Os Weasley - Victoire escrita por Harley K


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, quase três anos depois a fic realmente caminha para o seu "grand finale". Esse não é ainda o ultimo capítulo, mas já quero agradecer a vocês desde já. Vocês que acompanharam Victoire e Teddy por esses anos, que comentaram e deram suas opiniões e impressões sobre a estória. Que curtiram cada capítulo, mesmo alguns desses sendo pequenininhos e chatinhos. Que não tiraram a estória de seus acompanhamentos e que tentaram me animar.... MUITO OBRIGADA!! De verdade. Vocês são demais. :)
Espero que esse novo ano seja especial para cada um de vocês.
Que 2015 seja um ano muuuuuito feliz!!
Bora curtir o capítulo?!? Boa leitura.



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– O quê? – deslumbrada, sonhadora, ela fitou os olhos dele. – O que foi que disse?

– Estou apaixonado por você.

Victoire saiu do estado flutuante e caiu na realidade. Essas palavras eram fáceis de serem ditas, era apenas uma frase a mais para muitas pessoas. Mas e para Teddy Lupin?

Percebendo as dúvidas no fundo daqueles olhos que ele adorava, Teddy lhe segurou o queixo com uma das mãos para que os olhos ficassem nivelados com os seus. – Estou apaixonado por você há algum tempo, acho. Só não tive coragem de lhe dizer, pois acreditava que você queria uma relação física leve e descomplicada.

Victoire se libertou do aperto em seu queixo e deu uns passos atrás. Era tudo o que queria ouvir, que Teddy a amava, mas estava confusa demais. Se ele dizia ama-la há algum tempo, por que, raios, foi com a tal Angélica ao Baile? Por que nos últimos tempos a afastara de tal modo que parecia ter se cansado do que viviam juntos?

– É mesmo? – foi tudo o que disse e logo deu as costas ao homem e foi até a cozinha. Necessitava de uma bebida!

Irritando-se com a reação da loira, Teddy a seguiu até a cozinha.

– E isso é tudo o que você tem a me dizer? – bufou totalmente irritado quando a viu dar de ombros abrindo a geladeira. – Sim, é mesmo. Droga Victoire, me olhe!

Quando a loira o encarou de frente, Teddy sentiu certa esperança pois viu lágrimas nos olhos dela. Mulher nenhuma choraria se não se emocionasse com uma declaração de amor, acreditava.

– Farei todas as adaptações necessárias para que dê certo com você, Victoire.

– Ah fará? – começando a se irritar com ele, Victoire apoiou o peso do corpo na perna direita. O homem era mesmo um estúpido!

Suspirando cansado de tentar entender a mente feminina, Teddy decidiu ser direto e reto. Quem sabe assim conseguiria mais do que umas três palavras como resposta.

– Em resumo magrinha, trata-se do seguinte: quero que você fique comigo, case comigo e que Deus nos ajude, crie uma família comigo.

Comparado ao que disse naquele momento, o primeiro choque foi uma brincadeira. Teddy Lupin a conseguia levar do pleno desespero e desapontamento, a irritação total, e dela ao deslumbramento e alegria do amor reconhecido e confirmado.

– Casamento e família Teddy? Você tem certeza? – se aproximando do homem que elevara seu coração as alturas com aquela frase mandona e nem um pouco romântica, Victoire sorriu. – Realmente me ama Lupin? Não sou só mais um relacionamento inteiramente físico?

Teddy estava encantado com a modificação nas feições dela. O brilho que agora se podia ver naquele belo rosto o deixava deslumbrado e inteiramente contente. Era tão fácil amá-la!

– Consegui meu diploma de advogado, uma boa e bela casa e bons e verdadeiros amigos. Agora quero você.

Rindo como só uma mulher apaixonada consegue rir,Victoire pensou nas vezes em que pensara que Teddy nunca conseguiria dizer a ninguém que se apaixonara.

– Não sou nenhum diploma de advogado e nem uma casa Teddy. Não sou uma coisa que você pode ter. Espero que saiba disso! – disse enquanto colava seu corpo no dele e passava as mãos por entre os cabelos dele.

Com o peito leve e um enorme sorriso no rosto Teddy só conseguia pensar que Victoire era tudo o que quereria para toda a vida.

– Não, não é. - A boca deu um rápido sorriso enquanto ele a apertava contra si, moldando o delicioso corpo feminino ao masculino. – Você é uma mulher, uma mulher decidida, ambiciosa e frustrante. E será minha.

