As Brasileiras escrita por Felipe Chemim


Capítulo 8
A Desconfiada De Brasília


Notas iniciais do capítulo

Uma mulher que se aventura na internet...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/215638/chapter/8

Brasil...Centro-Oeste...Distrito Federal...Brasília. A capital da República Federativa do Brasil que abriga seus 2.562.963 habitantes que vivem na área de 5.801,937 Km². A cidade em forma de avião é sonhada para servir de moradia por muita gente. Em Brasília que está o Congresso Nacional Do Brasil  e o Palácio Da Alvorada, onde é a residência oficial do atual Presidente do Brasil, que foi inaugurado em 1958 e concebido pelo grande Oscar Nyemayer! A bela Catedral de Brasília também aumenta a beleza dessa cidade, que possue entre os habitantes, a nossa heroína de hoje, A Desconfiada De Brasília 

(já é manhãzinha e nossa heroína de hoje, Paula, já está navegando pela internet, procurando entre muitas coisas, seu “namorado” virtual: César)

Paula(vasculhando sua página enorme no bate-papo virtual): César cadê você... Colocou outro apelidinho com aquelas letras estranhas de novo né? Vamos ver...

(ela vai para o final da página ver se tem César com outro nome e nada...)

Paula: Cadê ele?...

Para a sorte da nossa heroína, era a época do ano em que ela mais gostava: as férias de trabalho. Nessa época ela arranjava uns 2 ou 3 namorados virtuais, agora estava investindo só em um: César...

Paula: Achei!

Paula achou César com o nome de CecêZizinho, primeiro desconfiou que fosse o homem que ela tentou namorar, mas descobriu que ele prefiria uma anaconda do que uma aranha...

Paula: Vamos lá...

(Paula vai dar um “oie” quando batem na porta.)

(Meio irritada, ela deixa o computador e vai atender a porta...)

Paula: O que que quer?

Felícia(vizinha): Bom dia Paula...

Paula: Bom dia só se for para você...

Felícia: É que deixaram essas cartas na minha casa invés da sua...

Paula(pegando as cartas da mão da mulher): Deixa eu ver isso aqui...

(Paula vai repassando as cartas...)

Paula: Conta...Conta...Propaganda...Conta...Mais conta...Mais propaganda...Ai eu tava precisando disso! Que legal! Brigadinha Fê!

Bipolarismo era sua especialidade, e isso ia repassando de pessoa a pessoa...

Felícia: De nada Paula...

(Paula entra para casa...)

Felícia: Engula essas cartas sua vaca...

(ela sai...)

(Paula joga tudo as cartas na mesa, que se esparramam, e volta para o computador...)

Nenhuma carta importava para Paula, ela só queria se livrar da vizinha e conversar com o CecêZinho... E quando ela olha, ele saiu...

Provavelmente fugiu quando viu ela entrando...

Paula: Droga!

(ela fica olhando para o nada...)

Paula: Maldita Felícia!

Ela também tinha a mania de ficar colocando a culpa das desgraças da sua vida, nos outros...

Paula: Será que ele fugiu de mim? A conexão não caiu porque ele disse que é super e não cai nunca... Só pode ter fugido de mim... Ou será que ele quer me seduzir fazendo eu desejar ele por falta dele? Talvez assim eu caia no golpe que ele quer dar em mim... Ou ele é um estuprador?

(Paula pensa em muitas coisas...)

Paula: Ou ele é um cavalheiro apaixonado e ficou com vergonha de falar com uma dama como eu...

Paula e suas zilhões de ideias formam uma dupla desconfiada... Tudo isso por um dos úlltimos namorados virtuais dela, que não era tudo aquilo que ele dizia que era... Paula ficou tão quebrada e despedaçada que apartir de então, desconfiou de todos os próximos namorados virtuais...

Paula: E se ele for de dar golpes?

(Paula fica pensativa)

Paula: Já sei! Vou fazer um pesquisa...

