Mentiras dos garotos escrita por JuliaTenorio


Capítulo 13
Capítulo treze - Blake Walker


Notas iniciais do capítulo

Não me matem, poooor favor meus pokemons! A Juju aqui não tem culpa de ser influencias pelo seus amigos a ser uma péssima aluna e ficar de recuperação! Então dou um conselho para vocês: não tenha amigos garotos, por que eles ama a recuperação.



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Capitulo treze

Blake Walker

–HOJE EU SOU DE TODAS!

Revirei os olhos enquanto via Math colocar os braços ao entorno de duas gêmeas loiras e lindas.

Ele ia beber. Eu já sabia disso e já sentia uma dor de cabeça extrema do lado direito do cérebro, por que como sempre seria eu que teria que levar ele para casa. Eu também beberia claro, mas depois de firmar um namorado com Penny, praticamente não preciso mais beber para me sentir bem, então é isso, meu papel hoje é de melhor amigo do bêbado e não do próprio bêbado.

Estava por volta de meia noite e eu havia decidido ir para um bar no centro, sempre íamos com os caras no domingo, mas Math passou o dia inteiro tão para baixo que eu decidi virar a mesa e colocar um pouco de álcool no sangue do meu amigo. É isso, que ótimo amigo eu sou.

Segui Math para a mesa onde as gêmeas loiras estavam sentadas, eu tinha praticamente 90% de certeza - ainda mais do que a certeza que eu tinha de que o bartender não notaria que daqui a algumas horas eu já estaria bêbado - que Math não pegaria nenhuma dessas garotas. Ele encheria o saco delas a noite inteira e logo depois se tornaria o bebê chorão de sempre.

Então eu o carregaria para minha casa, jogaria um pouco de Assasins Creed, iria para casa de Penny e passaríamos a noite juntos sem que o pai dela soubesse. Perfeita noite de sábado.

–Vocês são tão lindas...

Math disse dando um beijo na boca de cada uma das gêmeas, fazendo as garotas rirem. Revirei os olhos, por que aquilo era um pouco nojento, até para mim.

–Você pelo menos sabe o nome delas, Math?

Ele virou o copo que estava na mesa antes de dizer:

–Claro que sei! Essa é a Ashley e essa é a...

–Samanta.

Disse a garota alisando o cabelo de Math e eu me perguntei se ela tinha amor próprio e sabia que não seria nada na vida do meu melhor amigo.

–É, isso mesmo. Sam. – ele se virou para mim – E você Blake? Vai ficar sozinho?

–Eu tenho uma namorada.

Disse cruzando os braços, normalmente eu ficaria com bom humor ao passar uma noite de sábado com meu melhor amigo em no bar do Bo, mas essa não era a versão normal do Math. Essa era a versão triste e magoada dele, a versão que fazia todas as besteiras possíveis para fugir de alguma coisa, ou nesse caso, de alguém.

–Não foi isso que eu ouvi uma garota disser...

Ele entornou mais um copo antes de dizer a idiotice da vez.

Juliet contou alguma coisa para você?

Falei o nome dela com mais força de propósito, fazendo Math soluçar antes de alisar o cabelo de uma das loiras.

–Kathy me disse.

–Quem é Juliet?

Perguntou a loira um, não tratei de lembrar o nome de nenhuma delas por que garotas como essas não merecem ter seus nomes lembrados. Certo, você deve estar se perguntando se eu odeio uma delas, não, não odeio. Diferentes das garotas que ganham meu ódio - como a Juliet - por serem bruxas sem corações, esse tipo de garota que está á minha frente não tem amor próprio, são como vampiras atrás apenas de alimentação para sua carne.

Não gosto de garotas assim.

–Só uma garota aí. – Math disse com um suspiro e eu me levantei, esperaria ele ficar bêbado e então iria para casa – Aonde você vai?

–Pegar uma bebida.

Forte, por que a noite seria longa...

Caminhei até o bar, sentei em uma das cadeiras e esperei por Bo, nosso parceiro dono do lugar. Estou com a minha identidade falsa, o que ajudava ainda mais, mesmo sendo amigo de Bo e aquele ser um bar pouco revistado pela policia, era sempre mais seguro andar uma identidade falsa na carteira.

Olhei em volta, o lugar cheirava a alcachofras e cerveja. Além de ser extremamente mal iluminado, era perfeito para o começo de um filme de terror. Mas eu gosto desse lugar, sempre gostei. Sempre que fico irritado costumo vir aqui, parece que beber todas sempre me deixa mais tranquilo, feliz até.

