O Filho Do Vitorioso (Jogos Vorazes) escrita por Cíntia


Capítulo 15
Briga


Notas iniciais do capítulo

Star começa a desconfiar do comportamento de Diamond.
Obrigada pelos comentários, resolvi fazer uns agradecimentos a pessoas que estão interagindo com essa história:
Obrigada a Hihka por fazer vários comentários em minha história, por ser a única que tem essa história favorita e por ter sugerido o nome de alguns personagens. A Tammy foi criada por sua causa.
Obrigada ao Math Dragneel por comentar mais de uma vez em minha história, por ser um dos 6 que a acompanham, e por ter feito sugestões em relação ao andamento dela. A história da Juno foi criada por sua causa.
Obrigada a Mary L S por comentar mais de uma vez na minha história. Você me animou a escrever alguns capítulos e a publicá-los antes do que eu pensava
Obrigada a Monday por comentar uma vez em minha história e por ser uma das 6 pessoas que a acompanham. Você me animou a escrever desde o início.
Obrigada ao MattP, e Julia Zanini por comentarem uma vez em minha história. Vocês me animaram a continuar escrevendo
E obrigada aos outros 4 dos 6 que acompanham a minha história. Eu não sei quem vocês são. Espero que realmente estejam acompanhando e gostando.
Ahhh, se houver mais interações com essa história, eu farei mais agradecimentos posteriormente.
Obrigada mesmo a todos que leem, todos vocês são um máximo, e saber que tem pessoas lendo só me faz querer escrever mais e mais.



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Foi muito difícil ver novamente o rosto de Cairo, o garotinho do 11 quando anoiteceu. Depois disso, vi a imagem de Candle do distrito 12 projetada no céu. Eram essas as duas vítimas do dia. E agora só restavam mais 12 na arena.  Metade dos tributos já haviam morrido.

Os olhares de Cairo e Kinsey não saiam da minha mente.  Eu fui um covarde, não fiz nada enquanto o menininho era assassinado. Não conseguia olhar direito para Alexander e nem para os meus outros companheiros. Mas a culpa não era somente deles. Era minha que não fiz nada para impedir, era dos governantes que nos colocaram lá e de todos que viam aquele reality show.

Os meus aliados pareciam animados. O dia tinha sido bom. Dois mortos. Dois concorrentes a menos. Concorrentes a que? Eu pensava, à viver? Será que isso valia a pena depois daquilo tudo? A nossa vida já não era nossa, ela deveria ser de cada um apenas, mas eles a usurparam nos colocando na arena.

Eu não estava animado. E Star parecia me observar cada vez mais. Não houve caçadas essa noite, eles estavam propensos a deixar as caçadas somente para o período do dia. O dia estava sendo melhor conosco, segundo eles. E era mais agradável dormir a noite do que pela manhã. Para mim não tinha tanta diferença já que eu era sempre perturbado por meus pensamentos e pesadelos.

No dia seguinte, estavam se preparando para sair em caçada, e eu demonstrei que queria ficar guardando os suprimentos. Star se irritou:

-  Então, o filhinho do Vitorioso quer  ficar?

- Eu prefiro ficar agora, pego o outro turno – disse

- O que foi tá cansado? Os pesadelos o perturbam? Ou é o choro pelas mortes dos nossos inimigos? Não quer mais matar?

Eu sabia que ela tinha visto as minhas lágrimas quando Cairo morreu, mas não esperava que ela jogasse na minha cara e ainda por cima na frente dos outros. O que ela tinha contra mim? Tentei pensar em alguma resposta:

- Choro? Que choro? Não sei do que está falando. Eu só quero ficar aqui um pouco. Depois eu vou.  Não é porque eu não quero matar. Que eu saiba, eu já mostrei o que posso fazer, não?  Ou não sou eu quem mais matei nessa arena?

- Foi. Mas depois disso não vi mais nada. Não quis matar a garota do 8, nem o garotinho do 11. E anda abatido por aí.

