POV BILL
Assim que ela se foi resolvi me sentar em algum lugar no qual não aprestei muita atenção, o Tom ficou conversando com aquele que fez a Luh se retirar. Vi o Georg e o Gustav chegarem, logo a Ria chegaria e o circo estava montado.
–O Tom me falou q você tinha melhorado, mas pelo visto não durou muito tempo né? O que seria de você sem mim? Não posso nem me afastar muito e você cai novamente na depressão- eu ri
–Georg já falei para você não se iludir muito você não tem chances comigo e agora o Tom esta comprometido, é amigo seu destino é ficar solteiro mesmo - e ele arregalou os olhos era realmente muito estranho ver essa reação nas pessoas a minha volta sempre que me viam de qualquer forma que não fosse a um passo de enlouquecer.
–AAAAh você vai sabotar minha ideia de montar um bar né?
–Não, mas de ser seu principal freguês sim. Tenho que me concentrar em compor, não creio que bêbado vá conseguir fazer algo mais evolutivo que conseguir segurar a caneta.
–Sei esse seu interesse em compor- eu arregalei os olhos e ele riu. - Você acha mesmo que o Tom ia deixar passar essa?- obvio que não- Já falou com o David sobre sua ajudinha na composição?
–Mas que ótimo eu tenho minha própria revista sensacionista viva no grupo.
–Olha o lado bom você não precisa contar toda a historia e pode ir diretamente para o assunto e então falou com o David?
–Sim no caminho pra cá, ele vai ver o que dá para fazer.
–Você anda meio pensativo para quem não passava de bêbado e depressivo.
–Nunca vou entender não importa minhas reações sempre reclamam
–Até o momento que você voltar a falar quem nem um matraca novamente ao ponto de querermos te calar por não aguentarmos mais sua voz. É estranho ver você quieto agora só falta o Gustav ficar falante para completar minha vida - mostrei a língua
–A maioria das palavras ficam em minha mente. Não consigo me animar como antes.
–Não foi o que o Tom me contou- ótimo agora eu tinha ficha criminal pelo visto.
–O que mais o Tom falou?
–Então né comadres chega de papo temos que ensaiar, o David esta mais nervoso do que eu!! vocês sabem como ele fica quando esta assim então vamos colaborar para ninguém se matar hoje- falou o Tom animadamente, Georg e eu seguimos ele até aonde estava nossas coisas em uma sala ampla e bem reservada. Como era tudo encima da hora teríamos que acertar as musicas e alguns efeitos. Definitivamente eu não gosto de fazer as coisas em ultimo momento mas se era isso que tínhamos então faríamos o melhor com o que temos nas mãos.
*************
Ao terminarmos o Georg se jogou no chão e Tom começou a perturba-lo, os deixei ali, os corredores já estavam bem mais movimentados. Me desloquei até o salão principal aonde ocorreria a premiação, aquela sensação de nervosismo que cisma em aparecer sempre, como era bom sentir isso.
Resolvi andar entre as pessoas que ali estavam, até que um vestido vermelho me chamou a atenção, não pelo modelo ou cor dele, mas pelo cabelo de quem o trajava, era tão familiar, foi quando ela se virou em minha direção ainda sem me ver e pode ver exatamente o que eu temia era como se por mais que eu tentasse me afastar quando finalmente me sentia melhor ela aparecia, Kim. Ela me viu e sorriu, sonsa, mas doeu, nem tanto como antes, mas a ferida ainda estava ali. Ela parecia tomar impulso para se deslocar até mim, virei as costas e andei o mais rápido que podia sem correr. Nem ao menos prestava atenção por onde andava até me esbarar com força em alguém, o atrito foi forte, por impulso segurei. ... Luana? Ela parecia meio zonza mas sim era ela. Assim que me encarou abriu um sorriso. Estava tão linda, ontem cheguei a cogitar em mente que ela me lembrava um felino, tinha um jeito selvagem bem presente em seu estilo e até na forma como seu cabelo caia sobre si, até mesmo em uma trança, porém seu olhar não era assim era mais suave e profundo, contrastes dela. Seu olhar, o cabelo... ruivo?, a roupa ficava perfeita nela, um pouco curto, não exagerado, porém...
