Uma Segunda Chance escrita por KelBumBi


Capítulo 9
Ps: Eu Te Amo


Notas iniciais do capítulo

Hey ^^, td bem meu povinho?
Postando altas horas da madrugada, kkk. Eu não preguei meus olhos revisando o cap, e vendo videos Seddie e Jathan.
Espero ter realizado as expectativas de vc´s, depois de tantos reviews gostando do cap. do Freddie me senti meio que pressionada para esse ser altura, kkk! Culpa de vocês U.U'
Bom, então, cap novo só no fim de semana que vem. Provavelmente no domingo, pois eu ainda vou ter que acompanhar meu avô na fazenda ¬¬'. A mulher dele teve um acidente e eu preciso ir para cuidar dele.
Argh' Tava tão bom na civilização! AHHH!
Bíah, estou te agradecendo meio tarde- envergonhada- pela linda recomendação, como eu disse, eu adorei e nem tinha notado! Obrigada minha Linda! A Karmen também, logico. Que também contribuiu com uma linda recomendação. Vocês animam meu dia, meninas.
Agora vamos ao que interessa. Boa Leitura,



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Eu sonhei com ele.

Sonhei que estávamos juntos, vivendo felizes para sempre como nos contos de fadas. Ele sorria satisfeito, num formoso cavalo branco. Eu seguia atrás, na garupa, aproveitando o ar agradável que topava com minha pele para abraçá-lo e me aquecer. Sentia-me protegida estando com ele. Mas, o melhor de tudo, foi quando ele gritou que me amava e que partir não seria justo. Eu precisava ficar. Tinha pendências a resolver.

E me puxou para o borrão claro.

Meus olhos abriram lentamente, envolvendo se com as luzes fortes. Havia perdido a adaptação, tornando-se um sacrifício mantê-los firmes. Uma vez habituados a claridade, girei à cabeça para o lado, Carly dormia desconfortável na cadeira ao meu lado. Chamei por ela, mas nenhum som saiu. Como aconteceu com minha visão, estava complicado exercer atividade. Tentei outra vez e um vaporoso sussurro saiu, rasgando minha garganta. Tossi ligeiramente. Carly acordou, olhou para a maca, e eles arregalaram-se de susto, pasmo e alivio. O rosto contornou uma expressão fechada, logo ela gritava por um médico, emocionada.

–Car... Carly... Cala a boca- mandei fragilmente. Ela mirou em minha direção maravilhada. Aproximou envolvendo os braços ao meu redor.

–Ah, Sam... Você está viva! Eu tive tanto medo... – soluçou ela profundamente.

“Viva”- a palavra que me gelou. Eu experimentei o medo crescer de tal forma que nunca havia presenciado antes. Eu tentava falar, mas só balbuciava como uma demente. Freddie? Como ele estava, será que estava bem? E Sean? Era o que cogitava. Levei minhas mãos para os ombros dela, a fim de separa-la. O médico adentrou urgente, acompanhado de uma enfermeira, empurrando Carly para longe de mim.

–Tudo bem, eu preciso que se afaste para verificar as sequelas da sua amiga- informou ele a uma Carly insistente, consolando-a- Vou precisar que se retire do quarto. Por favor, prometo que poderá vê-la mais tarde- e com a ajuda da enfermeira levaram Carly para o corredor.

–Tudo bem?- ele me perguntou, gentil. Gesticulei que sim- Você recorda seu nome e data de nascimento?

–Sam Puckett. 17 de Abril- respondi, após algumas tentativas fracassadas. Ainda era tarefa difícil falar. O médico manteve-se calmo. Apanhou uma garrafa de água, provavelmente da Carly, e me ofereceu.

–Tome. Vai melhorar a ardência na garganta- peguei, obedecendo-o- Eu sou o Dr. Kovac. É sueco- ele respondeu a minha cara debochada- Lembra o que aconteceu?

–Fui atropelada, acho?- respondi, sem ter certeza.

Eu só me lembrava de ter empurrado Freddie e Sean para o lado, e sentir uma dor arrasadora.

