A Rebelde Da Rádio escrita por Emily Jobs


Capítulo 3
Capítulo 3 - A REBELDE DA RÁDIO!




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Capitulo 3 – Começando sem saber

Narradora Mõnica

Acordei no chão, no meio do meu quarto. Sem nada a fazer, me levantei e me olhei no espelho. Estava horrível, cabelos desarrumados, roupas amassadas e sangue em uma das mãos. Fiz minha higiene matinal, escolhi uma roupa bem bonitinha.

Desci as escadas e olhei para os lados, minha mãe não tinha chegado ainda. Peguei minhas chaves e um dinheiro. Saí de casa, mas antes chequei se estava chovendo, só para garantir. Não estava, mas estava frio. Peguei meu casaco preto, e minhas botas pretas. Sai de casa e fui pelas ruas daquele bairro frio.

Trouxe meus fones de ouvido e coloquei-os no ouvido. As melhores músicas passam na rádio do meu pa..padrasto. Agora estava passando Rolling in the deep, da Adele. Fui até um local, que parecia ser um parque para as crianças.

Vi várias mães olhando os filhos com pureza no olhar. Escondi-me na cadeira que ficava mais longe dos meninos. Passou alguns minutos e acabou a partida de futebol. Chegaram os meninos mais velhos tipo assim: de 15 anos.

Todos da minha sala (aff, ninguém me dá sossego?). Agora sim, chegou o meu pesadelo. Todas as meninas da minha sala, e gritando o nome dos namorados. Foquei-me em escutar a conversa da Carmem com alguma menina de cabelos ruivos, presos em uma Maria Chiquinha.

- Isso é sério gatz? Você e ele terminaram? –Estava quase caindo da cadeira para tentar ouvir a conversa delas.

-Sim, eu terminei com ele ontem á noite. –Nossa! Ele terminou com ela?!

- Mas vocês vão juntos ao baile? –A ruivinha estava perguntando como se já soubesse a resposta.

- Sim! É claro que vamos juntos. E, além disso, ainda faltam Dois meses para esse baile. –Ela havia gritado, eu caí da cadeira e fez um barulho chamando a atenção de todos ali.

Risadas começaram a surgir, e o local inteiro estava cheio delas. Levantei-me e saí correndo. Mas que droga! Aquela ruiva tirou uma foto minha e possivelmente até filmou. Vou ser zoada até o fim do ano que vem.

Continuei andando e encontrei um cachorrinho de rua. Ele tinha pelos ruivos e estava abanando o rabo. Eu me agachei e ele chegou mais perto. Olhei, e ele era macho. Estava tremendo de frio.

- Você se perdeu doçura? –Quando eu perguntei ele tentou pegar o rabo. – Você é tão sozinho. Vem comigo. –Peguei um cobertorzinho pequeno na minha bolsa e enrolei-o. – Você vai para casa comigo.

Como vou chama-lo? Que tal Rex? Hum... já sei! Seu nome vai ser...

- Mônicão! –Ops, mas vai ser Mônicão.

Levei-o para casa e dei um banho nele. Coloquei uma coleira que eu tinha comprado á muito tempo. Escutei um barulho da porta e segurei o cachorrinho nos meus braços.

- Foi muito divertido. –Era minha mãe com meu PA... Padrasto. – Filha? Eu deixo você sozinha por menos de um dia, e você arruma um bicho de estimação?

- É, mas mãe posso ficar com ele? Deixa vai, por favor!! – Eu implorava para poder ficar com essa bola de pelos.

- Por mim tudo bem, e por você Rodrigo? –Ela perguntou.

- Ora essa, se for para deixar a Mô feliz, para mim também está tudo bem. –Ele disse sorrindo.

- VALEU! Ouviu Mônicão? Você vai poder ficar com a gente! –Eu falei, segurando ele na minha frente.

TOC TOC

- Oi, quem é você? –Minha mãe atendeu a porta, enquanto eu brincava com o MEU novo cachorrinho.

