Dramione: Misunderstood escrita por Sammy


Capítulo 12
Conflicts ♦


Notas iniciais do capítulo

Oi tudo bem? :)
Capítulo novo disponível.
Espero que gostem.
Boa leitura! ^^



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Dramione: Misunderstood





Cap. 11





– O que faz aqui? - Perguntou Mr. Weasley e Draco olhou para ele com aquela mesma expressão que eu conhecia muito bem. Por que eu tinha o presentimento que a coisa ia ficar feia?


– Vamos garoto, me responda! O que faz aqui? Veio jogar uma maldição na minha filha é? - Falou Arthur sarcasticamente e Draco já estava vermelho de raiva.

– Arthur, se acalme... - Pediu a esposa dele, mas o homem ignorou.

– Eu estou aqui com a senhorita Granger. - Disse Draco com os dentes cerrados tentando controlar a raiva que sentia.

– Com a senhorita Granger é? - Ele me olhou.

– E o que deu em você para ficar amiga "desse aí" tão de repente?

– Esse aí tem nome! - Gritou Draco furioso.

– Parem com isso, por favor estamos numa enfermaria! - Falou Molly desesperada enquanto os dois se fitavam.

– A Sra. Weasley tem razão. Não se preocupe Arthur, Draco apenas me veio acompanhar até aqui, mas ele já estava de saída.

– Estava? - Perguntou ele surpreendido.

– É estava. É melhor você ir andando, o ambiente ficou tenso e eu não quero que arranje problemas. - Eu olhei para ele sem saber mais o que dizer, e Draco ainda me olhava surpreendido.

– Tudo bem, eu não estava afim de ficar aqui mesmo. - Draco revirou os olhos e depois olhou cinicamente para o homem ruivo que ele tanto detestava - Te procuro depois, ainda temos uma
conversa pendente esqueceu?

Eu olhei para ele, mas não respondi, ele deu as costas para mim e passou pelo pai do Rony que olhou para ele irritado.

– Como é que ainda consigo suportar esse moleque?

– E eu como é que eu consigo suportar esse bando de idiotas que ficam xingando os outros sem terem motivos. - Draco resmungou entre dentes e continuou andando em rumo da saída da enfermaria.

Depois que o loiro saíu, eu e a família Weasley continuamos esperando que alguma enfermeira saísse daquela enfermaria com notícias da Gina, mas isso não aconteceu. As enfermeiras que iam saindo de lá de dentro vinham apenas por outras razões.

Mais tarde, quando amanheceu, uma das enfermeiras veio nos avisar que finalmente poderiamos visitar a Gina, e dessa vez foi a minha vez. Segui a enfermeira por uma entrada a minha direita. Passei por vários quartos. Alguns estavam vazios, outros ocupados. A maioria das pessoas usavam uma camisola branca e nesses quartos haviam muitos tubos e aparelhos que bipavam a cada segundo.

Entrei no quarto da Gina e vi que ela estava deitada na cama perto da janela, caminhei até o lado da sua cama e me sentei perto dela. O sol estava começando a nascer, e observo as pequenas gotas de chuva que estavam sobre as árvores. Quando olhei para ela senti uma vontade enorme de chorar novamente, entretanto acho que minhas lágrimas já tinham secado. Não acreditei que horas atrás ela estava dançando comigo e com a Parvati naquele baile de Inverno. Eu queria que tudo tivesse sido diferente e que nada disso tivesse acontecido.

Muitas perguntas vieram na minha cabeça, mas a principal delas era por quê? Por que a Gina? E por quê anorexia? Os minutos que estive naquele quarto se passaram rápido de mais, e logo a Madame Pomfrey apareceu para me chamar. Levantei da cadeira onde estava sentada, mas não saí do quarto se antes olhar paara ela. Sempre me importei com Gina, sempre... Sempre pensei nela como minha melhor amiga. Olhei uma ultima vez e comecei a chorar novamente, afinal, ao contrário do que imaginei, minhas lágrimas não haviam secado.


*****





Draco *




Cheguei no dormitório dos garotos da Sonserina e tudo o que eu queria naquele momento era dormir, cair no sono e esquecer aquela noite horrível. Quando acordasse queria que tudo estivesse como dantes, eu seria o antigo Draco Malfoy o cara mais problemático e rebelde da escola de Hogwarts. E ela a Hermione Granger, a garota irritante, repugnante e chata. E a Gina Weasley, a garota normal e saudável que sempre me enchia o saco com aquelas piadas estúpidas e sarcásticas. Como esse mundo era perfeito! Mas não era a realidade... Nenhum de nós jamais voltaria a ser o mesmo. Aquela noite nos mudara completamente.

