Garoto Errado. escrita por AlgodãoDoce


Capítulo 28
Doce Amargo.


Notas iniciais do capítulo

Desculpe qualquer erro de português, não li o capitulo todo.



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– Vai, Julie... respira, se acalma. - Débora me aconselhava, eu estava irritada e totalmente nervosa...

Bom, é melhor começar essa historia do começo, vamos lá.


** Começo de tudo. **


Já tinha voltado da escola, fui para o meu quarto e tomei um banho morno, lavei a cabeça, e coloquei uma roupa leve, só pra ficar em casa mesmo. Me deitei-sentada na cama, pensativa com tudo que aconteceu essa semana, então resolvi pegar meu notebook, quando ouvi batidas na porta.

– Entra! - Falei sorrindente, surgiu então Martim e Félix.

– Juh, hoje é quarta. Temos ensaio com a banda.

Olhei para o relógio, estava na hora.

– Verdade, eu até havia esquecido. - Cochichei enquanto me levantava, Martim e Félix sumiram, voltando para a edicula.

Desci as escadas lentamente, cheguei na edicula, os garotos estavam ajeitando os instrumentos, Mannu e Débora também estavam presentes. Eu não me importava com a presença de Débora, ela era minha amiga, e mesmo sendo maluquinha, ela dava otimos conselhos para mim. Mas, sei lá, eu sei que a Mannu parece um doce, mas também sei que ela não foi com a minha cara.

– Vamos começar com ' Essa noite somos um só ' - Félix comenta. - Mas, vamos fazer diferente hoje, estavamos pensando para o proximo show, uma versão dessa música em dueto.

Olhei para o Daniel.

– Tá. - Concordei, afinal, Daniel sempre cantou bem.

– Você vai se sair bem viu. - Diz Mannu para Daniel, ela deu um beijo em sua bochecha, Daniel parecia não ligar para o carinho da amiga.

Mannu me olhou torto, e se sentou no sofá.

Então Daniel começou a cantar;

– Agora sei qual é o meu caminho, as escolhas que eu mesmo fiz.

– Aprendi com os meus erros pra chegar aqui. - Continuei...

– Só um minuto. - Uma voz irritante atrapalha o dueto. - Julie, tenta cantar mais alto, tá muito timída. - Mannu comenta.

– Eu acho que a voz da Julie está otima... - Daniel sussurrou, quase não ouvi. - Tá cantando bem. - Daniel sorri, logo corei.

Mannu jogou um olhar desprezivo para ele, o mesmo se calou. Continuamos a cantar e tocar, Mannu finalmente ficou queta, Débora estava sorridente, ela adorava essa música.

– Canta mais alto. - Mannu reclamava, realmente minha voz estava baixa, mas acho que não era minha culpa...

– Esse microfone...- Reclamei, o colocando no descanço. - Acho que está ruim...

– Deixe eu ver isso. - Daniel pega o microfone, surgindo por trás de mim, como se estivesse me abraçando, ou tentando me abraçar, estranhei aquilo, mas continuei na minha.

– Ele tá ruim né? - Perguntei a Daniel, que examinava o microfone.

– Vem cá. - Ele puxa a minha mão, e me faz segurar o microfone, junto com a mão dele. - Sente isso? - Pergunta o fantasma com uma voz doce e conquistadora.

O microfone estava bem quente.

– Nossa... - reclamei sussurrando. - Tá quente. - Eu tentava me soltar do microfone, mas Daniel não deixava.

Todos nos olhavam, estavam surpresos por ver o Daniel me abraçando por trás, até eu estava surpressa.

– Calma, isso não vai queimar a sua mão. - Fala Daniel, ainda me fazendo segurar o microfone. - Não vou deixar nada te machucar. - Ele sussurrou.

Sorri. Vi que Daniel me encarava, olhei para Mannu que me jogava um olhar assustador.

Me soltei rapidamente do abraço acidental de Daniel.

– Acho que vou trocar isso na loja do Klaus. - Peguei o microfone. E sai.

Passaram-se alguns minutos, voltei da loja do Klaus chateada...Não deu para concertar o microfone, o jeito era comprar um novo. Subi para o meu quarto, já que não teria mais ensaio.

– Oi. - Olhei surpressa, Mannu estava no meu quarto.

– O que está fazendo aqui Mannu ? - Perguntei educadamente, já que Mannu era sempre educada comigo.

– Só vim te dar um toque. - Diz ela, fria.