O coração estava tão cheio que ela ficou surpresa de não explodir. – Onde está o anel?

Piscando surpreso Teddy afastou-se um pouco. – Anel? Pelo amor de Deus Victoire, não carrego um anel quando vou para o bar me embebedar por sua causa.

Lembrando que ele ainda estava alcoolizado e que estivera com outra mulher pendurada no braço há poucas horas, Victoire se afastou totalmente e decidiu sentar-se no sofá para ouvir a explicação a que tinha direito. Afinal, se o homem confessara que a amava, também teria que confessar que fora acompanhado ao Baile para lhe provocar ciúmes. Seria interessante concluiu, vê-lo titubear ao se explicar.

– Quanto a isso caríssimo, por que fora ao Baile com a tal Angélica?

– Acho que tenho o direito de lhe perguntar também, por que você foi acompanhada. Não tenho?

Sorrindo, Victoire considerou que ele estava tentando enrola-la. – Direito? Talvez... Mas não enrole, Teddy. Vamos lá, explique-se! – vendo-o sentar-se também, decidiu ajuda-lo. – Ok, vamos lá, vou te ajudar. Há quanto tempo você a conhece?

Os olhos dele não se desviaram dos dela enquanto ele considerava se dizia a verdade ou se inventava uma mentira. Enquanto não sabia se ela o aceitaria de volta, mal conseguia respirar de forma calma e tranquila já que tinha o peito oprimido e os nervos exaltados. Agora, feliz e tranquilo, pensava que talvez devesse brincar com ela e talvez ainda conseguisse ouvir novamente que ela o amava. Isso se conseguisse tirá-la do sério, é claro.

– Bem, estou aqui considerando se devo lhe contar a verdade ou inventar uma mentirinha. – sorriu quando a viu estreitar os belos olhos que ele amava. – Acho que sou, pelo seu olhar, obrigado a contar a verdade não é?

– De preferência.

Esparramando-se no sofá e esticando as grandes e musculosas pernas, Teddy sorriu ainda mais. – A verdade é que Angélica e eu nos conhecemos nessa noite mesmo quando eu a fui buscar no hotel em que está hospedada.

Victoire aprumou-se no sofá e aguardou. Ao perceber que ele esperava que ela dissesse algo, fingiu não estar curiosa, ou mesmo aborrecida por ele sair com uma mulher que mal conhecia.

– Então você a conheceu hoje. E como ficou sabendo da existência dela?

Teddy reprimiu o sorriso ao vê-la erguer as sobrancelhas.

– Minha avó pediu que eu a fizesse minha acompanhante.

O alívio foi instantâneo. – Ah, Andrômeda a conhece?

– Oh sim, e me pediu que a levasse ao Baile. Vovó sabia que eu iria sozinho e achou que seria interessante ter uma bela mulher solteira me acompanhando. Desconfio que ela tentou bancar o cupido. – sorriu satisfeito. – Agora é sua vez magrinha. De onde surgiu o tal médico espanhol?

Ainda pensando no que ele dissera sobre a avó, Victoire pensou que seu avô também tentara bancar o cupido.

– Teddy já lhe expliquei isso. Foi vovô quem insistiu que eu tivesse Fernando por acompanhante. São amigos os dois.

– Não consigo entender essa ânsia de nossos avôs em nos ver emparelhados com alguém.

– Ora, no meu caso é fácil entender. Sou a neta mais velha e até agora não me casei, por escolha própria, é claro, e isso deve fazer com que o velho Weasley pense que não pretendo ter filhos.

– E pretende?

Sorrindo, Victoire caminhou até ele e sentou-se em seu colo. – Pode ter certeza que sim! – beijou-lhe com paixão. Olhando-o fixamente assim que o beijo terminou lhe acariciou o rosto. – Quero ter seus filhos, Ted!

Com um movimento repentino, deitou-a de costas no sofá enquanto tentava desabotoar o vestido dela. Baixou o olhar e as mãos, roçando com delicadeza os seios.

Vic fechou os olhos para sentir os dedos de Teddy percorrê-la mergulhar e desenhar arabescos na sua pele. Sentir que ele a amava, saber disso deixava tudo muito mais intenso e cálido mesmo no calor da paixão.

Logo estavam os dois despidos e se entregando ao amor.

Suando e rouco Teddy a encarou e exigiu. – Diga!

Abrindo os olhos, Victoire soube. – Eu amo você!

