Na solidão de um mundo de dores repleto

Ao som de belas e tristes vozes byrônicas

Segue sem rumo, o coração incompleto

Sonhos que se faziam presentes

Até certa idade que pôde o rumo descobrir

De não mais sonhar, viver assim regredindo

Às vezes pergunto-me, por que aqui inserir?

E assim o relógio marca as limitadas horas

De um sofrer que se refugia no som e na palavra

E em pensamento, o pessimismo constante

Gira em torno da minha decepção macabra

Sorriso sombrio em um momento exposto

Na crueldade do sabor do sofrimento

Sem compreender as razões óbvias da vida

Faço hora extra no universo do tempo