Ela Em: Revelações escrita por yasha-hime


Capítulo 1
"Iti"


Notas iniciais do capítulo

Não há palavras
Se eu apenas estou com você, tudo estará bem
O amor está gritando
Quero abraçá-la antes que o tempo pare por algo tão potente.
De todo o meu coração: te amo!

...

Não há palavras...
Vou continuar te protegendo.
Não há palavras...
Me tornarei o seu descanso.
Não há palavras...
Você sorri e já me sinto feliz.
Não há palavras...
Te amo!
E continuarei amando você para sempre.


DBSK - Kotobawa Iranai



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Um pouco mais de um mês havia se passado após Mayumi Hayashi ter dado entrada no hospital com um ferimento à bala, algumas escoriações e uma pequena luxação no pulso esquerdo. O caso era grave apenas pelo ferimento à bala e porque ela tinha perdido muito sangue, mas com algumas transfusões tudo seguiu sem muitas complicações, tirando o fato de que seus pontos arrebentaram na luta contra Hiroto, o infeliz, imbecil, maldito, desgraçado, miserável e etc que tinha seqüestrado e torturado Kim JaeJoong (palavras da May e de muitas fãs).

 

Naquele dia, uma agradável manhã de primavera onde as flores já desabrochavam e se podia ouvir o alegre cantar dos pássaros, tudo parecia calmo e May receberia alta. Estava se sentindo muito aliviada. Mas não era somente o fato de poder sair do hospital horrível e cheio de terríveis lembranças, mas sim, que agora poderia dar continuação às investigações. Ao longo daquele mês que parecia não ter mais fim ela não parava de pensar um só segundo no principal cúmplice de todo o seqüestro. Quem seria? Na sua cabeça não saiam às imagens de Hiroto furioso quebrando o telefone após receber a ligação contando todo o plano da policia, ela se lembrava de todas as informações que o miserável tinha escrito em uns papéis, ele sabia de toda a rotina da boyband... Estranho demais... Então ela já tinha feito uma lista não muito extensa de todos os suspeitos. Entre eles estavam seguranças, assessores, produtores, empresários... todos capazes de levantar tais informações.

A agente estava super ansiosa. Arrumava suas coisas com certa agilidade, doida pra sair dali e voltar à ativa. Mas alguém a impediria de continuar tais investigações, Sousuke Hashimoto, o tenente, já havia lhe dito que não queria vê-la na delegacia antes dos 15 dias que lhe restavam da licença hospitalar.

O rapaz, completamente apaixonado por ela, já tinha cuidado de tudo. A entrada dela estava terminantemente proibida na delegacia. Sou a conhecia e sabia que a primeira coisa que ela faria seria ir logo para lá e reabrir o caso, principalmente porque a moça já tinha conversado com ele sobre isso inúmeras vezes enquanto estava no hospital, tinha lhe dado vários nomes e pedido sua opnião.

Ele tinha prometido dar mais uma olhada no caso, mas isso só pra acalmá-la porque, para ele, o caso já estava encerrado e ele não queria que ninguém mais falasse sobre aquilo. Na verdade queria manter a sua paixão o mais longe possível dos meninos do TVXQ, só assim ficaria tranqüilo e poderia finalmente dar início a sua maior meta: conquistar Mayumi. Ele estava disposto e certo do que queria e nada e nem ninguém atrapalharia seus planos, ela só precisava sair do hospital.

 

May, por sua vez, sabia que não poderia contar muito com Sousuke, apesar da palavra que ele tinha dado quando ela tocou no assunto a moça sentia que não podia confiar muito. Então ela já tinha “mexido seus pauzinhos’’”. Tinha telefonado para uma pessoa: Ichiro Kojima.

 

Ichiro era um senhor de 52 anos que ganhara a tutela de Mayumi após o assassinato trágico dos pais da garota, isso quando ela tinha 12 anos.

Ele era um Sargento respeitado por todos que o rodeavam, seu nome era sinônimo de disciplina e honra. Era militar e não tolerava nenhum desrespeito contra as leis, na verdade não tolerava nenhum tipo de desrespeito.