Havia uma garota sentada ao meu lado, ela parecia um pouco mais nova que eu e revirava o refrigerante de laranja no copo como se não quisesse estar ali. Os cabelos claros e cacheados caiam por cima de seu rosto e ela se vestia como uma boneca de tão recatada para um bar daqueles.

–Posso te fazer uma pergunta?

Perguntei e ela ergueu a cabeça me fitando com um sorrisinho do rosto.

–Depende... Tem haver com o quão solitária eu estou?

–Essa também – ri - mas eu ia perguntar se a gente se conhece de algum lugar...

A garota ergueu uma sobrancelha, com um ar de humor.

–Você não parece o tipo que faz cantada barata.

–Não era uma cantada.

Disse sério, por que não era mesmo. Tipo, eu tenho uma namorada. Só estava curioso.

–Ah, é para levar a sério então? Eu tenho quase que cem por cento de certeza que nunca vi esses ombros largos em lugar nenhum.

Levantei uma sobrancelha para ela, quem estava dando em cima de quem agora?

–Qual o seu nome?

–Bella – ela revirou os olhos - Annabella na verdade, mas todos me chamam de Bella.

–Você não estuda no Sebastian L. estuda?

Perguntei curioso, talvez fosse de lá que eu a tinha visto, por que esse rosto doce e infantil me era conhecido, eu tenho certeza. Não como se eu conhecesse ela de outras vidas nem nada, era tipo como se eu já a tiveste visto na soverteria, ou lá no condomínio, alguma coisa assim.

–Não! – ela exclamou surpresa - E não gosto da reputação desse colégio, Satan's School for Boys. Estudo no Liceu Pasteur, é um colégio para garotas no norte de Tampa.

Ah, certo, então Bella era mesmo uma garota casta. Ou pelo menos, parecia com uma. Eu ia disser alguma coisa, mas meu celular tocou, olhei o identificador de chamadas e fui obrigado a atender.

–Oi meu amor.

–Eca, não sou seu amor.

Revirei os olhos, o que ela queria comigo dessa vez? Saber todos os passos do Math?

–O que você está fazendo com o celular da Penny?

–Me divertindo ora, ela está uma chata, assistindo Reality of boys! Imagine!

–E por que você resolveu me ligar?

–Eu queria conversar.

–Agora não Jules, estou ocupado trabalhando.

–Trabalhando, irmãozinho? Como se você fosse útil para alguma coisa!

–Estou trabalhando de babá em período integral para o Math.

–Ele está ai?

Ela perguntou com uma voz suave, tipo, eu não sou o cupido da historia, então por que tenho que ficar aguentando esse lenga, lenga dos dois? Sabe, era só eles se trancarem em um quarto, fazerem coisas pervertidas e pronto! Sem mais chatice para cima de ninguém.

–Está e também está aos beijos com duas gêmeas loiras deliciosas.

–O QUE?!

–Tchau Juliet.

–Mas...

Ela protestou, provavelmente agarrando o telefone.

–Tchau.

Às vezes você tem que desligar na cara da Juliet para ela perceber que você não está a fim de falar com ela. Se é que alguém alguma hora está a fim de falar com ela.

–Você conhece aquele cara?

Virei-me para Bella, nem havia reparado que ela ainda estava ali. Segui a mão dela para ver um Math quase bêbado dançando que nem um louco, pelo menos ele ainda não havia começado com o can-can.

–Ele é meu melhor amigo.

–Parece que sofre de amor.

Ela disse com um suspiro, olhei surpreso para ela. A garota era uma bruxa?

–Como você sabe disso?

–Eu entendo dessas coisas, tenho um blog, cartas enviadas a cupido. - Bella disse dando de ombros, mordi o lábio para tentar não rir. Eu ainda não havia nem pedido minha bebida para Bo. -Ei, não ria! Todos meus amigos riem disso.

–É meio estranho.

Disse dando de ombros, por que ela não parecia muito clichê. Parecia levar o assunto com humor, talvez já estivesse até acostumada.

–Eu sei, tenho uma amiga que diz que o amor não existe e vive brigando comigo.

–Parece com uma certa pessoa que eu conheço.

Disse me lembrando de Juliet, se bem que eu não sabia se ela não acreditava no amor. Tudo que eu já ouvi dela foi “Ai como os garotos são idiotas e não prestam”. Tá, eu vou parar com a vozinha de garotinha de doze anos que ela obviamente não tem.

