Things That Remain Unspoken escrita por JK2_Faberry


Capítulo 8
It's Not a Big Deal


Notas iniciais do capítulo

Pois é ne falei que ia postar mais rápido e nada. Realmente tempo pra mim ta difícil mas vo continuar na vibe antes tarde do que nunca. Tbm vou tentar fazer capítulos menores talvez assim consiga atualizar mais vezes. Outra coisa, quem leu a primeira fic percebeu que era mais de comedia do que de drama e os últimos capítulos tem sido muito dramaticos o que não é muito minha praia então a partir de agora voltamos aOs capítulos engraçados. ESPERO que gostem *.*



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Ok ok, já entendi fui uma péssima pessoa em outra vida e estou pagando nessa todos os meus pecados. Tenho certeza que no passado eu fui à encarnação de Hitler, ou de alguém que ferrou com muita gente. Essa seria uma ótima explicação. Ou talvez o problema seja comigo mesmo, mas é claro eu atraio tragédias, me encaminhou para elas, afinal o que mais esperava voltando para Lima, além de mais tragédias? E como elas vieram rápidas. Durou o que o tempo de um banho? Um banho e pronto ja me arrependia completamente de ter voltado para Lima, assim que coloquei os pés de volta no meu quarto e me deparei com a única pessoa que não tinha a mínima condição lidar no momento. La estava ela parada em frente a estante, totalmente distraída com um porta-retratos que só depois reparei que tinha uma foto nossa.

– O que você esta fazendo no meu quarto? – ela se virou assustada deixando o porta-retratos cair no chão. Vendo aquilo foi impossível não relembrar a primeira vez que a vi no corredor do McKinley, perdida segurando dezenas de livros, e de como ela se assustou quando me aproximei e o que senti quando nossos olhos se encontraram. Como ela era linda, como ela estava ainda mais linda agora. Espera Rach o que você esta pensando? Ela é a razão de você ter ido embora esqueceu? E olha pra ela, grávida do imbecil que ela escolheu ficar ao invés de você. Volta para a realidade. - Perguntei o que você esta fazendo no meu quarto? Alias o que você esta fazendo na minha casa?

– Eu moro aqui. – Aquela frase não fazia o menor sentido. Tudo bem que tinha tempos que não vinha para Lima, mas ai confundir meu endereço com a mansão Fabray era caduquice de mais, e a não ser que Quinn tivesse feito um santuário meu na casa dela, aquele era meu quarto.

– Eu acho que não escutei direito, você disse que mora aqui?

– Depois do fiz no casamento eu não podia voltar para casa e...

– E com tantos lugares achou que a minha casa era o melhor?

– Santana me trouxe para cá e seus pais disseram que podia ficar.

– Claro que eles disseram, por acaso não te ofereceram meu quarto também?

– Me desculpe Rach...

– Não me chame de Rach, nos não somos amigas.

– O que esta acontecendo... Rach o que você esta fazendo aqui? – meus pais entraram no quarto parecendo mais preocupados com os gritos do que com minha presença. Não era bem essa recepção que estava imaginando, mas vamos combinar, nada estava sendo como eu imaginava nos últimos meses.

– Tive a brilhante ideia de passar um tempo com minha família depois de tudo que aconteceu, mas estou começando a achar que Nova York não é pior do que isso.

– Pior que o que?

– Pior que ficar na mesma casa que ela. – sim eu estava sendo estúpida e não, não sei por que estava agindo daquela forma, afinal sabia que teria que enfrentar Quinn uma hora querendo ou não, só que precisava ser assim tão rápido?

– Não precisa se preocupar Rachel, eu vou embora.

– Espera ai Quinn você não vai a lugar nenhum. – pai Leroy foi o primeiro a protestar.

– O que? – Que tipo de lavagem cerebral ela fez nos meus pais? – Quer saber ótimo, se ela não vai, eu vou.