(ela entra rapidamente em redes sociais e em lugares de pesquisar coisas...)

(e começa a procurar pela criatura que era seu “relacionamento” virtual...)

Paula: César Martinez... César Floriano... César Peixoto... Eita povo sem criatividade! César... César Poliviano?! Credo que horror... Uma espinha enorme e horrorosa!

A espinha “enorme e horrorosa” que ela se refere é menor que a metade da metade de uma unha do menor dedo do pé de um bebê...

Paula: Como será que ele aguenta viver na sociedade?

(Paula fica olhando a foto do rapaz com uma cara de nojo e horror...)

Paula: Aé! O César que eu quero...

(ela continua a procurar o homem dos seus sonhos...)

Paula(descabelada e indignada): Como uma pessoa não tem rede social no mundo atual?

(ela começa a procurar mais rápido e sem prestar muita atenção para as fotos e nomes...)

Paula: Epa!

(ela volta um pouco a página, e vê o César que queria. Ela começa a revirar o perfil dele...)

Paula: “Nome: César...” blá blá blá... Vamos ao que interessa...  “Local onde mora: Brasília... Cor do olhos: Azuis... Parte do corpo que mais gosto: abdomên...” Hum... Veremos se direi o mesmo... “O que gosto de fazer:” blá blá blá...

(Paula se joga na parte nas costas da cadeira...)

Paula: “Existir” nas redes sociais ele existe... Agora se ele é assim na vida real... Já sei!

(Paula começou a pesquisar imagens de homens, para ver se ele não havia utilizado alguma foto pronta para se fingir de existente...)

Paula: Nóssa que gato!

Paula tinha visto aquela situação de uma maneira duplamente positiva, um dos lados positivos é que ela descobriria se o “César” era tudo falso ou não, e a outra, era ver homens de seu interesse, que ela desejava que saísse da tela para fazer... Ahn... Coisas...

Paula: Éh... Não tô achando el... NOSSA SENHORA TEDESCO DO PLANALTO CENTRAL! UMA FOTO DELE!

(Paula pula a cadeira desesperada...)

Paula ficou mais horrorizada do que mulher perua quando vê uma barata na cozinha ou em qualquer outro lugar me que ela esteja...

(Paula passa a mão em sua testa e volta para perto do computador, e clica na foto para ver maior e melhor...)

(ela abre outra página e volta para a rede social onde achou o homem.)

(acha ele de novo e aumenta a foto para comparar a da rede social com a da pesquisa...)

(os braços fortes, o cabelo loiro, a mesma camisa regata e da mesma cor colada ao corpo... o calção de surfista...)

(ela olha bem uma foto... olha bem a outra e conclui...)

Paula: É ele!

***

Paula não se conformava que seu amor virtual e futuro real poderia ser apenas um garoto de 11 anos lhe pregando uma peça...

Paula: Se ele não é exatamente quem ele diz que é, então ele não é ele...

(Paula se senta novamente na cadeira e olha para a tela do computador de novo, admirando a foto...)

Paula(com raiva): Cafajeste... Sem vergonha... Pilantra... É isso que você é! Um impostor!

(ela olha atentamente para a foto)

Paula: Você é um... Perfil de rede social?!

Paula descobriu, na sua própria teoria, que ele técnicamente era ele, sendo então, ele é ele...

(Paula abre a página na qual a imagem pertence e vê que era apenas a imagem da rede social em que ela estava e onde viu a foto dele anteriormente...)

Paula(falando consigo mesma): Parabéns sua anta...

(ela fecha as páginas da internet. Mas logo surge outra ideia do dia...)

Paula: Mas eu já sei o que vou fazer!

(ela volta para a página de rede social e olha se tem o endereço de César, e por sorte, tem...)

Paula: Ah mas eu vou lá!

(Paula desliga tudo, pega sua bolsa e sai da casa, com o tal endereço copiado num pequeno pedaço de papel...)

