Once Upon A Time escrita por Raquel_s


Capítulo 3
Vivendo um sonho, sonhando pesadelos


Notas iniciais do capítulo

Oii! Não consegui postar antes do Natal, desculpem. Queria agradecer as lindas que comentaram e aos 2 leitores novos, sejam bem-vindos.
Espero que gostem e espero não ter decepcionado as expectativas de vocês, por favor não me matem por causa do trecho em que parei.
Feliz Natal atrasado, mas acho que tá valendo.
As fanarts são da an_haruno_girl, batbobbles, chicxlub e reallycorking.
Boa leitura
xoxo



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Depois da chegada dos irmãos tudo que Gina queria era que chegasse logo sua carta de Hogwarts, estava doida para começar. Às vezes surgia a dúvida se ela teria mesmo uma vaga em Hogwarts, mas no fundo ela sabia que sim, sempre que os irmãos a perturbavam ou protegiam de mais ela fazia algo acontecer sem explicação. O primeiro sinal de magia da menina fora quando Fred a irritara não deixando ela voar na vassoura aos 6 anos. Gina adorava voar, mas os irmãos mais velhos nunca deixaram, ela normalmente pegava a vassoura de Fred escondida para satisfazer sua vontade. Os únicos que já tinham a visto fazer isso foram os pais e Rony quando os outros irmãos estavam em Hogwarts. Até então ela tinha conseguido manter o segredo. A mãe inicialmente ficara furiosa, mas não conseguiu brigar com a menina quando viu que ela voava muito bem para a idade, até melhor que Charlie quando tinha a idade dela e ele sempre fora muito bom.

Naquele verão, porém, a garota tinha outra distração além da ansiedade para a carta de Hogwarts chegar. Sempre que tinha oportunidade perguntava ao Rony sobre Harry, ele chegara a ficar irritado várias vezes, então ela alternava e perguntava para os gêmeos sobre o time de Quadribol, assunto que Harry acabava sempre sendo mencionado.

– Fred, você acha que a Prof. McGonagall me deixaria jogar também? Ela abriu uma exceção para o Harry, se eu fosse boa como ele também poderia, não? – perguntava a garota esperançosa

– Mesmo se fosse boa o suficiente para uma exceção, agora não estamos mais desesperados atrás de um apanhador ou qualquer outra posição. E você não é Harry Potter, o garoto é realmente muito sortudo. Além do que, mamãe me mataria se eu deixasse você jogar, pode se machucar! Toda pequena e delicada, seus ossos podiam virar farinha em um jogo. Nem pensar, nunca vou deixar você subir numa vassoura e jogar!

E era assim que sempre acabavam as conversas sobre Quadribol, onde saia uma garota vermelha de raiva bufando para qualquer outro canto da casa. Ela um dia provaria que uma garota delicada poderia jogar, ela era vaidosa, mas não se importaria com uma unha quebrada por causa de um jogo que tanto gostava.
Depois de duas semanas que Rony mandara cartas para o Harry e nenhuma resposta tinha vindo eles começaram a ficar preocupados. Os Weasley tinham cogitado que a coruja Errol não tinha conseguido entregar as cartas para Harry, mas depois de Hermione comentar que também tinha mandado várias cartas e nenhuma tinha tido resposta, aí sim a preocupação aumentou.

Foi depois de um mês sem sinal de Harry começaram os cochichos pela casa entre os gêmeos e Rony, mas sempre que Gina chegava perto eles paravam. Eles nunca fizeram isso em toda vida, Gina sabia que eles estavam tramando algo. Até que um dia ela estava passando pela porta do quarto dos gêmeos e os ouviu conversando.

– Aqueles trouxas devem estar mantendo o coitado preso e confiscando as cartas, só pode! – disse Rony

– Não podemos deixá-lo lá. Temos que ir logo busca-lo. – disse Fred

– A única opção é pegar o carro do papai. Fred sabe dirigir, não sabe? – disse George

– Sei, óbvio que sei. Tem que ser de noite, depois que todos dormirem.

– Posso ir junto? Deixem, por favor? – entrou a menina implorando

– Desde quando ouve nossas conversas atrás da porta? – reclamou Rony

– Desde quando vocês tentam me proteger inutilmente. Mamãe vai matar vocês, sabem disso.

