Once Upon A Time...one Direction And Me escrita por Skye Ledger


Capítulo 10
Capítulo 10- More than this


Notas iniciais do capítulo

Leitores,
me desculpem o sumiço, eu estava estudando para uma prova gigante (45 questões) para trocar de colégio. Agora que já passei não tenho mais com que me preocupar então GARANTO que não vou demorar tanto tempo para postar novos capítulos. Eu sei que é irritante esperar 2 meses para saber o que acontece, mas agora eu finalmente vou conseguir horar meu compromisso com vocês! Por favor comentem se gostarem e indiquem fan fics para eu ler:)
Bjs
Skye



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Nossas respirações rompiam o ar estagnado que se formava, o nervosismo era demasiado para ser desprezado. Eu continuava imóvel temerosa, meu sangue coagulava em minhas veias se recusando a mover-se entre meus vasos sanguíneos. Não sentia frio já que o carro era aquecido, o que me dominava era o medo de não ser encontrada e sim deixada de lado naquela vastidão escura que engolia nosso carro, cada vez mais, a medida que a lua avançava  e as estrelas uma por uma surgiam brilhando.

Eu sentia desejo de observar mais atentamente a profunda beleza noturna que se erguia, mas com a neve bloqueando quase todo o vidro era realmente difícil. Tamborilei os dedos nervosamente sob o banco pensando em como minha sorte podia ser bipolar. Primeiro salvo a vida do Niall, Segundo me apaixono por ele, Terceiro descubro que ele tem namorada, Quarto faço amizade com um estilista famoso, Quinto sou encharcada por café e Sexto fico presa com Harry Styles dentro de um carro em alguma avenida desconhecida em uma rua qualquer da Inglaterra.

Isso até que não seria tão ruim, se ele estivesse sóbrio.

-Safire – murmurou Harry – relaxa, eles vão sentir a nossa falta...algum dia – deu risadas sarcásticas e eu me contorci desconfortável com a perspectiva. 

O choque com certeza tinha me acordado, mas Hazza continuava levemente embriagado. Nada se podia fazer em relação a chamar ajuda, tentei usar os celulares só que estavam sem sinal, gritar era uma perda tempo afinal, estávamos abarrotados na neve o único que nos escutaria nessas condições seria o superman, mas adivinha ele é americano e não existe.

Peguei minha bolsa e remexi seus itens, nada que realmente tirasse minha atenção, a não ser por... o diário de minha mãe. Eu o esquecera lá entre todos esses papeis de chiclete e recibos. Os últimos dias foram tão corridos e desgastante que o assunto simplesmente fugira de minha cabeça, era como se tivesse criado asas e quisesse se distanciar de mim.

Minha obrigação acima de qualquer coisa era achar a minha mãe e cá estou eu presa entre emoções conflitantes que batalham ferozmente entre unhas, ou melhor garras, para decidir qual lado está certo: o que me dizia que Niall é O cara ou o outro que afirmava a grande probabilidade dele arrebentar meu coração em mil frangalhos.

“Bom, nunca se é tarde de mais para começar”, olhei para Harry que agora roncava ao meu lado e abri o diário.

...

POV- Niall

- Por que você fez isso Anna?! – gritei com a raiva preenchendo cada poro do meu corpo. Olhava o celular preocupado, não importava quantas vezes tentasse ela não atendia o maldito telefone, será que estava dormindo de novo? Não, era muito cedo para isso, ainda 20:16 da noite.

- Foi um acidente – ela examinava a unha despreocupadamente – além do mais, não sei o por quê de tanta preocupação ela deve estar no hotel chorando – ela falava de uma maneira desdenhosa.

- Ah sim eu sei que foi um acidente – fingi pensar no assunto – sabe o engraçado é que todas as vezes que a deixei a sós com alguma amiga minha ocorreu um “acidente”, estranho né? – meu tom de voz era acido, eu não pretendia ser grosso, mas por vezes Anna me tirava do sério – como quando fomos a estréia de Harry Potter e as relíquias da morte- parte 2 e por algum estranho motivo o vestido de Minnie ficou preso no seu sapato e rasgou ou aquela outra vez em que trocou o martini de Lizzie por vodca e ela acabou vomitando na frente de todos os paparazzi.

