As Brasileiras escrita por Felipe Chemim


Capítulo 15
A Caçadora De Santarém


Notas iniciais do capítulo

Fama ou o amor? Qual você escolheria?



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Brasil... Norte... Pará... Santarém. Pará é o segundo maior estado brasileiro e Santarém, o segundo município mais importante desse estado... Possue uma bela parte da Floresta Amazônica e tem uma fauna e flora tão incrível quanto a sua urbanização que abriga os 297.039 habitantes, que entre as variações abriga gregos e baianos... A área total de Santarém é de 22. 887, 080 Km², e nesse paraíso tem o Alter do Chão, que já foi considerada a praia de água doce mais bonita do mundo! Aliás, é por essa região que se encontra a nossa heroína de hoje,
A Caçadora De Santarém

(aparece uma moça loira, bonita, sentada num banco, do lado de uma igrejinha, lendo um livro de história e geografia sobre a Floresta Amazônica...)
Ah, essa é a nossa heroína de hoje... A calma e tranquila Mayra... Ou melhor, a arqueóloga Mayra...
Uma moça que viajou os quatro cantos do mundo atrás de peças históricas importantes e agora volta a sua querida terra: Santarém.
(Mayra olha para o lado e vê a amiga Monique saindo da igreja...)
Mayra(chamando-a): Monique!
(Monique é uma colega de trabalho de Mayra, mas não é arqueóloga, secretária... Ela vai até Mayra)
Mayra: Pensei que tinha sido sequestrada do hotel... O que tava fazendo na igreja?
Monique: Vendo se o padre era pedófilo...
(Mayra faz um cara estranha...)
Mayra: Pedófilo abusa de crianças, não de pessoas adultas...
Monique: Aé... Então foi por isso que ele não me respondeu, fez o sinal da cruz e me expulsou da igreja...
(Mayra faz uma careta e volta a ler o livro...)
Monique, como vocês podem perceber, não era o gênio do mundo...
Se ela gostasse de funk seria a Mulher Kinder Ovo: morena por fora, loira por dentro...
Monique(olhando o livro): O que você tá lendo?
Mayra: Um livro sobre a Amazônia... Quero relembrar antes de começar a busca...
Monique: Isso é bom...
Mayra: Eu não sei o que enfrentarei..
Monique: É verdade... Tem aqueles tynossauros né...
(Mayra a olha confusa e decide não falar nada...)
Mayra:Tô falando dos índios... A pedra é para estar na área deles...
Monique: Ai que ótimo... Eu tava pensando em comprar uns tecidos e colocar aquelas coisinhas na testa...
(Mayra a olha confusa de novo e levanta...)
Mayra: É Monique... Isso...
(as duas saem andando...)
(no quarto de hotel, as camas estavam com lençóis com estampas de onça e o quarto com papéis de parede com figuras de folhas...)
Monique(passando creme nos braços): O que estamos procurando mesmo?
Mayra: Uma pedra preciosa... Se chama “O Coração Da Amazônia”... É uma esmeralda linda... Tô caçando ela há anos...
Monique: Ai que bonito...
Mayra: É... Você vai morrer quando ver de perto... Isso iria fazer minha fama subir no mundo arqueológico...
Monique: Mas e aquela pedrinha azul? Já não é o bastante?
Mayra:”A Safira Dos Mares”? Aquilo não é nada comparado a essa...
Monique: Nossa...
(Monique se senta na cama e começa a passar creme na perna...)
Monique: Mas se os índios pedirem seu braço em troca da pedra, você daria à eles?
Mayra: Claro que não... Eles não são canibais! Por que iriam querer meu braço?
Monique: Sei lá... Cada um em sua mania...
Mayra: Vou descer... Te espero lá em baixo...
Monique: Tá...
E lá foram uma expedição com um arqueóloga experiente, a mulher Kinder Ovo e uns cinco acompanhantes que pareciam que estavam numa excursão escolar...
(os homens acompanhantes tiravam fotos de cada folha que viam...)
Mayra: Atenção... A gente vai se dividir na mata atrás dos índios... Vocês dois para lá... Vocês dois para o outro lado... Você e Monique vão naquela direção e eu sigo em frente...  
Monique(olhando para seu acompanhante): Oba...
Mayra: Se alguém vir um índio, imita um gato...
Monique: Por quê um gato?
Mayra: É só um sinal Monique!
(o grupo se separa...)
