- 23 de maio de 1999 -

E lá estava eu de novo. Chorando novamente pela perda de meu irmão. Era assim desde que Fred morreu. Eu sorria, ria, brincava, mas quando estava sozinho, chorava pela falto de meu clone.

– Querido – disse minha mãe entrando em meu – nosso – quarto, e eu seco as lagrimas rápido.

– Oi mãe – digo tentando disfarça o choro.

– Querido não chore – disse ela me abraçando. E eu voltei a chorar, agora no colo de minha mãe.

– Já se passou um ano e eu ainda sinto tanto a falta dele– digo soluçando forte.

– A falta vai ficar pra sempre meu amor, mas ele nunca quis, e nunca vai querer que nos ficássemos assim – disse ela.

– Eu sei mas...

Não conseguir dizer impedido pelos soluços.

– Escreva uma carta para ele – disse minha mãe.

– Como é? – perguntei.

– Escreva uma carta, liberando seus sentimentos, você vai se sentir melhor, você vai ver – disse ela e me deu um beijo na testa e saiu.

Eu chorei mais um pouco, e olhei para o pergaminho. Eu suspirei, soltando o ar.

Levantei de minha cama, e me sentei na escrivaninha, e suspirei com o pergaminho em minha frente. Não tinha mais nada a perder.

Fred.

Tem sido um ano desde que você se foi.

A maioria das coisas estão diferente, quase tudo.

A ‘’Gemialidades Weasley’’ está forte como nunca.

Ron está me ajudando.

Na verdade, tudo está diferente sem você, tudo está tão... escuro.

Eu sinto tanto sua falta.

Eu fico pensando em como nunca cheguei a dizer Adeus. E lhe dizer, eu te amo.

Eu te amo irmão.

Espero que você saiba, mesmo eu não tendo te dito muito.

Eu estou lutando Fred.

Eu realmente estou, não vou mentir.

Eu finjo que estou bem.

Eu rio, sorrio, mas meu coração doi. Doi de mais.

Machuca cada vez que eu quero que alguém complete minhas frases, mas você não está aqui.

Toda a vez que eu vejo dois irmãos brincando, rindo um do outro, eu tenho vontade de ter ido junto de você.

Eu quero te abraçar, rir de você, rir com você de novo.

Você sente falta de mim?

Você lembra dos nossos momentos juntos?

Eu lembro. O tempo todo.

Na guerra eu pensie que você estivesse bem, mas quando cheguei naquele salão, eu desejei que o tempo parasse na hora em que estravamos no nosso primeiro ano em Hogwarts...

As vezes eu te escuto rindo, e chamando meu nome.

Sei lá, de alguma terra distante.

As cicatrizes ainda estão aqui.

Onde você está agora?

Está sozinha?

Com medo?

Feliz?

Por que você teve que ir? E eu tive que ficar?

As vezes eu penso que eu vou acordar com você jogando um balde d’agua em mim.

Pelo amor de deus onde você está?

Eu vou te ver novamente?

De seu eterno parceiro de crime.

Georgie Weasley. Seu irmão.

Enrrolei o pergaminho, e o enrolei em uma fita. E desaparatei para o cemitério de Godric’s Hollow, fui caminhando entre os túmulos. Até parar no tumulo dele, de Fred. Me abaixei em frente a caixa de surpresas – dizemos isso para guardar as coisa que queríamos dar a Fred.

– Isso e pra você irmão – digo abrindo a caixa e colocando a carta ali dentro. E olhei para frente.

Frederick Weasley.

Filho, irmão, amigo e guerreiro.

1977 – 1998

Eu suspirei e olhei para foto dele, ele estava sorridente, típico dele.

– Me espere pois um dia agente vai se ver – digo sorrindo. Primeira vez sorrindo abertamente, verdadeiramente.

– Eu te amo Clone – digo, suspiro e me levanto, desaparatando para casa.

Desço as escadas e minha mãe estava fazendo o almoço.

– Georgie – disse minha mãe sorrindo eu a abracei rápido – Oh querido – disse fazendo carinho em meus cabelos.

– Você estava certa mãe – digo e ela sorri.

– Eu sei meu filho. Breve você vai construir uma família linda, e vai ver o valor de sorrir – disse ela e eu sorri, e beijei sua testa.

– Eu te amo mãe – digo.

– Eu também te amo – disse ela e eu sorri.

Fui na varanda olhando o céu limpo sem nuvem, apenas o céu azul. Sorri e fechei os olhos.

Eu vou sempre te esperar

A voz soprou com o vento em meu ouvido me fazendo sorrir verdadeiramente.