– Não se ela não ficar sabendo. - retrucou Rony

– Ela vai ficar sabendo se eu não puder ir!

– Calma ruivinha, tudo bem, você vai junto. Esperamos papai e mamãe dormirem e vamos amanhã à noite, combinado? Você vai dormir normalmente como todos os dias e te chamamos na hora que tivermos certeza que nossos pais estão dormindo – disse George

A garota saiu satisfeita saltitando escada a cima para o quarto dela.

– George, você pirou? Como levaremos ela? A mamãe está acostumada com a gente saindo das regras, mas a filhinha caçula não. A gente ela perdoa, já está acostumada, mas vai ficar furiosa com a Gina e ainda mais com a gente por ter deixado ela correr esse risco! – disse Fred

– Não vamos levá-la, não sou maluco. Disse que iríamos amanhã à noite, mas não terá como ela ir amanhã se Harry já estiver aqui pela manhã.

E assim a garota dormiu imaginando que os irmãos a acordariam para buscar o Harry na noite seguinte, mas ela acordou na verdade com os gritos da mãe.

– As camas vazias! Nenhum bilhete! O carro desaparecido... podia ter batido... louca de preocupação... vocês se importaram? ...nunca em minha vida... esperem até seu pai voltar, nunca tivemos problemas assim com o Bill, nem com o Charlie nem com o Percy...

Quando Gina entendeu a gritaria da mãe ficou furiosa, eles tinham ido buscar o Harry sem ela! Ela ia matar os gêmeos e o Rony. Levantou decidida a chegar lá em baixo e dar mais uma bronca além do que os irmãos já levaram e torcer para receberem um bom castigo! Mas quando chegara lá em baixo e viu Harry se lembrou que estava de camisola, com toda a raiva se esquecera de trocar de roupa, não conteve um gritinho e saiu correndo de vergonha. Ao chegar ao quarto se martirizou por não ter dado oi nem nada, só saiu correndo como uma menininha boba. Por que ficara assim?

Ela ficara a manhã no quarto enquanto observava pela janela os irmãos desgnomizarem o jardim. Até que ouviu um barulho na escada, era Harry subindo com Rony. Ela correu para espiar, mas quando percebeu que estavam olhando fechou a porta. Ela não era assim. Deveria ter dito oi ou qualquer coisa, mas não conseguia falar nada perto de Harry. Qual era o problema dela?

~x~

Os dias estavam mais animados com a chegada de Harry, conforme o tempo passava a menina ficava cada vez mais animada, pois logo as cartas da escola chegariam, ela não via a hora! Apesar de saber que teria vestes usadas e livros usados dos irmãos, ela não se importava, queria mesmo embarcar naquele trem e logo.

As cartas chegaram numa manhã, depois que Gina derrubara pela milésima vez algo ao ver Harry. Ela já era desastrada, mas com o garoto por perto ficava ainda pior. Tudo parecia pular da sua mão para o chão quando ele chegava perto.

Na quarta iriam comprar todo o material para a escola e encontrariam Hermione, amiga de Harry e Rony no Beco Diagonal. Gina simpatizara com Hermione, apesar de Rony reclamar tanto dela. Outra coisa que seria bom entrar em Hogwarts, adoraria ter Hermione como amiga, já que com certeza entraria para Grifinória como todos da família. Apesar de no fundo querer ir para Corvinal por causa da amiga Luna, que era extremamente inteligente e o Chapéu não a colocaria em outra casa de modo algum. Gina adorava ir ao Beco Diagonal, sempre achava muito divertido ficar vendo vitrines, apesar de raramente poder comprar alguma coisa, raro momento esse que ela apreciava muito. Sabia que tudo que teria naquele ano seria de segunda mão, exceto a varinha. Queria muito saber qual seria o conteúdo da sua.

~x~

Gina começava a achar extremamente divertido Harry não saber quase nada do mundo bruxo, iriam para o Beco Diagonal pela rede de Flu e o garoto não sabia sequer o que era isso. Por um lado era divertido, mas por não saber, o garoto ficou nervoso e acabou se perdendo. Gina foi logo depois dos Gêmeos, mas ficou em choque ao chegar do outro lado e ver todos preocupados olhando para os lados, ao sair da lareira percebera que o Harry não estava lá, tinha ido para outro local.