Apesar de todos o verem como um senhor sério, meio até que insensível, com May ele era o oposto. A amava muito e era super carinhoso.

Apesar de não terem nenhuma ligação sanguínea, ele a considerava como sua neta legitima tudo porque Ryuichi Hayashi, pai de Mayumi, era seu pupilo quando vivo e antes de sua morte tinha suplicado para que ele cuidasse de sua filha. Isso nem seria necessário, já que o homem tinha acompanhado o crescimento da menina desde quando ela era um bebê... Realmente o Sargento Kojima era um verdadeiro avô para a pequena Mayumi, todos reconheciam isso.

 

Fazia algum tempo que, agora a quase adulta, Mayumi não via seu “avô’’, ele era um homem meio ocupado. Recebeu a inesperada ligação da neta quando estava em um de seus raros momentos de descanso, ela falou que precisava de ajuda e ele logo se propôs a ajudá-la sem nem fazer muitas perguntas.

A garota pra completar quase matou o velho quando disse que levara um tiro e que estava prestes a sair do hospital. Quase que ele enlouqueceu, queria ir visitá-la na mesma hora, mas ela o acalmou dizendo que já teria alta e que não tinha sido nem um pouco grave. Ichiro disse que assim que ela recebesse alta a visitaria e que a ajudaria em qualquer coisa.

 

Mayumi permanecia pensando, estava tão desligada que nem percebeu a chegada de uma pessoa, uma pessoa que com certeza lhe causaria uma imensa surpresa.

A moça ainda arrumava suas coisas, estava quase terminando quando foi interrompida por uma voz, uma voz que lhe era bastante familiar:

 

- Soube que receberia alta e vim aqui para te agradecer, já que não tive muitas oportunidades ao longo desse mês...

 

Antes mesmo de se virar para ter a certeza de quem era suas mãos já começaram a suar, seu coração parecia que iria sair pela boca, se é que ela ainda tinha coração. Então a morena respirou fundo e foi se virando para confirmar suas suspeitas.

Quando teve a certeza de que precisava ela ficou perplexa, parada, completamente sem reação quando viu que realmente se tratava dele: Kim JaeJoong. Ele estava ali, na sua frente, com aquele sorriso, o mais lindo de todos, o sorriso que faria qualquer uma perder a noção de tempo, espaço e com certeza de seus movimentos também...

Tamanha emoção fez com que a moça tremesse ao ponto de deixar cair uma de suas peças de roupa, especificamente uma blusa com estampa do ursinho Pooh que recebera de seu avô um ano atrás, ele ainda a achava com carinha de criança e como ela gostava muito do ursinho de presente de aniversário de 18 anos ganhou isso.

 

A menina parecia que nem havia notado que tinha deixado cair a blusa, permanecia de olhos arregalados, surpresa e não dava nenhuma palavra. Ela não acreditava que um dos homens dos seus sonhos estava ali somente para visitá-la e sorria como um... anjo? Não! Era mais que isso, ela não tinha palavras pra definir.

Hero então se aproximou. A cada passo que ele dava o coração da moça se acelerava ainda mais. Ele parou a alguns centímetros de distância:

 

- Você está bem? Fica ai me olhando com essa cara...

 

A menina abaixou a cabeça com a certeza de que sua cara era uma cara de idiota, não conseguiu controlar a vergonha e sentiu que não poderia mais encarar um dos “deuses do leste que se elevam.” então desviou o olhar, não queria olhá-lo mais diretamente, pois tinha a certeza de que ficaria absurdamente vermelha se o fizesse.

O rapaz abaixou-se para pegar a blusa e ela fez o mesmo ao olhar para o chão e ver a mesma caída. O toque de suas mãos aconteceu inevitavelmente e deixou a pobre agente ainda mais envergonhada, ela sentiu suas bochechas corarem ainda mais. Hero olhou para ela, que insistiu em desviar seu olhar, mas nem assim ele deixou de perceber e comentou sorrindo mais uma vez:

 

- Que fofa! Toda vermelhinha...