Os dois então foram jogados no furacão do êxtase.

Victoire cantarolava enquanto preparava o café da manhã vestida somente com a camisa de Teddy.

Nunca pensara que amar e saber ser amada seria tão gratificante e lhe daria a sensação de plenitude.

Não se casaria com que o avô escolhera, mas se casaria com homem do seu coração. Isso certamente já seria o bastante para o velho e bom senhor Arthur Weasley.

Feliz, começou a se lembrar de todos os seus momentos com o Lupin. O antes e o depois do envolvimento sexual e emocional. E algo, no canto se sua memória começou a lhe chamar a atenção. Toda vez que seu avô planejava algo ele tinha comparsas, refletiu. Sua avó nunca, mas nos encontros de domingo n’Toca ele e Andrômeda Tonks sempre estava de cabeças juntas, maquinando algo. Quantas vezes ela chegara a se perguntar o que poderia ser? E quantas vezes decidira deixar pra lá para que eles se divertissem maquinando contra os outros. Sabia também que seu avô estava com conversas de casamento para os netos e que ela como a mais velha, era a primeira da lista.

Andrômeda certamente ficaria encantada em casar o neto. Ainda mais encantada se o casasse com alguém que conhecia de uma família amiga.

Victoire não sabia se sentia irritada ou lisonjeada por todo aquele plano casamenteiro absurdo, mas o que sabia é que não podia deixar por isso mesmo. Estava agradecida aos dois, é claro. Se não fosse aquela ideia ridícula do planejamento do baile, ela e Teddy talvez nunca resolvessem começar a rolar pelo colchão juntos, mas isso não eliminava a intromissão totalmente calculada do avô.

Ouviu os passos pesados atrás de si e virou-se, batendo os ovos em uma tigela.

– Bom dia. – cumprimentou com um largo sorriso nos lábios manchados de batom.

– Você está maravilhosa usando apenas a minha camisa. Tão diferente.

Victoire examinou o espécime masculino que tinha diante de si e seu sorriso ficou mais aberto e sensual. Teddy vestia apenas uma calça e estava sem camisa. Uma vista e tanto!

– Eu me sinto diferente. – voltou os olhos para a tigela e foi até o fogão terminar os ovos. – Estou me sentindo muito bem. – riu quando o sentiu abraça-la. – Teddy preciso contar algo que descobri.

– Mesmo? – perguntou enquanto mordiscava a orelha feminina. Adorava senti-la entre seus braços.

– Sim. – disse e se afastou dele. Queria que ele entendesse o que ela também acabara de entender. – Tudo entre nós foi planejado.

– O quê?

– Planejado. Me parece que meu avô e sua avó se juntaram para nos ver juntos.

Teddy começou a rir, sem conseguir se segurar. – Que ideia mais ridícula, magrinha. De onde tirou isso?

– Naquela nossa primeira noite, no final de semana que você não estava preparado para perder n’Toca, acompanhando sua avó, você não a viu de cochichos com o meu avô? Não percebeu que algo eles estavam aprontando? – vendo ainda que ele não parecia juntar os pedaços, ela completou: - Não foi sua avó que insistiu que você levasse uma acompanhante ao Baile, mesmo você negando-se mais de uma vez?

– Ok, mas como você chegou à conclusão de que nós dois fizermos parte de um plano dos nossos avós? – rindo ainda Teddy foi até a geladeira dela e pegou a garrafa de leite. – Um plano matrimonial a propósito, muito mais excêntrico e difícil – a meu ver, é claro.

– Bom, se você não quer cogitar a ideia tudo bem. Vamos hoje até a’Toca e confrontamos o velho Weasley e seu estiver errada ainda te pago uma prenda. Mas, – alertou quando o viu avançar para cima de si. – se eu estiver certa e o nosso futuro casamento for mesmo o resultado de meses de maquinações casamenteiras e ganho algo de você.

Achando a ideia mais divertida do séria, Teddy decidiu concordar.

– Ok, eu concordo. – esperou que ela servisse os ovos aos dois e se sentasse antes de completar: - Estou mesmo lhe devendo um anel.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram?
Talvez não seja o penúltimo capítulo mais lindo e legal do mundo, mas oi o que consegui. rsrs
Espero caprichar e não demorar no ultimo, pra que logo, logo possa postar capítulos em Roxanne - que, a propósito - já está posta aqui no Nyah!.
Por favor, comentem. Agradecida!
Beijocas.



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