Paula(girando para ver se acha a casa): Mas é por aqui... Eu tenho certeza... Eu vou achar...

(ela passa por várias casas de diferentes modelos, diferentes tamanhos e diferentes cores...)

(ela passa por um lilás com detalhes rosa)

Paula: Ai que linda! Vou chamar o morador para ver quem foi o pintor... Vou pedir uma tintura igual para mim...

(ela para...)

Paula: Ah não vou não! Tenho que achar esse homem...

(Paula volta a caminhar pela rua, em busca da casa...)

Paula: Eu vou achar esse homem..

O plano de Paula era ficar parada em algum lugar, observando a casa do homem, como um urubu no telhado observando a carniça, porque, afinal, ela não tinha dito exatamente como era e nem uma foto atual, ou seja, o “namorado” virtual não saberia que era ela...

(ela acha a casa. As paredes um pouco sujas e o que ainda aparecia da tinta era de uma cor creme, amarelinho...)

(Paula para na frente da casa...)

Paula: Será que eu vou lá ou fico olhando?

(ela dá um passo)

Paula: Eu vou lá!

(ela para)

Paula: Não... Melhor não... Vou ficar só olhando...

(de repente o portão branco se abre automaticamente e sai um carro, com mais ou menos 3 ou 4 homens dentro, todos fumando...)

Quando Paula viu aquele carro cheio de homem fumando, ou seja, fazendo uma nuvem de fumaça, logo pensou que tinha saído uma fábrica indústrial ambulante daquela casa...

(o carro segue viagem)

(Paula percebe que o portão ficou um pouco aberto, talvez por algum defeito técnico...)

De uma hora para outra, baixou em Paula, um espírito de pobre que entra de penetra na festa de um ex-colega de escola agora milionário e partiu para cima... Ou melhor, para dentro... Da casa...

(Paula empurra um pouco o portão e entra devagar...

(vê que um homem vai passar pelo local em que está, então corre para o fundo da casa, onde ficava o carro...)  

(Paula olha por uma janela baixa dos fundos e um homem, cabelo negro, forte, musculoso se vestindo...)

Paula(falando baixo): Ulálá...

Num pensamento rápido, Paula quase pensou em trocar seu amor...

(o homem termina de se vestir e sai do quarto. Paula vê que ele sai da casa...)

Paula: Vamos mais ao fundo...

(Paula entra pela janela que é baixa...)

Paula(batendo a cabeça): Au!

(ela começa a ver o quarto, era todo arrumado, roupas dobradinhas, tudo muito organizado...)

Paula: Se esse cara for o exemplo do César, tá tudo ótimo!

(ela abre um pouco a porta e vê se não tem niguém no corredor... Aparentemente não...)

(ela começa a andar pela casa, quando ouve passos)

Paula(entrando num dos quartos que vê pela frente): Oh droga!

(ela fica escondida atrás da porta, enquanto um homem entra no banheiro...)

(ela sai de fininho e tenta voltar para o outro quarto para fugir pela janela, mas vê que tem outro homem lá...)

Paula: O que é isso?Um bordel masculino?

Paula pensou sobre a situação e até gostou da ideia se aquela casa fosse... Mas depois desgostou, pois se fosse um bordel, César seria um dos garotos que trabalham nele...

(ela começa a caminhar, devagar e sem fazer barulho pelo corredor, para tentar sair daquele local, claro, com cuidado...)

(ela ouve o barulho da porta do banheiro se abrindo e em desespero, se esconde atrás de uma pequena planta num vaso, num canto da parede...)

(o homem passa reto, com um cigarro na boca...)

Paula( fungando e falando baixo): Que cheiro é esse?

(o homem sai da casa e Paula sai de trás da árvore, e pensa que estava só e livre para sair daquela casa...)