– Você também não vai sair daqui Rach. Não sei se a Broadway te transformou em uma pessoa mimada, mas nessa casa nos que mandamos então as duas vão ficar, e hoje à noite daremos um jantar de boas vindas. Fui claro? – Quinn, tentando se passar pela filha obediente, concordou com a cabeça. Não quis contrariar meu pai afinal, seria apenas mais um motivo para ele ficar do lado dela, então preferi ficar calada. – Ótimo, agora Rach venha aqui. – meu pai finalmente me puxou para um abraço.

– Sentimos tanta saudades de você. – pai Hiram que estava calado também me deu um abraço enquanto Quinn percebeu que estava sobrando e saiu do quarto. – Venha vamos conversa um pouco.

Descemos ate a cozinha onde meu pai Hiram foi preparar um chá enquanto meu pai Leroy e eu nos sentamos à mesa e começamos a conversar. Era tanta coisa para contar, tanta coisa que não havia compartilhado com eles todos esses anos, que percebi que realmente havia cortado meus pais da minha vida em Nova York e me senti mal por isso. Talvez se tivesse sido mais presente eles não sentiriam falta de uma filha e iriam abrigar Quinn na nossa casa, alias por que eles fizeram isso?

– Sei que tem muitas coisas que não contei a vocês, mas quando pretendiam me contar que adotaram a Quinn?

– Rach sabemos que você tem suas desavenças com ela. - Desavenças? Ela é o maior motivo de ter ido embora - Mas a Quinn mudou muito desde o colégio, nos aproximamos e seu pai e eu temos um carinho imenso por ela. Talvez se você der uma chance pode conhecer essa nova Quinn.

– Não obrigada. – cansei de ouvir aquela babação de ovo dos meus pais e resolvi ir atrás de Lauren com o pretexto de avisa-la do jantar.

O hotel onde ela estava hospedada não era longe da minha casa o que agradeci já que não iria pedir meus pais que emprestassem o carro. Aproveitei minha pequena caminhada para reparar na cidade que, para a minha nem um pouco surpresa, continuava exatamente a mesma. As mesmas paisagens, os mesmo lugares, as mesmas pessoas, como se nada tivesse mudado. A única diferença era que, agora, não passeava por ali apenas com mais uma garota de Lima. As pessoas olhavam, cochichavam e apontavam para mim, o que me fez mais uma vez agradecer imensamente o fato do hotel ser bem pertinho da minha casa, e ter chegado antes que alguém resolvesse me parar na rua e começar a fazer perguntas.

Entrei no hotel, se é que se pode chamar aquilo de hotel e fui ate a recepção descobrir em que quarto Lauren estava. A atendente nem sequer olhou pra mim, apenas verificou no computador e disse o local. Se fosse um sequestrador ou um assassino minha amiga estaria morta uma hora dessas, mas não da pra esperar muita coisa, afinal cidade pequena segurança mínima.

Subi lentamente as escadas, já que elevador era outr coisa que aparentemente eles nunca ouviram falar, caminhei ate a porta do quarto de Lauren e bati.

– Droga, quem é? – escutei Lauren gritar de dentro do apartamento.

– Serviço de quarto. – outra coisa que provavelmente não tinha naquela espelunca. Fiquei esperando uma resposta e não percebendo nenhuma movimentação, aproximei o ouvido da porta pra ver se ouvia alguma coisa la dentro. Quando cheguei bem perto, a porta abriu e me deparei com Lauren enrolada no lençol.

– Você não devia trazer um daqueles carrinhos com champagne e morangos?

– E você não devia parar de assistir Uma Linda Mulher?

– Desculpa, não revisto a Julia Roberts de prostituta.

– Legal, mas preciso conversar serio com você. – dei um passo para frente com intenção de entrar no apartamento, mas Lauren não deixou.

– Não precisa entrar, podemos conversar aqui.

– Por que?

– Primeiro porque eu não estou com muitas saudades de você então essa conversa ser bem curta e segundo porque eu posso estar muito ocupada agora.

