Com Ou Sem Você escrita por Mrs Dattebayo


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Hey seddiers! One-shot nova. ♥
Eu coloquei song-fic ali, mas a letra da música não está inteira ai. Enfim...
Espero que gostem!!!!
P.S: a música é : Com ou sem você da Strike. ( http://www.vagalume.com.br/strike/com-ou-sem-voce.html ) Super combina com a situação atual de Seddie.



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O ar estava seco e gelado. O vento cortava frio em meu rosto. Tudo bem, eu gosto. Meu cabelo estava oscilando junto com as brisas de outono. As árvores estavam nuas e o chão coberto com folhas. Era possível ouvir o estalar delas abaixo de meus pés na escada de entrada da Ridgway.

Todos os outros estavam lá dentro, nos corredores, aquecidos. Era bom ter o frio como companhia. Principalmente quando se está sozinha. Pelo menos eu pensava estar sozinha.

Ao longe eu podia ver os dois caminhando na minha direção, ou melhor, na direção do colégio. Freddie e Carly. Eles não me viram, e não fiz questão de mudar isso. Dei uma mordida no meu fat cake, conformada.

Eles riam despreocupados. Carly estava vestida no seu estilo de eu-posso-humilhar-a-barbie e Freddie...bom, ele estava com aquelas estúpidas e horríveis listras que eu tanto odeio - a não ser em mim e nele. Ele estava com as mãos nos bolsos e olhando para o chão com um meio sorriso no rosto. Eu sei bem o que isso significa: ele está pensando em algo que não quer que ninguém saiba.

Sorri para mim mesma percebendo como fui atenta a detalhes tão bobos referentes a ele. Recostei a cabeça no muro ao meu lado e fiquei olhando os dois. Juntos. Não literalmente juntos, mas... você sabe. Um colocando um sorriso no rosto do outro. Felizes. Eu gosto de vê-los assim, mas também odeio.

Enquanto eles caminhavam lentamente e falando sobre assuntos aleatórios e, provavelmente, que não trazem nenhum tipo de proveito para suas vidas, eu comecei a me lembrar, lembrar da época em que eu me julguei louca, que eu não consegui aguentar guardar o que eu sentia dentro de mim. Eu era pequena demais para tantas emoções reprimidas.

"Eu não consigo acreditar em tudo que você falou pra mim."

Tantas brigas e agressões. Tanto trabalho para fazer da vida dele um inferno e, no final, me apaixonar. "Eu te odeio, Freddork" falei para mim mesma alargando ainda mais meu sorriso.

"Que eu não levo nada a sério e que eu nunca vou mudar e assim não dá."


Mesmo sabendo que eu estava condenada, eu persisti me escondendo de mim mesma. Quem precisa se render ao amor, afinal? Eu jamais o deixaria vencer o jogo, ou pelo menos assim eu pensava. Mas então veio aquele maldito Lock in. É irônico o nome do lugar onde a coisa aconteceu. Pois, de fato, eu estava presa. Presa a um sentimento que eu queria afogar dentro de mim. Mas quem pode afogar o amor?

Freddie veio com aquele jeito de eu-vou-apaziguar-a-situação e, no final, só piorou tudo! Seu discurso sentimental foi o sopro que faltava para aquele monstro dentro de mim ganhar vida e agir por si só. Minha razão foi parar na China e o resto do meu ser se agarrou nele (literalmente).

Em alguns segundos eu percebi que não era apaixonada pelo garotinho que eu havia conhecido anos atrás. Me apaixonei pelo garoto que, mesmo com todas as merdas que eu fazia pra ele, continuava sendo legal comigo. O garoto que estava começando a ser desejado pelas garotas, mas sua nerdisse o impediu de enxergar isso. O garoto que é tão inteligente e, ao mesmo tempo, tão lerdo. O garoto que traz para minha vida tudo que falta nela.

Quando acabou eu apenas corri. Era tudo que eu podia fazer. Depois do beijo eu não poderia mais humilhar, bater, maltratar ele. Freddie não era mais um ser quebrável. A única pessoa ali que poderia ser quebrada, era eu.


"É difícil ter que me imaginar, sem você"


Três dias de guerra, foi por isso o que eu passei. Uma guerra comigo mesma tentando entender o que de fato eu havia feito. Eu saí correndo em plena madrugada, direto para casa. Um lado de mim queria voltar e falar sobre isso, o outro queria apenas fingir que nada havia acontecido. Obviamente seria meio impossível fazer esse último, mas mesmo assim eu o escolhi.

Depois de ficar o tempo todo acordada, sem conseguir colocar nada além do beijo na minha mente, eu decidi que estava louca. Simplesmente louca.

Me internei com o intuito de fugir, de me esconder de mim mesma. No hospital psiquiátrico a coisa não foi diferente: continuei lutando.

No terceiro dia, eu finalmente estava conseguindo me distrair um pouco. Pintura de dedo é algo interessante para se fazer. Até que minha melhor amiga – que, confesso, eu havia até esquecido da existência- surgiu na minha porta.

Como diabos ela me achou?, Perguntei a mim mesma em pensamento.

É claro que ela sabia sobre o beijo, nunca que o Benson esconderia isso. E foi então que ela começou a gritar “Sam gosta do Freddie. Sam gosta do Freddie.” e tudo começou a rodar. Sam gosta do Freddie. Eu estava tentando evitar pensar nisso. Sam gosta do Freddie. Pensar apenas no que eu tinha feito, e não no que me motivou a fazer, já era torturante. Sam gosta do Freddie. Minha cabeça estava prestes a explodir.

Sam gosta do Freddie. Sim, Sam é uma idiota que gosta do Freddie.