(ela anda tranquilamente e vai sair pela sala laranja da casa, quando para e repara que há uns cinco homens sentados nos sofás, olhando para uma mesinha com pacotinhos e cada um com um cigarro na boca.)

(quando ela para, todos olham para ela, abismados...)

Paula: Oho... Ops!

(eles continuam com cara de tacho...)

Paula(andando devagar para a porta...):Boa tarde...

(ela corre tentando fugir da casa, quando um homem levanta e grita:)

Homem 1: André! Segura!

(então, o mesmo homem que havia saído do banheiro para o lado de fora da casa pega Paula e a leva para dentro da casa, jogando-a no sofá...)

(Paula olha com um olhar estranho para os homens, que estavam todos de pé...)

A preocupação de Paula nem era o que eles iriam fazer com ela, e sim se aquele homem havia lavado as mãos...

Paula: Boa tarde...

Homem 1: Cala a boca...

Paula: Mas...

Homem 1: Xiuuu...

Paula: É que...

Homem 1(aumentando o tom de voz): Xiuuu...

Paula: Eu...

Homem 1(aumentando o tom de voz): Xiuuu...

Paula(abaixando a cabeça): Tá...

Homem 2(com um cigarro na boca): Quem é você?

Paula: Éh... Mel...

Homem 3: Mel?

Paula: Tá surdo?

Homem 1: O que veio fazer aqui?

Paula: O que eu vim fazer aqui?

Homem 3: Tá surda?

(os dois se encaram...)

Homem 1: Cala a boca idiota! Responda Mel...

Homem 4: É... Queremos saber...

Homem 1; Cala a boca...

Homem 4: Táh...

Homem 1: Hein Mel... Responda...

Paula: E se eu não quiser?

Homem 1(sacando uma arma...): Daí você leva um buraco na testa!

(Paula solta um grito...)

Paula(fechando os olhos e levantando as mãos): AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

Homem 2: Cala a boca e responda por quê veio aqui!

Paula: Eu vim... Eu vim... Ver o André...

André: Eu?

Paula(levantando e indo perto do homem): É...

(ela põe as mãos nos ombros e leva ele para o quarto..)

Homem 5: Ih... O cara se deu bem...

(lá no quarto, Paula deixa o homem só de cueca...)

André: Vem tchutchuca!

Paula; Tchuchuca?

(ela tranca a porta por dentro e pega a chave, logo depois, sai pela janela, levando a roupa do homem...)

Paula: Cuidado para não sair com essa cueca velha, fedorenta e toda rasgada...

(ela sai andando...)

André(na janela): HEY! VOLTA AQUI! GENTE! ELA TÁ FUGINDO!

(Paula, apressadamente sai pelo portão e corre pela rua, quando os outros homens começam a correr atrás dela, quase treopeçando, Paula derruba tudo as roupas de André, que corria só de cueca atrás dela...)

(por sorte, o ônibus que ela precisava para ir ao hotel do encontro estava partindo, e ela entra rapidamente...)

Depois desse momento com drogados, a desconfiança de Paula estava maior que esperança de pobre...

(ela chega no hotel, ninguém está no quarto marcado para o encontro, mas peraí, o lençol está amassado, sinal de que alguém esteve lá...)

Paula: Oh droga... Ele já foi embora...

Nesse mesmo instante, um homem misterioso sai do banheiro do hotel... Digo, nem era tão misteriosos assim, era aquele rapaz que tava se vestindo quando Paula chegou na casa...

Paula: Você? César?

César: Eu? Sim!

Paula; Mas...

César(tirando um revólver da cintura e apontando para ela): Cala a boca otária!

(Paula toma um susto...)

***

Paula estava tentando entender o porque do homem que ela sub-julgava um “deus grego” tava com uma arma e agindo como um “marginal favelado”...

Paula: César?

César: Xiu! Quieta!

Paula: Hey! Chega de mandarem um “xiu!” para mim!

