Uma Segunda Chance escrita por KelBumBi


Capítulo 17
A Hospedeira


Notas iniciais do capítulo

HEYYYY!! :)
Meninas, estou muito, muito, mas muito feliz com vocês. Eu consegui passar da casa dos 100 reviews e ainda ganhei uma linda recomendação! Ah, assim vocês me mata, kkk'
Queria agradecer a Deeeh pela incrível recomendação. Você faz ideia Deeeh do quanto eu pirei com ela?? Sério, fiquei como uma idiota pulando de felicidades.
E a vocês, meninas, também, que atenderam meu pedido e deram seus reviews. Eu agradeço de verdade. Foi muito bom saber que estão gostando da fic.
Então, eu demorei, né? Mas eu tenho uma boa justificativa. Bem, ultimamente ando meio sem tempo pra escrever minhas fic's pela atolação dos trabalhos, isso não quer dizer que vou parar de escrever, apenas demorar um pouco mais para posta-las.
Então, pela primeira vez o titulo não é de um filme lançado ainda, mas tem tudo a ver com o capítulo. Claro que eu não assisti o filme, que estreia em Março de 2013, mas só pelo livro eu acho que vai ser muito bom.
Então, chega de delongas.
Boa leitura,
Ps: Agradecendo aqui também Key_PuckBen pela maravilhosa recomendação em "Diário de Um Nerd". Eu amei!!! <♥



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–Sam?!... Continua na linha? O que foi?- ouvi Carly perguntar alarmada, no fone do celular. Ela havia conseguido se acalmar um pouco da histeria, soando preocupada na pergunta. Eu não respondi a ela. Fixava-me naquelas pequenas palavras escritas. As palavras que domavam minha confusão de pensamentos.

Como assim interditado? Não entendia nada. Eu havia pagado a ultima prestação da hipoteca que chegara, as contas dela estavam todas em dia. Por que interditar se estava tudo nas ordens?

–Sam...?- Carly me chamou novamente, nervosa.

Criei energia suficiente para respondê-la.

–Carly, me desculpa, mas vou ter que desligar agora. A gente se fala depois. Prometo que depois te explico tudo- disse, desligando o celular. Ignorando os questionamentos contrariados dela.

Eu precisava de ajuda, e não pensava em mais nenhuma solução a não ser ele. Ele conseguiria resolver o problema. Eu tinha certeza disso. Ativei meu celular, discando o primeiro nome que me veio à mente. E apertando a tecla verde confirmei a ligação.

–Socorro!- pedi num lamento baixo, logo após a saudação dele.


Assim que encerramos a ligação, arrisquei em mais uma tentativa frustrante de tentar arrombar a porta. Porém, a fechadura era bastante resistente para os meus golpes. Até os mais sofisticados truques passados pelo Tio Carmine foram inútil para essa maldita barreira de alumínio. Isso nunca tinha acontecido antes.

Só me restara esperar sentada nos degraus da minha porta, olhando impulsivamente para meu relógio de pulso. Fazia 20 minutos desde a ligação, e nada do Freddie aparecer. Estava bastante assustada com tudo que rolava. Eu não tinha a mínima ideia do que fazer, pra onde ir, contava com a presença dele para me trazer a luz. Mas, a minha confiança aos poucos ia tomando rumos diferentes. Eu começava a duvidar se Freddie realmente fosse aparecer.

Uma brisa congelante dançou cortante no meu corpo, me fazendo estremecer. Puxei minhas pernas para junto do meu corpo formando uma espécie de concha com ele, protegendo-o do frio maltratado que fazia na noite. Minhas pernas tremiam e eu tentava, inutilmente, aquece-las com o calor das minhas mãos. Alisava-as com urgência, mas como minhas mãos estavam frias não conseguiam produzir calor suficiente para ambos. Praguejei coisas aleatórias enquanto observava mais uma vez o horário.

O Camaro escuro parou em frente a minha casa, sendo cuidadosamente estacionado na beira do asfalto. Um repentino alívio transmitiu em minhas emoções, me amolecendo ao vê-lo firme e real, aproximando-se de mim. As expressões no rosto de Freddie misturavam-se em medo, confusão e preocupação. Junto, os passos acelerados. Suas mãos se escondiam no blazer enquanto ele caminhava cabisbaixo, protegendo o rosto da brisa gelada.

