Dramione - Ninguém Pode Saber escrita por MariHP4ever


Capítulo 1
A Sala Precisa.


Notas iniciais do capítulo

Essa é a minha primeira fic Dramione, que é o meu casal favorito. Eu espero que gostem.



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Draco estava andando pelo castelo a noite - vantagem de ser Monitor -, em direção a Sala Precisa para concertar o Armário Sumidouro. Para falar a verdade, já estava perdendo a esperança... era muito complicado. Para fazê-lo, era necessário saber magia muito avançada, além de ter que dar um jeito de fugir da escola para ir ao Beco Diagonal, concertar o par, o que seria impossível.

Ele não viu nada de mais nos corredores: alunos desocupados andando em direção de suas salas comunais, alguns casais se agarrando - que levaram detenções -, Pirraça tentando jogar bombas de bosta nele... Tudo normal.

Draco levou um susto quando sentiu algo trombar nele. "Quem é o idiota que fez isso? Seja quem for, irá tomar uma detenção por estar for da cama depois do horário!" Pensou ele, com raiva. Mas logo a raiva deu lugar a duvida, quando ele viu aquela garota de cabelos castanhos e olhos cor de chocolate a sua frente. Ela deveria estar fazendo ronda do outro lado do castelo, perto do Salão Comunal da Grifinoria, e não no corredor da Sala Precisa. "O que essa garota está fazendo aqui?"

Os dois caíram no chão, Hermione por cima de Draco. O garoto estava literalmente beijando o chão, enquanto a Castanha estava por cima, com o nariz nas costas dele. Draco nunca pensou que uma garota pudesse pesar tanto.

Logo Hermione levantou-se, não conseguiu ver sobre quem havia caído, pois a capa do garoto havia coberto seus cabelos, impedindo que Hermione visse seus fios loiros. Quando ela se levantou, conseguiu murmurar somente um "Me desculpe!" antes de sair correndo.

Draco não conseguiu vê-la muito bem depois do tombo, mas conseguiu ver que ela estava entrando na Sala Precisa, com as mãos no rosto. Chorando. Provavelmente, não era pela queda, não foi um tombo tão feio assim, além do mais, ele amortecera o impacto com o próprio corpo... "Se não é pelo tombo que a garota está chorando, pelo que é???" A resposta era obvia, ela estava chorando por ele, Ronald Bílius Weasley. O pobretão Weasley devia estar novamente se agarrando com a Brown. "Como ele não percebe que aquela garota não gosta dele, e sim, só está interessada nele por casa da fama que ele pode trazer para ela, afinal, ele era um dos melhores goleiros que a Grifinoria já teve, e era o Melhor Amigo d'O Eleito? E como ele também não entende que há uma garota que realmente gosta dele, logo ali! Como meu Merlin???" Draco não sabia a resposta disso, ninguém sabia como alguém podia ser tão lerdo.

Draco levantou-se saiu andando em passos lentos, chegou no local onde a garota havia desaparecido, não fora difícil adivinhar o que ela havia pensado para que a porta aparecesse, o Loiro chegou mai perto da parede, fechou os olhos e sussurrou:

— Quero um lugar onde eu possa chorar em paz.

Draco acertou, era isso. Uma porta grande, de madeira, com pequenos entalhes parecendo lagrimas, com alguns detalhes que pareciam lírios, e no centro, em uma letra delicada e chorosa, estava escrito: vous êtes à l'endroit où tout est, si vous devez vous demander, vous ne saurez jamais, mais si vous le savez, il suffit de demander (que em francês quer dizer: você está no lugar onde tudo se encontra, se tiver que perguntar, nunca irá saber, mas se souber, é só pedir).