-  Se estou abatido, não é pelos motivos que você está pensando. E eu já disse por que eu não quis matar os dois. Você só não viu mais nada depois do primeiro dia, porque não houve oportunidades, espere e verá. Mas estou entendendo aonde quer chegar.  Que eu saiba não atacar a garota foi uma sábia decisão, né? Mas você queria que eu tivesse atacado, pois nesse caso eu não estaria mais aqui, e Jurgen sim. Eu é que não saio somente com você. Já entendi o que quer.

- Seu inútil... – Star estava prestes a avançar em mim quando Cruiser elevou a sua voz

- Parem com isso. Não é assim que vamos resolver as coisas. Se Diamond quer ficar aqui agora, que fique, depois ele irá. É melhor parar com essa discussão de quem fez ou não fez o quê.

Star não estava muito contente, mas se acalmou um pouco e saiu. Cruiser a seguiu, ele era o mais próximo dela e eles começaram um diálogo. Juno chegou perto de mim, me olhou nos olhos e disse com consideração:

- Deixe, Diamond. È melhor ficar aqui mesmo, coloque suas idéias em ordem. Brigas acontecem, é normal.

Alexander, Juno, Cruiser e Star saíram e eu fiquei sozinho. Depois do que tinha acontecido, não podia dar tanta bandeira e ficar parecendo desanimado.  Tinha que mudar um pouco o meu modo de agir.Á tarde, fui o primeiro a me levantar  e os estimulei a irem na caçada. Agir daquela maneira foi melhor solução que passou pela minha cabeça.

Eu e Juno andamos muito, mas não vimos ninguém ou nenhum rastro de gente. Certas horas, nós até conversamos sobre as nossas famílias. Ela me contou que a filha já falava mamãe antes dela vir aos jogos, e que isso era uma das melhores coisas da vida: escutar as primeiras palavras do seu bebê.  Assim eu soube o quanto ela ansiava em escutá-las novamente.

Nesse dia nenhum rosto foi projetado no céu. Não houvera nenhuma vítima. Eu e Star nos mantivemos afastados, então não houve mais nenhuma discussão. Alexander pediu que eu emprestasse a minha lança para treinamento e ele ainda treinava com ela, quando eu me ajeitei para dormir, me virei e fechei os olhos.

Mais pensamentos me impediram de pegar no sono imediatamente. O que a minha família estava pensando sobre o meu comportamento na arena? Eles saberiam que Star tinha razão. Onyx não deveria estar gostando nem um pouco de como eu agia, meu pai havia me falado que ele queria ser como eu, agora eu achava que ele já não queria mais. Minha mãe devia estar triste só esperando a minha morte. E Jade? O que ela pensava? Provavelmente estaria preocupada, mas talvez até estivesse gostando do meu modo de agir. E o meu pai? Ele disse que a minha vontade de viver tinha que imperar. Mas eu não estava agindo nessa direção.  Ele estaria decepcionado comigo? Será que estava bebendo?  Eu não tinha me manifestado sobre a minha vontade de não matar mais. Será que o pessoal do distrito 1 tinha percebido que era verdade? De qualquer forma, depois das minhas lágrimas, e a discussão com Star, eu já não devia ser tão popular quanto antes. E por que isso ainda me importava?

Eu já havia conseguido dormir um pouco, quando senti uma pressão em minha garganta. Não abri os olhos, devia ser somente um pesadelo, mas a pressão continuava e aumentava. Foi então que percebi que não era um sonho.  Era a corrente do meu medalhão, ela estava sendo torcida em meu pescoço. Alguém tentava me enforcar. E então que escutei uma voz, quase um susurro:

- A sua hora está chegando, filhinho do vitorioso. Chegou.

Era Star, e ela tentava me matar.


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Notas finais do capítulo

E agora? O que será de Diamond? Será que terminará aqui? Será que terei que mudar de narrador? Ou ele vai conseguir se livrar? Espero que tenham gostado desse capítulo. Deixem a sua opinião, comentem, opinem, deem sugestões, recomendem a história. Isso realmente me ajuda a escrever. Bem até o próximo capítulo, lá saberemos o que acontecerá com Diamond...



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