César: Qual parte do “cala a boca otária” você não entendeu?

Paula: Ah, tava falando comigo? É porque o único otário aqui é você!

Pareciam até que eram casados...

César: Você não tem medo de uma arma?

Paula: E você não tem medo de uma mulher de TPM?!

César: Afê!

Paula: Sabe que quando mulher tá com TPM, ela pode matar e não ir presa?!

A teoria era completamente absurda e César até estranhou, mas para Paula, que nessa altura do campeonato não raciocinava direito, a sua teoria era 100% verdade...

César: E você quer combater um homem forte e armado como?

Paula(com um tom sedutor): Forte é mesmo...

César: Não pensei que você fosse tão tarada!

Paula: E você tão grosso!

César: Ah por favor! Você nem me mostrava suas fotos! Nem sei se vale a pena...

Paula: Você também não é o Brad Pitt que dizia que era!

César: Isso não vem ao caso!

Paula: E por acaso o que vem ao caso?

César: Você ainda não set tocou? Isso é um sequestro!

Paula: Há... E você e mais quem vai me sequestrar?

César: Eu e minha arma...

Paula: Mas não vai ter mais!

(Paula pula sobre o homem e levanta seus braços para não acabar levando um tiro...)

(os dois, segurando a arma, rolam pela cama, na disputa para ver como com quem a arma ficaria...)

Paula: Larga!

César: Larga você! A arma é minha!

Paula: Mas você quer me matar!

César: Você é louca! O que acha que eu penso que você vai fazer SE eu soltar a arma?!

Paula: Iria jogar ela fora...

Na verdade, Paula queria pegar a arma e colocar em César, num lugar não muito confortável...

Paula(ficando em cima de César e puxando a arma, que estava apontada para a a parede) : Me dá isso aqui!

César: Você é surda? Eu nã...

Paula: Quem disse isso primeiro fui eu!

César: Disse o que?

Paula: Esquece!

(eles voltam a rolar em busca da vitória: quem iria ficar com a arma!)

Se alguém entrasse pela porta, iria pensar que estavam fazendo sexo selvagem...

(se ouve um TOC TOC TOC na porta...)

(os dois param na hora e olham para a porta...)

Pelo menos quem iria entrar agora foi educado e bateu na porta...

Paula: Quem é?

Voz: Um policial...

César: Policial?

(César rapidamente tira a arma da mão da nossa heroína e esconde numa gaveta...)

(Paula revira os olhos e vai atender a porta...)
(ela abre e vê um charmoso homem, camisa social verde clara, calça bege...)
Paula(com voz encantadora): Bom dia...
César: Já é de tarde...
Paula(com voz encantadora): Boa tarde...
(o policial entra...)
Félix: Eu sou o policial Félix...
Quando ouviu aquele nome, César abaixou a cabeça como se fosse um cachorro que tivesse comido alguma roupa de algum dono...
Paula: E o que você veio fazer aqui?
Félix: Bem... Eu vim...
(ele para e olha para César, que sentado na cama, tentava disfarçar...)
Félix: César?
(César olha para o cara...)
César(disfarçando): Félix? É você? A quanto tempo...
(os dois se cumprimentam...)