– Anda Lindsay volta logo pra cama. – alguém com uma vozinha muito enjoada gritou de dentro do apartamento

– Caramba Lauren não tem nem 3 horas que chegamos e você já esta com uma garota?

– Claro, só vamos ficar por um mês e Lima tem muitas garotas então quanto antes começar melhor.

– E quem raios é Lindsay?

– Fala serio Rach, você não acha que eu falo meu nome de verdade não é? Essas garotas são loucas. Nunca digo meu nome, telefone ou endereço certo, não quero ninguém correndo atrás de mim.

– Mas ela sabe que esse é seu apartamento.

– Droga vou ter que mudar de quarto.

– Minha amiga você é a prova viva de que não só os homens são canalhas.

– É eu sei, mas vamos contar o papo que eu estou com pressa. Qual o problema?

– É o seguinte, lembra quando você me perguntou como seria quando visse a Quinn e te disse que tentaria evitar esse momento o máximo possível?

– Isso foi há 2 horas Rach é claro que me lembro. – mais uma vez a garota gritou pra Lauren, ou melhor, Lindsay. – Já estou indo. Ta e ai?

– E ai que isso sera bem difícil já que a Quinn esta morando na minha casa.

– O que? – ela parecia tão surpresa quanto eu.

– Eu sei, é inacreditável.

– Não Rach, inacreditável é você vir ate aqui pra me contar isso. Você realmente pensou que ia ficar um mês aqui sem encontrá-la?

– Não pensei mas esperava algo mais simples, sei lá trombar com ela ao acaso, não ficarmos embaixo do mesmo teto.

–E daí? Ficar com ela 1 hora ou 24 que diferença faz?

– Pode ter certeza que faz muita diferença.

– Olha já que você veio ate aqui pra pedir minha opinião vou te dar. Pra mim você esta exagerando, não é grande coisa. Pronto dei minha opinião, se for só isso preciso voltar aos meus afazeres.

– Não, não é só isso. Meus pais vão dar um jantar de boas vindas hoje à noite e querem que você vá.

– Serio? Não sou muito fã de jantar em família.

– Não me interessa Lauren, você vai, não vou aguentar passar por isso sozinha.

– Ok, nossa quanto drama. Que horas?

– As 19:00

– Vocês jantam cedo pra caramba hein? – não respondi Lauren apenas cruzei os braços. – Tudo bem estarei la, agora se não se importa.

– Espera...- Com toda educação que possuía Lauren fechou a porta na minha cara. O jeito agora era voltar para casa, e não pirar ate a hora desse jantar e principalmente não pirar durante o jantar. Meu primeiro dia em Lima já esta rendendo muita dor de cabeça.

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Constrangedor. Aquele momento não teria melhor definição do que completamente constrangedor. Enquanto meus pais estavam na cozinha preparando aquele abençoado jantar, Quinn e eu esperávamos sentadas no sofá da sala tentando manter a maior distancia possível. Se não trocávamos nenhuma palavra o mesmo não podia dizer dos olhares que se encontravam sem querer tornando ainda mais desconfortável aquela situação.

Será que estava realmente exagerando? Será que era hora de deixar isso pra trás, afinal o que tivemos já passou, será que ela realmente tinha mudado? Que idiotice Rach é claro que ela mudou e não é só o corte de cabelo. Quinn deu um belo pé na bunda de Finn e resolveu criar um filho sozinha, ou melhor, com a ajuda dos meus pais e de Sant que são sem duvida as melhores pessoas do mundo para isso afinal eles me criaram. Parte de mim a admirava pela atitude, mas outra parte ainda maior não conseguia esquecer o que ela tinha feito, o quanto ela havia me magoado. Antes que começasse a terceira guerra mundial dentro da minha cabeça, a campainha tocou me tirando dos meus pensamentos.

– Eu atendo. – Levantei rápido do sofá, talvez rápido de mais ao ponto de tropeçar na mesinha de centro e quase cair.