–A que fez o seu melhor amigo sofrer?

Levantei minha sobrancelha o máximo possível, cadê os caras da idade média para jogar essa garota na fogueira?

–Sério, tem certeza que não é uma bruxa?

–Da ultima vez que chequei era só estranha. – Ela disse rindo e depois entornou seu copo de refrigerante de laranja – Tenho que ir, antes que meu futuro namorado me deixe esperando novamente.

–Quer que eu te dê uma carona?

Certo, eu sei que essa não era uma boa ideia. Primeiro: por que eu tenho uma namorada, segundo: Bella é linda, terceiro: a carne é fraca.

–Não precisa, você tem seu amigo para cuidar.

Ah é, tinha me esquecido de Math.

–Tudo bem, sorte com o seu blog.

Bella piscou para mim, pelo visto ela não se dava muito bem com a bebida, mesmo que fosse só refrigerante.

–Boa sorte com a vida.

Vi Bella sair do bar, ainda me perguntando o que a garota estava fazendo ali para começo de conversa, ela não é do tipo que frequenta bares de quinta, muito menos o tipo que bebe, considerando o refrigerante de laranja em seu copo. Suspirei e segui até Math, àquela hora ele já estava bêbado, dançava que nem um louco na pista, sem camisa e com as garotas rindo da cara dele.

–Acabou a diversão Math.

Disse segurando ele pelos ombros, mas Math pegou minhas mãos e começou a dançar.

–Uhu, vamos dançar Blake! A noite é só uma criança!

–Cara, eu pensei que você era alcoólatra, mas você é pior que isso.

Ele só gargalhou, caindo no chão. Revirei os olhos e me virei para o balcão avistando Bo, ele também me viu e quando notou o estado de Math veio até nós.

–Eu não devia ter deixado o moleque beber tanto.

Bo disse passando a mão pelo avental, ele deve ter uns quarenta anos e parece com Wolfgang Van Halen. Um pouco mais gordo e velho, claro.

–Ele precisava afogar as magoas.

–Em um copo de vodca pura? – dei de ombros e Bo tentou levantar Math – Vamos colocar o moleque no carro. Segura as pernas dele.

Segurei as pernas de Math e seguimos para fora do bar, as gêmeas loiras nem ao menos deram sinal de se importarem com o estado alcoólico de Math tanto quanto ele se importava com elas. Por sorte o carro não estava longe e colocamos um Math bêbado na parte de trás, ele falava coisas irritantes como “eu quero minha mãe” e “abacaxis não nascem em arvores”. Coisas de bêbado, sabe como é.

–Ter que aturar o Math bêbado é para os fortes.

–Da ultima vez foi você que colocamos na parte de trás do carro.

Bo disse rindo e eu o acompanhei, entrando no banco da frente.

–Eu pelo menos sou um bêbado calmo.

Disse e fechei a porta acenando para Bo. Dirigi pela avenida em direção ao meu condomínio, não ia deixar o Math chegar bêbado em casa e apanhar da Sra. McGreen. Minha mãe já estava acostumada em ver ele bêbado de qualquer jeito, não ia fazer muita diferença na vida dela.

–Por que não me ama ela, Blake?

Ah claro, ele ainda não tinha apagado, lá se foram minhas esperanças de poder passar o resto da noite tranquilo.

–Por que ela não tem coração.

–E-Ela ama, me Juliet ama... Eu sei disse.

Ele disse com a voz enrolada em meio a soluços, só me falta ele estar chorando pela Juliet agora. Olhei para trás para checar se meu amigo era mesmo um fraco enquanto eu havia parado no sinal vermelho, mas Math já havia apagado e agora dormia tranquilamente. Provavelmente pensando no dia que ele finalmente conseguiria um encontro com a Megan Fox.



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Notas finais do capítulo

Eu sei, vocês devem estar me achando maluca por colocar mais uma personagem na historia. Assim fica confuso demais? Quem será essa garota engraçada, solitária e clichê? Um fantasma? Eu pensei nisso, mas achei que ficaria idiota demais.
Bem, vamos lá, como andam a vida de vocês? Tomando muito toddynho? Eu tó e é por isso que cheguei a uma conclusão: se eu fosse um pokemon, eu seria um jigglypuff, sabe aquela bola rosa e obesa que canta e faz todo mundo dormir, para riscar suas caras. E vocês, que pokemons seriam? Contem para mim e vamos se divertir um pouquinho!
Beijuuuuuuuuuuus com gosto de M&M para adoçar suas vidas ;)