 

May esqueceu completamente da peça, se levantou extremamente nervosa, deu as costas para ele e fechou sua bolsa.

Segundos após ter fechado, abriu novamente e fingiu que conferia se estava tudo lá mesmo, tudo para disfarçar, ela ainda tremia.

Nunca teria esperado aquela surpresa, claro que era ótimo, mas ela não tinha a mínima idéia de como reagir e isso a deixava nervosa. Lidar com situações inesperadas fora de seu trabalho nunca tinha sido seu forte e ela se sentia agoniada quando isso acontecia.

 

- É ótimo ver que você está bem. Superou tudo aquilo... Pensei que seria mais difícil. – disse ela que logo após ter fechado sentiu que Kim se aproximava ainda mais. O olhou de canto e abaixou a cabeça olhando para as mãos que se apertavam com certa força.

O rapaz parou bem ao seu lado, a olhou enquanto continuava a sorrir e disse:

 

- Não posso ficar me preocupando com essas coisas e além do mais, tudo terminou bem e isso graças a você. Nunca pensei que alguém que nem conheço faria isso por mim. Obrigado.

 

Mais desconcertada e nervosa ainda ela se virou de uma maneira meio brusca esbarrando em Hero que por reflexo a segurou colocando as mãos em seus ombros, só então os dois se olham nos olhos e ela disse:

 

- Desculpe... Mas é que... - -desviou o olhar mais uma vez: -... é meu trabalho.

 

Sousuke chegou naquele momento, estava saboreando um saco de batatinhas e ficou meio perplexo com aquela cena. Ficou lá parado, com a boca meio aberta, o ciúme o estava consumindo, queria ir lá e tirar imediatamente as mãos daquele imbecil (pensamento pessoal de Sousuke Hashimoto) de cima da mulher que ele mais amava no mundo, mas se controlou. Voltou a mastigar sua batata e foi se aproximando dos dois:

 

- Mayumi, já está pronta?

 

Ao ouvir a voz de Sou ela meio que respirou aliviada, agradeceu ao tenente em silêncio. Mais uma vez ele tinha chegado para salvá-la de uma situação constrangedora. A agente estava se sentindo uma imensa estúpida agindo daquele jeito na frente de Hero. “Como posso ser tão babaca?” pensou ela enquanto se esquivava do rapaz. Pegou sua bolsa, a colocou em seu ombro e foi caminhando em direção a Sou que a olhava com uma expressão séria, parecendo que a qualquer hora iria dar uma bronca na menina. Na verdade ele só estava esperando os dois saírem dali pra inventar uma desculpa e discutir com ela como nos primeiros dias que se conheceram, estava até sentindo falta disso.

Mayumi seguiu andando, até que parou de repente e voltou até Hero. Esqueceu um pouco o nervosismo e disse sorrindo e o olhando nos olhos:

 

- Eu realmente estou muito feliz por ter feito tudo certo e por você está aqui, são e salvo. – deu um carinhoso beijo no rosto dele e completou:

 

- Não sei o que faria se algo de pior acontecesse a você.

 

Quando viu SUA May (Sou começou a desenvolver esse pensamento possessivo fazia um tempo) o tenente apertou o saco de batatas entre as mãos, mesmo não tendo acabado de comer as últimas, tinha sido vencido pelo ciúme, jogou o saco num canto qualquer e partiu em direção a menina que olhava pra o cantor de uma maneira meio abestada, a pegou pelo braço e saiu puxando-a até a porta dizendo em um tom cheio de raiva:

 

- Vamos logo! Não tenho todo tempo do mundo, ainda tenho que voltar para o trabalho.

 

Mesmo sendo puxada May continuou olhando para Hero que acenou e disse:

 

- Tchau!

 

Ela não parava de sorrir e também acenou dizendo:

 

- Até logo Hero!