–Certo. Bom, sem sequelas na região memorial. Agora vamos ver esses olhos- disse, aproximando com uma pequena lanterna, exibindo o objeto na região ocular- Nada, além de possuir lindos olhos. É, parece tudo certo. Só vamos lhe anestesiar para descansar- comentou pra mim ele, simpaticamente. Argh’ Eu não suporto simpatia!

–Uou, quem disse que quero ser picada por agulhas?

–Não vai doer.

–Minha mãe também disse isso quando acertou uma noz no meu pé. E acredite, doeu!

–Samantha, você precisa desc...

–Eu não quero descansar. Quero saber do Freddie e Sean!- ralhei, imaginado que minha voz alterasse. Porém, ela saiu como o pio de um pintinho, pequeno e frágil.

Depois de 15 minutos, e com a ajuda da morena, eles conseguiram enfiar aquela agulha no meu braço. Foi bem dolorido.

Mais um para minha listinha negra, sabia que não devia confiar em judeus.


Despertei mais uma vez e ele estava ali, segurando minha mão, a testa colada na maca. Ele parecia nervoso, responsável. Eu almejava toca-lo para ter a nítida certeza de que estava bem, vivo. E foi o que fiz sacudindo seus ombros, eles enrijeceram ao toque.

Era ele, o meu Freddie mesmo. Mas, o que ele fazia aqui? Gibby disse que ele não veio me ver uma única vez.

Chamei por ele surpresa, e ele não respondeu, irritando minha pouca paciência. Gritei e foi quando ele me atendeu, fitando meus olhos com intensidade. Freddie parecia abatido, o rosto meio molhado meio seco. Botei minha armadura. Disfarcei que não me importava com sua presença, que para mim tanto fazia, quando, Deus sabe como, tive que me esforçar para não abraça-lo. Tê-lo só para mim. Ele voltou a deitar a cabeça sobre a maca, chorando incontrolável. Vê-lo naquele estado me matou por dentro, eu sangrava.

Tão desesperado, tão perdido... Tão culpado.

Por todos esses anos escondi meus sentimentos o melhor possível, mas vê-lo naquela situação, me deixou vulnerável. Ele precisava de mim e eu tinha que ajuda-lo. Debrucei-me sobre sua nuca, acariciando seus sedosos cabelos. A cada toque uma cicatriz maior aumentava no meu peito. Sofria por amor.

–Desculpas, Sam... Desculpa, por tudo...

Paralisei. As palavras que tanto queria ouvir; as palavras que esperava; a musica para o meu orgulho, eu as ouvia saírem sem controle da boca dele. As saboreava naquele momento, mesmo elas não sendo a cura. Saboreava o seu primeiro pedido de desculpas e o meu primeiro perdão.

Eu o amava. Sucessivamente. Ainda que a vida pregasse peças para separarmo-nos, nossas diferenças atrapalhando, nossos mundos sendo paralelos, eu o amava. Sucessivamente.

Meu coração inflou e meus olhos transbordaram, molhando a cabeça do nerd.

Por mais que tentasse, mais que me esforçasse, meu coração sempre pertenceria a ele.

Todas essas emoções levaram minhas batidas a mil, e o monitor traiçoeiro denunciou, apitando como um louco. Larguei Freddie constrangida, repreendendo a maquina com um olhar mortal. Ele permaneceu cabisbaixo, limpando as lagrimas, recuperando-se. A enfermeira entrou preocupada com os sons frenéticos. Assim que reparou na X9 preparou outra dose, desfilando com aquela agulha e... ôh, não... Tudo ficou escuro outra vez.


Acordei pela terceira vez, e, nossa, isso já estava ficando muito entediante. Continuei dopada por uns segundos, o qual foi perdido comigo encarando a laje do teto hospitalar. Ouvi uma agitação no meu lado e virei, vagarosamente, para não enjoar. Fui recebida com um sorriso torto, tímido.

–Hey, está bem?- Freddie perguntou, parecendo angustiado. Ele estava na cadeira que Carly havia dormido, agasalhado por um finíssimo cobertor.