– Ele pode estar em qualquer lugar do mundo! – dizia a Sra. Weasley desesperada – O que faremos agora? Perdemos o pobre menino! Sozinho! Em qualquer lugar!

Depois de alguns minutos de completo desespero Harry vinha junto de Hagrid em direção a eles o que deixou todos mais calmos, principalmente a Sra. Weasley que parecia pior do que se tivesse perdido um dos seus filhos. Harry tinha ido parar na Travessa do Tranco sem querer, acabara saindo dentro da loja Borgin & Burkes onde ouvira Lúcio Malfoy vendendo objetos da casa dele. O Sr. Weasley não gostava nem um pouco de Lúcio Malfoy e sabia que ele tinha alguns objetos com Artes das Trevas guardados em casa e adoraria ter a oportunidade de pegar e incriminar Lúcio.

Gina e a mãe foram comprar o que Gina precisava e encontrariam todos na Floreios e Borrões dali uma hora. Primeiro foram comprar as vestes,de segunda mão, claro. E depois foram no Olivaras, a única coisa nova que Gina teria era a varinha. Ao entrar na loja o Sr. Olivaras estava no balcão fazendo anotações e levantou a cabeça ao ouvir o tilintar do sino na porta.

– Olá, Sra. Weasley, vejo que veio trazer sua caçula, correto? – comprimentou Sr. Olivaras

– Sim, sim, acredito que o senhor tem a varinha correta para pequena Gina

– Com certeza! – disse e se dirigindo à garota acrescentou – Venha, vou tirar algumas medidas

E com um abano de varinha a fita métrica começou a medir cada pedaço da garota, que achou que em breve a fita daria um nó. Minutos depois o Sr. Olivaras começou a tirar das prateleiras diversas caixas, as duas primeiras tentativas não deram certo, mas na terceira ele acertou. A varinha tinha 26 centímetros, era de carvalho silvestre com conteúdo de pelo de unicórnio, ligeiramente flexível como o Sr. Olivaras disse enquanto embalava a caixa. A garota mal cabia dentro de si de tanta felicidade de ter uma varinha, queria poder usá-la logo! Com isso, foram encontrar os outros na Floreios e Borrões. Sra. Weasley logo viu a faixa anunciando que Gilderoy Lockhart estaria ali e ficou extremamente animada, entrando na fila antes mesmo dos outros chegarem. Gina queria conhecê-lo, obvio, ele era famoso, mas não entendia a fixação da mãe por ele. A animação da mãe não terminou logo, principalmente depois que Lockhart avisou que seria professor de Defesa Contra as Artes das Trevas naquele ano em Hogwarts.

– Gina, olha que honra! Você terá aula com um professor brilhante, vai aprender tanto com ele! – exclamava a Sra. Weasley

Lockhart logo viu Harry e tratou de chamá-lo para uma foto para o Profeta Diário. Lockhart era famoso entre as senhoras bruxas, já Harry era famoso entre toda a comunidade bruxa, com certeza a matéria teria mais repercussão se Harry estivesse na foto com ele. A garota sabia que Harry odiava aquela exposição toda.
Harry ganhou todos os livros de Lockhart, mas dera todos para Gina, disse que ele iria comprar os dele. Gina ficara grata, porém encabulada, o garoto fora extremamente gentil, mas ela nunca gostou de receber caridade dos outros.
Gina conhecera ali mesmo o garoto que Rony odiava tanto, Draco Malfoy, filho de Lúcio.

– Aposto como adorou isso não é, Potter?O famoso Harry Potter, não consegue nem ir a uma livraria sem aparecer na primeira página do jornal – disse com tom superior

– Deixe ele em paz! – disse Gina tomando coragem para defender Harry, se tinha uma coisa que a garota odiava era que falassem mentiras dos outros.

– Potter, você arrumou uma namorada! – disse Malfoy zombando da Gina, que ficou vermelha como os cabelos.

