A Bella E A Fera escrita por Ruan


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, quero agradecer vocês todos por estarem comentando na fic, isso esta me dando muita vontade de escrever, vocês são demais!!! Boa leitura!



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Não sei se Jéssica foi capaz de escutar meu grito, mas sei que foi alto o suficiente para fazer o dono dos braços recuar para uma distancia segura de mim. A única coisa que ainda me irritava é que suas mãos estavam apertando meus braços, enquanto apenas seu corpo estava afastado de mim.

Assim que abri meus olhos e encontrei os seus, percebi que ele me olhava com certa irritação. A chuva caia fortemente encima de minha cabeça e castigava meu rosto. Cada rajada de vendo acompanhada de chuva era como uma chicotada. Sacudi meu corpo e tentei me afastar do homem, só que foi inútil.

Suas mãos me puxaram para cima com certa violência, fazendo-me ficar de pé.

– Me larga – Ordenei, enquanto olhava furiosa para ele.

Quem ele pensava que era? Meu pai? Ninguém em minha vida inteira foi capaz de me tratar desse jeito ou sequer tocar em mim com tanta violência! Está certo que eu era uma garota meio durona, mas nem mesmo por isso meus pais precisaram me bater quando eu era criança. Seu toque violento fez uma corrente elétrica percorrer todo meu corpo, o preenchendo com puro ódio.

– Eu vou gritar – Anunciei, enquanto levava minhas mãos para cima das dele e arranhava sua pele fortemente, sem piedade alguma.

Meu toque nem ao menos o fez recuar. Sua expressão continuava gélida, parecia ate que ele não era capaz de sentir dor. Ou qualquer outra coisa. Ele parecia um monstro.

– Como se isso fosse adiantar – Ele disse, me olhando sarcasticamente – Vamos entrar e resolver porque diabos você esta fazendo aqui em meu terreno. Se entrar eu escuto seus motivos e não ligo para a policia. Caso contrario, não vou pensar duas vezes antes de dizer que a filha de um fazendeiro invadiu minha casa.

Mais uma vez o vento bateu fortemente em meu rosto e fez meus cabelos já ensopados flutuarem para trás. Como ele sabia que eu era a filha de um fazendeiro? Não, se ele chamasse a policia papai estaria ferrado e eu também. Nós mal tínhamos dinheiro para nos sustentar, quem dirá para contratar um advogado.

Apodrecer na cadeia estava fora de cogitação.

Aceitando o pedido de mal grado, me desvencilhei de seus braços e comecei a andar na sua frente, sem me importar se ele estaria me seguindo ou não. Por culpa da chuva, pensei que obviamente eu iria pegar uma gripe e aquilo não era nada bom. Papai não podia gastar em remédios comigo. Hm, morrer de pneumonia estava fora de cogitação também.

Cheguei perto o suficiente da grande porta de madeira e notei ao olhar por de trás de meus ombros que todas as rosas permaneciam negras exceto por uma, que agora estava vermelha. Ótimo.

Não demorou muito tempo para que o homem dos olhos dourados abrisse a porta e grosseiramente passasse por mim, como seu eu fosse algum tipo de empregado que tivesse que segui-lo.

Cruzei meus braços e passei pela porta.

Assim que meus olhos percorreram todo o cômodo a minha volta, me senti em um daqueles filmes antigos aonde os ‘’Lordes’’ tinham uma linda casa, aonde toda a mãe queria que a filha vivesse e tivesse lindos filhos.

As paredes ao meu redor eram de um tom marrom, bem antigo. Em cima de minha cabeça estava pendurado um lindo lustre que brilhava quando minha imagem se refletia nele. Ao longe, estava posicionada uma lareira incrivelmente grande que agora estava com um monte de madeiras empilhadas dentro dela, pegando fogo. Encima da lareira, um grande quadro coberto por um pano preto estava pendurado (Porque alguém faria isso?). O cômodo era cercado por uma estante onde vários livros estavam muito bem arrumados. Três enormes sofás estavam espalhados pelo cômodo, com uma mesinha no centro aonde podia se encontrar um estoque de bebidas alcoólicas. No fim do cômodo, havia uma grande porta quadrada, que estava fechada.

– Sente-se. – Ele ordenou, enquanto segurava um copo pequeno em suas mãos.

– Não. – Respondi igual a uma menina mal criada.

– O problema é seu. – Ele revidou, enquanto pegava uma garrafa que estava encima da mesinha e se servia.

É, o problema era meu. Minha vontade foi de dizer isso e mais um monte de coisas, só que qualquer palavra errada ali poderia acabar com tudo. Era tudo ou nada. Em vez disso, respirei fundo e o encarei, com uma sobrancelha erguida.

– Qual seu nome? – Perguntei, com uma voz seca.

– Edward Cullen – Ele respondeu friamente, tomando um bom gole de sua bebida – Mas pode me chamar de amor, se optar.

Seus lábios estavam curvados em um sorriso cínico, finalmente pude ver que sua expressão era de puro divertimento. Ele obviamente estava me achando uma tola, ou uma criança qualquer que fazia algo que não devia e agora sua punição estava sendo decidida. Eu odiava aquilo. Odiava ser tratada igual a uma garota de dez anos.