Saltei num movimento ágil, ficando a espera dele nos degraus. Freddie se aproximou fechando um abraço entre nós. Meu coração bombeou inquieto contra meu peito, tornando mais frágil minhas forças. Tremi. Aprofundei concentrada no cheiro gostoso que vinha do cabelo dele, e os braços dele me trouxeram o conforto que estava precisando para ter paz. Eu não tinha mais medo, estava segura, Freddie cuidaria de mim agora. Apertei mais meus braços nele, temendo que a demonstração do afeto fosse passageira, logo ele iria separar-nos. Não queria Freddie escapando de mim tão cedo, do meu alcance, eu ainda precisava continuar abraçada com ele. Ainda precisava do seu calor, das suas forças, e do seu apoio. E todas essas necessidades frívolas eram supridas no contato.

Freddie pareceu compreender a minha agonia, pois se manteve paciente com a violência que meus braços tomaram na sua nuca, apertando-a até invadir seu folego. Ele suspirou intensamente, o hálito das narinas vibrando em alguns dos meus fios. Ele afagou minhas costas carinhosamente. Um calor prazeroso cresceu dentro de mim ao toque dele, desejando suplicantemente tornar mais físico.

–Você precisa descansar. Vem. Eu vou te levar pra longe desse frio- disse Freddie, saindo do abraço. Tirando o casaco, ele o ofereceu a mim.

Não tinha como negar que estava em desvantagem, em todos os sentidos. Dei um frágil aceno positivo, aceitando que ele colocasse o casaco entre meus ombros, desajeitamente. Freddie procurou por meus olhos, encontrando-os prontamente para ele.

–Você vai ficar bem- me prometeu- Liguei para alguns advogados da empresa enquanto dirigia e amanha mesmo abriremos um processo pra recuperar seu apartamento. Você vai voltar.

–Obrigada Freddie... É tão assustador...

–Hey. Eu estou aqui agora, e vai ficar tudo bem- disse ele, dando-me outro abraço reconfortante. Perdemos alguns minutos, eu abraçada à cintura dele e ele preso em meus ombros, beijando o topo da minha testa.

O barulho de carro nos dispersou e logo intuí que era o carro do Spencer que estava sendo estocado atrás do carro do nerd. Spencer desceu abalado, correndo ao nosso encontro com os olhos arregalados de preocupação.

–O que aconteceu? Carly me ligou dizendo que tinha acontecido alguma coisa com Sam?- ele olhou pra mim a procura de ferimentos- Você está bem? Não te fizeram mal?- pelo pulso ele me puxou pra longe do Freddie, analisando melhor por todo meu corpo. Ao constatar que estava tudo bem, não havia nada fora do lugar comigo, abraçou-me protetoramente.

–Ela está bem, Spencer. Foi um susto que já vai passar, amanha mesmo estarei resolvendo o caso com meus advogados- garantiu Freddie. Spencer repousou o queixo na minha moleira, encarando Freddie.

–Então?

–Sam está com o apartamento interditado pelo governo americano. Obviamente ela não deve ter pagado as taxas da hipoteca.

–Eu paguei!- respondi com a voz abafada. Minha boca estava espremida na camisa do Spencer.

–Sam, se tivesse pagado as taxas direitinho, não estaria sem teto...

–Eu paguei nerd!- gritei. Saindo do esconderijo que era o peito do Spencer- Eu paguei!

–Mas... – Freddie calou-se com o olhar que Spencer lançou pra ele- Tudo bem. Você pagou as taxas, elas estão todas em dias- disse ele relutante, soando irônico na frase.

Antes que eu revidasse a provocação e nós iniciássemos uma briga, Spencer agiu.

–Certo. Sam, você fica comigo enquanto não estiver resolvido o problema com a moradia. E Freddie, você vai voltar pro seu apartamento. Não podemos fazer muito por hoje.

–Mas as minhas coisas estão todas lá dentro. Minhas roupas, minha escova de dente, tudo que um ser humano precisa para se higienizar...

–Veremos isso no Bushwell, no momento vamos apenas nos preocupar com aonde vai dormir.

–Por que ela não pode ficar no meu apartamento? Tem o quarto de hospedes, é mais confortável e maior que seu flat- disse Freddie, tentando converter a ideia do Spencer.

–Meu apartamento também é confortável.

–Ela vai ter que dormir no sofá!

–Não. Esqueceu que Carly foi embora hoje? E Sam sempre teve o cantinho dela na minha casa, ela sabe disso. Não é mesmo, Sam?- inquiriu Spencer, com uma carinha pidona- Sem contar que provavelmente você amanheceria roxo e a boca cheia de formigas. Vocês não estão preparados pra viverem sobre o mesmo teto.

Por que não deixamos Sam escolher?- ostentou Freddie, cruzando os braços no meio do peito. Irritando com o exemplo do Spencer.