– Você esta bem? – Quinn fez menção de levantar, mas fiz um sinal para que ela parasse.

– Eu estou bem, estou legal. – Fui mancando ate a porta torcendo para que fosse Lauren e pudesse conversar com alguém como uma pessoa normal ao invés de ficar sentada na sala tentando não encarar Quinn. Pra minha felicidade era Lauren, mas assim que minha amiga abriu a boca, percebi que as coisas poderiam ficar ainda piores.

– Ai graças a Deus você chegou.

– Rachel eu não agradeceria se fosse você. – Lauren estava com uma cara de idiota e fazia uns gestos estranhos com a mão como se estivesse tentando matar um mosquito invisível.

– O que aconteceu, você esta bêbada?

– Eu? Não eu não estou bêbada, mas talvez a garota que estava comigo tenha me dado uma balinha com gosto estranho.

–Você esta drogada?

– Naoooooo, sim um pouco.

– Você só pode estar brincando comigo. Como você vem pra um jantar com meus pais drogada?

– Ei Rach fica tranquila, eu sempre vou drogada nos encontros com meus pais, já acostumei e sei disfarçar muito bem, alem do mais o efeito esta quase acabando. A propósito vocês têm uns animais bem diferentes aqui em Lima.

– Não Lauren, não temos.

– É então eu estou muito drogada. – vi meu pai saindo da cozinha e vindo em nossa direção.

– Olha meu pai esta vindo, por favor, não faça nada de errado.

– Ta bom, mas eu preciso saber uma coisa. Esse é o que virou gay ou o que sempre foi? – fiquei boquiaberta com a pergunta, e não respondi a tempo do meu pai chegar.

– Oi Lauren, é um prazer te-la em nossa casa. – meu pai deu um abraço em Lauren.

– E é um prazer finalmente conhecer a casa de vocês Sr. Berry.

–Por favor, sem cordialidades, me chame de Leroy.

– Claro Leroy, se me permite dizer sua casa é magnífica.

– Obrigado Lauren, e obrigado também por trazer nossa filha de volta.

– Não me agradeça, Rach precisava de um tempo com os pais e eu fiz apenas minha obrigação como amiga. – Se fosse por Lauren eu ainda estaria em NY, mas ela estava se saindo tão bem que preferi não interferir.

– E você tem sido uma ótima amiga para nossa filha. Rach por que não mostra o resto da casa? Entre Lauren, fique a vontade, o jantar estará pronto logo. – Meu pai voltou para a cozinha e Lauren voltou a ter aqueles tiques nervosos.

– Oooookay, onde esta o motivo de tanta preocupação?

– Ela esta ali na sala. – fiz sinal de silencio para ela – Vem vou te mostrar meu quarto.

– Por que você esta gritando? – puxei o braço de Lauren subindo as escadas ate um lugar onde podíamos ver Quinn sem que ela nos visse.

– Ual, agora entendo porque a Alex era tão paranoica, essa garota parece um anjo.

– É eu sei.

– Cara deve estar sendo difícil para você ficar perto dela.

– A agora você acha isso, pensei que eu estava exagerando, que não era grande coisa.

– Não. Eu só disse aquilo para poder voltar pra cama, mas isso é catastrófico. Quero dizer olha pra ela, essa é garota é linda.

– Eii. – deu um leve soco no ombro de Lauren.

– O que foi? Não precisa se preocupar comigo, não vou dar em cima dela. Tudo bem que ela é linda, mas não faz meu tipo. Não gosto de anjos, prefiro as malvadas. – A campainha tocou novamente e vendo Quinn levantar para abrir a porta, empurrei Lauren para cima subindo o resto das escadas. Esperamos um pouco no corredor e então descemos como se estivéssemos vindos do meu quarto. Vi Santana parada na porta com Quinn e corri para abraça-la.

– Sant que saudade de você.

– Também senti sua falta Rach, é bom te-la de volta... – demos um longe abraço e Sant aproveitou para cochichar no meu ouvido. –... Por que é impossível cuidar da Quinn sozinha.

