tronco estava coberto por um vestido tomara que caia azul que finalizava dois palmos acima de seu joelho.

Seu olhar era faminto, a procura da sua presa, ou melhor, a procura do amigo do rei, Poseidon Smith. Poseidon não era só um amigo do rei, ele era um “marinheiro” real de destaque, não só pelo físico, mas também pela sua sabedoria ao mar. Lindo e completamente livre, não queria nunca compromisso com ninguém, para ele tudo começava e terminava com sexo.

Ela resolveu procurar uma bebida, pois seria mais fácil encarar aquilo bêbada do que sóbria. Não havia quase ninguém no bar e para a surpresa de Atena o garçom estava secando-a descaradamente enquanto servia a pessoa sentada no primeiro banco, o que causou um pequeno acidente incluindo bebida transbordando do copo e indo parar na preciosa roupa do afilhado do rei, ou melhor, na roupa do primeiro tenente das “tropas” armadas do rei, Ares. Após uma série de xingamentos e desculpas dos dois lados, o garçom se dirigiu a Atena com seu melhor sorriso galanteador.

– Oi, alguém já falou o quanto a senhora é sexy?

– Não sou tão velha assim para ser chamada de senhora. – Ela respondeu com um sorriso falso no rosto.

– Meu nome é ... – O pobre garçom tentava inutilmente se apresentar a aquela linda mulher, mas foi interrompido por um homem que chamou rudemente seu nome.

– Hefesto! Por que ainda não serviu uma bebida para essa adorável dama? Essa rodada é por minha conta... – Olhando para o lado, Atena se depara com ninguém mais ninguém menos do que a sua “presa” Poseidon, com um sorriso sedutor no rosto. – Qual é o seu nome, ó doce donzela?

– Assim você parece um velho, e isso eu sei que você não é. – Respondeu rindo, para logo depois dar um simples sorriso de canto de boca. – Atena. E Hefesto, me vê um copo da bebida mais forte que tiver, sem gelo, por favor.

– Muito prazer Atena, meu nome é Poseidon, mas creio que isso você já saiba.

– Não querendo ser rude, mas já sendo, por que você está sendo tão cavalheiro comigo? Se acha que vai me levar para cama, você está muito enganado. – Disse, bebericando o copo que o garçom acabará de trazer.

– Mas por que você acha que eu quero te levar para a cama?

– Bem, é impossível não perceber. Você está agindo por impulso. Seu corpo e seus olhos reagem a sua testosterona, enquanto sua boca tenta ao menos se controlar. Mas, peixinho, se eu fosse você tirava esse cavalinho da chuva. Não vou dormir contigo. – Nem precisamos informar o quão surpreso Poseidon ficou, mas ele resolveu fingir que não entendeu. Às vezes fingir ignorância é o meio mais fácil de adquirir algo que quer.

– Sabe, geralmente, eu não gosto de apelidos, mas você me chamando de peixinho é extremamente sexy. – Atena arqueou uma sobrancelha para Poseidon. Bem, não esperava que um homem taxado como mestre da marinha por causa da sua sabedoria poderia ser tão tapado.

– Você não vai nem perguntar o porquê d'eu não querer dormir contigo?

– Já ia chegar lá. Por que você não quer dormir com esse deus grego aqui? – Perguntou, levantando um pouco sua blusa social desleixada, que se encontrava para fora da sua calça social preta, mostrando seu tanquinho ‘perfeito’ e consequentemente chamando a atenção de Atena.

Ela nunca fora tarada ou nada do tipo, na verdade era até mais inocente do que a maioria das mulheres da sua idade. Mas hoje, especificamente hoje, ela não poderia ser assim. Teria que mostrar o lado de seu ser que, durante todos esses anos, simplesmente ignorou. Utilizaria de todas as formas de sedução que conhecia. Atena ficava cansada só de pensar em tudo o que teria que fazer.

Com muito esforço conseguiu tirar os olhos do seu tanquinho e focar nos olhos verdes de Poseidon. Com um olhar de felino, levantou-se, deixando seu copo já vazio em cima do balcão, andou a passos firmes até ele. Depositou suas duas mãos no tronco dele e ficou na ponta do pé, colando sua boca na orelha dele, para logo depois falar:

– Eu não vou dormir contigo, por que você irá dormir comigo. – Logo depois mordeu o lóbulo da orelha de seu parceiro, fazendo-o sentir um arrepio que atravessou seu corpo, e caminhou até a pista de dança deixando-o assustado para trás.

– MAS NÃO É A MESMA COISA? – Poseidon conseguiu gritar assim que se recuperou, mas nesse minuto ela já estava soltando-se na pista de dança. Antes que processasse a cena e fosse ao encontro dela, já tinham uns três homens envolta da garota. "É, definitivamente essa mulher vai me dar trabalho."

Ele saiu arrastando-se até a pista, seguindo Atena com os olhos, mas de repente esbarrou em alguém e foi obrigado a se virar para o cara para se desculpar. Quando olhou novamente para frente, para a sua surpresa, Atena não estava lá. Começou a cogitar a ideia de ela ser uma bruxa, ou uma feiticeira, ou um vampiro; mas aí lembrou que essas coisas tecnicamente não existem. Sentiu então alguém puxar a gola da sua camisa e ao olhar para baixo, ela estava lá.

Sem dizer nem uma palavra, Atena deu um selinho demorado em seus lábios carnudos, dando-lhes uma sensação de bem estar, como se esse “beijo” tivesse sido esperado a vida toda. Sem aguentar mais, Poseidon pediu passagem para a língua, aprofundando o beijo. Nenhum dos dois sabia exatamente quanto tempo eles ficaram lá. Se foram minutos ou horas? Eles nunca descobririam. Quando separaram-se ofegantes, permaneceram encarando-se durante um bom tempo até Poseidon falar:

– No meu quarto ou no seu?

– Venha Poseidon, minha casa estará vazia hoje.

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Ele não pode nem observar a casa direito, mas percebeu que não era a casa de uma mulher rica, podemos assim dizer. Mas não ligou, afinal quem era ele para julgar? Sem perceber a linha de raciocínio dela, Atena puxou-o para seu quarto, jogando-o na cama. Sensualmente foi engatinhando até Poseidon, dando assim uma boa visão do vale entre seus seios, levando o tal às alturas.

Depositou uma perna de cada lado do quadril do homem e com a mão livre pegou 4 algemas que estavam pendentes em cima do criado mudo.

– O que você vai fazer com isso?

– Uma surpresa para você, meu “amor”! – Depois de prendê-lo, seguiu para o banheiro dizendo que iria mudar a roupa.

Quando a loira entrou no banheiro, o moreno começou a fantasiar, tentando imaginar com qual roupa ela estaria.

"Talvez com uma roupa rosa da coelhinho da playboy? Não, muito delicado para ela! E de bombeiro? Também não, ela não é mulher que tenha jeito para apagar fogo, tá mais para a mulher que colocaria fogo! E policial? Perfeito!"

Só de imaginar ela com as possíveis roupas, Poseidon começou a ficar excitado e só piorou quando ela saiu do banheiro... Com uma vestimenta toda preta colada ao corpo.

– Atena, essa roupa é muito sexy, mas não vai ser difícil de ser tirada? – perguntou com uma voz rouca.

– Calado. – Atena falou pegando o celular.

– Mas o que..?

– EU DISSE CALADO! – Após discar um número e colocar o telefone no ouvido, (N/A: NÃÃÃÃO! Ela ia por no vaso sanitário), começou a falar: – Afrodite, já pode entrar!