–Que forma mais simpática de nos entrarmos você não acha? – ela falou sorrindo me tirando totalmente da minha linha de pensamento
– Se parar para pensar todo encontro que fazemos é turbulento – o que era realmente verdade
–Nosso destino parece realmente que não somos capazes de nos encontrar como pessoas normais – chacoalhei a cabeça negativamente
–Ai esta a resposta não somos iguais

POV LUANA
Tantas vozes se misturam... a expectativa que a concorrência trazia estava no ar, eu podia emana-la quase loca-la. Já era o horário marcado 22h00m porém como eu previ as diversas filiais mundiais da MTV estavam dando mais expectativa para a premiação, como se desse aos poucos a dose de algo viciante.
O grande espaço da premiação estava tão lotado, que tantas pessoas parecia aumentar a sensação de euforia. Vi minha amiga, Bia, circulando como louca por lá, resolvi não atrapalha-la em sua missão de furar o chão de tanto que ela andava de um lado para o outro e não tinha como culpa-la ela estava concorrendo, ou melhor sua coreografia estava, pela primeira vez concorrendo em um pais que não fosse a Coreia, seu pais adotado, ela se sentia mais colocada lá do que em seu pais de origem, o Brasil, era você falar em k-pop para ela que ela ganhava uma intensidade e felicidade tão grande nos olhos q chegava a ser tocável parecia até outra pessoa. Ela era extremamente dedicada com o que fazia, e se dedicava oficialmente a bandas k-pops mais essa era a exceção ela estava concorrendo com uma coreografia que ela fez para a Britney.
Só para variar estava aérea ao ponto de me esbarrar com força em alguém, poderia até cair se essa pessoa não envolvesse minha cintura rapidamente, ao levantar o rosto eu ... Bill?? Definitivamente achei irônico ele desafiava a normalidade padrão da beleza sempre mas agora estava ... deslumbrante, ousado, sexy e com o olhar bem marcado com uma maquiagem bem preta.... a definição de perfeição, respirei fundo discretamente quanto o ouvia tinha que conter minhas reações, já trabalhe com muitas pessoas bonitas antes não é mesmo? Ai... mas não igual a ele.
–Que forma mais simpática de nos entrarmos você não acha? -
– Se parar para pensar todo encontro que fazemos é turbulento - o Bill me disse rindo..
–Verdade nosso destino - ele sorriu de lado, isso não me ajudaria a me manter sobre os saltos, mas ele ainda me segurava pela cintura então não corria extremamente risco de cair.

POV Bill
Quando eu praticamente a abraçava senti a sensação de ser observado, em primeiro momento me passou a hipótese de fotógrafos dentro da premiação, mas ao procurar quem nos observa não foi isso que achei. Havia um rapaz de traços orientais, cabelo roxo, aparentava não ser mais velho que eu, talvez até mais novo. Nos olhava com interesse, não exatamente para mim mas especificamente a quem estava de costas para ele e de frente para mim, Luana. Parecia não gostar da minha proximidade. Como se a qualquer instante pudesse vir até mim, o que eu pagaria para ver se não fosse minha péssima ficha com o David nos últimos dias, prometi a mim mesmo que não me meteria mais em confusão então me afastei lentamente dela. Quando o fiz totalmente, ele simplesmente se aproximou e a puxou pelo ombro como se eu não existisse ou não estivesse nem ai com a minha presença.
–Luny quando tempo- seu inglês tinha um sotaque mais presente que o meu, mas ela parecia entender bem, quando ela o viu sua primeira reação foi arregalar os olhos logo em seguida riu e o abraçou. Um conhecido dela, mas que ótimo só faltava nos unirmos para tomar um chá.
–Caramba não imaginava encontrar você aqui, se bem que se a coreografa de vocês está circulando por aqui até que não é uma hipótese tão impossível se levar todos os pontos de vista em consideração– ele olhou para ela como se essa tivesse dito tudo
–Bem isso, sua “amiga” praticamente nos arrastou, alegando que precisamos relaxar, se bem que o clima de competição não ajuda exatamente a relaxar.
–Nos arrastou? Então toda a banda esta aqui?- ela faltava quicar reação que só vi uma vez na noite de ontem
–sim não teve jeito, vamos nos apresentar hoje, com duas musicas a power e a musica promover do novo cd, a que você compôs.
–Minha musica?- ela arregalou os olhos em seguida deu um tapa na testa como se fosse obvio- A mas é logico esqueci que as vezes elas criam vida nas mãos do meu produtor e toma destinos que nem eu sou notificada – dei os ombros
–como assim você não ficou sabendo de sua própria musica?