Rony e Hermione logo vieram se juntar aos três, tudo para piorar as provocações de Malfoy

– Aposto que seus pais ficarão o mês passando fome para pagar essas compras

Realmente era difícil segurar a raiva quando ele criticava a família com aquele ar arrogante que só os Malfoy tinham. Saíram da loja logo depois do pai ter partido para cima de Lúcio quando insultou os pais de Hermione por serem trouxas. Todos sabem que sangue não significa nada, Hermione era o exemplo disso, nascida trouxa mas era a primeira da turma, já o Draco, puro-sangue, nunca conseguiria superar a menina, mesmo se tentasse.

~x~

O dia de embarcar no trem logo chegara e todos se espremeram no Ford Anglia azul do pai. Apesar de estarem quase atrasados devido à volta até a Toca por causa de coisas esquecidas, a mãe não deixara o Sr. Weasley usar o carro como um transporte voador, que ele mesmo tinha adaptado. Chegaram à estação e desceram às pressas. Percy atravessara para a plataforma primeiro, seguido do Sr. Weasley e os gêmeos, Gina atravessou com a mãe, estava saltitante de tanta felicidade e Harry e Rony iriam logo depois. Como estavam muito atrasados mal tiveram tempo de se despedir e logo embarcaram. Gina não vira Harry e Rony em nenhum momento, não tivera nem tempo de perguntar ou olhar para trás. Achava que os encontraria na cabine dentro do trem, mas não foi bem o que aconteceu.

– Entre Gina, fique com a gente – disse Hermione quando ela passou pela porta da cabine – Você não viu Rony e Harry?

– Não, achei que estivessem aqui com você – respondeu a garota começando a ficar preocupada.

– Não... Devem estar em outro lugar. – Disse Hermione – Esse é o Neville, ele é da Grifinória também.

– Olá – dissera o garoto timidamente – Você é irmã do Rony, certo?

– Sim, sou eu, já ouvi falar de você. Meu irmão contou que você tentou impedi-los de ir pegar a Pedra – disse Gina fazendo o garoto corar
Uma garota loira com a varinha atrás da orelha parou na porta da cabine, interrompendo a conversa, para a felicidade de Neville. Era Luna, vizinha e amiga de Gina.

– Oi Luna! Entre, como vai? – disse Gina simpática.

– Vou bem, não foi mais em casa no verão.

– Desculpa, é que Harry foi lá para casa e logo depois chegaram as cartas de Hogwarts que nem consegui ir fazer visita.

– Tudo bem, me conte depois como foi a visita – disse Luna sabendo que a amiga não ia quere falar sobre isso na frente da melhor amiga do irmão e do Harry

– Hermione, essa é a Luna, e esse é o Neville – apresentou Gina

– Prazer! – disse Luna – Você tem um gato! Sabia que gatos são ótimos para afastar Zonzóbulos? Meu pai está fazendo uma pesquisa sobre eles pro Pasquim. Quando sair acho que você deveria ler. – disse para Hermione

– O que são Zonzóbulos? – perguntou interessada, achando que era alguma criatura desconhecida do mundo mágico

– São pequenos seres que confundem nossa mente, muitas vezes fazem coisas aparecerem onde não deviam, às vezes tiram nossas chaves do lugar só para ficarmos igual loucos procurando depois. Eles não são visíveis, não dá pra saber onde estão.

– E em que livro seu pai achou a existência deles para investigar?

– Em livro nenhum, ele percebeu que estava sumindo algumas coisas em casa e acha que são essas criaturas que ele nomeou de Zonzóbulos
Hermione bufou com o comentário da garota, ela perdera tempo a ouvindo falar de algo que não existe? Gina achava divertidos esses assuntos da amiga, mas Hermione não concordava, para ela tudo tinha que ser lógico e vir de algum livro. Gina não era tão radical.

Pouco tempo depois mais uma garota aparecera na porta da cabine, ela era um pouco mais alta que Gina, tinha cabelos pretos curtos com alguns cachos nas pontas e olhos verdes.

– Me desculpem, mas posso ficar com vocês? As outras cabines estão muito barulhentas, vocês são os únicos civilizados.

– Claro, entre. Pelo jeito Harry e Rony não vem mesmo. – disse Hermione um tanto animada depois de ter sido classificada como civilizada.