 Parecia cansado.

–Que faz aqui?- perguntei meio sonolenta.

–Dei umas férias para Carly e os outros- respondeu. Ele jogou o cobertor no assento na hora em que saiu dele, aproximando-se de mim.

 Freddie usava a gravata caindo frouxamente na camisa, às mangas enroladas para cima, com as mãos no bolso. Ele estava lindo.

–Você ficou?- ele aderiu outro sorriso de canto, fazendo meu ar faltar- Por quê?

–Porque você é minha amiga- respondeu ele, procurando as palavras exatas.

–Eu não sou um Bacon, Freddie. Recuso-me a ser um Bacon- avaliei ríspida, me lembrando de como Carly mudou com ele subitamente após ele a salvar de um acidente, apaixonando-se por ele. Nem de perto chegou a ser um amor como o meu. O dela era grato, volúvel, escasso. Ela confundiu amor com fraternidade. E entristeceu-me ele agir como ela. Eu o salvei pelo mesmo motivo que ele a salvou, amor.

–Do que está falando, Sam?...

–Eu não preciso da sua pena. Não precisa ficar aqui, comigo, por gratidão. Eu salvei você, e dai? Qualquer um faria- disse.

Meus olhos se encheram de água e agradeci pela escuridão no quarto.

–Não. Nem todos fariam isso. Você não salvou só a mim, mas a Sean. O meu filho! E é claro que vou ser eternamente agradecido por seu ato- calei um soluço. Como ele podia ser tão sincero? Será que ele nunca ouviu o ditado “A mentira que beneficia vale mais que a verdade que maltrata”?

Observei seu rosto por um flecho de luz, sua cabeça fazia sombra no meu rosto. Ele ria sonhador.

–Eu repito seu Jerk, eu não preciso da sua pena. Não sou um bacon!

–Eu não estou dizendo isso, Puckett- apressou-se ele a dizer, defensivo- Eu não acho você um bacon- ele imitou minha voz, satírico- Eu fiquei com você porque eu quero... E, aliás, você nunca foi um bacon, você sempre foi um presunto.

–Presunto?- repeti surpresa e confusa.

–Sim. Você é o meu presunto especial- disse convicto e claro. Eu ri.

–Freddie, está querendo dizer que gosta de mim?

–Não! Bem, sim!... Argh’ eu trouxe comida do Drive Thru- fugiu ele, encurralado. Freddie ofereceu uma mina de ouro. Tomei instantaneamente dele pegando um grande pedaço do hambúrguer.

–Ei, está frio!- reclamei com boca cheia. Ele revirou os olhos.

–Ótimo. Então me devolve aqui- ele fez alusão de pegar o resto da minha mão, eu o afastei protetoramente.

–Eu não disse que não ia comer- disse, abocanhando outro pedaço.

 Ele me observava comer, mas não perecia estar conscientemente. Só jazia seu corpo ali, a mente viajava em pensamentos que eu não tinha a mínima ideia.

–Sam, - começou aflito. Freddie tirou as mãos do bolso, beirando minha maca- eu só queria dizer que eu sinto muito... E...

–Apenas amigos- decifrei o código, despedaçada.

–Apenas amigos- ele concordou, me parecendo hesitante na resposta.

–Então, vai me contar sobre a mãe do Sean?- perguntei, quebrando o clima chato.

–Quer falar sobre isso?

–Quero né! Eu quero ficar por dentro da sua vidinha medíocre de empresário milionário.

Ele pareceu absorto, depois cruzou os braços com os olhos comprimidos. Ele iria impor condição, eu sabia.

–Okay, mas primeiro tem que me falar sobre os namorados que teve.

–Por que quer saber deles?- perguntei, abocanhando o ultimo pedaço do meu hambúrguer. Ele estava delicioso. Peguei o shake sugando uma grande quantidade, melhor que isso só a boca do Freddie.

Ele deu de ombros, tentando fingir desinteresse mesmo que seus olhos dissessem o contrario.

