O Homem Das Estrelas escrita por LaLu


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Nesse capitulo, introduzimos dois personagens:
A mãe de Angèle e Batroc - ele existe mesmo no universo Marvel. Inclusive é um dos vilões de C.A.



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(POV’s Steve Rogers)


Peguei minha moto e rumei até minha casa. Ainda não é noite, mas eu quero descansar.

Não paro de pensar no momento em que a dama espanhola colou seus doces (?) lábios nos meus. Seu beijo foi incrivelmente gentil, comparado ao seu jeito explosivo, o que me levou a concluir que ela é dissimulada.

Cheguei ao meu pequeno e aconchegante apartamento, louco por um banho. Tomei uma rápida ducha gelada, sentei no sofá para ouvir as notícias em meu velho radio.

“Boa tarde, caros ouvintes. São exatamente 18h20.

Fiquem atentos para o boletim urgente:

             A polícia fechou o centro da cidade devido a um ataque surpresa 

de um homem deturpado que se autodenomina ‘Batroc’.

Ele usa uma roupa apertada roxa, botas e máscara amarela.

Possui bigode e barba, além de ser alto e musculoso...”

Não esperei o final da notícia, me vesti e desci correndo a escadaria do prédio, a procura de minha moto. A achei e acelerei o máximo possível, rumo ao centro da cidade.

Chegando lá, pude notar o desespero dos policiais ao verem que nada surte efeito contra Batroc.

Desci da moto, peguei meu escudo e me meti no meio da confusão. Havia alguns policiais feridos e outros mortos. O que ele queria de tão importante assim?

- Ei, Batroc!! - gritei. 

Ao me ver, fugiu em disparada com uma maleta prateada na mão. Joguei meu escudo em sua direção, mas ele conseguiu desviar. Sem outra opção, corri atrás dele.


(POV’s Angèle)


Como se não bastasse achar e seduzir o Capitão América, o que é uma tarefa muito difícil, ele me manda matar outro homem. Quem o “chefe” acha que eu sou? O Super-Homem?

Estou me cansando de andar por essas ruas escuras atrás de um careca, idoso e com cara de mau. Nem ao menos sei por que o chefe o quer morto. Mas eu sou apenas um objeto, e objetos não precisam saber o porquê, apenas funcionam.

Correndo a minha frente, estavam dois homens ligeiramente altos e musculosos. Por que as pessoas desta cidade gostam de passear a noite em ruas escuras e desertas?

Paralisei quando percebi que o segundo homem era ele: O Capitão América. Ele passou tão rápido que a única coisa que notei foram seus olhos azuis, que me pareceram estranhamente familiares.

¡Mierda! Prestei tanta atenção em seus olhos que não vi a data de morte acima de sua cabeça.

 Agora eu tenho duas certezas: O Capitão está na cidade. Eu não sei como encontrá-lo em meio à população. 

Foco Angèle! Você precisa matar logo aquele velho.



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Já eram quase 19h30 quando o encontrei saindo de um cabaré. Que velho tarado! Bem, isso não importa, eu preciso cumprir meu serviço.

Fechei meus olhos e pensando em sua imagem, mirei em meu alvo: o centro de seu peito. Puxei o gatilho e os sons que pude ouvir foram o da arma e a seguir, do alvoroço dentro do estabelecimento.


Tratei de ir embora dali. Meu dia foi cansativo e o que eu queria era apenas voltar para casa, tomar um banho quente e dormir. Amanhã voltarei à aquela estranha casa para concluir minha missão.


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– Oi mãe, tudo bem?

– Tudo, minha filha. E com você? Parece cansada. Vou esquentar seu jantar.

– Obrigada. Tomarei um banho rápido e já volto.

Falar com a minha mãe fazia parecer que tudo estava normal. Ou quase tudo, pois a data acima de sua cabeça me atormentava.

