POV Edward

2 dias sem vê-la ou ouvir sua voz, sinto falta do seu cheiro e dos seus beijos, sinto falta de tudo nela. Eu e Charlie estamos procurando-a dia e noite, não consigo mais dormir sem saber se ela está bem.

Já era noite quando resolvi dar uma última procurada, peguei meu carro e fui mais uma vez para a floresta, porém, avistei
uma entrada que ainda não tínhamos visto.

— Uma olhada não vai fazer mal. – Falei comigo mesmo. Parei o carro, peguei uma lanterna e entrei pela densa floresta. Nada, apenas árvores e mais árvores. Olhei em volta... Perai, aquilo parece sombra de alguma casa ou cabana, será que o meu
amor está ali? Não, Bella não pode estar ali, seria óbvio. Virei e quando ia dar o primeiro passo, ouvi um grito estridente vindo em direção da tal cabana.

Corri apressadamente até lá.

Pela janela, pude observar que apenas uma luz que não consegui identificar de qual objeto, estava acesa.

— Sua vadia, cala a boca, podem te ouvir! – Falou uma voz que certamente era de um homem. – Porra Isabella, pare de se mexer! – Isabella? Será que era a minha Bella? Antes de tentar alguma coisa, deixei um recado na caixa postal para Charlie.

Tentei abrir a porta, mas estava trancada. E agora? Andei até uma certa distância e quebrei o vidro da janela, entrando lá dentro.

Por um momento parei de respirar. A cena que vi me devastou completamente.

— Tire suas mãos imundas dela! – Soquei o cretino e o joguei longe.

POV Bella

Não estava acreditando no que estou vendo. Edward, meu amor aqui, ele veio me salvar, porém estava batendo naquele monstro.

— Seu médico de merda, vou te matar. – Foi ai que eu vi, ele pegou uma arma e apontou para a cabeça do Edward. – Sabe, eu iria te matar de qualquer jeito, mas não pensei que fosse tão cedo. Você não vai roubar minha boneca de mim, ela é só minha, sempre foi. – Quando ele ia puxar o gatilho, policias arrombam a porta.

— Parado, largue a arma. – Com poucas forças consegui ficar em pé, mas no caminho de ir até os policias, sinto uma mão puxando meu pescoço e uma coisa gelada em minha cabeça.

— Se vocês derem mais um passo, eu atiro. – Oh meu Deus, agora minha vida acabou. Olhei para meu amor, como pude ficar tanto tempo sem vê-lo? Em seus olhos estavam escorrendo lágrimas, seu olho esquerdo estava vermelho e levemente inchado por conta do soco que levou, seus lábios, ah, como tenho saudades de beija-lo. Mas a voz do mostro me tirou dos pensamentos. – Agora, eu quero que se afastem da porta e me deixem passar.

— James, solte a Bella, se solta-lá nós vamos deixar você passar. Agora solte-a! –
Charlie disse. Charlie, meu pai, como tenho saudades dele, da mamãe e da Nessie...

— Boneca, eu vou te soltar, mas eu prometo que nunca vou te esquecer. Você sempre será a bonequinha do titio, nunca esqueça disso. – James sussurrou no meu ouvido, senti um nojo tão grande com essas palavras, o que eu mais quero é esquecer isso tudo. Fechei os olhos, esperando finalmente morrer, mas só senti meu corpo caindo no chão. Depois disso, foi apenas escuridão...

[...]

POV Charlie

Finalmente achei minha filha. Prendemos o canalha do James e Bella foi levada para o hospital. Ela estava horrível, muito magra, hematomas pelo corpo inteiro e até alguns machucados, o pior é que sua inocência foi roubada mais uma vez.

Já não bastava o trauma passado, agora terá que viver com mais esse. Mas farei de tudo para ela não sofrer mais, nunca mais.

[...]

Renée e eu estamos esperando notícias sobre o estado da Bella.

— Charlie, será que ela vai ficar bem? – Renée me perguntou com a voz chorosa.

— Sim, espero que sim. - falei, tentando me convencer também das minhas palavras. 

[...]

— Com licença, vocês são os pais de Isabella Swan? – Disse o Dr. Richard.

— Somos nós. – Falei.

— Se vocês quiseramv ê-la, Isabella já está apta para receber visitas, porém ainda está desacordada.

— Claro, queremos vê-la.

— Me acompanhem, por favor. – O seguimos até o quarto em que Bella está. – Vou deixar vocês a sós, com licença.

— Oh meu bebê, estava com tantas saudades sua. – Renée falou emocionada. – Espero que você acorde logo meu bem, e quando acordar eu estarei aqui.

[...]

(Continua...)