– Meu nome é Savannah Carter. Esse Harry que vocês falaram é Harry Potter? – disse com um tom extremamente interessado, o que deixou certa ruiva enciumada.

– Prazer, sou Gina Weasley. É, é o Harry Potter sim, por quê? – disse um tanto ríspida, o que fez Hermione arregalar um pouco os olhos espantada com a reação da garota.

– Por nada, é que ele é famoso, sempre ouvi falar dele desde pequena. E vocês, quem são? – disse olhando para Hermione, Luna e Neville.

– Eu sou Luna Lovegood, prazer.

– Hermione Granger – disse estendendo a mão para a garota

– Neville Longbotom.

– Conheço o seu sobrenome de algum lugar, minha mãe trabalha no St. Mungus, algum dos seus pais trabalha lá?

– Não – o garoto olhou para fora da janela como se quisesse que ela abrisse e ele saísse voando de lá igual a um balão. A garota entendeu que ele não queria falar sobre os pais e se calou.

Já estavam quase chegando a Hogwarts e nenhum sinal dos meninos, até perguntaram aos gêmeos se eles os tinham visto mas eles disseram que não. Gina só esquecera dos meninos quando desembarcou do trem e seguiu para os barcos com Luna e Savannah enquanto os outros foram para as carruagens. Junto com elas sentou um garoto chamado Colin, ele era nascido trouxa e tirava foto de tudo o que via, deslumbrado.

Ao chegar ao castelo foram recebidos pela Professora McGonagall que logo os indicou a entrada do Salão Principal para a seleção das casas.
Gina ficara muito descontente por Rony não ver a seleção dela, mas ela estava tão ansiosa que o fato do irmão e do Harry não estarem lá quase passou despercebido.
Como esperado, Luna fora para Corvinal, já Savannah e Colin foram para Grifinória. Depois de vários alunos, fora a vez de Gina sentar no banquinho e ter o Chapéu colocado em sua cabeça.

– Mais uma Weasley? Quantos mais de vocês virão? – resmungou o Chapéu – Você é diferente dos outros, mas acho melhor que fique na Grifinória
Gina levantou e viu os irmãos de pé comemorando junto com o resto da mesa da Grifinória. Ela se sentou do lado de Hermione e logo puderam se deliciar com o banquete, porém, notaram a ausência rápida de McGonagall, Dumbledore e Snape e ficaram se perguntando o que poderia ter acontecido. Logo que chegaram à Sala Comunal descobriram, o Rony e o Harry tinham vindo no carro voador do pai e estava um burburinho deles terem sido expulsos. Gina logo subiu para o dormitório e pegou entre os livros do seu malão o diário e começara a escrever, pois precisava falar com alguém e como não conseguiria contatar Luna resolveu que o diário era a melhor opção. Mas para a surpresa da garota ele respondera!

–Hogwarts é realmente incrível, estou muito feliz de ter entrado para Grifinória. Por outro lado estou muito triste, pelo jeito meu irmão e Harry Potter foram expulsos, esperei ansiosamente o ano passado todo para poder estudar com Harry e ele é expulso no primeiro dia?!

–Ele foi expulso? O que ele fez? – apareceu no diário

–Quem é você? O que está fazendo no meu diário?

– Na verdade, o diário é meu. Pode ver na capa. Meu nome é Tom Marvolo Riddle.

A garota fechou o diário e olhou a capa, realmente, o diário era dele. O que estava fazendo com ela?

– Me desculpe, vou devolvê-lo pra você, onde te encontro?

– Tudo ao seu tempo garotinha, um dia nos encontraremos, primeiro me explique como Harry foi expulso.

– Na verdade, só ouvi dizer que foi expulso. Ele veio para o castelo com o carro voador do meu pai ao invés de embarcar no trem.

– Então ele pode não ter sido expulso, certo? Já que você só ouviu. Por que ele não foi de trem como todos? Ele gosta de exposição, não basta ser o menino que sobreviveu não?

– Na verdade ele odeia exposição, deve ter acontecido algo, só não sei o que.

– Certo, acho bom você ir dormir, amanhã me conte se Harry foi expulso mesmo. Boa noite.