Quando eu finalmente a fiz calar a boca, Freddie aparece. Quando ele vê uma Carly rendida aos meus braços, com minha mão tapando sua boca, ele fica com aquela cara estúpida e adorável de quem não está entendendo nada.

Ele ajudou Carly a se livrar de mim e ela saiu exigindo que conversássemos.

Claro que eu não queria conversar. Mas é claro, também, que eu seria obrigada a isso.


Pra deixar as coisas todas no lugar de volta.


E ele, com apenas algumas palavras, me convenceu de que eu estava “bem” e poderia sair de lá. Com algumas palavras ele conseguiu esclarecer algo que eu jamais conseguiria sozinha.

Eu não podia sair de lá sem minha mãe, e ela não podia vir no momento. Carly e Freddie fizeram Spencer se passar por minha mãe e...bom, não deu certo!

Fizemos o iCarly lá mesmo. E Carly, com sua mania de se meter onde não deve, fez os fãs falarem o que pensavam de mim e Freddie juntos. Eu estava odiando tudo, até que Freddie resolveu falar e... Ele me beijou, e eu me senti protegida. Irônico se sentir protegida pela pessoa que você sempre considerou um idiota que não pode cuidar de si mesmo.

Eu estava, finalmente, completa.


Eu sei que ainda não é o fim

Eu sei que ainda não é o fim

Sei que é difícil de aceitar, mas não me deixe”


Mas então, tudo acabou.

Acabou com um “Eu te amo”. Mas acabou...

E agora lá esta ele.

Aparentemente ele conseguiu superar tudo. Ele não precisava de mim. Ou talvez até precisasse, mas não como eu precisava dele.

Ele disse que me ama. Esse pensamento me mantém forte.


Não sei o que eu fiz pra te deixar assim

Mas faço qualquer coisa pra você voltar pra mim

Eu sinto a sua falta.


Eu o quero comigo. Nem que seja por um pequeno momento. Por que é tão difícil?


“É difícil ter que te imaginar com alguém que possa te fazer mais feliz que eu.

Por que não volta?


Mas ele está com a Carly, minha melhor amiga – que também é melhor amiga dele-, e nem deve sequer se lembrar de mim.

Ela não gosta dele, não do jeito que eu gosto. Mas ainda assim ela consegue fazer ele rir e sorrir de um jeito que eu não posso. Eu não sou perfeita. Eu não sou fofa. Eu não sei ser doce e amável o tempo todo. Eu sempre estrago tudo. Eu acabo ofendendo, agredindo e até o deixando com raiva. Mas tudo isso que eu faço, eu faço amando aquele idiota. Essa sou eu. É meu jeito, minha maneira de amar. Parecia bom pra ele enquanto a gente estava junto. Mas agora todas as garotas que ele se interessa são tão opostas a mim. O que prova que não sou o que ele procura.


“E se o final tem o inicio aqui

Deixe tudo acontecer

Nunca é tarde pra recomeçar a viver

Com ou sem você
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Agora apenas alguns metros me separava deles, e Carly me viu.

–Sam! –ela deu um gritinho e acenou para mim.

Ele me olhou calmo e gentil, com um leve sorriso no rosto. Só se você o conhecesse muito bem poderia ver que ele estava sorrindo. E, de novo, ele olhou para baixo, querendo esconder o que pensa.

Ambos chegaram e pararam de frente pra mim.

–Ugh!Tá muito frio aqui fora, Sam! – Carly falou, esfregando os braços. – Eu vou lá dentro. Te vejo na sala. – Carly passou por mim subindo as escadas rapidamente e entrando no colégio.

Fiquei sozinha com Freddie.

–Está realmente frio aqui, Sam. Você pode pegar um resfriado. – Ele disse me olhando, sério.

Freddie se preocupa comigo, apesar de eu viver dizendo que é desnecessário –o que, na verdade, não é, mas preciso manter as aparências- ele continua.

–Já aguentei gelos bem piores, Freddie. Eu vou sobreviver. – falei com um tom de deboche.

Ele tirou uma mão do bolso e a esticou na minha direção.

– Eu sei como você é forte, Sam. Mas isso não significa que ninguém possa cuidar de você. – seu tom era calmo e doce, e tudo me surpreendeu. Freddie sempre é um cavalheiro, sim. Mas isso é diferente. É uma gentileza destinada a mim.


“Eu sei que ainda não é o fim

Eu sei que ainda não é o fim


Foi então que eu percebi que talvez tudo só dependesse de tempo. Ele me ama. Eu posso ver nos olhos cor de chocolate dele, que agora estão brilhando da forma mais sincera do mundo.

Segurei sua mão e deixei ele me içar para perto dele. E no momento que fiquei de pé deixei sair um espirro.

Freddie revirou os olhos.

–Eu te disse... – ele se curvou e pegou minha mochila que estava na escada, seu outro braço em volta da minha cintura. – Agora eu tenho uma Puckett resfriada pra pegar no meu pé.- ele deu um suspiro pesado e forçado, como quem estava cansado.

–Cala boca, Benson! Foi só um espirro e... – outro espirro.

–Tudo bem, Sam. E Atchim pra você também. – ele começou a me guiar escada acima. – Vem, antes que isso piore.

Eu me permiti sorrir.

Nós somos “animigos”. Nós nos amamos. E, mesmo não estando juntos daquele jeito, ainda podemos completar um ao outro.



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Notas finais do capítulo

Luke, I'm your father.
E então,quem gostou??????? Aceito reviews,pedradas,presentes...o que quiserem me dar,ok?
Vocês assistiram iHalfoween?Demais,né?
BjBj
Até a próxima.