Anna caminhou lentamente me observando como uma presa na qual estava prestes a atacar, passou a mão pela gola de minha camisa pólo e sussurrou em meu ouvido:

- Só estou cuidando do que é meu – antes que pudesse chegar perto dos botões segurei-lhe a mão e sibilei:

-Então arrume um cachorro porque eu não preciso agüentar seus ataques de ciúme infantis – me virei e peguei o meu casaco antes estendido no sofá. Girei os calcanhares até encontrar a porta e sair em passos pesados.

O que eu faria agora? Era obvio que Safire estava brava comigo, eu não a tinha protegido quando Anna derrubou café nela e ainda havia a iludido anteriormente. Ah! Me sinto um idiota!

POV- Safire   

 Abri a primeira página, nela estava grudada a foto de uma garota de cabelos castanhos e pele cor oliva que destacava seus olhos verdes brilhante, franzi o cenho indignada com a injustiça da genética, por que eu não tenho os olhos de minha mãe? Ao seu lado duas garotas sorriam sentadas em um banco de madeira, talvez estivessem em algum parque londrino. 

A primeira pagina datava de 20 de dezembro de 1994, fui passando os olhos pelas palavras, mas nada foi de grande espanto, Linda veio a Inglaterra para fins acadêmicos, fora aceita na faculdade King’s College e vivia com uma amiga americana: Sarah Hill que pela descrição, era muito excêntrica e adorava azul bebe. Ela se parecia comigo, tirando o fato de ter tido vários namorados e  ser mais baladeira. As coisas realmente se tornaram de meu interesse quando cheguei na pagina 30.

 7 de fevereiro de 1995,

Hoje fui surpreendida por um lindo homem de calças apertadas no parque, ele tocava violão tão maravilhosamente que não pude me conter e tive de me sentar ao seu lado, de inicio levou um susto já que fui tão cautelosa ao me aproximar para não o atrapalhar que acabei causando um pequeno choque da parte do Sr. Calça justa 

Sr. Calça justa? Revirei os olhos, pais conseguem ser tão constrangedores.

De qualquer forma, ele tinha os olhos mais cálidos  que já vi, cálidos, mas gentis. Dizem que os olhos são as janelas da alma, bem devo dizer que espero que nesse caso estejam corretos. No primeiro momento em que nos fitamos não falamos nada, apenas cruzamos nossos olhares por um bom tempo até que por fim nos apresentamos e descobri que seu nome era James  Moriatti.

Conversamos cerca de uma hora  até que finalmente ele me chamou para sair! Ah (isso vai soar piegas) devo ser a criatura mais feliz deste universo, hahaha . Quando contei para Sarah ela quase deu mortais de tão empolgada que estava!

Eu poderia escrever mil palavras sobre ele , descrevendo seu lindo cabelo cor de areia, sua boca esculpida e mais quinhentas qualidades, mas vou sair e fazer compras então  tchau...

L.C.C.

Hum, L.C.C.? Qual seria seu nome do meio? Será que o cara do qual fala é meu pai? Ou talvez seja mais um de seus namorados? Ai meu Deus e se ela não souber quem é meu pai? Droga, estou com dor de cabeça! Esfrego as têmporas irritada pensando na possibilidade de além de bastarda ser filha de um qualquer também. Meu dia esta ficando cada vez melhor, guardo o diário na bolsa pensativa e então noto que Harry agora se espreguiça.

Olhei o pouco da janela que não estava bloqueada por neve e percebi que já começara a amanhecer. Examinei meu relógio, 4:17 da manhã, passamos no mínimo quatro horas presos no carro e agora minha bexiga estava prestes a explodir além de minha cabeça martelar e todo o álcool que ingeri antes ter se transformado em uma perigosa tsunami dentro do meu estômago.

De repente algo me fez pular em um sobressalto batendo a cabeça no teto, o zumbido de pneus no asfalto me animou. Bati no vidro do carro como uma louca acordando Harry e para minha sorte o motorista nos viu e parou o carro. Bateu com o punho fechado na  porta e eu correspondi chutando em desespero, Harry ainda meio atordoado me olhava perturbado.

Em poucos minutos os bombeiros chegaram e nos tiraram do monte de neve, o problema é que eu estava atordoada com tudo o que acontecera por isso cai de joelhos no chão frio e vomitei como uma desgraçada. Um paramédico me examinou e constatou que fora apenas o efeito do trauma que sofrera sem mencionar os vários copos de soco inglês que bebera.