~x~

Na manhã seguinte ao entrar no Salão Principal viu Harry e Rony sentados, o que foi de grande alívio, a mãe não mataria nenhum dos dois e ela poderia finalmente estudar com Harry. Porém a felicidade durou pouco pois logo chegaram as corujas e Rony recebeu um berrador, o que deixou Gina constrangida por ele. Todo o Salão olhava pra Rony. Depois de alguns minutos acabou, mas todos continuaram a olhar por um tempo, alguns rindo, outros olhavam com pena.

A primeira aula de Gina seria Poções, um ótimo modo de começar o dia. Pelo menos seria com a Corvinal, então ela poderia ficar com Luna. Snape era realmente detestável, mas por não dividirem a sala com a Sonserina ele se tornava um pouco mais amigável do que Rony contava. Logo depois teve aula com Lockhart, ele era o completo oposto que Snape com os alunos, mas era tão simpático que chegava a irritar. A garota não entendia como todas as meninas da sala estavam caindo de amores por ele, era muito artificial, já Harry não era assim, lembrava a garota, podia ter tudo para ficar como Lockhart, mas pelo contrário, odiava ser exposto! Lockhart dera um teste logo no primeiro dia, Gina ficaria assustada, mas não era um teste normal. Era tudo sobre ele! Narcisista ao extremo, como deixaram alguém como ele ser professor? O que Dumbledore estava pensando? Ficou a aula toda falando sobre si mesmo, não falou nem uma palavra sobre o que aprenderiam.

Dias depois logo de manhã cedo Gina acordara antes da hora e fora para Sala Comunal, depois de alguns minutos ouviu Olívio Wood descer as escadas apressado, seguido de Harry conversando impacientemente com Colin a respeito de quadribol. Gina conversara um pouco com Colin que também tinha uma grande admiração por Harry. Mas ela pelo menos não o deixava irritado perseguindo pelo castelo, ela explicara pra Colin que Harry não gostava de ter fãs e seria bom se ele desse espaço para o menino, mas ele não ouviu.

Gina seguira os dois em direção ao campo de quadribol, resolvera se distrair. Tinha tido noites ruins, acordava sempre cansada como se tivesse corrido uma maratona e não entendia o porquê. Ela escrevia no diário todas as noites sobre as aulas e outras coisas, mas o diário sempre estava interessado em Harry, o que por um lado era bom, ele não reclamaria se ela só falasse dele, o que não aconteceria se fosse com Luna ou Savannah. Apesar do ciúme de Gina com Savannah no trem, ela descobrira que Savannah era uma garota muito legal, uma ótima ouvinte, adorava a aula de Poções, apesar do professor detestável, assim como Gina. Em pouco tempo sabia muito sobre Savannah, ela era mestiça, o pai era trouxa e a mãe bruxa, uma enfermeira do St. Mungus. Savannah contava várias histórias de acidentes que chegavam ao St. Mungus, alguns eram horríveis. Ela queria ser como a mãe quando se formasse em Hogwarts, por isso se dedicava tanto a poções.

O treino acabou não acontecendo pois o time da Sonserina chegou exigindo o campo com uma autorização do Snape para treinar Malfoy, que era o novo apanhador. Então Gina foi para o Salão Principal tomar café antes mesmo dos jogadores da Grifinória saírem do campo. Um tempo depois Colin chegou mostrando a foto do Rony vomitando lesmas, disse que o feitiço dera errado. Gina estava tão cansada que nem se preocupou em ver se o irmão estava bem. Foi para biblioteca estudar e depois voltou para a Torre da Grifinória.

– Gina, o que anda acontecendo, você tem dormido? Está doente? Posso te levar para a Ala Hospitalar – perguntou Savannah quando Gina entrou no dormitório.

– Não é nada, só estou cansada.

– Também, fica horas escrevendo naquele diário, deixa ele de lado um pouco e vai dormir. Você está precisando. Se quiser estou na biblioteca. – disse Savannah e saiu do dormitório.

Apesar da amiga ter dado o conselho, Gina não ouviu e logo foi escrever no diário. Quando reparou parecia estar presa num sonho. Devia ter adormecido em cima do diário, pensava a garota. Estava andando pelo castelo, indo em direção ao banheiro da Murta Que Geme. Ao acordar a garota lembrava somente de ir até o banheiro e depois de um túnel escuro.

