Never too Late escrita por Mih Ward


Capítulo 1
One


Notas iniciais do capítulo

Heeey pessoas de meu coração, yeap, não me controlei e postei mais uma fic, mas essa é one, eu estava com muita vontade de fazer, então por que não? Haha, espero que gostem e comentem por favor, estou ansiosa aqui.
Queria agradecer a minha marida diva por ter feito a capa e esse banner divos para aqui, obrigada mamãe!
A musica, que eu recomendo ouvir pois fica mais legal, é Never too Late do Three Days Grace
http://www.kboing.com.br/three-days-grace/1-45900/



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Clove sorriu, pressionando a faca perto da boca da garota do Distrito 12, Katniss. Ela viu a garota enrijecer enquanto cortava o canto de sua boca, seu sorriso se alargava mais a cada segundo.

Então, subitamente, Clove deixou de sentir o corpo da garota em baixo de si, enquanto era puxada por uma força descomunal para longe e começava a gritar, sem nem ao menos saber quem a puxara.  Seria LoverBoy, o garoto do Distrito 12 que Cato havia machucado e eles pensavam está incapaz de defender a si mesmo?

Não, não era Peeta. Era Thresh, o tributo do Distrito 11, aquele que recusara o convite dos carreiristas para fazer parte de seu grupo, de formar uma aliança com eles.  O garoto que, mesmo secretamente, os carreiristas temiam, o deixando livre do outro lado da arena, sem nunca invadir.

Clove estava pendurada no ar, aprisionada nos braços de Thresh, como se fosse uma boneca de pano velha. A garota sentia medo, não se lembrava que o 11 era tão grande assim, ele teria ganho peso na arena? Sem ter tempo para pensar mais sobre isso, Clove sentiu que fora arremessada em direção ao chão, onde caiu atordoada.

- O que você fez com aquela garotinha? Você a matou? – Thresh gritou, assustando a garota, que nunca vira ele se exaltar.

Ela recuava, de quatro e atordoada demais para chamar por Cato.

- Não! Não! Não fui eu! – Clove negava, ainda se afastando.

- Você falou o nome dela. Eu ouvi. Você a matou? Você a cortou como ia cortar essa garota aqui? – Thresh apontou para Katniss, que assistia a cena assustada.

- Não! Não! Eu... – Clove tentava se explicar, mas logo viu uma pedra na mão do garoto, do tamanho de um pão de forma, e acabou perdendo o pouco controle que restava – Cato! – berrava o mais alto que conseguia – Cato!

- Clove! – a garota escutou a resposta do garoto, contudo ele estava longe demais para poder lhe ajudar naquele momento.

- Cato! – Clove gritou mais uma vez enquanto Thresh se aproximava com a pedra em mãos – Não! Por favor, não! Cato!

Ela recuava sem olhar para trás, tentando inutilmente fugir do Distrito 11 que avançava lentamente em sua direção. A garota sentiu a parede da Cornucópia atrás de si e consequentemente ficou encurralada, não poderia mais fugir e o garoto estava cada vez mais perto.

- Clove! – escutou o grito ainda longe, não iria dar tempo de o garoto chegar para tentar impedir o 11.

- Não! Não! – Clove gritou mais uma vez, segundos antes de Thresh bater a pedra com força em sua têmpora e ela caiu devido ao impacto, sentindo a dor se alastrar por todo o seu pequeno corpo e suas forças aos poucos se esvaindo.

Seus olhos se fecharam e sua respiração começou a sair entrecortada, como se esse simples movimento causasse uma dor insuportável, bom, de fato, causava. Ela deixou um baixo gemido escapar pelos seus lábios enquanto escutava vagamente o dialogo do Distrito 11 com a 12, sem conseguir prestar atenção neles.

Clove queria ter forças para gritar por Cato, ela não podia morrer agora, não podia deixa-lo sozinho, eles iriam ganhar. Porém a dor era tão grande, tão intensa que ela cogitava a ideia de se deixar levar, iria parar de doer quando morresse não iria? Tudo não iria acabar?

Ela se lembrava vagamente de algumas coisas importantes que aconteceram em sua vida. Era verdade então aquele papo de que a vida passa por seus olhos quando estava morrendo? Ela iria morrer?

Alguns rostos passavam rapidamente por sua cabeça, seus pais, seu irmão, sua única amiga do Distrito 2, Tara e ele, Cato.