Draco entrou, quando viu no que a sala havia se transfigurado, sentiu-se triste, tudo naquele lugar irradiava tristeza, assim como a garota sentada no canto olhando para a parede, que provavelmente, não o havia notado. A sala era um ambiente grande, com grupos de almofadas pretas nos cantos, armários de vidro espalhados pelas paredes com lindas taças de água dentro deles, as paredes eram em um azul melancólico e estavam com a tintura descascando, havia pouca luz no cômodo, somente de algumas velas espalhadas pelos cantos. O lugar era frio, a temperatura devia estar na casa dos 4°, e ainda estava ventando. "Por**, como pode estar ventando dentro de uma sala!" Draco pensou. Ele pegou em uma mesa no canto uma taça de água e em seu bolso, o lenço com o brasão dos Malfoy e foi caminhando lenta e silenciosamente até a Morena.

Granger, estava chorando abraçada as pernas, sozinha. É claro que a garota estava sozinha. Não tinha muitos amigos. Ron era a razão das lágrimas e estava sempre ocupado se agarrando com a Brown. Harry estava sempre ocupado conversando no escritório de Dumbledore, ou vigiando Gina, que por sua vez estava se agarrando com Dino Thomas. Luna era de outra casa, e tinha seus problemas, vivia em seu próprio mundo e provavelmente não ia entende-la. Neville era um garoto legal, mas não era o tipo de pessoa com que se pode contar.

Ele caminhou até a garota e falou.

— Hermione - ele a chamou pelo primeiro nome sem querer.

A garota se virou, não conseguia vê-lo, estava com os olhos marejados de lágrimas. Malfoy entregou-lhe a água. Ela tomou ainda chorando. O garoto entregou-lhe o lenço, ela pegou com as mãos tremulas, virou-se de costas e secou as lágrimas, se recompôs e virou-se.

— MALFOY?! - Hermione perguntou surpresa, mas ainda era possível perceber o toque de raiva nos olhos dela.

— Granger... - falou o Loiro com um sorriso torto e tom de zombaria.

— O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? VOCÊ VEIO PARA ZOMBAR DA MINHA CARA, PARA ME HUMILHAR? EU SABIA QUE VOCÊ ERA RUIM, MAS VOCÊ É PODRE! VOCÊ É DESPRESIVEL, É NOJENTO... - A garota ainda gritava, mas Draco não ligava, estava recluso em seus pensamentos.

"Por que eu estou aqui? Eu estou aqui para zombar da Granger? Mas eu não quero, não vejo razão para zombar dela. Não consigo, não dá! O que eu estou fazendo aqui? "

Hermione parara de gritar, ele precisava responder alguma coisa... Mas o quê? Ele tinha que responder logo, porque a Castanha estava com cara de poucos amigos.

—O que é Granger? Não estou aqui para te fazer mal... - o garoto riu com a cara de surpresa de Hermione. - Granger, Granger, Granger... você não acredita que eu possa estar aqui para outra coisa sem ser zombar da sua cara?

— Não Malfoy, não acredito. Afinal, por que você estaria aqui? Você me odeia.

— É... ah... en-então... é que... sabe... - falou Draco envergonhado, tentando decidir o que diria para a Castanha - Eu não te odeio.

— Desde quando???

— Não sei direito... Acho que faz algum tempo... - falou o garoto pensativo enquanto caminhava em circulos - No terceiro ano provavelmente.

— E... por quê? - falou ela com expectativa.

Draco respirou lentamente, foi andando e sentou-se nas almofadas no canto da sala. Hermione o seguiu e sentou-se ao seu lado. Os dois ficaram olhando para o chão sem falar nada.

— Analisando agora, começou no terceiro ano, mas vem acontecendo isso desde então. Quando nós estávamos no terceiro ano... Aconteceu muita coisa. Você ficou mais bonita, seu cabelo abaixou um pouco, seus dentes desencavalaram - falou o garoto com um sorriso torto nos lábios - mas continuaram enormes. Sabe, eu só notei o quanto você era... não sei descrever, mas eu só te notei de verdade como uma garota quando estávamos na frente da casa daquele Gigante, esperando aquela maldita ave morrer... Quando você me deu um soco, eu percebi o que você pode fazer, ter o pulso firme, mas mesmo assim sem perder a classe. Quando eu não te vi na torcida no Potty na segunda tarefa do Torneio, eu entrei em pânico, achando que tinha acontecido alguma coisa com você. No baile eu, pela primeira vez senti inveja de alguém, do Krum, quando eu te vi descendo aquela escada com aquele vestido...

