Os Weasley - Victoire escrita por Harley K


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Olhem só, mais um capítulo.
*-*



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Um fogo brando queimava na lareira antiga, lançando belas luzes dançantes sobre o tapete oriental e as paredes cobertas de papel de seda. Era exatamente o tipo de cômodo no qual Andrômeda fora criada, sob o peso da mui nobre e antiga família Black. Mesmo com tudo o que havia se passado, desde abandonar a família para se casar com o homem que amava e viver de uma forma muito mais humilde no inicio do casamento, ela infelizmente nunca deixara de necessitar ambientes como aquele. Amara de todo o seu coração, o seu querido Teddy Tonks, mas os costumes de toda uma criação não podiam ser mudados, mesmo já sendo viúva há anos ainda não conseguira se libertar daquele fascínio pelos belos e nobres ambientes, tal qual aquele em que estava – um belo quarto num maravilhoso hotel dez estrelas, na Europa.

Suspirou contente com a taça de licor que tinha em mãos. Estava sentada numa confortável poltrona e tinha as pernas cobertas por um grosso cobertor e tinha um livro de romance policial aberto no colo. Tudo o que queria, além de descobrir o que a tenente Eve Dallas pensava sobre o assassinato do livro, era saber como havia sido o Baile Beneficente em Londres.

Como seu querido neto havia reagido ao ver Victoire acompanhada? E como ela reagira ao se deparar com Angélica pendurada nos braços de Teddy?

Sentia-se um verdadeiro cupido, ansiando que aqueles dois teimosos confessassem de uma vez seus sentimentos. Participar dos planos de Arthur para uni-los a fazia se sentir na juventude... Ah, que belos tempos foram!

Andrômeda quase não se conteve ao ouvir o telefone tocar. Correu até a mesa de canto onde estava o telefone, e respirando fundo atendeu.

– Alô?

– Andy? – a voz já envelhecida, mas ainda muito firme de seu velho amigo soou divertida. – O plano não poderia ter saído melhor! – comemorou ele.

Andrômeda riu deliciada.

– Arthur, querido amigo, conte-me os detalhes. – enquanto ouvia o relato do velho Weasley, Andrômeda planejava o casamento do neto. Seu único neto. Não via a hora, assim como Arthur, de ter bisnetos para mimar.

– Fernando disse-me que os dois discutiram fora do edifício e que Victoire disse estar apaixonada por Teddy. – ele riu contentíssimo. – Deus, ela confessou! Mal posso acreditar... – a gargalhada rouca foi interrompida por uma crise de tosse. Maldito charuto, pensou ele abanando a mão em frente ao rosto e se levantando de sua cadeira no escritório e abrindo uma das quatro janelas do cômodo. Se Molly sentisse o cheiro da fumaça ele estaria em maus lençóis. – Agora, querida amiga, apenas temos que esperar para ver o que seu neto fará à seguir. Estou confiante que logo mais teremos um belo anúncio de noivado e um delicioso jantar em família a preparar. – riu novamente e tragou de seu charuto.

– Arthur, teremos belos bisnetos. – foi tudo o que Andrômeda disse, feliz da vida.

Enquanto os dois velhinhos comemoravam, Teddy se embebedava em um pub não muito longe de casa.

Maldita mulher! Maldita todas as mulheres, decidiu.

Como ela jogava em sua cara que estava apaixonada por ele e ao mesmo tempo lhe dava um chute no traseiro? Que raio de lógica havia naquilo?

Erguendo o copo de uísque que tinha nas mãos, bebeu tudo de um só gole. Que o álcool o desmaiasse, inferno! Ele não conseguiria aguentar por muito mais tempo a porcaria de seus pensamentos. Não, corrigiu-se, não aguentaria mais a porcaria de seus sentimentos. A dor de perder algo que nunca pensara em querer!

É claro que um dia se casaria, refletiu enquanto se erguia cambaleante. Um dia, num futuro longínquo sabia que daria aquele passo tão aterrorizante, mas não agora, hoje, naquele exato momento. Então, porquê pensava naquela merda? Culpa da Weasley, cuspiu raivoso enquanto se dirigia ao bar. Necessitava de mais um copo, já que a inconsciência ainda não o aceitava.

Que bela porcaria de homem era, pensou com um sorriso sem humor algum. Estava em um pub, aquela hora da madrugada se embriagando por causa de uma mulher. É certo que não era qualquer mulher, refletiu. Era a mulher que lhe roubara o coração. Por que raios tinha que ter um coração?

– Mais um copo, por favor... – pediu ao cara do bar, que lhe lançava um olhar enviesado. – Melhor... Melhor, dê-me a porcaria da garrafa. – ordenou levantando a mão para tomar a garrafa das mão do homem.

– Olha aqui meu chapa, já está bem tarde e acho melhor você tomar o caminho da sua casa.

– Qual é? Acha que não tenho dinheiro para pagar a porra dessa garrafa de uísque vagabundo? – sentindo a raiva louca, que só o álcool poderia justificar, Teddy pegou sua carteira. – Me chapa – repetiu o tratamento que recebera – tenho dinheiro para comprar todas as malditas garrafas desse horrível lugarzinho. – jogando um maço de notas em cima do balcão, Teddy agarrou a garrafa.

– Cara, você pode comprar a merda da empresa fabricante desse uísque que não me importa. – disse o homem saindo de trás do balcão. – Eu quero você fora do meu estabelecimento, agora. – disse empurrando Teddy para a saída do pub.

– Ei, tira a mão. – Teddy mal conseguia manter as pernas firmes e aquele brutamontes o estava jogando para fora do lugar. Sentia sua cabeça rodar e a raiva o fazia ver tudo vermelho. Por que raios saíra de casa naquela noite? – Você não pode tratar seus clientes assim. – disse tentando se livrar das mãos do homem. Se estivesse sóbrio sabia que daria conta de uma boa briga, mas naquele estado... Teddy ainda estava sóbrio o bastante para que a prudência o detivesse. Por mais que queria quebrar algumas coisas, o melhor era sair logo daquele buraco. – Já estou saindo, infeliz de merda. – disse pegando seu casaco ao passar pela sua mesa.

– E é melhor que não vlte mais aqui, - o homem alertou abrindo a porta para que Teddy saísse.

– Vá se foder! – Teddy gritou ao se ver ser jogado porta a fora.

A cabeça rodava, as pernas não estavam firmes, mas ele ainda podia ouvir as palavras de Victoire zumbir em seus ouvidos. Fora pouco uísque, decidiu.

Aquela odiosa mulher o estava destruindo e certamente não se importava uma grama com aquilo. De certo, estava na cama com aquele espanhol imbecil e nem sequer lhe dirigia um mísero pensamento. Quem afinal ela pensava que era, droga! Ele era Teddy Lupin, e um Lupin não iria ficar se embebedando por culpa de uma mulher, mesmo essa sendo Victoire.

Ela falara tudo o que quisera e ele apenas escutar, mas aquilo não ficaria assim. Iria até ao apartamento dela, a tiraria dos braços daquele idiota espanhol de uma figa e falaria tudo o que estava engasgando lhe a garganta.

É, decidiu ao ver um táxi parar mais a frente e o passageiro pular para a calçada e correu até o carro, iria até ela e falaria umas boas verdades! Victoire Weasley que se preparasse, por que Teddy Lupin estava fodidamente irritado e dolorosamente apaixonado.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?! ^^



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