 

Logo após a saída dos dois policiais o lindo oppa olhou para o chão e percebeu que a bendita blusa do ursinho Pooh ainda estava lá, ele a pegou, a aproximou do rosto e sentiu o perfume suave de May, sorriu enquanto se lembrava de tudo o que a corajosa policial tinha feito por ele...

 

Mayumi e Sousuke saiam da clínica discutindo, obviamente.

O tenente andava alguns passos à frente da jovem e estava furioso, ela segurava sua bolsa com um pouco de dificuldade porque estava meio pesada, nunca tinha pensado que Sou tinha trazido tanta coisa pra ela, nem ela sabia o que tinha naquela bolsa pra estar tão pesada, tinha guardado tudo sem nem prestar atenção.

Ele nem sequer a olhava, só falava demonstrando muita raiva:

 

- Eu tenho responsabilidades garota! Não posso ficar esperando sua boa vontade enquanto você fica flertando com esses carinhas de uma banda qualquer.

 

- Banda qualquer? Está completamente enganado Sousuke! Essa banda se chama Tohoshinki e é uma das boybands mais famosas do mundo e eu nem estava flertando com o Hero, não tenho uma sorte dessas... ai ai... – parou um pouco e suspirou enquanto ajeitava sua bolsa que começava a escorregar do ombro.

 

Sou ficou ainda mais possesso ao ouvir o “lamento” da agente, começou a andar cada vez mais rápido e não olhava para trás um segundo sequer.

 

May voltou a andar e disse:

 

- E eu nem pedi pra que você viesse me buscar, você veio porque quis. Eu poderia ter ido de táxi.

 

Sousuke já estava prestes a descer as escadas que ligavam a clínica ao seu estacionamento:

 

- Você é muito mal agradecida e eu sou um idiota. Devia ter deixado você ir sozinha mesmo. – começou a descer as escadas meio que correndo.

 

May estava um pouco atrás dele e voltou a ajeitar a bolsa que insistia em escorregar todo segundo:

 

- Pode deixar mesmo. Eu não preciso de você.

 

O tenente continuou a andar, nessa hora não falava nada, só procurava pelo seu carro.

 

May já estava começando a descer as escadas quando sua bolsa quase caiu e ela a segurou de uma maneira repentina. Nesse momento sentiu uma pontada em seu ferimento à bala, parou e se apoiou no corrimão da escada o segurando forte e com a mão sobre o ferimento. Contraiu os olhos, deu uma forte mordida no lábio inferior, em seu rosto a expressão de dor estava estampada, ela já tinha sentido aquilo algumas vezes, o médico falou que era normal, que ela poderia sentir aquilo por alguns dias mais, só que não era nada preocupante. “Mas... que droga! Como dói!” pensou ela sem saber o que podia fazer, sentava ou ficava de pé?

 

Sousuke finalmente tinha encontrado seu carro, era o terceiro na segunda fileira a sua esquerda e se virou dando a entender que falaria alguma coisa, continuava com uma expressão de raiva, mas ao ver a jovem apoiada no corrimão, com uma cara que não era das melhores, estava quase se sentando em um degrau da escada, ele percebeu que tinha algo errado e correu para ajudá-la. Naquele momento tinha esquecido todo o sentimento de ciúme bobo, agora só estava preocupado.

 

- Você está bem? Acho melhor voltarmos para você fazer mais alguns exames e vê se realmente essa alta é aconselhável. –disse ele apenas olhando para ela, não sabia o que fazer, tinha medo de que se ajudasse tentando segurá-la pudesse piorar a situação.

 

Ela se livrou da maldita bolsa a jogando de qualquer maneira ao seu lado, se sentou no degrau e respirou fundo.

 

- Não precisa não. O médico me avisou que por alguns dias eu sentiria algumas dores, mas nada grave. Só não posso fazer movimentos bruscos. Daqui a pouco estarei pronta pra outra. – inclinou um pouco a cabeça para trás para poder olhar diretamente para seu tenente que estava de braços cruzados, ela sorriu, mas só ganhou de volta uma expressão séria e de quem não gostou nada daquele tipo de brincadeira:

 

- Não brinque com isso. – ele pegou a bolsa da menina, a colocou em seu próprio ombro e sem a moça esperar a pegou nos braços. Na mesma hora a moça pensou:

 

- Que coisa estranha. – olhou para ele e começou a reclamar enquanto dava alguns tapinhas em seu peito.