Sua mente demorou mais na imagem dele, sorrindo confiante como quando subiu no palco depois de se oferecer como tributo.  Ela conhecia o garoto, mas nunca havia de fato conversado com ele antes dos Games. Tudo o que ela ouvira fora de Enobaria e sua amiga, ambas diziam que ele era o melhor espadachim do Distrito e um provável voluntário para os próximos Games.

Lembrava-se da primeira vez em que se falaram, quando estavam no trem, indo para a Capitol. Ela estava sentada em uma das confortáveis poltronas enquanto observava a paisagem pela janela, escondendo o quão estava maravilhada com a vista da Capitol. “Surpreendente não é?” Cato havia murmurado, enquanto se aproximava da janela, sem olhar para a garota que apenas concordou, não queria formar laços com alguém que teria que matar para vencer os jogos. Porém, ela não sabia que não era ela que controlava essas coisas.

Lembrava-se de todas as conversas que tiveram e em como se sentia protegida perto do garoto, diferente de como ela estava naquele momento. Lembrava de como ficou feliz quando descobriu que os dois poderiam ganhar, pois no fundo, ela nunca conseguiria mata-lo.

- Clove! – a garota escutou ele chamar o seu nome, contudo não sabia se era fruto de sua imaginação ou se era realmente verdade.

Ela ficou mais alerta possível com aquela dor insuportável que a consumia cada vez mais, mas ainda permaneceu de olhos fechados.

- Clove! – ela escutou novamente, talvez ele realmente estivesse vindo ajuda-la, mesmo que não pudesse fazer muita coisa.

- Melhor correr agora, Garota Quente – ela escutou o Distrito 11 dizer, antes de escutar seus pesados passos, correndo.

- Clove! Clove! – os gritos ficavam cada vez mais próximos, mas a garota não conseguia abrir os olhos para ver se era realmente verdade, não possuía força o suficiente para isso.

Cato corria o mais rápido possível, se culpava por estar tão longe quando escutou o primeiro grito da garota e se culpava mais ainda por ter aceitado aquele plano maluco que ela havia proposto. Esperar Thresh aparecer para pegar sua mochila escondido perto do lugar onde ele ficava. Ele não suspeitara que o garoto já houvesse saído e estivesse esperando o momento certo perto da Cornucópia.

- Clove! – ele gritou mais uma vez, se ajoelhando perto da garota – Clove, por favor!

Ele pegou uma das pequenas mãos da garota, pressionando-a nas suas próprias, que eram quase o dobro de tamanho.

- Vamos Clove! Por favor, abra os olhos – sua voz estava entrecortada e ele observava o pequeno movimento no peito da garota, que fazia parecer que aquele simples ato aumentasse ainda mais a dor – Clove, por favor.

Ele respirou fundo, ela não poderia morrer, eles deveriam ganhar os Games, voltar para o Distrito 2 com a glória de serem os dois tributos vencedores e finalmente ele poderia fazer aquilo que devia ter feito a tempos, talvez antes dos Games se ele tivesse coragem para falar com a menina.

- Abra os olhos – ele implorou mais uma vez, apertando suavemente sua mão, com medo que pudesse machuca-la ainda mais – Vamos, abra.

Clove abriu os olhos lentamente, tentando a todo custo não fechá-los novamente.

- Clove! Me desculpe, eu deveria estar aqui, deveria ter te protegido... – Cato murmurava rapidamente, se culpando ainda mais pelo que estava acontecendo ao ver a dor nos olhos dela.

A garota pressionou de maneira leve as mãos do garoto, em um pedido mudo para que ele parasse de se desculpar.

-Eu... – Cato respirou fundo, sabia que a garota não aguentaria por muito tempo – Eu tinha que ter feito uma coisa antes, antes de isso tudo acontecer, mas agora... agora é tarde demais.

Ele fechou os olhos, incapaz de ver a garota que amava morrer diante de seus olhos, pois sim, ele a amava.

- Nunca é tarde demais Cato – Clove sussurrou baixo, sua voz falhava e ela parecia fazer um esforço enorme para proferir tais palavras.

'Cause it's not too late

It's never too late

Cato abriu os olhos, olhando os intensos verdes da pequena garota à sua frente, parecia tão indefesa naquele momento.

Ele se aproximou mais, tinha que fazer aquilo, tinha que dizer tais palavras que há tempos guardava para si mesmo.

- Eu te amo – murmurou, deixando uma solitária lágrima cair de seus olhos e roçou seus lábios nos dela lentamente, selando suas palavras.

Clove suspirou ao sentir os lábios do garoto sobre os seus e fechou os olhos, para nunca mais abri-los depois.

“She can’t be saved”


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Notas finais do capítulo

Então pessoal? Me digam o que acharam please!



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