Draco olhou para Hermione, que estava completamente vermelha, e olhando para ele. No fundo dos seus olhos ele viu surpresa, mas também viu compreensão. Era como se ele a entendesse, e percebesse todo o que ele estava falando, como se sentisse o q ele dizia.

— Malfoy... obrigada. Mas eu não sei o que dizer... Eu poderia dizer que eu sinto o mesmo mas...

— Não seria verdadeiro.

— Não, eu... eu realmente te amei. Até quase o terceiro ano eu realmente gostava de você... eu meio que sentia tudo o que você sente e sentiu.

— No passado?

— É, no passado. Foi quando eu me toquei que você nunca olharia para mim... E que se olhasse seria muito estranho, afinal, eu sou uma Sangue-Ruim, e você um sangue puro, eu sou Grifinoria você é Sonserino. Além da questão dos seus amigos, e dos meus..

— Granger... No momento em que eu percebi que gostava de você, eu não me importei mais se você era eu não um Sangue-Ruim, na verdade, sangues puros são umas chatas. Eu só continuava te chamando assim por causa de uma coisinha chamada "manter as aparências". A rixa entre as nossas casas não importa,e os nossos amigos, que se f***m.

Hermione ficou um tempo pensativa. "Isso é realmente verdade?" Ela não tinha certeza se ele realmente gostava dela e estava falando a verdade, ou estava só mentindo para que pudesse zombar dela e contar para os amigos. "Não, nenhum ser humano seria capaz de fazer uma coisa dessas... Mas espera aí, não é um ser humano, é o Malfoy!" Então ela bolou um plano rápido em sua cabeça, e começou a realizá-lo.

— Malfoy, porque eu acreditaria em você? Você mentiu para mim, zombou da minha cara e me humilhou praticamente todo o tempo que nos conhecemos.

— Pode falar, eu faço o que quiser para você acreditar em mim... - falou ele com um tom de simplicidade.

— Se é qualquer coisa... - falou ela com um sorriso torto nos lábios - Tire a capa, e a camisa Malfoy.

Draco automaticamente seu um sorriso malicioso nos lábios e a sua famosa risada safada.

— Tá bem, Miss Granger.

O Loiro levantou-se, virou-se, tirou a capa e foi desabotoando a camisa. Quando ele tirou a camisa e a gravata do uniforme, Hermione quase perdeu o foco, ficou perdida naqueles músculos esculpidos por anos jogando Quadribol - os de Ron e de Harry eram realmente grandes e tonificados, mas não chegavam nem perto daquilo -, Draco tinha músculos tão lindos e discretos - como a garota preferia - que ela até perdeu a respiração. Quando o garoto ficou de frente para a morena, ela ficou ainda mais perdida. Ele tinha um peitoral de dar inveja e um abdômen perfeito. "Meu Merlin, como ele pode ter um corpo assim?!" Ela pensou.

Hermione foi observando cada músculo que tinha no corpo do Sonserino até que a garota olhou para o braço esquerdo de Malfoy ficou estática. Ela não podia estar vendo aquilo. Ele era muito novo, não podia ter feito isso consigo.

— A MARCA NEGRA! - disse Mione enquanto levantava-se e colocava as mãos na boca.

"Oh merd*, eu tinha esquecido disso!" Pensou Draco. Como ele pode ter esquecido disso? Estava indo tão bem. Ele estava tão perto de conseguir... Mas estragou tudo, como ela fez isso? Como ela desconfiava? Ninguém sabia.

— O que é isso Malfoy? - perguntou Mione.

Draco não respondeu, ficou pensando em como ela descobrira e como fora tão tolo. Hermione vendo que o garoto não respondia, saiu andando mais nervosa do que nunca. "E eu estava acreditando nele!"

Draco, acordando de seus pensamentos e vendo a Castanha sair correndo, pegou as suas roupas e foi atrás dela. Um pouco depois de sairem da sala, Draco a alcançou.