Os dois olharam pra mim, cada qual com seu apelo para ser o escolhido. Freddie mantinha a sobrancelha erguida calorosamente, enquanto Spencer olhava com perspectiva, quase saltando em cima de mim.

–Eu... Eu vou ficar com o Spencer.

Spencer saltou os punhos em vitória e Freddie emburrou a cara, derrotado.

–Toma essa!- gritou ele competitivo, apontando o dedo na cara do Freddie.

Freddie preparava-se para sair, quando o impedi, ficando no meio do seu caminho.

–Freddie, com Spencer é o melhor.

–Não esquenta- disse. Comecei a tirar o casaco dele, mas ele impediu a ação- Amanha me devolve. Boa noite, Sam.

–Então, vamos?- perguntou Spencer, aproximando-se. Virei para encara-lo.

–Okay- disse.

Chegamos ao Bushwell alguns minutos depois. Lewbert nós recepcionou gentil, como sempre. Ele estava um pouco mais velho, porém, a potência dos seus gritos continuava intacta. É como dizem, o tempo leva a perfeição. E Lewbert gritava como ninguém.

Uma vez ignorado, subimos direto ao apartamento 8-C e entramos recursivos. De cara eu me joguei no sofá da sala, sentindo meu corpo cansando. Desci minhas pálpebras na finalidade de descansa-las por breves minutos. Meu estômago roncou de fome, e eu não podia deixa-lo na abstinência por muito tempo, fui à geladeira e peguei um resto de pizza congelada.

–Spencer- chamei, lembrando-me de um assunto pendente. Ele veio do quarto na carreira- Quando você falou com a Carly ela estava bem?

Spencer franziu o cenho, estranhando o motivo da pergunta.

–Estava... – ele meditou- É. Ela parecia bem sim, só preocupada com você. Por quê?- indagou curioso, aproximando-se da caixa de pizza e roubando uma metade pra ele.

–... Nada- menti, dando de ombros. Mordi minha pizza enquanto Spencer me avaliava com olhos desconfiados.

–Certo- concluiu, deixando resquício do que comia na caixa. Limpando as mãos uma na outra- Eu vou ao banheiro- e assim ele foi ao banheiro como costumava fazer.

Eu e ele temos sérios problemas com banheiros...

Fiquei comendo, e pensando se devia ou não ligar pra Carly explicando tudo que estava acontecendo. E saber o que tinha acontecido com ela também. O fato é que fiquei mais preocupada ainda quando Spencer me disse que ela estava boa. Era claro que ela não queria preocupar o irmão. O que me fez refletir o quão seríssimo era o assunto. Evitei olhar o horário e liguei pra ela. Na segunda chamada ela atendeu.

–Sam, o que aconteceu? Eu estou tão preocupada... – ela fungou- Você me assustou desligando sem nenhuma explicação, quer me matar garota?!

–Desculpa Carlotinha. Mas é que não dava pra te falar na hora, eu precisava resolver logo o problema.

–Eu liguei pro Spencer- me interrompeu ela.

–Sim, eu agradeço por isso. Na verdade, eu estou na sua casa agora.

–Hãn?

–O governo interditou meu apartamento.

–O quê?

–Freddie falou algo sobre não ter pagado as taxas de cobranças, mas eu paguei todas elas! Eu não sei de mais nada, só que sou uma sem teto agora. E claro que eu não iria voltar ao inferno com minha mãe. Enfim, o importante é que vou ficar aqui por um tempo- disse entediada- O nerdeloíde disse que amanha mesmo os advogados dele estarão entrando com uma ação pra recuperar o meu apê.

–Oh, que bom.

–E você, Carlota? Por que me ligou desesperada, hein?

–Ah, Sam... – e novos soluços ecoavam- Não vai nem acreditar... Eu estou tão infeliz... É tão horrível! Ele me disse coisas terríveis, me magoou profundamente...

–Quem Carly? Diz o nome que eu e minha meia com manteiga resolveremos internando o cidadão num caixão- disse entre dentes, bufando de raiva por alguém ter magoado minha amiga.

–Dessa vez sua meia com manteiga não pode ajudar, ninguém pode!... – então ela começou a contar- Eu cheguei toda animada em casa preparando um jantar especial pro Michel- compreendi onde ela queria chegar, mas esperei que ela me confirmasse. Não acreditaria na minha mente fértil- E quando ele chegou pareceu surpreso comigo lá. Michel ficou distante e frígio de uma hora pra outra, nem sentar-se à mesa preparada ele quis. Quando contei do bebê, que estava gravida dele, esperava um filho dele, eu realmente achei que ele fosse mudar, achei que fosse vibrar de felicidade como eu fazia, mas ele me bateu! Dá pra acreditar? Ele esbofeteou o meu rosto! E depois disse que... Ele me disse que... Não ia assumir filho nenhum, pois ele não era pai da minha criança.