– Não diga isso, você fez um ótimo trabalho e que brilhante ideia trazê-la para minha casa. – claro que estava sendo sarcástica.

– Hurum – Lauren limpou a garganta chamando minha atenção.

– Ah gente essa é Lauren, minha amiga e colega de quarto. Lauren essa é a Quinn. – as duas deram um aperto de mão. – E essa é Santana minha melhor amiga desde sempre.

– Finalmente conheci a garota que quer roubar meu lugar. Muito prazer. – Sant ergueu a mão para Lauren que pegou e deu um beijo.

– Prazer, é só você pedir. – acho que foi a primeira vez na vida que vi Sant sem graça, e não foi só ela. Minha vontade era de me transformar em um avestruz e enfiar a cara no chão.

– A que ótimo, Santana chegou podemos servir o jantar agora. – graças a Deus meu pai apareceu cortando aquele papo. Lauren segurou meu braço deixando Quinn e Santana acompanhar meu pai ate a sala de jantar.

– Sabe o que eu disse sobre preferir as malvadas? Sua amiga é totalmente meu tipo.

– Por favor, não faça isso.

– Ok, posso tentar me controlar, mas não prometo nada. – revirei os olhos e parei de dar atenção para Lauren indo para a sala, onde mais uma vez percebi o quanto aquela noite seria trágica.

Santana e Quinn estavam sentadas em um lado da mesa, Lauren e eu nos sentamos do outro lado ficando de frente para elas, deixando as duas pontas para meus pais. Comecei a me arrepender amargamente por ter chamado Lauren assim que nos sentamos e ela ficou olhando para Santana como se fosse um pedaço de carne.

– Rach, será que você poderia pedir para sua amiga parar de ficar me encarando. Esta me assustando.

– Lauren? – dei um cutucão nela.

– O que foi, estou apreciando o que é bonito. – coloquei as mãos no rosto morrendo de vergonha e mais uma vez meus pais apareceram me livrando daquela situação.

– O jantar esta servido. – enquanto eles colocavam a comida sobre a mesa, Lauren se aproximou para fazer mais uma de suas brilhantes observações.

–Rach eu preciso dizer que essa é de longe a mesa mais gay em que eu já estive o que me faz pensar: Seus pais são gays, sua melhor amiga é gay, todo mundo que você conhece é gay. Não tinha muito como você escapar disso e ainda assim eu fui a única a ter coragem de joga na sua cara que você também era?

– Você poderia agora, sei lá, parar de falar? – Lauren fez um gesto como se estivesse trancando a boca e jogando a chave fora o que eu queria muito que fosse possível.

Então todos começaram a se servir com certa moderação, menos Lauren que fazia uma montanha de comida que quase transbordava no prato. Parecia difícil prestar atenção na própria comida, vendo Lauren atacar o prato daquele jeito. Não sei se agradeci por que aquela larica significava que o efeito da droga estava acabando ou chorava pelo desastre que era aquele jantar.

– Parece que temos duas grávidas na mesa. – o comentário de Sant deixou todos sem graça menos o alvo principal.

– Minha linda você não faz ideia de como a comida do hotel é uma droga. – Lauren respondeu com tanta ironia que quase entregou o que tentávamos esconder.

– Por que não fica aqui conosco então Lauren?

– Ah melhor não, não quero incomodar.

– Alem do que o quarto de hospedes já esta ocupado.

Depois do meu comentário todos voltaram à atenção para a comida deixando aquele silencio chato. Provavelmente a culpa do clima daquele jantar ser tão ruim era minha, mas não era algo que estava preocupada. O clima era tão ruim que antes que terminássemos de comer meus pais resolveram esquecer a sobremesa e acabar aquilo ali mesmo.

– Hiram já esta ficando tarde, que tal tirarmos a mesa?