 

- Pára! O que você está fazendo? Não preciso disso. Me...

 

Ele a interrompeu com uma voz um pouco mais alta que a dela:

 

- Não vou deixar você descer essas escadas. Você levou um tiro e foi jogada de um carro em movimento... –seguiu a levando e descendo as escadas.

 

- Mas o carro nem estava em alta velocidade... - disse ela que já tinha desistido de lutar para se soltar, Sou parecia extremamente forte naquele momento, seria impossível fazer com que ele a soltasse. Ela até que poderia espernear, se debater, mas ainda sentia uma dorzinha chata e não queria que piorasse então se deixou levar.

 

- Não importa. E se você não ficar quieta eu te levo de volta para a clínica. – disse ele já próximo ao carro.

 

A menina ficou calada e ele a olhou continuando com seu ar sério:

 

- É assim que eu gosto.

 

Mayumi achou um absurdo aquele comentário, parecia que Sou insinuava que podia mandar nela e ninguém podia. Após aquilo ela se preparou para começar uma discussão novamente, agora nos braços dele, mas o tenente logo percebeu sua intenção e tratou de tentar acalmá-la:

 

- Calma calma! Só estava brincando com você. – deu um sorriso, um sorriso tão iluminado que milagrosamente fez com que a menina permanecesse calada.

Uma discussão tinha sido evitada, pelo menos naquela hora.

Sousuke a colocou no chão, abriu a porta de seu carro e a ajudou como pode a se sentar no banco de carona. A menina o olhava e estranhava todo aquele cuidado excessivo.

 

- Será que ele bebeu? – pensou ela, mas decidiu ficar bem caladinha, ele estava estranho demais, se bem que ele já tinha feito coisas parecidas e igualmente estranhas...

 

- Mas. ah... é melhor deixar pra lá. – pensou ela balançando um pouco a cabeça Logo depois tratou de procurar uma posição mais confortável no banco.

 

Enquanto isso seu tenente entrou no carro, jogou a bolsa da menina para o banco de trás do seu carro, tudo isso sob o olhar de May. Ele não dava nenhuma palavra. Segundo depois deu partida com o carro.

 

Eles já estavam quase chegando ao apartamento de May, faltavam só um ou dois quilômetros. Sousuke às vezes olhava para ela, que parecia totalmente desligada, olhava pela janela do carro e tinha um sorriso bobo no rosto. Sou sabia que ela sorria por causa do reflexo no retrovisor. O tenente tinha uma idéia da causa da expressão besta da agente e não deixava de chamá-la de idiota, só que em pensamento.

A moça, sem sequer imaginar o que o outro pensava dela, seguia sorrindo e também pensando muitas coisas:

 

- Não acredito que ele foi ao hospital só pra me agradecer, me elogiou e tudo... Ah... se eu pudesse o teria agarrado ali mesmo. Bom... mas isso se eu fosse aquela fã histérica de antigamente... só que não! Agora eu sou uma mulher madura, mas como eu queria ter me deixado levar por um impulso qualquer... Ahhh... – suspira.

 

Sousuke logo que viu o suspiro dela decidiu perguntar:

 

- Pensando em que?

 

Sem olhar para ele a menina lhe respondeu:

 

- Não te interessa e vê se não atrapalha. – se ajeitou na poltrona e continuou a olhar pela janela com o mesmo sorriso.

 

Só que Sou não se sentiu nem um pouco feliz com aquela resposta, deu uma pequena acelerada no carro enquanto dizia com uma voz bem áspera:

 

- Aposto que tá pensando naquele tal de Hero. Você é uma idiota. –finalmente falou o que tanto queria, se sentiu extremamente aliviado. Mas May pareceu nem se importar. Levantou os braços se espreguiçando e depois empurrou um pouco o rosto dele com uma das mãos, ela disse enquanto ele tentava manter o controle do carro:

 

- Só dirige vai... Me esquece.