Os policiais me deram uma carona para o hotel, quanto a Harry eu não tinha ideia de como ele se encontrava, mas sabia que o estavam levando para casa. Arrastei-me até a suíte, minha energia se esvairá de meu corpo, minhas pernas tremiam, cambaleei até a cama e cai ainda de sapatos. As pálpebras pesavam e sem mais cerimônias dormi, um sono pesados e sem sonhos.

Me levantei com a cabeça confusa zunindo como se vários pássaros planassem em minha mente cortando o vento com suas asas e grasnando em um som ensurdecedor. Virei o meu ouvido para o chão e chacoalhei me como se isso fosse fazer aquele som parar. Ergui a coluna e caminhei lentamente, minhas mão pareciam feitas de chumbo solido, o estomago se enroscava, contorcia. Me encaminhei ao banheiro.

O espelho refletia minha imagem de sem teto, cabelos projetados para os lados caiam como cascatas alvoroçadas em meus ombros, eu ostentava um grande nó formado por fios no topo de minha cabeça e as roupas, ó céus, estavam tão amassadas que pareciam ter sido pisoteadas por elefantes. Além disso olheiras de um roxo magenta formavam meias luas abaixo de meus olhos e a palidez de minha pele era alarmante.

Tomei um banho demorado pensando no que fazer para lidar com todos aqueles problemas em que me encontrava encurralada. Eu necessitava de uma sabedoria ignota de de minha parte para lidar com tais então teria de recorrer a Elizabeth e pedir lhe um conselho.

Enlacei uma toalha em volta de meu corpo molhado e sai do quarto, eu ensopava o chão, mas pouco me importava. Ouvi meu celular tocando na sala corri para atende-lo quando me ajoelhei para pegar o telefone caído no chão percebi que não estava sozinha.

-Ah- gritei enquanto me levantava em desespero. Niall parecia aturdido, postava-se na soleira da porta de conexão com a cozinha. Estava corado. – nossa você me assustou, não sabe bater na porta?

-Eu bati – ele olhava para o teto, chão, qualquer lugar, menos para mim – mas você não me atendia.

- Ah- exclamei entendendo – é que eu estava tomando banho. Então, a que devo essa inusitada visita?

-Bem – ele parecia nervoso – eu queria me desculpar pelo que a Anna fez – suspirei impaciente.

-Ta, mas por que ela não vem se desculpar? Que eu saiba o Q.I. dela não é tão baixo assim para nem conseguir formular um simples pedido de perdão – meu tom ríspido era intenso. Ele me olhou demoradamente sem dizer nada, então algo me ocorreu e eu quis morrer de vergonha.

- Ah droga, eu esqueci que ainda estou só de toalha! – gritei exasperada correndo para o meu quarto e fechando a porta.

Coloquei meus jeans rasgados e ajeitei o cabelo para que ficasse arrumado, passei um pouco de corretivo amarelo afim de esconder as olheiras indiscretas. Engoli o meu orgulho e voltei para a sala.

-Oi – sussurrei.

-Olá – Niall abriu um sorriso encantador e eu o correspondi.

-Você quer alguma coisa? – perguntei.

-Não, obrigado – sentei-me no sofá e ele se juntou a mim – Sarafine você está bem?

-Sim, estou – respondi balançando os ombros. Niall franziu o cenho formando sulcos em sua testa – é sério, além do mais eu estava muito bem acompanhada – brinquei fazendo um sinal displicente com a mão direita. Ele pareceu espantado.

-Vocês ahm, fizeram alguma coisa? – Niall parecia aflito, com os olhos três vezes maior do que o normal, quase pulava em mim com tamanha curiosidade que parecia sentir. Não pude evitar, ri de sua expressão.

-Ó céus, vocês europeus levam tudo tão a sério! Eu imaginava que por ser irlandês seria mais condescendente. – Ele se afundou no sofá aliviado.

-Isso não teve graça – Niall fechou a cara em uma carranca e eu ri ainda mais de seu comportamento.

-Ora vamos – o cutuquei com o dedo – você já tem namorada.

-É verdade – ele declarou não muito animado.

-Você a ama? – indaguei. Ele me fitou com os olhos atormentados, quem dera fosse eu a pessoa que acamasse esse espírito inquieto que ele tinha. Sempre tão temeroso, com medo de se separar da estabilidade.

-Eu não sei, é como se com você eu pudesse ser eu. Sabe eu te faço rir sendo quem eu sou não o que os outros querem que eu seja e isso me deixa feliz – Niall abriu um sorriso torto de tirar o fôlego – vamos quero te mostrar uma coisa.

...


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