- Oi, a senhora deve ser a mãe da Mônica. Eu sou Magali, uma amiga da escola. –Ela disse, apertando a mão da minha mãe.

- Oi Magali, o quê você faz aqui? –Eu disse, sem entender nada.

- Vamos ao shopping sua bobinha! – Ela disse, mas já estava me arrastando para fora de casa.

Minha mãe pegou o cachorro e jogou as chaves para mim. Quando me dei conta, já estávamos no shopping, escolhendo roupas e sapatos. Ela me jogou um vestido tomara-que-caia.

- Acho que eu não vou querer esse não. –Eu disse, jogando o vestido de volta.

- Experimentar não vai te matar, ah e tenta com esses sapatos. –Ela falou, jogando o vestido no meu rosto.

Entrei no provador e tirei minhas roupas, coloquei o vesti e os sapatos. Mas que coisa! Esses sapatos machucam os pés. Tentei puxar o vestido para cobrir minhas coxas, mas não tinha jeito, ele é muito curto.

- Vem pra cá Mônica! Eu já estou vendo minhas roupas. –Ela disse, provavelmente, estava impaciente.

Eu saí de lá, e ele ficou me olhando, e me mostrou o espelho. Até que não tinha ficado tãoo ruim assim. Eu olhei para a vitrine da loja e vi alguns meninos passando. Vários estavam assobiando. O quê me fez correr para o provador, e tirar essas roupas de vagabunda.

- O quê foi? –Ela disse do outro provador.

- Não gosto que os meninos notem em mim. E essa roupa não ajuda em nada. Estou parecendo uma vagabunda. –Eu me virei para olhar se eles já tinham passado.

Saí do provador com a mesma roupa. Ela chegou perto de mim, segurou os meus ombros e disse:

- Calma, a festa é daqui a 2 meses, e além disso, é uma festa de mascaras. –Ela pegou uma máscara da cor do meu vestido e colocou. –Viu só? Você, com essa máscara que cobre o rosto todo, fica irreconhecível.

- Hum, tem razão. Até que esse vestido não é tão feio. Mas com essa máscara, fica incrível. –Eu toquei o espelho.

-Vai correndo tirar! Se aparecer algum menino, teremos que escolher outro vestido. –Ela falou me empurrando para o vestiário.

Estava tirando o vestido quando eu escuto alguém conversando com ela.

- Oi Maga, você viu a Mônica? –Quem estava lá?

- AHHH, que susto DC, (depois diz que eu estou seguindo ele). A Mônica, haha por quê você está me perguntando isso? –Ela disse, tentando disfarçar.

 Eu me vesti rapidamente e pulei de provador e provador, até que cheguei ao caixa. Ufa! Paguei o vestido e o sapato, e quando estava saindo...

- Você...- AHHHHH, escorreguei e caí no chão. – Está fugindo de mim?

Me levantei e encarei ele.

- Amm, d-d-d-desculp-p-pa te-te-tenho que i-i-i-ir. – Falei, indo em direção á Magali.

Não achei a Magali em local nenhum, uma coisa eu posso dizer: quando ela some, ela some mesmo!  Ah, lá está ela! Com o garoto de cabelos espetados. Ela o arrastou até aqui e ele se apresentou:

- Oi Mô. Esse é o Cebola. –Ela disse, mostrando ele.

- AH, foi v-você que m-me deu aquela rasteira?! –Eu disse, já rindo por dentro.

- O QUÊ?! VOCÊ DEU UMA RASTEIRA NA MINHA AMIGA?! –Ela estava gritando no ouvido dele.

Sai do shopping na maior velocidade que eu podia. Não gosto de brigas (mas eu gosto de brigar). Estava com algumas sacolas na minha mão, quando vejo uma limusine parando na minha frente.

Uma loira saiu de lá dentro, vestindo roupas de marca. Depois uma ruivinha também, elas olharam para minhas sacolas e se entreolharam.

- Essa é a sua roupa querida? QUE BREGA! –Elas começaram a tirar sarro da minha roupa.

- Tem algo a dizer? –A ruiva falou.

- ÉRR.. -...