Assim que entrei em meu quarto, larguei minha roupa no chão e fui direto para o banheiro. Como era uma suíte, ir do chuveiro à cama é um pulo.

A água quente batia suavemente em meus músculos tensionados. É um alívio.

Saí do banheiro enrolada em uma toalha e notei um embrulho em cima da minha cama. 

– Mãe, que isso?

– Não sei filha. Uma idosa deixou aqui mais cedo. Como era para você, não abri.

Sentei na cama e abri o misterioso embrulho.

É um celular com um símbolo de caveira com tentáculos. Que extravagante.

Apertei o único botão que possuía e ouvi uma voz muito familiar:

– Angèle, meu benzinho, parece que você já recebeu meu presente e não tardou a usar. O que achou?

– Chefe, é o senhor?

– Lógico. Quem mais seria? O Capitão América? E por falar dele, já o encontrou?

– Ah.. bem.. encontrei. Mas...

– Mas o que? Ele está morto?

– Não. Eu o vi correndo em uma rua e não pude interceptá-lo. 

Ele pareceu se irritar ao ouvir minha resposta e disse:

– Por que não? Era só se meter na frente!

– Ele estava perseguindo um homem alto com uma roupa roxa...

– Querida, você viu o noticiário? Esse homem é o Batroc.

– Você o conhece?

– Por que a pergunta? Por acaso você gostou dele? Olhe que você já tem dono. -e soltou uma breve risada.

– Não é nada disso, chefe – nem vou comentar que ele me chamou de bicho de estimação indiretamente – apenas quero a ajuda dele.

– O que tem em mente, doce Angèle?

– Eu quero que ele cause um pequeno tumulto para chamar a atenção do Capitão A. assim, eu consigo um contato com este.

– Bem inteligente de sua parte. Faça o que você quiser, eu confio em você.

E sem se despedir, ele desligou, me deixando sem resposta. Além de procurar o Capitão A., terei de achar esse Batroc. Esse trabalho está se tornando cada vez mais fácil.

Fui jantar, e logo depois desmaiei na cama.

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Ah, que barulho é esse?!

Ainda com muito sono e a visão turva, me forcei a levantar para ver o que estava acontecendo.

O barulho vinha da janela.

Olhei e vi um homem alto, musculoso... sem pensar duas vezes perguntei:

– Steve, é você?

– Senhorita Angèle, está esperando outra pessoa?

Não sei se é o meu sono, mas a voz parece um pouco diferente... Ele continuou:

– Desculpe, mas eu posso entrar? Precisamos conversar.

Receiosa, eu disse:

– É melhor eu sair, nós podemos conversar no jardim. Eu vou me trocar e...

– Não! Quero dizer, se não se importa, eu estou com pressa.

Tá, esse homem não é o Steve. Quem será?

– Quem é você?

– Georges Batroc. Agora que você sabe quem eu sou, poderia sair daí?

Não acredito! Batroc? Meu chefe não esperou pelo dia seguinte para mandá-lo, sinal que ele realmente quer o Capitão América em suas mãos.

Saí pela janela mesmo. Não pude deixar de notar seu olhar e sorriso malicioso ao me ver usando uma camisola. Minha vontade foi de lhe dar um tapa e voltar a dormir, mas preciso de sua ajuda.

– Então, qual é o seu plano, gracinha?

Expliquei o que tinha em mente e disse que colocaríamos em prática ainda essa semana. Não temos tempo a perder, mas precisamos planejar cautelosamente. Combinei com ele:

– Amanhã você pode voltar aqui para podermos discutir melhor esse plano?

E sorrindo, respondeu:

– Como quiser, meu doce. Estou a sua mercê. Agora eu preciso ir embora. – pegou a minha mão e beijou-a – Bons sonhos.

E foi escuridão adentro.

Voltei para minha cama para dormir o máximo possível.



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Notas finais do capítulo

Agora vamos descansar ~ com licença ~
Digam o que acharam!
Bjkas >u