Peguei um bom punhado de meus cabelos e os torci ali mesmo, deixando que a água caísse em seu carpe, o deixando ensopado. O cômodo obviamente iria feder por dias, mas não me importei, na verdade, quis rir ali mesmo. Em vez disso, depois de ter torcido meus cabelos varias vezes ate que uma poça estivesse formada, eu o joguei para trás, toda pomposa.

Olhei para Edward e percebi que ele iria avançar em meu pescoço ali mesmo.

Um ponto para mim.

A fúria estava estampada em seu rosto. O sorriso descarado se desfez em seu rosto e em seu lugar não restou nada alem de uma gélida expressão.

– Ah, me desculpe! – Forcei as palavras saírem de minha boca, ate forcei minha voz para que ela soasse petulante.

– Não tem problema – Ele respondeu, pousando o copo na mesinha – Vamos discutir assuntos mais sérios – Com um movimento agiu, ele se levantou do sofá – Você deve ser a filha de Charlie Swan, Isabella.

Eu não esperava por aquelas palavras. Como ele sabia quem eu era ou principalmente quem era o meu pai?

– Como você sabe? – Perguntei rapidamente, recuando enquanto via que ele se aproximava de mim.

– Digamos que a casa e principalmente o campo onde vocês moram estão em meu nome, afinal você sabe que quem administra quase todas as contas da cidade, sou eu. – O divertimento voltou a tomar conta de seu rosto – E vamos combinar... A situação de vocês não esta nada boa. Seu velho me deve muito.

Engoli em seco e notei que minhas costas estavam encostadas na parede. Não havia por onde fugir. Quanto mais seu corpo se aproximava de mim, mais eu queria recuar. Por que ele não havia tocado no assunto da rosa? Será que ele estava evitando? Ou será que eu havia visto coisa? E principalmente: Por que falar da situação financeira de meu pai?

– Você é uma garota bonitinha Isabella – Ele foi falando, enquanto colocava as mãos na parede e encostava seu corpo molhado no meu – Já imaginou quantos filhos bonitos poderia me dar? Quantos herdeiros iriam ser cobiçados por garotinhas, iguais a você?

Senti uma vontade louca de chorar. Ele estava me humilhando, como se eu fosse um lixo. E que papo era aquele de dar herdeiros para ele?

Suspirando e tentando lidar com o nó em minha garganta, perguntei:

– O que eu tenho haver com isso? Eu jamais daria herdeiro algum para você, seu nojento. Só de estar perto de você, já tenho vontade de vomitar.

– É ai que você engana – Sua voz era assustadoramente sedutora e me envolvia igual a teias de arranhas – Tenho uma proposta para você: Você se casa comigo e eu salvo seu pai. Eu dou a casa para ele, dou principalmente todo aquele campo para ele cuidar. Aquilo é inútil. Já pensou como você seria feliz aqui? Jóias caras e tudo mais. E aquela sua irmãzinha? Nunca ia faltar nada para ela.

Então era isso. Ele queria se casar comigo. Que tipo de idiota se casaria com uma garota que invadiu sua casa? E principalmente uma a garota do campo? Pior, quem ele pensava que era para falar daquele jeito comigo? Como se eu fosse uma mercadoria qualquer. Qual é! Estávamos em um século aonde as pessoas tinham direito de escolha. E no momento, a minha escolha era nunca mais ver a cara dele novamente.

– Não vou me casar com você, seu estúpido! – Gritei, o encarando.

– Eu comando toda essa cidade! – Ele gritou de volta, aproximando seus lábios dos meus – Se eu disser que você vai casar comigo, é o que você vai fazer, entendeu? Ou se não, vou acabar com a porra da sua vida!

– Prefiro morrer a te que me casar com você! – Gritei mais alto ainda, antes de cuspir na sua cara.

Não esperei para ver qual foi a sua reação, apenas passei por de baixo de seus braços e fui em direção da porta, abrindo-a com toda a força. O vento bateu fortemente em meu rosto e isso me causou uma forte seqüência de tosses repentinas. Não me importei. Com a mesma força que abri a porta, eu a fechei.

Comecei a correr o mais rápido que podia ate o portão, sabendo que não seria problema algum sair dali. Era mais fácil escalar de volta, pelo menos para mim, já que eu tinha noção da força que era necessária para não cair. Lágrimas começaram a cair pelo meu rosto e me senti uma fraca.

Se Edward achava que podia me confrontar daquele jeito só porque comandava pelo menos metade da cidade, ele estava enganado.

Vamos ver o que ele faria quando eu não estivesse na cidade.

Eu iria fugir.



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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Comentem, por favor!!!
Quero dizer que mudei o nome da cidade para '' Dark Roses'', então se virem que o nome da cidade mudou para este, não fiquem assustados! Quero agradecer vocês por tudo e principalmente a ''milly-angel'', por ter me mandando uma foto parecida com a descrição da mansão, você foi incrível ao achar aquela foto! Na verdade, vocês todos estão sendo ótimos para mim, pois estão sempre comentando, obrigado! =) Até o próximo capitulo!



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