– Não, não Leroy. Vocês já fizeram tudo, o mínimo que podemos fazer é cuidar da limpeza. – Não me lembro de Santana assim tão prestativa, pelo contrario minha amiga era um tanto preguiçosa. – Fica assim, Rach e Quinn recolhem as coisas e Lauren e eu lavamos. – esta explicado. Tirando Lauren que ficou super excitada e meus pais que deram um sorriso para Santana, era nítido que Quinn e eu não gostamos muito da ideia.

– Por mim tudo bem, mas lembrem- se esses pratos são herança de família então tenham muito cuidado, ok? – são se preocupe papai, não irei quebrar nada em ninguém, a ultima vez me custou muito caro.

– Não se preocupe Hiram, teremos cuidado.

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Sim eu estava drogada, mas não estava cega e o que estava a minha frente não era uma garota, era um monumento. Se eu soubesse que a amiga de Rach era assim já teria a obrigado a voltar a muito tempo, e agora estamos as duas aqui lavando vasilhas numa ceninha tão clichê de cinema, uma situação que ela quem criou. Posso estar errada, mas essa garota esta dando em cima de mim e é obvio que não perderia aquela oportunidade, então quando ela foi pegar um dos pratos dentro da pia, aproveitei para fingir que iria pega-lo e acidentalmente segurar sua mão.

– Por que você esta segurando minha mão?

– Vai dizer que não era isso que queria quando teve a péssima ideia de lavarmos as vasilhas. Ficar sozinha comigo.

–Definitivamente não era essa a minha intenção. Caso não saiba, eu tenho uma namorada.

– E caso não saiba,eu não tenho ciúmes. – disse me aproximando dela passando minhas mãos pela sua cintura.

–Tira suas mãos de mim, ok. Queria sim ficar a sós com você, mas não para isso. Preciso te pedir uma coisa.

– Minha linda você pode pedir qualquer coisa.

– Ótimo preciso que me ajude a juntar a Quinn e a Rach.

– Qualquer coisa menos isso. – disse me afastando dela

– Por que não?

– Eu não quero me intrometer nessa historia. Sinto como se estivesse traindo a Alex.

– Você não acha que ela iria querer que a Rach fosse feliz?

– Sim ela ate me disse isso no hospital, mas as pessoas falam muita besteira quando estão morrendo. Alem do mais, eu não sou uma grande fã da Quinn.

– Olha eu sei que ela foi horrível com a Rach no passado, mas ela mudou e é nítido que essas duas nasceram pra ficar juntas. - quando Santana terminou seu blablabla de almas gêmeas, Rach e Quinn passaram pela porta da cozinha trocando lindas declarações de amor.

– Estou grávida Rachel, não invalida. Posso muito bem carregar meia dúzia de pratos.

– Não estou preocupada com sua condição, mas caso não ouviu o meu pai dizendo, esses pratos são herança de família, e que eu me lembre, você não é do tipo que se importa de quebrar coisas ou o coração das pessoas.

– Quer saber,toma, leva você. Vou buscar os copos. – Quinn disse empurrando uma pilha de pratos em Rach.

– Não, eu pego os copos. - ela os colocou rapidamente em cima da mesa e saiu correndo atrás de Quinn.

– Então, você acha que essas duas são feitas uma pra outra?

– Sim e elas sabem disso, só se esqueceram com o tempo e é nosso dever lembra-las. Então o que me diz? – Santana esticou a mão.

– Primeiro me diz qual o seu plano?

– Ok.Temos que arrumar uma maneira com que elas fique o maior tempo possível juntas.

– Acho que isso não vai ser difícil, percebeu que elas estão morando na mesma casa?

– Sim, mas a Rach pode querer passar um tempo no hotel com você e a Quinn é uma viciada em trabalho.

– Entendi, temos que nos tornar indisponíveis. Adorei a ideia.Tem tantas coisas que queria fazer e a Rach chega sempre chega na hora exata.

– Não quero nem saber que coisas são essas. Então vai me ajudar ou não?

