Scream escrita por Pumazinha


Capítulo 5
"You're old"


Notas iniciais do capítulo

Aqui estou eu novamente! Obrigada a ThaliaCastro e a MeowJustin pelos Reviews! Ai está mais um capitulo novinho pra vocês.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/219179/chapter/5

Tinha levado Justin, ainda desacordado, ao meu quarto. Tinha que pensar no que falar a ele.

Todos estavam certos, quando alguém ficava me observando em ‘ação’ eu o matava em seguida, depois de tortura-lo. Não sei o motivo, mas eu não conseguia matar Justin, sentia que deveria protegê-lo de tudo e todos.

“Você está apaixonada pelo Justin!”

A voz de Sarah ficava me atormentando.

Apaixonada... Tenho duas experiências com essa palavra que muitos temem. Nenhuma dessas ‘experiências’ deram certas, varias coisas aconteceram e eu fiquei com um certo medo de me aproximar das pessoas novamente.

Justin começou a se mexer enquanto resmungava alguns palavrões, abriu os olhos encontrando com os meus e ficou com expressão assustada no rosto, logo após se afastar de mim.

–O-oque você vai fazer comigo? – Disse ainda me encarando.

–Deixa eu explicar...

–Explicar o que? Como você coloca as presas no pescoço das pessoas? – Riu irônico.

–Você está com medo de mim... – Disse sussurrando enquanto me levantava da cama.

–Medo? Será que eu TENHO que sentir medo? Você me enganou todo esse tempo, fingindo ser uma coisa que não é! E agora? O que vai fazer comigo? Me torturar enquanto conta toda a ‘verdade’ e me vê sofrendo enquanto sente prazer ao me ver gritar de dor? Ou..

– CALA BOCA CARAMBA! – Disse o interrompendo – NÃO ACHA QUE SE EU FOSSE FAZER ISSO, VOCÊ JÁ NÃO ESTÁRIA PRESO? – Justin olhou em volta e depois voltou seu olhar pra mim. Respirei fundo e continuei – Era certo eu matar você, mas... Eu não sei, simplesmente não consigo.

–Porque? – Justin perguntou num sussurro.

–Nem eu sei direito. É que... Sei lá, sinto como se tivesse que proteger você. – Me sentei na cama novamente olhando pra baixo.

O silencio foi quebrado com Austin entrando no quarto eufórico.

–ALI! Matou ele? – Austin olhou Justin ao meu lado – Ah... Pensei que tinha matado ele. –Olhei para ele indignada com o que tinha acabado de ouvir. – Que foi? Eu queria ver o corpo dele caído sem vida aqui e...

–SAI DAQUI! – Gritei enquanto atacava um travesseiro nele.

–Ok, ok... Já entendi... Vocês vão ter uma longa noite de prazer.. – Fechei os olhos e comecei a contar:

–Um... Dois... Não me deixa chegar no três.

Austin arregalou os olhos e saiu correndo do quarto. O silencio predominava entre mim e Justin, era como se ele tivesse pensando em tudo que estava acontecendo.

–Olha... – Comecei – Eu posso contar toda a historia pra você... E se caso você não acredite ou sei lá, eu falo pra Sarah apagar tudo da sua memória e...

–Como assim? – Justin me interrompeu. Respirei fundo e continuei:

–Cada vampiro tem um poder... Quer dizer, nem todos, vamos dizer que só os ‘especiais’ tem poderes. – Justin me olhava confuso. – Assim, Sarah pode apagar as memórias, eu posso ler pensamentos, Austin é meio que um GPS ambulante e Jason... Bom, Jason é só um ÓTIMO medico.

–Isso tá parecendo Crepúsculo...

–Acredite, é totalmente diferente.

–Como... Como você...

–Como me transformei em vampira? – Justin assentiu.

~Flashback on~

18 de Março de 1903


Mamãe estava feliz, era uma quarta-feira, faltava dois dias para meu aniversario de 19 anos. Estávamos em casa, sentadas perto de uma lareira enquanto conversávamos.

Morávamos em uma casa emprestada , não tínhamos condições para pagar uma casa, então em troca da casa, trabalhávamos de faxineiras na casa de Marconny. Não sabíamos ao certo o que ele fazia, mas tinha muito dinheiro.

Mas uma semana atrás, tínhamos descoberto de onde vinha tudo isso. Marconny era um traficante metido a garanhão. Vendia drogas e quadros falsificados e exportava vadias que ficam apenas com 5% do que ganhavam, e resto iria tudo pra conta dele.

Marconny tinha descoberto que mamãe e eu sabíamos de todos os seus planos, então nos ameaçou:

Contém para alguém que eu corto a cabeça das duas.

Ficamos caladas sobre isso. Mas, nessa quarta, eu tinha saído a noite para comprar um calmante para mamãe, no meio do caminho fui surpreendida por um vulto que vinha em minha direção e me atacou.

Era um vampiro.

Mas ele não teve tempo de me matar, conseguiu apenas perfurar meu pescoço com suas presas e teve que fugir pois uma menina o chamou. Não consegui me mover apenas gritar, mas não tinha ninguém por perto e acabei desmaiando por causa da dor.

Quando acordei, estava numa sala toda branca , mas não era um hospital e estava longe de ser. A porta foi aberta e uma menina loira entrou, era Sarah. Ela me explicou o que tinha acontecido. Eu tinha virado uma vampira, e fazia quase um mês que estava em um ‘sono profundo.’

Voltei para casa, sem o calmante de mamãe. Ela estava na porta chorando, provavelmente deveria ter me visto ‘morta.’ Quando me viu se aproximando de casa não acreditava no que via. Contei toda a historia pra ela, que por incrível que pareça me apoiou.