As aulas e as noites mal dormidas estavam acabando com Gina, o que preocupava Savannah, que não deixava ela sozinha quase hora nenhuma, Exceto quando dormia e aí vinham os pesadelos. No dia seguinte ao dia das bruxas ela parecia não ter saído do pesadelo, apesar de estar acordada. O assunto era que Harry tinha pichado a parede com sangue. Gina se lembrava de ter ido para o dormitório depois de ter jantado e ter ido escrever no diário. Tom tinha pedido um favor.

–Vamos Gina, somos amigos ou não somos? Sempre escuto pacientemente você falar de Harry durante horas, como os olhos verdes dele são lindos, como você gostaria de conseguir conversar direito com ele... Não se nega um favor aos amigos – pedia Tom

– Tudo bem, o que você quer?

Ao acordar não se lembrava de qual era o favor que Tom pedira. Suas mãos estavam manchadas de sangue, mas Gina não achou nenhum machucado pelo corpo, o sangue não era dela. Ao descer para tomar café todos falavam que Harry Potter abrira a Câmara Secreta e deixara um recado com sangue na parede e petrificara a Madame Norra.

– Não acho que tenha sido ele, ele pode ter se desentendido do Filch, mas não teria feito isso. – comentava Colin

– Obvio que não teria! Harry não é uma pessoa vingativa e não tem como ser herdeiro de Slytherin, estaria na Sonserina se fosse o caso. – defendeu Neville

Gina ficara muito chateada, a gata podia não ser das mais amorosas e Filch também não era lá muito simpático, mas ela não merecia ser petrificada, o que uma gata poderia ter feito?

~x~

Nos dias que se passavam todos perguntavam aos professores o que sabiam sobre a Câmara Secreta. Gina foi conversar com Tom sobre isso, afinal, ele sabia tanta coisa, deveria saber o que era essa Câmara.

–Tom, estou tão preocupada! Dizem ter aberto uma câmara secreta, você sabe o que é? Dizem que a culpa é do Harry, que ele é o herdeiro e ele abriu a câmara, Ele se desentendeu com Filch e logo em seguida a gata dele aparece petrificada. Ele pode ser expulso, não pode?

– Pode sim ser expulso, se ele for mesmo culpado seria gravíssimo. O diretor não pensaria duas vezes. Curioso justo a gata de Filch ter sido atacada, não? Se eu fosse você não teria certeza da inocência dele. Você não lembra nada de ontem à noite?

–Não, eu fui dormir e acordei com essa notícia...

~x~

Gina ficara a tarde toda na biblioteca com Luna e Savannah estudando Transfiguração e Poções. Só saíram depois do jantar e foram direto para suas respectivas Salas Comunais.

– Ai, Gina, esqueci uma coisa na biblioteca, vai indo, te encontro depois. – disse Savannah

– Tem certeza que não quer que eu vá junto?

– Não precisa, não vou ser atacada igual à Madame Norra, eu tenho uma varinha, sou capaz de me defender, pode ir.

Gina continuou o caminho para Torre da Grifinória, mas ao virar o corredor viu Percy e voltou alguns passos, ele estava com outra monitora, mas Gina acreditava que tentar fazer a garota atravessar a parede aos beijos não era tarefa de monitor.

– Gina, eu disse para não me esperar. O que você tá fazendo? – disse Savannah nem um pouco discretamente

– Shhh – disse Gina, mas já não adiantava Percy. Já tinha visto as duas

– O que estão fazendo aqui?! Deveriam estar na cama. Principalmente com os recentes acontecidos! – disse Percy meio trêmulo

– Me desculpe, estávamos estudando na biblioteca e perdemos a hora, já estamos indo para cama. – respondeu Savannah

– Eu acompanho vocês – disse empurrando Savannah pelas costas e deixando- a um pouco mais a frente – Eu sei que você viu e está proibida de contar para alguém, entendeu?! – sussurrou para Gina

Gina assentiu com a cabeça, mas a menção do irmão ao ataque a fez ter vontade de chorar.

– Gina, me desculpe, não chore, por favor, não vou brigar mais com você, só não quero que Fred e George fiquem caçoando, tudo bem?