— Hermione... - Falou Draco.

— Malfoy, eu não quero saber! Você tem a marca negra, é um Comensal da Morte, como eu pude confiar em você? Como eu pude acreditar que você tinha mudado?

— Hermione, você tem que me escutar. Eu não queria. Eu já quis, mas eu não quero, eu odeio essa marca no meu braço.

— Então por que fez? Se você detesta tanto isso e não queria a marca, por que fez?

—Eu fui obrigado! - ele já estava gritando - Não podia recusar, o que estava em jogo era mais do que o meu braço, tá bem...

Foi quando eles se tocaram que estavam gritando no corredor em plena noite, eles pararam e ficaram se olhando. Automaticamente seus rostos atingiram o tom dos cabelos de Ron, eles simplesmente assentiram, e se viraram para a porta.

— Quero um lugar onde possamos conversar, sem que ninguém nos perturbe. - falou Mione, que enquanto falava, pensava no salão comunal da Grifinoria, não sabia por que, mas esse lugar sempre a acalmava. Se o lugar se transformasse mesmo na sala comunal, Draco ficaria furioso.

Não deu outra, a sala ficou idêntica ao Salão Comunal Grifinório, a decoração vermelha e dourada, as poltronas, a lareira, o tapete com manchas de vomito das cobaias de Fred e Jorge, as velas meio derretidas, estava exatamente igual a como Hermione tinha visto antes, só que sem o casalzinho se agarrando no tapete. Malfoy ficou furioso, "Tem que ser o salão da Grifinoria?"

Hermione sentou-se em uma das poltronas mais próximas a lareira, e ficou olhando o fogo. Parecia que ele a estava hipnotizando. Olhando-o, ela se sentia bem, confortável. Ela, depois de alguns minutos, ajeitou-se na cadeira e olhou para Draco:

— Então, Malfoy. Por quê, afinal, você foi obrigado?

—É complicado demais, ok?! O que está em jogo é importante.

— E o quê é que está em jogo? - perguntou Hermione, com expectativa.

Draco caminhou e sentou-se na poltrona ao lado da de Mione. Ele podia odiar o lugar, mas tinha que admitir, era mais confortável e aconchegante do que o Salão Comunal da Sonseina.

— Hermione... Eu tinha que fazer isso. Eu fui ameaçado, se eu fizesse isso, e terminasse a minha missão, eu seria o primeiro tenente do Lorde das Trevas. Eu estou aqui para "tapar o buraco" deixado pelo meu pai e, se eu não o substituísse, eu teria muito a perder. - Concluiu cabisbisbaixo, mas não o bastante para impedir Hermione de ver seus olhos cinzas.

Ela nunca havia visto ninguém com um olhar tão triste e decepcionado. Draco parecia estar lembrando de algo que o incomodava.

— E o que podia ser tão importante? O que poderia ser tão importante para que você se submetesse a isso?

— Você pode se surpreender, mas eu tenho sentimentos. Eu sou humano também. Eles me ameaçaram. Ameaçaram a minha mãe. E o meu pai, mas para ele, eu não dou a mínima. Eles ameaçaram matá-los e me torturar. Me enlouquecer com a maldição criciatus. Assim como fizeram com os Longbotton. E a minha tia se ofereceu para fazer isso. - Agora a expressão de Draco era de raiva.

— Draco... Não sei o que dizer.

Eles não falaram nada... ficaram se olhando. Hermione analizava: "Afinal, Draco Malfoy é humano, e tem sentimentos... E ele se sacrificaria pra salvar uma pessoa!". Depois de uns 5 minutos de um silêncio pesado, eles foram se aproximando mais e mais. Hermione ficou em um estado de inconsciência, e só acordou quando seus lábios se tocaram levemente, quase sem encostar. Ela sentiu um arrepio percorrer sua pele. A Castanha se afastou e se levantou automaticamente. Dessa vez ela não fugiu.

Não sabia porque, mas ela não conseguia sair dali. Era como se cada fibra de seu corpo queisessem que ela ficasse. Ela estava com uma guerra em sua cabeça:

"Não posso ficar, ele é o Malfoy e ainda é um Comensal!"