–Eu já sei que tem, tinha um emprego graças a um certificado falso. Tem casa própria, mora sozinha, sem filhos, poucos amigos... Sua vida empacou. Não leve a mal- reformulou, evitando nova discussão- É que tu era tão aventureira na nossa adolescência... Ai. Pensei que talvez nos namoros tenha continuado igual... Bom, mas se levando pelo Gibby... – disse, soando irônico quando falou do Gibby.

–Ei- disse, chateada- O Gibby é ótimo.

–O que há com as mulheres bonitas e Gibby?- indagou Freddie retorico, inconformado. Eu ri, ele encarou confuso.

–Você disse mulheres bonitas, então você me acha bonita.

Ele fitou sério, deixando-me escarlate. Era como se aqueles olhos chocolates começassem a se infiltrar em minhas recordações para nunca serem esquecidos. Não suportei a pressão de encara-los e escoltei meus olhos para os dedões dos pés.

–Eu nunca disse que era feia.

–Mas, agressiva e preguiçosa- relembrei, apertando os lábios e arqueando as sobrancelhas.

Todas as vezes que ele me machucou com esses insultos conjeturaram em flashes doloridos.

–E você de Nerd, Jerk, bobalhão, macaco... Cogitou comer eu vivo bilhões de vezes, e por ai vai- Hey. Mamãe ganhou baby! Meus ânimos melhoram-Vai me contar? – insistiu ele, sentando nos meus pés. Ele ria, eu ria. Coisa comum quando estávamos a sós- Como foi namorar o Gibbeh?

–Isso foi há muito tempo. Os dois estavam carentes e solitários... Apenas aconteceu.

–Não vou ter mais que isso, não é?

–Não! Agora é sua vez.

Freddie relatou coisas que jamais imaginei que faria. A faculdade parecia ter sido excelente para ele, fazendo-me o invejar. O máximo que consegui foi um professor que arrotava na cara dos alunos que não gostava. Não fui a festas, não tive ressacas, nem tantos rolos. Até parecia que havíamos trocado nossas personalidades, ele agindo mais como eu e eu mais como ele.

–Então você conheceu Maria porque fez uma aposta com seu parceiro de quarto?- perguntei gargalhando. Ele confirmou, rindo junto.

–Bem, ai nós ficamos e... – ele parou de rir, avaliativo- E, ela ficou gravida quando estávamos nos últimos meses de faculdade- criou-se um silencio desconfortável no ambiente-... Eu falei que ela era brasileira?

Brasileira? Oh, merda. Ela devia ser bonita. Do que estou falando, é claro que ela devia ser bonita, Sean é lindo!

–Já está ficando tarde- ele me tirou dos pensamentos pouco produtivos- É melhor descansar- concluiu tutorial. Era como se ele estivesse falando com sua filha de 5 anos- Não quero o seu médico chamando minha atenção.

–Não estou com sono- disse apressada, vibrando agitada no travesseiro.

Ansiava para que o tempo congelasse agora, e que isso durasse pela eternidade. Tinha medo do outro dia. Do amanhã. De continuar.

Tinha medo de a trégua acabar.

– Uma preguiçosa falando isso? Boa noite, Sam!- desejou Freddie, deixando a ponta da minha cama e retornando para a cadeira, cobrindo-se.

–Boa noite, Freddie.

Ficamos calados por uns 10 minutos, um ouvindo a respiração do outro, quando tomei coragem e perguntei, suando frio:

–Freddie- ele gemeu. Estava acordado- Continua de pé a proposta do emprego para babá do Sean?



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Notas finais do capítulo

Então gnt? Sério, esse é o cap. que estou mais nervosa de postar. Please, sejam gentis...
Enfim, Bom fim de semana e até domingo a noite, onde tarei atualizando.
E ninguém pareceu notar, mas o cap. do Freddie foi escolhido a dedo, sabiam? Como toda fanática escolhi justamente o cap. em que ha reviravolta do enredo para ser o capitulo 8. "8"!
Eu sei, tenho que me hospitalizar, rsrsrs.
Bjus*