– N-Não foi por causa da bronca, eu não vou contar. Só estou chateada. Rony e Harry podem ser expulsos por causa da gata.

– Vamos logo, vocês dois, quero dormir logo! – resmungou Savannah

Ao chegar ao dormitório a menina caíra na cama e pouco depois dormira. Acordou no meio da noite com penas pela cama, sem saber o que teria acontecido. Savannah acordou com o sobressalto da Gina.

– Gina, está tudo bem? Por que tem penas na sua cama? – perguntou Savannah

– Eu não sei, só acordei assim.

– Você é sonâmbula?

– Não, nunca fui, pelo menos

– Bom, vá dormir, peço para minha mãe mandar poções para um sono tranquilo, assim você não vai passear no galinheiro durante a noite – riu Savannah, o que fez Gina rir também – e tire esse diário debaixo do travesseiro. Minha mãe diz que não é bom dormir sobre as palavras.

~x~

Semanas se passaram e o primeiro jogo da Grifinória se aproximava. Savannah estava todo o tempo mantendo Gina longe do diário e durante dias a garota não escrevera nada. Consecutivamente ela parara de acordar molhada, com penas ou sangue. Os pesadelos continuavam, mas eram menos frequentes. Gina encontrara em Savannah alguém que pudesse se abrir sobre qualquer coisa, ela não reclamava quando a menina falava de Harry, aliás, era a que mais apoiava ela para ir falar com ele e tomar alguma atitude, mas a ruivinha nunca tinha coragem.

– Por que não vai parabenizá-lo pela vitória quando ganharem da Sonserina? – disse Savannah

– Tudo bem que Harry joga bem e o time é ótimo, mas e se eles perderem?

– Aí você o consola da derrota! – respondeu rindo

Logo chegara o dia do jogo e Gina tinha decidido ir conversar com Harry depois do jogo. Mas quando o jogo começara um balaço começou a perseguir Harry e os gêmeos ficaram rondando ele para impedir que o balaço o atingisse. Gina apertava o braço de Savannah de nervoso a todo o momento.

– Gina, tá machucando, para! Acalme-se ruivinha! – disse puxando o braço

– Desculpa, mas alguém vai se machucar, to vendo isso, os meus irmãos estão muito perto do Harry, podem ser atingidos, ou o Harry pode ser atingido e ele não deve conseguir ver o pomo assim!

Depois de um pedido de tempo vindo do time da Grifinória, os gêmeos pararam de rondar Harry, mas agora ele não podia ficar quieto no mesmo lugar nem um segundo, se não era atingido. Mas acabou ficando quando Malfoy o provocou e o balaço acertou o cotovelo do menino. Gina gemeu com a dor que pensava que o garoto sentira. Mas Harry não parou nem pediu tempo, foi voando para perto de Malfoy e pegou uma bolinha dourada, para um segundo depois cair no chão e desmaiar. Gina tentou correr para chegar ao Harry, mas a amiga a segurou pelo braço. Quem conseguiu alcançá-lo foi Lockhart.

– Não posso deixar esse maluco chegar perto do Harry, ele vai matar o garoto!

– Calma Gina ele é professor. E nem Você- Sabe-Quem conseguiu matar Harry, Lockhart não vai conseguir!

Gina ficou tão irrita da de não poder chegar perto, principalmente depois que Lockhart sumiu com todos os ossos do braço de Harry. Ela queria azarar o professor, mesmo sem saber, já que ele não ensinara nada útil a eles. Ao invés disso Savannah a levou para o dormitório e trancou a menina lá, Gina estava tão nervosa que Savannah achou melhor buscar algo para elas jantarem ao invés dela descer para o Salão.

Enquanto Savannah foi buscar comida Gina pegou o diário e foi desabafar a fúria que sentira do professor. Quando Savannah voltou com a comida, Gina não estava mais lá Savannah a procurou pelo castelo todo, mas não achou, até que trombou com Penélope Clearwater que a fez voltar para o dormitório e dormir.

~x~

Gina acordara na sua cama no dormitório, só que dessa vez se lembrava de uma coisa, ela tinha liberado o monstro que atacara Colin e todos os outros.


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