 

Repentinamente ele parou o carro fazendo com que a menina levasse um tremendo susto. Agora ela o olhou e disse:

 

- Tá maluco? Você podia...

 

Sem dar a mínima chance de deixá-la terminar de falar ele a calou com um desajeitado beijo. Tudo aquilo tinha sido rápido demais e May nem tinha reação para aquela situação, ela apenas se deixou beijar pelo nada romântico Sousuke.

A agente nunca teria imaginado na sua vida que alguém como Sou faria uma coisa daquele tipo, sua surpresa era dupla, nem se comparava a surpresa de ter Hero na sua frente minutos atrás... Mas... por que ela estava comparando? As duas coisas eram completamente diferentes, mas ela confessava que as duas tinham sido igualmente... maravilhosas (?)... Ela realmente não estava entendendo nada, só sabia que estava gostando daquele beijo. Tá certo que tinha começado de uma maneira super desajeitada, com direito a bater de dentes e tudo, mas depois de acertarem o ritmo, até que foi “legalzinho”.

 

Da mesma forma inesperada que começou a beijá-la Sousuke parou, a olhou por alguns instantes para ver sua reação, já esperava por um tapa ou quem sabe um pití dela que com certeza sairia do carro batendo a porta e andando os últimos 500 metros bufando e o xingando de todos os nomes... Mas não foi isso que ela fez, ela permaneceu sentada, também olhando para ele, era difícil decifrar seu pensamento, principalmente porque ela só o olhava, sem nenhuma expressão em especial, na verdade só parecia confusa e um pouco assustada. Vendo que a menina não falaria nada ele decidiu tomar a palavra:

 

- Você nunca percebeu né?

 

Mayumi só permanecia olhando para ele que continuou a falar:

 

- Eu não te culpo por isso. Nunca fui bom nessas coisas. – ele abaixou a cabeça, talvez estivesse meio envergonhado, era difícil dizer. Só dava pra perceber que estava bem nervoso, a forma como ele segurava forte o volante dizia isso.

Mayumi ainda permanecia olhando para ele que começou uma breve declaração, sem ter a coragem de olhar para ela:

 

- Desde a primeira vez que você entrou na minha sala eu já sentia alguma coisa por você. Logo que recebi o relatório que tinha sua ficha, recomendações, entre outras coisas eu já me interessei... Fiz uma pequena pesquisa sobre você também, descobri algumas coisas que não preciso falar agora. – ele apoiou a cabeça no volante. Parecia apenas um adolescente apaixonado e cheio de medos que se declarava para sua amada, não lembrava nem de longe o verdadeiro Sousuke. Mayumi continuava sem saber o que fazer, decidiu acariciá-lo, aproximou sua mão da cabeça dele, mas antes que tocasse em seus cabelos desistiu. Já ele continuou:

 

- Te admirei desde a primeira vez. Com o tempo todo meu sentimento só foi aumentando, você se demonstrou muito melhor do que eu pensava. – finalmente ele levantou a cabeça e olhou diretamente para ela, se demonstrando muito mais seguro ele disse:

 

- Mayumi, eu não quero te perder pra ninguém. Muito menos para um bonitinho qualquer que só sabe cantar e ficar rebolando em cima de um palco. Eu não quero e nem vou.

 

- Mas Sou...

 

- Mas nada... Eu quero você e não vou desistir. – mais uma vez a beijou só que agora de uma forma muito mais intensa e apaixonada.


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Notas finais do capítulo

Olá lá...
não não...
Olha aqui mesmo.
Primeiro capítulo, meus textos aumentam a cada dia...
Isso é bom...acho eu.
espero que não queiram me matar se por um acaso May e Hero se beijarem em algum capítulo.
*medo*
Nhááá...
Meheheheh!
nem tenho mais o que escrever.
Espero que curtam a continuação.



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