"Mas ele é TÃO lindo, e ele quase te beijou. Ele gosta de você"!

"Mas, ele sempre foi rude com você, e com certeza, não mudou."

"Mas ele está aqui, e ele não foi rude nenhuma vez, e ele te contou muita coisa importante. E, ele sabe que se ele fizer alguma coisa com você, você pode usar o que ele disse contra ele próprio. Além do mais, você gosta dele."

Hermione se decidiu, ela ia ficar. Mas não ia deixar que isso acontecesse. Eles não iriam se beijar, mesmo Hermione querendo isso com cada fibra de seu corpo e esperando que ele tome a iniciativa a beijando de surpresa. Para que ela não escorregasse, decidiu falar alguma coisa.

— Por que você não se importa com o que acontece com o seu pai?

— Por que ele é um bruto. Ele nunca se importou com o que acontecia com a minha mãe, nem comigo. Ele nos batia, gritava com a minha mãe, e fazia de tudo para manter as aparências. Minha mãe não é assim, sabe? Ela não tem muito preconceito contra nascidos trouxas, nem traidores do sangue. Ela se julgava mais parecida com a tia Andrômeda, ou o Sirius. Mas,ela não pode ser como ela é... Meu pai tem que manter as aparências. Afinal, somos Malfoys... E se ele não tivesse perdido na batalha do Ministério, eu não teria que me transformar em um Comensal.

— Oh, Malfoy, eu sinto muito.

— Sem problema, já convivo com isso desde que nasci.

— Mas Malfoy, ele batia em você desde que você nasceu, e batia na sua mãe... Não sei exatamente como é no mundo bruxo, mas no mundo trouxa, isso dá cadeia.

— Não quero falar disso, ok?! - disse ele, com uma visível dor em seus olhos.

— Tudo bem.

Eles só ficaram se olhando, sem saber sobre o que falar. Isso durou minutos, até Draco perceber que ainda estava sem camisa. Ficou feliz ao perceber que Hermione estava o olhando, melhor, analisando de cima a baixo. Ele deu um sorriso safado e foi andando em direção a Castanha, que fiou parada em seu lugar, estática. Ele chegou perto o bastante para que sentissem as respirações e o calor do corpo do outro.

Ele chegou os lábios perto da orelha de Hermione, e falou:

— É bom saber que eu te atraio.

Nesse momento, Hermione ficou muito vermelha, como nunca havia ficado antes. Ela olhou para Draco, com envergonha. Ela se surpreendeu com o que viu nos olhos dele, ela viu medo, duvida, mas, mesmo assim, felicidade. E era verdade, Draco se sentia feliz de estar lá, se sentia feliz de estar com Hermione. Pelo menos dessa vez. Poder ser quem queria ser, e não alguém que aprendeu a ser ou que foi obrigado a parecer.

— Vamos fazer um jogo. - falou Malfoy

— Como assim um jogo?

— É bem simples, você pergunta para mim alguma coisa, e eu tenho que responder, se eu não quiser, eu tenho que fazer alguma coisa que você mandar, e vice-versa.

— Tudo bem, mas cada um só vai fazer 5 perguntas!

Draco concordou, eles viraram as poltronas, para que ficassem cara-a-cara. Eles ficaram alguns segundos decidindo o que iriam perguntar. Tiraram par-ou-ímpar, Draco ganhou.

— Tudo bem... Com quem foi o seu primeiro beijo? -falou ele num tom desafiador com pouco caso.

Hermione ficou muito vermelha antes de responder, ela olhou para o chão e falou, com uma voz fraca.

— Com você Draco, há uns 15 minutos.

Draco ficou maravilhado, pensara que havia sido com um dos amiguinhos dela, ou com o Krum, mas não, fora com ele... Mas mesmo assim, para irritá-la, caiu na gargalhada.

— PARE DE RIR!

— Mas, Mione, o seu primeiro beijo foi aos 17 anos, comigo e mal foi um beijo!