–Básico na minha relação com o chefe, provavelmente a deixei em lugar de fácil acesso e até com o nome da banda que estava em mente para a musica, facilitando muito a vida daquela fuinha musical, como ele sabe que as chances de eu comunicar sobre se já não o fiz é abaixo de zero ele toma suas providencias, para que a musica não se torne em mais um resíduo de decomposição. Ele sempre faz isso. Era de se prever isso assim que senti a movimentação bancaria.
–Hammm.. não conseguimos entrar em contato com você nos últimos dias, mas todos gostaríamos de saber se vai nos ajudar na produção do novo cd, o que acha?- aahaaam? Agora ele quer roubar justamente a compositora que mas tinha a ver comigo.
–Ajudar talvez, mas... não na produção total, aaahm já tenho em vista outro trabalho, com o Tokio Hotel. – ela olhou para mim, que bom ela não se esqueceu de mim totalmente, pensei irônico, e ele me olhou de uma forma desagradável e apenas ri de lado quase vitorioso, quase porque ela não era um troféu para tanta infantilidade – Bill Kaulitz- apontou para mim-Bap Yongguk mas eu o chamo apenas de Guk– apontou para ele mas apenas acenamos com a cabeça sem mais nenhum comprimento chegava a ser infantil mas ela nem percebeu ou por o menos aparentou isso.
–Me desculpe mas qual o nome da sua banda?- perguntei curioso já que ela parecia o conhecer a algum tempo.
–B.A.P – a Lu que me respondeu antes que ele pudesse o fazer.
Antes que eu falasse mais alguma coisa uma moça praticamente pulou em nossa tentativa de dialogo puxando o braço do bem.... não me lembro do nome dele apenas da forma como a Lu o chamava Guk, ela parecia ter fugido de algum anime da televisão, pele branca trajava uma roupa que me lembrava quimono mas de tecido mais leve, vermelho com desenhos de dragões dourados, seu cabelo estava preso por palitinhos, se não fosse seus olhos não serem puxados ela me passaria por japonesa, seu cabelo daria um excelente concorrente para o do Georg.
–Nossa como a Bia guarda bem os bons modos não? Depois faz o melhor drama se alguém não a complementa- a Luana falou com uma ironia na voz extremamente presente e de braços cruzados, fazendo a Bia revirar os olhos e o prisioneiro de suas mãos rir. – Bill essa é a Bia a criatura que o Marcos mencionou no restaurante ontem, que necessita de até uma área privada em seu restaurante – a Bia mostrou a língua para ela.
–Oi Bill muito prazer,- ela deu um beijo em minha bochecha- oi piralha- e deu um tapa na cabeça da Lu que ela retribui com um beliscão nos ombros da amiga, isso sem duvida causaria marcas se levar em consideração o tamanho da unha dela – então chega de moleza para você, esqueceu o show de abertura???- ela agora falava eufórica quase gritado com o cara de cabelos roxo– o resto da banda também esta a sua procura só falta eu não os achar a tempo. – falou enquanto saiam
Por esse mero ato de tira-lo daqui e dar-lhe uma bronca já fez com que eu gostasse da Bia de primeira vista.
–Lu os meninos vão gostar de vê-la- isso já fez sem duvidas com que eu revesse o conceito de gostar dela logo de primeira
–Hmmm... Antes que eles voltem para os seus devidos lugares depois da apresentação eu colo lá para vê-los, fala que eu desejo boa sorte para cada um e para o Zelo fala para ele tirar aquela cor do cabelo e voltar a usar cabelo enrolado – ela riu cumplice e arrastou o outro, esse simplesmente a seguiu fazendo caretas quase ri por isso. Ela é ainda mais espontânea que a Luana o que seria motivo para temê-la, talvez.
–Me faz companhia na festa?- falei do nada me virando totalmente para ela que estava totalmente pensativa mas assim que fiz a pergunta ela arregalou os olhos e mordeu os lábios como se pensasse na resposta certa
–Posso, mas não pretendo ficar muito, não sou muito chegada a festas..
–Por quê? Você não gosta do acumulo de pessoas, o som ou algo do tipo?
–Nada disso, eu não ligo por ter muitas pessoas sendo que já encarei shows que no quesito lotação põem qualquer balada no chão, assim como no quesito som alto... é que eu simplesmente não gosto muito de festas e do que elas emalam em sua volta.