– Ok vou ver o que posso fazer. – Quinn e Rach voltaram para a cozinha trazendo os copos e mais um monte de palavras carinhosas.

– Viu não quebrei nada, satisfeita? Agora se me deram licença eu vou para meu quarto.

– Quarto de hospedes Quinn, não seu quarto. – e mais uma vez Quinn e Rach voltaram para sala. Com certeza não seria fácil juntar aquelas duas, mas se eu tinha lábia para conseguir garotas pra mim, poderia usar meus dons no caso delas, e quem sabe ate tirar algum proveito disso.

– Ei Santana, por que não tornamos isso mais interessante?

– Mais interessante? Como?

– Que tal fazermos uma aposta? – Santana não respondeu, apenas cruzou os braços e ficou me olhando, o que significava que ela estava interessada. – É o seguinte, se eu conseguir criar uma situação que faça Rach e Quinn ficarem você sai comigo.

– E se eu criar uma situação que faça Rach e Quinn ficarem?

– Bom ai você pode ter o que quiser de mim, incluindo sexo sem compromisso. – Santana deu risadas da minha proposta.

– Você é muito engraçada Lauren, mas eu aceito a aposta por que eu sei que vou ganhar e vou amar pedir que você pare de dar em cima de mim.

– Isso nos veremos. – demos um aperto de mão apesar de que preferia selar aquilo com um abraço ou um beijo talvez. Qual é? Estamos em tempos modernos.

Terminamos de arrumar a cozinha e voltamos para a sala onde Rach e os pais estavam assistindo qualquer coisa na TV. Santana já havia me dito que iria embora e é claro que iria aproveitar a companhia, então nos despedimos dos Berrys e saímos. Quando já estava chegando na virada da rua Rach me chamou de volta. Percebi que Santana não iria me esperar então voltei correndo para ver o que Rach queria.

– O que foi Rach?

– Lauren eu não vou aguentar ficar aqui, você viu o jantar. Não consigo ficar cinco minutos no mesmo lugar com Quinn, é muito pra mim. Acho melhor voltarmos pra NY. – não Rach, você não vai estragar meus planos.

– Rach você ficou louca? Ir embora agora seria o mesmo que desistir, faz parecer que você é uma pessoa fraca, e talvez você ainda não percebeu, mas morar com a Quinn pode na verdade ser uma coisa boa. É como aquele ditado mantenha os amigos perto e as ex-namoradas ainda mais perto.

–Não acho que é assim o ditado – Rach que parecia confusa de repente fez uma cara como se tivesse tido uma epifania ou coisa do tipo. – Mas quer saber Lauren você tem toda razão. Ter Quinn por perto pode realmente ser uma coisa boa.

– Pois é eu sempre tenho razão. Agora eu vou embora – dei um abraço em Rach e mais uma vez fui correndo ate alcançar Santana, e fui caminhado ao lado dela ate chegarmos ao cruzamento.

– Pelo que eu sei minha casa é naquela direção, e o seu hotel é na outra, então te vejo amanha Lauren.

– O que? Só isso? Caramba eu concordei em te ajudar e não ganho nem um beijinho de despedida? – Santana começou a ser aproximar ate ficar bem pertinho de mim a ponto de sentir sua respiração, e quando fechei os olhos esperando um beijo, ela virou o rosto e sussurrou no meu ouvido.

– Vai sonhando. – Ela se virou e começou a caminhar na direção oposta.

– Eu vou. – gritei enquanto ela continuava andando sem dar a mínima atenção. – Essa vai ser difícil, mas ainda bem que eu adoro um desafio.

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Notas finais do capítulo

Então gente quem vocês acham que vai ganhar a aposta? E o que a Rach esta pensando com "ficar perto de Quinn pode ser uma coisa boa"? Já quero deixar claro que não tenho a intenção de juntar Lauren e Santana ok. Deixem seus reviews que eu fico feliz pra caramba e tenho vontade de criar tempo para escrever. Beijos ate o próximo cap sem previsão pq nunca da certo. =)