- Bem como eu imaginei. VAMOS CACÁ. Nós não temos muito tempo para escolher o vestido de festa. –A loira que estava balançando os cabelos, se animou e passou por mim.

Apressei o meu passo, não queria ter mais nenhum tipo de surpresa hoje. Cheguei a frente a minha casa e entrei, subi direto sem nenhum contato visual, hoje era dia de cabelereiro da minha mãe, isso quer dizer: não queria falar com a Medusa.

Subi as escadas e joguei minha mochila para debaixo da cama. Sentei na cadeira do computador e o liguei. Chequei minhas redes sócias: yorgut, facetruit. Vi uma conversa nova no Skype.

- Oi MOOOOO. Você sumiu de uma hora para a outra! –Era minha querida amiga Magali.

- Ah, me desculpe, você tem alguma novidade? –Eu tentei retrucar, mudando de assunto.

- Sim, tem um programa que você cria sua própria rádio. Você vai criar um? –Ela falou, tentando enxergar melhor meu rosto.

- Acho que não, ei tenho que sair. Falo com você segunda está bom?

- Está bem, vou ficar aqui, com meus fones, escutando uma rádio qualquer. –Ela disse, desliguei o Skype.

Tomei um banho e vesti uma roupa. Pensei melhor sobre o tal programa que a Magali falou. Poderia ser divertido. AH, eu tenho um programa que modula a voz! Corri pro meu computador e achei o programa da sua própria estação de rádio.

Peguei meu “headset” e comecei a falar, minha voz estava mais para robótica. Comecei a falar.

- Oi gente, aqui quem fala é a... REBELDE DA RÁDIO! (ps: liguei uma música de entrada) Eu vou mandar conselhos e tocar suas músicas preferidas aqui. Vamos ver? Aqui temos uma ligação, vamos ver quem fala aqui comigo.

- Alô? Oi rebelde da rádio, estava passando pelas rádios e encontrei a sua. Acabou de criar e já está famosa?

- Oi minha querida! Qual é o seu nome docinho?

- Meu nome é Magali.

- Então Maga, posso te chamar de Maga né?

- Claro.

- O quê você quer? –Eu perguntei bem animada.

- Bem, você tem algo para me fazer sentir melhor? Minha infância se foi... Mas eu sinto tantas saudades...

- Tenho 3 minutinhos, vou mandar um conselho. Chega uma hora que a gente percebe que o tempo passou. Descobrimos que não queremos mais brincar de bonecas e percebemos que há algo dentro de nós que nos faz sentir coisas que jamais acharíamos que íamos sentir. Aos poucos vamos parando de escutar certas músicas, de usar certas roupas e de falar com certas pessoas. As mudanças são inevitáveis, e fazem parte da nossa vida. É nesse meio tempo que deixamos a nossa infância e até mesmo a pré-adolescência, pra passar para a tão incrível adolescência. Curiosidades, diversões, sentimentos, desejos, tudo fica muito mais intenso. Adolescência é um negócio complicado, que nem o próprio adolescente consegue entender. Ele mesmo se confunde com o próprio jeito de ser. Alguns se fecham demais, outros só querem se aparecer.

- Aonde você estuda? Onde você mora? Eu te conheço?

- Bem, eu moro no bairro do limoeiro e estudo na mesma escola que você. Bem, nosso tempo está acabando, aposto que nos veremos em breve na escola. Beijos.

Desliguei uau! Eu sou muito boa nisso!

- E aqui vai uma música para todas as meninas que estão baixos-astrais hoje. O nome dela é: Stronger, Kelly Clarkson.

Coloquei a música para tocar e tirei meu headset. Escutei um barulho no vizinho e vi o Dc, ele parecia que estava escutando uma música no fone de ouvido. Quando a música estava acabando eu voltei para meu lugar e peguei o headset.

- Então galera, a gente se vê por ai. Acho que esse programa vai ao ar todas os dias as 14:30. Esperem-me por ai, por que amanhã tem mais! Aqui quem fala é a rebelde da rádio!


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