– Então explica. - disse o James

– É Sarinha explica mesmo. Disse Scorpius.

Olhei para o Scorpius, ele ia me odiar pra sempre depois disso.

– O Scorpius... Ele me beijou a força. - ao dizer isso abaixei a cabeça, eu não conseguia terminar com o James e acabava magoando o Scorpius.

– Ah seu moleque! - ouvi o James gritar com o Scorpius, segurando-o pela camisa, com muita raiva.

– Para James! Deixa ele ir. - tentei impedir que eles brigassem, era tudo o que eu não queria agora.

– Para nada, esse moleque é muito abusado.

O Scorpius se soltou do James e eles começaram a brigar. Logo a cabine já estava rodeada de gente querendo ver o que estava acontecendo. Até que um professor Longbotton veio e apartou a briga dos dois.

– Parem de brigar e agora me digam o porque estão brigando.

– A culpa foi minha, professor. Os dois estão apaixonados por mim por causa da poção do amor que fiz para eles tomarem, a situação fugiu do meu controle. Desculpe. - sabia que levaria no mínimo uma detenção mas era melhor do que eles ficarem fazendo detenções juntos, ia causar mais brigas entre eles e eu me sentiria ainda mais culpada.

Scorpius deu um último soco no James, fazendo com que ele gritasse de dor, o soltou e passou por mim, olhando em meus olhos.

– Muito obrigado Sarah. - Olhei imediatamente pra ele, meus olhos se enchiam de lágrimas, ele nunca mais ia querer saber de mim. Após dizer isso, ele saiu da cabine, empurrando quem estava em seu caminho.

Baixei a cabeça e olhei para o James, me abaixei para ajudá-lo a se levantar.

– Você está bem?

– Estou. - ele me olhava, acariciando meu rosto, eu desviei de seu carinho, não estava com cabeça pra namorar agora.

Fui até o lado de fora da cabine e fiz aqueles intrometidos saírem dali.

– Vocês não tem mais o que fazer não? Saiam já daqui se não quiserem sofrer consequências.

Pude ver que estavam assustados comigo, alguns até tentaram persistir em ficar ali observando a gente, mas comecei a encará-los e eles desistiram, voltando para suas respectivas cabines.

James se aproxima de mim, me dando um selinho.

– Espero que esteja feliz comigo.

– Eu estou. Não precisa se preocupar com isso. - dei um sorriso para ele. Mas o Scorpius não saía dos meus pensamentos.

James fechou a porta da cabine, me agarrou pela cintura e me acariciava, eu não estava a fim de ficar com ele, o empurrei para afastá-lo de mim, o que fez com que ele me olhasse surpreso.

– O que houve Sarah? Não me ama mais?

– Olha só James, eu estou de cabeça quente agora, me deixa um pouco sozinha por favor?

Abri a porta da cabine, esperando ele se retirar dali.

– Você quer que eu saia pra se agarrar com o Scorpius?

Revirei os olhos com a pergunta dele, que só me estressou ainda mais.

– Não é nada disso! Cara só estou pedindo um pouco de paz e privacidade! Dá pra você me deixar sozinha um pouco?

– Tudo bem, vou ali agarrar a Melissa e não volto! Posso?

– Vai em frente então idiota. Mas se for não volta mesmo tá? É um favor que você me faz!

Ele ia dizer alguma coisa, mas não deixei e tratei logo de fechar a porta na cara dele.

– Saco! - me joguei no banco da cabine, abri minha mochila, peguei meu celular e meu fone de ouvido. Coloquei os fones, estiquei minhas pernas no banco da frente, olhava o lado de fora do trem pelo vidro da janela. ''Queria estar longe de tudo isso aqui.'' pensei.

Alguém batia na porta, olhei para o lado, era a Rose, abri pra ela entrar e fechei a porta.

– Amiga! - abracei minha melhor amiga. - Preciso te contar, minha vida está virando de ponta cabeça.

Contei tudo o que havia acontecido pra ela, como sempre, Rose me ouviu e tentava me ajudar a encontrar um caminho para resolver meus problemas. Mas alguns não tinham mesmo nenhuma solução.

– Será que devo ir falar com o James? Ou primeiro tenho que pedir desculpas ao Scorpius?

– Sah, você tem que ver o lado bom e ruim das coisas, se você não gosta do James, termina com ele logo. E se gosta do Scorpius está esperando o que pra contar a ele? Descobre primeiro de quem você gosta de verdade, e vai a luta.

– Você está certíssima. Eu vou agora mesmo conversar com o Scorpius.

– Isso aí.

Sai da cabine, andava pelo trem a procura do meu primo.

– Oi, vocês viram o Scorpius por aí?

– Eu vi, ele estava numa cabine no ultimo vagão do trem.

– A tá obrigada.

Corri até o último vagão, cumprimentando alguns colegas de longe. Ao chegar lá, eu encontrei o Scorpius aos beijos com uma garota da corvinal. Ele me viu, fiquei parada em frente a porta da cabine que ele estava.

Agora ele havia soltado a menina, abriu a porta da cabine ficando a minha frente.

– Você… Sarah, eu posso explicar se você quiser.

– Você não me deve nenhuma explicação, eu é que não devia ter vindo aqui. Só vim pedir desculpas e tentar explicar o que sinto por você mas parece que você já arrumou alguém melhor pra se lamentar, né? To indo, tchau. - me virei para ir embora.

Senti ele segurar meu braço, o que me fez olhar para ele.

– Scorpius dá pra me soltar? - tentei me soltar dele mas não consegui.

– Não até você me ouvir. Eu quero falar com você.

– Eu não tenho mais nada pra falar com você.

– Mas eu quero me explicar.

– Não quero ouvir suas mentiras. Então, me deixa ir que o meu namorado está me esperando.

– Ok. Você me acha mentiroso mas você que mente quando esconde seus sentimentos.

– Não to escondendo nada de ninguém, você que se ilude com qualquer palavra.

– Vamos ver então se não sente nada. - ele me agarrou e me beijou.

Um beijo intenso, cheio de vontade, tentei reagir no começo mas ele me segurava forte em seus braços, acabei correspondendo. Um tempo depois, me soltei dele, interrompendo o beijo.

– Viu? Vou te dar nota 7 nesse beijo porque você demorou a corresponder.

– Você não presta, seu idiota. - dei um tapa na cara dele.

Vi ele passar a mão no rosto, dando um sorriso safado.

– Isso, bate mais que eu gamo de uma vez.

– Afff! Vai se catar. - sai dali deixando ele rindo sozinho.

Pov Scorpius:

Depois de ser deixado sozinho por ela, pela minha Sarah, peguei meu violão e comecei cantar.

''Que o nosso amor é tão real

Inocente, é imortal

Meu universo colorido

Você chegou, sem nenhum mal

Colorindo meu astral

Me encantei no teu sorriso

Tão lindo…. ''

Deitei no banco, escrevendo essa letra de musica em um pergaminho. Mais cedo ou mais tarde a Sarah não iria mais resistir a mim.

O trem logo parou, tinhamos chegado. Peguei minha mochila e meu malão, corri até a porta, do trem para ajudar a Sarah. Não desgrudaria mais dela.

– Me dá o seu malão, eu levo para você. - dei um sorrisinho para ela, que me olhava sem entender nada.

– Tudo bem, Scorpius. - ela sorriu de volta.

Peguei o malão dela, levando até o dormitorio da grifinória.

– Está entregue princesa. - Acariciei seu rosto, provocando para ver a reação dela.

– Obrigada anjo. - Percebia que ela se arrepiava com o meu carinho.

– Não tem de que. - a puxei para perto, lhe dando um beijo.