–Que desgraçado!- praguejei alto. Imaginando eu e um cinto enroscado no pescoço do retardado - Eu vou matar ele... Espere só até o Spencer...

–Não!- gritou Carly alarmada no outro lado- Por favor, Sam, me prometa que não ira contar nada para o Spencer.

–Mas por quê...?

–Apenas concorde.

–Carly... – disse suspirando, ela entendeu que eu estava relutante com o pedido- Eu não posso proteger esse babaca! Ele está merecendo uma lição.

–Não, Sam. Eu não quero que aconteça nada com ele, eu ainda o amo! Muito! Ele deve estar estressado pela pressão da temporada que o time vai enfrentar só isso. Logo ele vai vir se desculpar e ficaremos juntos novamente.

–Eu não acredito que ainda pensa em voltar pra esse idiota- resmunguei incrédula. Agora que me coçava pra deixar Spencer a par dos detalhes. Carly era muito ingênua mesmo- Carly Shay me escuta, e com toda atenção, ele não vai voltar pra você! Ele já deve ter outra, amiga.

–Por que você sempre pensa assim, Sam? Não é só porque seu pai te abandonou que todos os homens vão fazer o mesmo. Veja o Freddie, por exemplo, ele é um excelente pai.

–Freddie é exceção. E eu não penso que todos os homens são maus Carls, eu apenas farejo os que não valem nada. Mas, talvez, você tenha o dom da minha mãe, de só querer os que não valem nada. Só gosta daqueles que quebram seu coração, roubam sua geladeira e depois vão embora!-rebati. Realmente muito irritada com o que tinha ouvido. Carly sabia que o assunto do meu pai era delicado. Ele era assunto proibido.

–É por isso que ninguém te quis Samantha. Por isso que o Freddie me preferiu a você. Você não é capaz de amar ninguém direito! Esconde os seus sentimentos nessa rocha de gelo que é seu coração e nem se importa com o dos outros! Os outros que se explodam! Se você os ferir já está valendo!

–E daí?- indaguei, tentando parecer indiferente com as acusações dela. Carly riu cheia de sarcasmo.

–É sobre isso que estou falando. Pelo menos uma vez na vida deixa de ficar na defensiva e se deixe levar pelas emoções!

–Ele vai partir seu coração, e quando você voltar eu vou ter o maior prazer de jogar um “eu te avisei” no meio das fuças! Bye, Carly.

–Bye, Sam.

Encarei a tela do celular, incrivelmente possessa com as coisas que ouvi da Carly. Se eu ficava na defensiva era pra proteger o meu coração. Já havia tido aulas demais da vida e agora aprendi a passar de ano, sem levar tantas palmatorias doloridas. Eu não entendia como Carly podia se entregar de corpo e alma pra alguém que ela mal conhecia, estava na cara que o cara ia maltrata-la e apenas se aproveitaria dela.

Spencer entrou no aposento, vestido com o pijama listrado vermelho e azul. O seu pijama preferido.

–Estava falando com alguém no telefone? Parecia que estava gritando.

–Hãn... É. Falava com minha mãe. Ela queria que eu voltasse a morar com ela.

–Há. E como ela vai?- perguntou, servindo-se de um copo de leite.

–Na mesma. Ela comprou biquíni novo.

Spencer engasgou-se com o leite que havia bebido, e eu ri.

–Eu não vou consegui dormir hoje, depois dessa declaração- ele brincou, secando a boca na manga do pijama.

–E como você acha que eu me sinto?- disse, batendo nos ombros dele- Bem, hoje igual um tiro, muitas emoções... Eu vou indo pra cama.

–Certo. Boa noite!

–Boa noite!

Eu ainda me sentia estranha com o que Carly me disse quando deitei na antiga cama dela. O travesseiro mantinha o perfume dela fresco, e rapidamente arrependi-me da nossa discussão inusitada e um tanto idiota. Carly já era maior de idade, sabia muito bem o que era o melhor pra ela e se ela queria tentar continuar com o babaca do seu noivo o problema era dela. Não podia ficar o tempo todo tentado abrigar Carly debaixo das minhas asas. Estava mais que na hora dela levar uns chacoalhes pra aprender. E assim, fechei os olhos e consegui pegar no sono.