–A vai por favor o que faz a festa é a companhia, não é? Eu prometo não te deixar pensar um segundo sequer nem prestar atenção no que aquilo emana- não sei o porquê da minha própria insistência. Mas eu queria a companhia dela e apenas a dela, então a olhei nos olhos e achei o que sempre via nos olhos dela: confiança misturados com algo meio fora de alcance e nesse momento via reluta. Apesar da minha curiosidade resolvi não perguntar se era realmente apenas aquilo que a fizesse não gostar de festas, talvez fosse apenas a falta de habito de frequentá-las ou possui um motivo para isso. Mas vou deixar minha duvida para outro momento.
–Tudo bem mas não prometo ficar muito
–Veremos- eu sorri incondicionalmente para ela e isso fez com que ela corasse
–Em 5 minutos a premiação começará por favor tomarem seus lugares – provavelmente a voz da narradora, que ecoou por todo o ambiente, eu ainda estava meio relaxado minha apresentação seria a 3 dava para aproveitar um pouco ou por o menos tentar isso
–hmmm acho que é nesse momento que nos despedimos- ela beijou meu rosto que cismava a queimar a esse toque
–é impressão minha ou você cresceu 5cm ? – ela revirou os olhos e mostrou a língua
–graças as proezas do salto alto – ela disse rindo fez tchau com a mão esquerda e foi para o seu lugar, que não ficava muito longe do meu, para ser sincero era na mesma fileira porem ela ficava no corredor do lado esquerdo, eu fiquei no lado direito e tomei exatamente o lado do corredor aonde se sentaria a Ria mas ela não se importou de trocar comigo.
Logo a banda daquele carinha se apresentou e tinha que admitir que a sincronia que eles tinham dançando era inegável, percebi o Tom gostar do ritmo já que lembrava muito o Rap, era tipo uma mistura dele com o pop.

http://www.youtube.com/watch?v=0_Pwf6oKpzE&feature=player_embedded
Antes mesmo do termino da primeira que tocaram, começou uma batida diferente e tocaram outra musica, essa eu entendia, em inglês, provavelmente era da Luh, porém o jeito das palavras era diferente da outra que ela tinha me mostrado, essa era mais agressiva mas falava de amor a alguém perdido pelo ódio, era inegável, a letra assim como a melodia e dança era viciante. Assim que eles terminaram me virei para ver a Luh mas ela não estava ali, ela tinha ido velos.
O tempo passou sem ela voltar e agora éramos nos agora que nos deslocávamos para nos preparar para nossa apresentação. Nos corredores a vi conversando com apenas um deles, o de cabelo rosa, tinha a aparecia de ser mais novo que eu e ela, assim que ela me viu sorriu e falou alguma coisa para o outro que eu não entendi, ele a respondeu parecia implicar com ela, essa que respondeu colocando a mão pelo pescoço fazendo o gesto de decapitar o que só fez rir mais.
Simplesmente andou o deixando para traz como se não o conhecesse talvez fosse por isso que sua risada aumentou eu gostaria de entender o que falavam.
–Pensei que tinha sido sequestrada ou fugido do nosso combinado- falei colocando as mãos na cintura e fazendo cara de indignado
–Nem um nem outro eu disse que vou na balada então eu vou – sorri com isso
–Pera ai você vai leva-la em uma balada?? Caramba qual é o seu segredo? Nenhuns dos meus amigos conseguiram se quer levá-la em festa de amigos quanto mais baladas. Luny não é você mesma que diz que se sente deslocada em lugares assim- falou o garoto de cabelos rosa só não continuou porque a Lu o interrompeu.
–Cala a boca Zoen- o jeito como falavam parecia eu o Tom discutindo, pareciam irmãos como resposta ele cobriu a boca, piscou para nos e saiu
Ela respirou fundo.
–A ai esta você Bill, ainda tem que se trocar ou pensar usar essa roupa para o show também- Falou o David no começo me perguntei da onde veio aquela voz do além mas não teria como fugir faltava pouco para eu subir no palco, sorri para a Luh e ela fez uma careta como se entendesse
–Bom show- ela me abraçou apenas com um dos braços isso me desagradou mas era o que eu tinha nesse momento e simplesmente não saiu da minha cabeça, nem mesmo quando me arrumava ou até quando estava no palco, sua proximidade me afetava eu tenho medo de saber até quanto afeta.