Paula pensou em sair de fininho daquele quarto de hotel, só que pensou que poderia haver uma diversão ali...
Claro, com um pouco de curiosidade feminina...
Paula: Vocês se conhecem?
Félix: Fomos amigos de escola... Só que o César foi embora para São Paulo... Só que parece que voltou...
César(sorrindo como um abestado): É! Voltei...!
Félix: Fazia tempos que não nos falavamos, só pela internet, só que tivemos uma discussãozinha...
César: Foi você que discordou de mim!
Félix: Você não aceitava minhas opiniões!
(os dois ficarma de frente se encarando...)
César: Claro! Suas opiniões não me importavam!
Félix: Aé?! O que te importava? Tuas “namoradinhas” virtuais?!
Paula: Ui...
Paula achou que estava completamente certa sobre a diversão...
César: Namoradinhas? Pelo menos eu tive uma!
Félix: Que nem sabia se existia... E agora onde ela tá? Casada com um jogador de futebol! Cadê o “amor eterno” agora?
César: Vou te dizer onde tá o amor eterno!
Paula: Ei, ei, ei!
(eles ignoram Paula...)
(ela sobe em cima da cama, bate palmas e grita...)
Paula: CHEGA!
Agora pareciam que era um casal que descobre que o outro tem um amante...
Paula: Por acaso vocês são um casal de gays?
Félix e César: Não...
(Félix levanta a mão esquerda onde uma aliança de ouro brilhava...)
Félix: E eu sou muito bem casado...
(ele tira do bolso várias fotos e crianças...)
Félix: E com filhos...
Paula: Ohn... Que bonitinho!
Félix: É né... Esse é o meu mais velho... Essa é minha princesinha e esse o molecã...
César: Ei! Isso aqui agora virou reunião de diretoria de creche?
(os três ficam calados...)
Félix: A propósito, vocês são casados?
Paula: Não...
César: É uma longa história...
Paula: E por quê você veio?
Félix: Vim falar com César sobre restaurar nossa amizade... E você? Conta essa longa história... Tô com tempo...
Paula: Bom... Nós éramos amigos virtuais e marcamos de nos encontrar aqui... Dias antes eu investiguei a vida dele...
César: Investigou a minha vida?
Paula: Cala a boca! Daí hoje eu resolvi ir na casa dele... Ou pelo menos no endereço onde marcava no perfil numa rede social dele... Daí lá, acabei encontrando um monte de drogado louco... Eles tavam fumando um negócinhos no pacote... Graças à Deus consegui escapar e vim aqui para o hotel... E ele me mostrou uma arma... acredita?
Félix: Peraí! Drogados? Arma? Fumando em pacotinhos?
(os três se entre olham e César salta da cama em que estava sentado e tenta fugir do hotel...)
(...para o azar dele, acaba tropeçando na escada e cai no chão, Félix o pega e leva para um carro da polícia que passava por ali...)
Félix: Paula, depois você vai me mostrar onde é essa casa...
Paula: Tá...
César(sendo fechado no carro da polícia...): Não... Sua louca!
Paula resolve sair do hotel e vai para casa... Esquecendo da arma, que dias depois, serviu de arma para um homicídio para uma mulher que brigou com o marido...
(dias depois...)
(Paula está no sofá vendo televisão...)
Jornalista: Foram presos os drogados que moravam nessa casa...
(mostra a casa onde Paula havia dado o endereço...)
Jornalista: Eles comandavam um enorme tráfico de drogas e agora terão uma longa férias na cadeia...
(Paula desliga e resolve dar uma volta na rua...)
E nossa heroína virou mesmo uma heroína e combateu os malfeitores de Brasília, e de quebra, interrompeu um enorme ciclo de drogas... Suas desconfianças estavam certas sobre o “César”, que dias depois, descobriu que se chamava Pablo Pereira... Resolveu também parar com essas coisas de relacionamentos virtuais, e se aventurar mais nos reais... Que para ela, parecia ser muito mais divertido, seguro e apaixonante...



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Próximo Episódio:
Você vai conhecer Leandra, uma mulher que diz ser feliz, realizada e ter tudo que precisa para uma vida perfeita... Com um namorado em que dizia juras e mais juras de amor, ela acaba conhecendo um homem charmoso e dos seus sonhos, o seu príncipe encantado. O pior é que ela acaba é se apaixonando por ele também... Agora, com uma dúvida cruel na cabeça, não sabe se fica com seu "amor eterno", com seu "príncipe encantado dos sonhos" ou pior, com os dois! Essa é a dúvida da "A Adúltera De Porto Alegre"!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As Brasileiras" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.