Desci as escadas e logo senti o cheiro formidável da comida do Spencer. Alisei minha barriga e me aproximei do balcão, sentando nele para verificar meus e-mails.

–Hey, Samduícha!

–Me chama assim de novo e a noite vai conhecer o beijo do seu travesseiro.

–Foi mal- disse Spencer amedrontado com minha ameaça. Ri malvada.

–É bom mesmo. O que vai ter no café?- sai do balcão, não havia nada de interessante nos meus e-mails, e me sentei à mesa.

–Torradas com queijo Cheddar, ovos, bacons e de sobremesa torta do Gallinni.

–Mamãe gosta. Vamos, escravo, traga-me tudo que tenho direito.

Spencer fez uma reverencia e começou a colocar todos os alimentos listados na mesa. Eu o observei, como uma onça esperando devorar sua presa. Spencer se sentou ao meu lado e logo atacamos a tudo.

–O Freddie ligou Sam. Ele disse que estava te esperando, e era pra chegar lá mais cedo.

–O que ele quer?

–Ele disse que vocês iam ver os advogados e ir ao auditório abrir a ação.

–Ah tá. Eu terminei, vou subir lá em cima. Que ir conosco?- convidei.

Ele balançou a cabeça.

–Bem que eu queria, mas vou ter que terminar uma escultura de madeira para o cliente.

–Madeira? Não parece perigoso.

–Não, só os guaxinins que são poucos hospitaleiros. Tá vendo esses arranhões aqui?- ele mostrou o braço repleto de marcas vermelhas.

–Boa sorte, e vê se fica sem por fogo na escultura.

–Heyy- o ouvi reclamar, enquanto subia as escadas sorrindo da piada.

Eu me arrumei ligeiro, e em menos de 30 minutos entrava na porta do salão principal, no apartamento do Freddie. Ele me esperava sentado no sofá, lendo distraidamente o jornal. Quando ouviu o ranger da porta se fechando, desceu o jornal da cara e me observou, sorrindo.

–Bom dia, dormiu bem?

–Sim- respondi, caminhando para ele.

–Você sabe que aqui ia ser mais divertido, não é?- ele se desconcertou do duplo sentido que a frase dava e pigarreou, levantando-se do sofá- Está pronta pra ter o seu apartamento de volta?

Revirei os olhos.

–E como vai ficar com Sean? Quem vai buscar ele na aula de francês?- quis saber, meio preocupada com o destino dele.

–Do auditório nós pegaremos ele.

–Você vai almoçar hoje aqui?- perguntei animada.

–Nós já assinamos contrato com a PearStore e Aplle, as duas maiores potências tecnológicas de Seattle. Mereço um descanso. E eu já liguei para o Anton avisando que não poderia aparecer hoje, ele ficou de entregar uns documentos, então vamos ter que esperar um pouquinho, tem problema?

–De jeito nenhum. Finalmente vou conhecer esse tal de Anton, estou ansiosa pra conhecer o cara que desviou o meu amigo para o lado negro.

Freddie riu da voz de Darth Vader que eu fiz, referindo-me a uma cena do filme. A campainha soou, eu sobressaltei com o barulho. Freddie gritou que atenderia e seguiu, comigo atrás dele.

Ele abriu e a pessoa mais insana que eu já tinha conhecido esperava o convite para entrar.



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Notas finais do capítulo

Gostaram?? Bom, eu gostaria de pedir que vocês mantivessem com seus reviews, eles são muito estimulantes e eu realmente fico animada quando os leio. Queria pedir desculpas se eu meio que importunei alguma leitora com o meu comentário anterior, mas estava meio que desesperada. kkk' Não era minha intenção :)
Brunny Marynne, eles ainda não ficaram junto, mas prometo que não vai demorar. Eu preciso trabalhar na "relação" antes, por isso estou demorando tanto.
Deeeh, como eu disse antes, tenho que começar com minhas aulas de oclumência, kkk'. Acho que você entendeu, né?
Sam Whitewolf, não é o fim ;)
Ah, eu meio que tô pensando aqui em hot´s pros capítulos, mas não sei quem aqui das leitoras gosta de ler. Por isso, vou fazer uma enquete para tomar a decisão, ok?! Eu vou respeitar a opinião de cada uma de vocês. Então, quem quiser hot´s nos próximos capítulos deixa (LOl) no fim dos reviews, e quem não quiser deixa (xx).
Besta, né? Mas fazê? Eu sou assim mesmo! Rsrsrs.
Bjus*, galerinha.