– Como assim ? - Perguntei.

– Quero que saiba, que o Daniel é MEU, ouviu ? M-E-U!

– Calma, mas o que deu em você? E como assim ele é seu?

Mannu ri sarcasticamente.

– Você ainda não sabe?... Ahh querida. Ele me pediu em namoro há uns dias atrás.

Fiquei chocada ao ouvir aquilo. Porque ele não me contou nada ?

– Não é verdade. - Retruquei, Daniel nunca escondeu nada de mim. Eu acho.

– É claro que é verdade... - Mannu me olhou, nesse momento percebi que dentro do doce, havia veneno.

– Menina, para de mentir.

– Menina não, eu tenho nome sua vadiazinha.

– VADIAZINHA? Quem você pensa que é para me chamar assim?

– O Daniel nunca gostou de você...

– Calada. - Sussurrei.

– Ele não se importa com você.

– Calada...

– Ele não te ama baby, e quero que você fique bem longe dele.

– E eu quero que você fique bem longe da edicula e da minha casa. - Retruquei.

– Não, claro que não. Afinal, essa é a casa do Daniel também, e eu sou muito bem-vinda aqui.

–...- Me calei, não queria começar a gritar ou discutir no meu quarto, eu sabia que o meu pai estava em casa, ele pensaria que eu estava louca.

– Julie, eu sei de tudo. Eu sei que você e o Daniel eram 'namorados' - Ela colocou aspas. - Bom, não eram de verdade porque ele nunca sentiria nada por você.... - Mannu continuava.

– Sai daqui. - Abri a porta do meu quarto;

– Tá bom, eu saio. - Ela deu um sorriso cínico. - Eu tenho mesmo que ir, o Dani tá me esperando pra gente dar uma voltinha romântica pela praça. - Mannu não aceitou passar pela porta, e atravessou a parede.

Me joguei na cama enfezada, na verdade eu não deveria ligar muito para aquilo, já que não tinha certeza de que essa informação era verdadeira, mas o que mais me deixou chateada é que essa Mannu não é o que aparenta ser... ela é uma cobra! Isso sim...

Tentei relaxar com um pouco de música, mas eu não conseguia, só iria ficar bem se o Daniel me contasse a verdade sobre essa historia.

Me levantei da cama, determinada. Fui até a edicula, já nervosa.

– Daniel. - O chamei. - Daniel? - Ninguém aparecia. - Mais que droga... DANIEL!

– Oi Julie. - Aparece Débora.

– Oi Débora, cadê o Daniel? - Perguntei.

– Não sei, não vejo essa criatura desdê de manhã... - Ela ri. - Porque?

Me sentei no sofá, Débora me encarava. Eu não sabia porque estava chateada, mas sabia que deveria desabafar com alguém, e já que Bia não estava aqui, ninguém melhor do que Débora para me ouvir e me dá uns conselhos.

– Poxa... Estou tão chateada... - Falei. - Estou confusa. - Sussurrei a ultima frase.

– Me conta, o que está acontecendo ? Eu ouvi uns gritos agora pouco - Arregalei os olhos ao ouvir Débora. - Vinha do seu quarto.

– É... - concordei. - Era eu.

Débora se senta do meu lado, parecia estar preocupada.

– Eu e a Mannu. - Completei;

– A Mannu ?

– É, ela pode ser a sua amiga e você pode achar ela uma pessoa bem legal, mas... eu vejo malicia nela, ELA É UMA COBRA! - Gritei. Débora me olhou surpressa.

– Vai, Julie... respira, se acalma. - Débora me aconselhava, eu estava irritada e totalmente nervosa... - Olha, eu e ela não somos tão amigas assim... já brigamos bastante e eu conheço o jeito dela sim. - Débora respira fundo. - Mas porque você acha que ela é uma cobra?

– É que... acho que ela me roubou algo precioso. - Daniel.

– O que ? Alguma jóia ? - Dei uma risada fraca com a bobeira de Débora.

Débora guardava segredo, eu podia confiar nela, respirei fundo.

– Débora, eu estou me apaixonando... - Falei baixo porém, claro.

Antes que ela pudesse me responder, surgiu Daniel e Mannu, os dois estavam juntos, e o pior, de mãos dadas, Mannu fez o favor de entrelaçar seus dedos bem na minha frente.

– Se apaixonando ? - Pergunta Daniel, me olhando profundamente.



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Notas finais do capítulo

Vou deixar suspense, Reviews?