— PARA! Agora sou eu que pergunto: Por que você está aqui?

— Não sei ao certo, mas... Acho que foi para ajudar você. Não sei... Acho que me senti mal por você estar chorando e, principalmente pelo Weasley, e eu vim ajudá-la.

— Como você sabia? Como você sabia que eu estava chorando pelo Ron?

— Todo mundo sabe.Todos, menos ele... O que me leva a minha próxima pergunta: O que fez você gostar tanto do pobretão?

— O fato de ele... Ele ser completamente o oposto de mim... - Falou ela sem notar o que disse - Ele é meu amigo. Ele... Me entende de alguns modos: Ser ofuscado pelo seu melhor amigo, mas mesmo assim amá-lo, nunca ser levado a sério por causa de quem são os seus pais, estar sempre se metendo em confusões... Além de tudo isso, ele nunca se importou se eu sou uma garota, na verdade, ele nunca notou isso. E ele é sempre muito legal comigo, mesmo sendo rude. Eu não sei, ele pode não ser rico, nem muito bonito, mas, ele é... Perfeito.

— Oh, entendi, você gosta dele, por que ele é seu amigo... - falou Draco, pensativo.

— Não, ele é mai...

— Não, não foi uma pergunta - interrompeu Draco.

— Tá bem, Malfoy. Agora a minha pergunta: Porque você está com a Parkinson?

— Enumerando: 1° Ela é gostosa. 2° Ela é uma sangue-puro, o que causa boa impressão. 3° Um dia eu vou ter que casar com ela mesmo, então... e 4° A cara dela é muito engraçada quando percebe que foi chifrada.

Hermione riu das razões de Draco, era tudo tão mesquinho e idiota, mas engraçado. Ele ainda para melhorar as coisas, imita a cara da Pency quando ela descobre das amantes de Draco. Ele faz uma cara de pena de sí próprio, misturada com raiva e masoquismo. Os dois riram de rolar pelo chão da sala. Quando param de rolar, eles ficaram cara a cara. Deitados no chão, com a respiração de um em cima do outro, com os rostos a poucos centimentos. Depois de alguns segundos nessa posição, a castanha se afasta.

— O que foi Granger? Tá com medo de chegar perto de mim, ou não quer receber um segundo beijo?

— Eu só não quero te beijar Malfoy, já sonhei muito com isso antes, mas eu me desiludi e falei para mim que não aconteceria e, se acontecesse, você só iria me magoar.

O garoto foi se aproximando mais dela, enquanto foi o fazendo, ele percebeu o quanto queria isso, nesse momento a necessidade de ter aqueles lábios rosados. Os dois estavam tão próximos que era possível ouvir as suas respirações. Ela abriu a boca para protestar, mas o loiro não permitiu. Ele juntou os lábios dela com os seus, e a segurou com força, pois ela estava tentando empurrá-lo, logo isso não era mais preciso, pois ela cedeu.

Ela no começo, não teve reação, só ficou lá, parada, esperando que ele se cansasse e parasse, mas depois de cerca de 4 segundos, ela não aguentou mais, se entregou ao beijo. A castanha sentiu as mãos do Loiro passearem por suas costas, enquanto as dela se encaminhavam para a nuca do garoto. Eles sentiram calmamente os lábios macios e quentes do outro, e seus corpos se aproximaram cada vez mais. Ela sentiu a língua de Draco encostar em seus lábios, pedindo passagem. Se pestanejar, ela permitiu a passagem. Suas línguas se encostaram timidamente, como se estivessem se conhecendo. Logo após, Hermione delira ao sentir a língua quente de Draco passear pela sua boca. Suas pernas ficarem bambas quando começou a deslocar a sua língua para a boca do garoto, não conseguiria fazer isso com a habilidade dele, pois não tinha experiência, mas, tentaria fazer seu melhor.
Ficaram desse jeito, o máximo possível grudados, com os lábios se mexendo em uma dança delirante. Os dois tinham certeza que poderiam ficar assim por horas, que o tempo não importava, afinal, estavam esperando isso por muito tempo. Nada os atrapalhou, até que perceberam que precisavam respirar. Se afastaram ao mesmo tempo, ofegantes. Ainda com os corpos colados e as testas encostadas, olharam um para os olhos do outro. Hermione viu desejo, carinho e até uma pitada de medo. Mas Draco viu medo, gentileza, cansaço entre tantos outros sentimentos que não conseguiria decifrar.