Primeiro eu teria que enfrentar meu passado e isso incluía desfazer-me do mal que causei para todo o mundo e todas as marcas que meu passado deixou, mas para isso eu teria que fazer a minha própria escolha. Segundo, agora que sei o que estou sentindo, não posso ter mais aquela personalidade de um garoto idiota, rebelde e inutil.

Ouvi uma batida leve na porta e pedi para quem estava lá fora aguardar. Levantei da cama, coloquei um casaco quente e saí do dormitório. A pessoa que me estava esperando era aquele chato do Blásio. Acompanhei meu amigo até a sala comunal e nos sentamos perto da lareira.

– O que quer Blásio?

– Queria te perguntar a onde esteve depois da festa? Procurei por você e não o encontrei.

– Eu estive na enfermaria.

– Fazendo o quê? - Perguntou ele espantado.

– A garota Weasley está muito doente, você não soube do que aconteceu lá na festa?

– Sim, eu ouvi falar. - Blásio me olhou desconfiado

– Mas a Weasley Malfoy? Desde quando é que você se importa com ela?

– Nunca me importei, mas eu fiquei lá por outro motivo. - Disse sem encará-lo.

– Que motivo?

– Um motivo particular, assuntos meus. - Respondi continuando sem encará-lo. Eu sabia que Blásio desconfiava dos meus motivos, mas ainda assim não lhe contei nada.

– Sei... Você anda muito estranho ultimamente cara, já não é mais aquele garoto rebelde que ficava o tempo todo fazendo mal para os garotos do primeiro ano.

– E isso importa? - Revirei meus olhos.

– Não... É só que, desde que ficou perto daquela sangue-ruim que ficou mudado. Posso te dizer uma coisa?

– Fala.

– Até que ela é bem gostosa. Deve ser ótima para uma noite e depois largar...

Ao ouvir aquele comentário, senti a fúria tomando conta de mim. Levantei do sofá, peguei Blásio pelo colarinho e o enconstei na parede, olhando nos seus olhos.

– Não ouse a tocar nela, caso contrário se arrependerá para o resto da sua vida. Está me ouvindo?!

– Ok Draco, eu ouvi. Agora me solta.

O soltei e voltei a me sentar no sofá irritado. Todos que estavam na sala me encaravam espantados. Não que não fosse comum eu tentar colocar medo nos meus amigos, mas dessa vez o Blásio foi longe demais.


*****

 Gina *

Quando acordei, senti minha cabeça pesada. Tentei me mover ou me levantar, mas não consegui, ainda estava bastante fraca. Abri vagarosamente minhas pálpebras e tive dificuldade em respirar. A claridade que entrava pela janela do quarto era forte que mal pode ver o que estava em cima de mim, ouvi vozes vindo do lado do lado oposto do quarto. Segundos ouvi passados andando pelo quarto e depois senti alguem segurando meu pulso.

– Senhorita Weasley? Senhorita Weasley pode me ouvir?

Era a Madame Pomfrey, e foi então que percebi que estava no hospital da escola. Aquilo só poderia significar que eu...

– Gina, se estiver ouvindo aperte minha mão...

Mamãe? Papai? O que fariam meus pais ali? Eu estava tão confusa. Tentei apertar a mão da minha mãe, mas minhas forças não permitiram. Estava tudo errado. Tentei novamente alcançar forças para apertar a mão de minha mãe e finalmente consegui. Fechei meus dedos em torno de sua mão e pude sentir o calor quente dela.

– Ela está consciente Madame Pomfrey. - A voz dela era baixa.

– Por Merlin Gina, tivemos tanto medo.

Senti as lagrimas de minha mãe caindo sobre nossas mãos enterlacadas. Tentei falar com alguma dificuldade, mas o que saiu foi quase inaudivel.

– Não Chore...

O esforço me deixou exausta, mas consegui dizer o que queria.

– Meu amor, tente repousar, ainda está fraca, ainda não está recuperada.

Fraca? Claro, agora me lembro. Estava com Harry quando de repente me senti fraca, senti minha respiração falhar, senti a visão turva e acabei desmaiando.

– Ela está nervosa, acho melhor deixá-la descansar. - Falou a Madame Pomfrey seriamente - Acho que o melhor é aplicar o remédio para que ela durma novamente e descanse.

– Mas isso é necessário Madame Pomfrey? Acho que nossa filha já dormiu o suficente. - Falou meu pai um pouco nervoso.

– Sim, é necessário. Gina tem que ficar calma se não poderá ter problemas. - E dito isto ela aplicou o remédio.

Eu não queria dormir de novo, queria gritar, queria fugir, mas eu não me consegui mexer. Eu não escutei mais nada depois disso, e a ultima coisa que vi foi minha mãe chorando com as mãos sobre o rosto. Minha visão ficou turva e acabei dormindo profundamente.

*****





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Notas finais do capítulo

E aí gostaram? :)
Espero que sim, aguardo reviews :D
Beijos até ao 12 ^^