Não importa o que você seja ou se torne, sempre será minha menininha.

Então, comecei a ter sede. Sarah sempre me ajudava nessa parte. Até que tive a brilhante ideia de matar os capangas de Marconny.

No começo deu tudo certo, mas... Depois Marconny começou a colocar a culpa em mim e na mamãe:

–Suas desgraçadas! Quem mandou contarem a policia? – Gritava enquanto segurava mamãe pelos cabelos com uma de suas mão e com a outra estava ocupada pela arma.

–Não contamos a ninguém! Deixe minha mãe em paz! – Eu gritava enquanto me soltar de seus capangas. – Larga ela seu... Monte de lixo!

Eu não sei o porque, mas Marconny a soltou e veio até mim com um sorriso irônico no rosto.

–Monte de lixo? – Deu uma risada irônica. – O monte de lixo aqui pode matar sua mãezinha e deixar vocês morando na rua.

–Você não... – Não consegui terminar de falar. Ele tinha atirado em minha mãe, na cabeça, sem chances dela conseguir sobreviver, longo atirando mais três vezes seguidas em seu peito.


~Flashback off~

Justin me olhava atento, a cada palavra que dizia fazia uma expressão diferente.

–Mas... Você não conseguiu matar ele? – Perguntou confuso.

–Naquela época eu não sabia direito os poderes que tinha. Mas depois disso tudo, Sarah me ajudou com eles.

–E... E o seu pai?

–Meu pai? – Ri irônica. – Aquele idiota só chegava  bêbado em casa, batia na minha mãe logo depois de bater em mim. Até que ele descobriu que eu era uma vampira e tive que mata-lo.

~Flashback On~


–Você é um monstro! – Papai gritava comigo.

–Eu não tive escolha pai! Me desculpa! – Pedi chorando, enquanto o mesmo saia pela porta logo depois a batendo.

Depois de umas horas, ele voltou pra casa, bêbado, querendo me matar com uma faca. Ele já tinha feito cortes em meus braços, e perto do meu pescoço. Foi quando ele me encurralou na parede e veio com a faca em direção ao meu peito, direto no meu coração, então tive que agir.

Era minha vida ou a dele.

Então acabei o matando, e fugi com Sarah para Londres, eu conheci Jason, Andrew, Eliza e o Austin e começamos a viver como uma família digamos que feliz.

~Flashback off~


Justin não tinha expressão nenhuma no rosto, estava cada vez mais pálido. Dei uma risada abafa e perguntei:

–Você está bem? – Dei um sorriso de lado.

–Você... Teve que matar seu próprio pai... Em troca da sua... Vida. – Ele dizia isso baixo, como se falasse com ele mesmo. – Eu não sei o que faria no seu lugar... – Disse agora me olhando sério.

–Isso foi a muito tempo. – Dei ênfase no muito. – Você nem pensava em nascer. – Tentei quebrar o clima tenso.

Justin agora me encarava com uma sobrancelha levantada.

–Espera... – Justin se levantou da cama. – Quantos anos você tem?

–Tenho 18 ué.. – Disse dando de ombro, com um sorriso de lado. Justin continuava sério.

falando sério Alice... Se tudo isso aconteceu em 1903, você tem... – Justin pareceu contar mentalmente, olhando pro teto.

–Tem... – Fiz sinal com a mão, incentivando ele a continuar, o que fez ele para de contar e voltar a olhar pra mim.

–Não, é sério. Quantos anos você tem?!

Justin continuava sério, o que me fez rir. Muito.

–ALICE! – Gritou me fazendo para de rir aos poucou.

–Ok, ok... Eu falo! – Respirei fundo tentando fazer a vontade de rir ‘ir embora.’ – Faz 109 anos que virei vampira daqui um mês 110, ao todo tenho 127 anos. – Disse com um sorriso no rosto.

Justin fez uma careta surpreso. E se sentou ao meu lado ainda me encarando.

–Nossa... – Disse agora com um sorriso sapeca no rosto. – Você é velha em, posso dizer que é uma antiguidade já.

–MELHOR CORRER BIEBER! –Sarah disse de fora do meu quarto, enquanto eu ainda o encarava seria.

Justin se levantou no mesmo segundo correndo pra fora do quarto, corri atrás dele na velocidade normal pra um humano.

–Vadio, viado! Volta aqui! – Gritei em quanto descia as escadas pulando dois degraus.

Justin já estava do lado de fora de casa, então resolvi correr na MINHA velocidade normal e alcancei ele, mas acabei caindo em cima das costas dele.

Ficamos rindo um bom tempo até que me virei e fiquei encarando o céu, que agora estava cheio de estrelas.

–Obrigado. – Falou se aproximando e segurando minha mão, fazendo o encarar e ver um sorriso lindo no rosto.

–Pelo que? – Perguntei confusa, sentindo sua pele quente em contato com a minha mão fria.

–Por não ter me matado, e ter confiado em mim e contado toda a verdade.

–Ah claro... – Voltei a encara o céu. – Mas confio em você. E se algum dia eu ver o carro do hospício na frente da sua casa, vou saber que contou pra alguém e te consideraram como louco.

Justin deu risada, pela primeira vez depois do que ele viu. A companhia dele agora estava me alegrando, de um jeito diferente.

“Você está apaixonada pelo Justin, Alice!”



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Por favor, deixem reviews se lerem mesmo! Pode ser até criticando sei lá, só quero saber sem tem gente lendo mesmo!
Xoxo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Scream" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.