O garoto decidiu se focar no medo. Ele deslizou a testa até ficar com os lábios ao pé da orelha da garota.

— Eu não vou te machucar. - falou ele em um sussurro, em seguida, ele deu uma pequena mordida no lóbulo da orelha dela, e se afastou.

Ele se apoiou em uma das paredes da sala, cruzou os braços e ficou olhando para uma Hermione confusa e maravilhada. Enquanto ela o encarava. E só via uma cara safada com um sorriso torto olhando fixamente para ela.

— Sua vez de me perguntar, Hermione.

— Minha vez... Era a sua vez!

— Não, eu fiz a minha pergunta "O que foi Granger? Tá com medo de cegar perto de mim, ou não quer receber um segundo beijo?". Agora é a sua vez.

— Tá bem. Por que você me beijou?

— Porque eu estava esperando faz muito tempo... - falou ele - E é legal te irritar.

Ela olhou para ele com um uma cara furiosa. Ela esperava algo mais apaixonado, carinhoso, ou pelo menos educado.

— Minha vez... Gostou do beijo, Hermione?

— Até que sim, Draco. Foi uma coisa nova para mim, mas eu realmente gostei. É melhor do que eu imaginava.

— Então teremos uma segunda rodada depois.

— Sonha Malfoy, sonha. Agora a minha pergunta - ela pensou por um momento - Se você pudesse, se eu fosse sangue-puro, mesmo sendo uma Gifinoria, você assumiria namoro comigo perante a escola?

— Talvez, se você fosse no salão que a minha mãe vai e arrumasse essa vassoura, e usasse umas roupas mais femininas...

— Sonhe, Malfoy. Eu não vou mudar por ninguém, nem por você.

— Então isso me qualifica acima dos outros...

— Talvez - falou a garota andando sedutoramente em direção ao Loiro e parando quando já estavam grudados. - Talvez você esteja acima dos outros, Malfoy.

Ele se sentou no chão, e em seguida ela o acompanhou.

— Então Mione, por que eu estou acima dos outros? Claro, para você, eu não estou acima do Weasley, mas porque eu estou acima do restante?

— Sabe, você já esteve acima do Ron... No primeiro, no segundo e parte no terceiro ano... Eu fui apaixonada por você. Eu me apaixonei quando te vi entrar no trem, com aquele ar superior, e rosto de anjo. Eu continuei te considerando perfeito enquanto estávamos nas aulas, e você era o único com alguma inteligência pra conseguir me acompanhar. E isso continuou durante o nosso segundo ano, por isso eu me senti tão mal quando você me chamou de sangue-ruim. Mas eu meio que vi que você é uma "barata nojenta e asquerosa" quando você pediu para o seu pai processar o Bicuço. Eu meio que fiquei com raiva de você, e deixei de gostar de você, e talvez tenha começando a te odiar. Mas, você continuou superior aos outros. Até eu notar o Ron... Ele é quem eu amo agora. E você continua acima da maioria, mas eu só decidi ignorar isso... Pelo Ron, pelos outros, e principalmente, por mim. - falou a garota, já soluçando.

Draco se aproximou dela e a abraçou. Ficaram assim por algum tempo até o momento em que ele encostou a sua boca na orelha dela e falou:

— Eu posso ser uma barata nojenta e asquerosa, mas sou uma barata que te ama.

Com isso Hermione ficou completamente surpresa, afinal, o que ele estava falando?


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Notas finais do capítulo

Oie. Como eu falei, essa fic é a minha primeira Dramione, que é a minha shipp favorita. Eu espero que tenham gostado. Essa fic foi feita primeiramente para ter dois capitulos, mas se alguém gostar, e comentar, eu posto mais *-*.