(Mayra segue reto, estudando cada árvore para ver se achava alguma pista dos índios...)
(ela olha para baixo e vê um sinal  na terra: uma marca de uma pata de algum animal, talvez uma onça...)
Mayra: Minha nossa...
(ela pega sua máquina pendurada no pescoço e tira uma foto do fato que a fascinou...)
(ela continua a andar, quase cai ao tropeçar num galho caído. Ela tropeça e se segura em outra árvore...)
Mayra: Ai...
(ela continua a andar com mais cuidado...)
(então ela ouve um uivo...)
Mayra: Um uivo... Pode ser um cachorro selvagem... Melhor eu tomar cuidado...
(ela continua andando, com o barulho de galhos se quebrando ao serem pisad
os por ela...) (ela anda mais um pouco e tropeça num pedra escondida por um monte de folhas...)
Mayra: Ai!
(ela cai, várias folhas voam para os lados...)
(Mayra se sente um pouco tonta...)
(ela tenta se levantar e fica de joelhos quando ouve um barulho que a deixa imóvel da cabeça ao pés: um chiado... Um chiado de cobra...)
(lentamente ela move a cabeça e vê que atrás dela está um cobra pendurada numa árvore...)
Mayra: Ah!
(Mayra se vira e cai para trás, encarando a cobra...)
(a cobra mexia lentamente a cabeça para os lados e sua língua balançava entrava e saia de sua boca, balançando no ar...)
Mayra(falando para si mesma): Mayra, não se movimente rapidamente...
(ela tenta sair, mas toda vez que se arrastava um pouco, a cobra esticava a cabeça, prestes a dar o bote...)
(Mayra começou a suar frio, era arqueóloga, mas não sabia muitos de cobras...)
Geralmente, uma mulher entra e pânico e roda a baiana quando vê uma cobra... No caso de Mayra, não foi diferente...
(a cobra começa a abrir a boca...)
E quando Mayra pensou que seria seu fim, a ajuda caiu do céu...
(a cobra avança para atacá-la, mas uma pedra do tamanho de um mão cai de cima bem na cabeça do animal, que cai morto no chão...)
(um homem desce de uma árvore...)
Pedro: Bem na mosca! Ah... Oi, sou o biólogo Pedro...
(Pedro ajuda Mayra a se levantar...)
Mayra: Eu sou a arqueóloga Mayra... E obrigado por aquilo...
Pedro: É... Geralmente eu não mataria uma cobra... Mas digamos que você era mais bonita que ela...
(Mayra dá um risadinha...)
Mayra: O que você tava fazendo em cima da árvore?
Pedro: É que estou estudando uma onça com a minha equipe, e tava tentando achá-la lá de cima...
Mayra: Ah tá...
Pedro: Bom, vou indo... Bem acampamento é logo ali... Se quiser passar depois...
Mayra: Ahn... Claro...
(Pedro sai e Mayra fica olhando ele, dando um suspiro...)
Foi logo ver um biólogo salvando a sua vida, que Mayra se derreteu toda e sentiu um calor num lugar peculiar...
No coração...
(então Mayra ouve um “MIAUUUUUUU”)
Mayra: O sinal! Então eles encontraram os...
Ela não pode nem terminar a frase porque chegaram os índios e baixaram o golpes de misericórdia nela...
(aparece um índio atrás dela e com um bastão, bate em sua cabeça, fazendo ela desmaiar...)
Eles estavam agindo como polícia, bate primeiro, depois pergunta...

*** (Mayra começa a acordar...)
(ela está amarrada numa espécie de pilar de madeira no centro de uma oca)
(um índio está com uma lança apontada para ela... A arma era um pedaço de madeira com uma pedra pontuda na ponta...)
Mayra: Calma! E-Eu...
Índio: O que quer de índios?
Mayra: Quero uma pedra preciosa...
Índio: Mim não saber que pedra preciosa é essa!
(nesse momento entrou o pajé, um cara gordo, com uma espécie de vestido de palha e penas de aves na cabeça...)
Pajé: Então encontramos a mocinha que ronda pela floresta...
Mayra: Por favor seu pajé... Me libera... Eu posso fazer alguma coisa para conseguir a pedra?!
Pajé: Que pedra?
Mayra: Uma verdinha que...
Pajé: Ah... Essa aqui?
(o pajé estende a mão e mostra uma pedra verde...)
Mayra: Essa mesma! O que eu posso fazer?
Pajé: Bom... Terá que fazer algumas coisinhas...
Mayra: Claro eu faço... Mas me solta e solte meus amigos...
Nesse momento, entra Monique, livre, leve e solta...
(Monique entra na oca, com o cabelo despenteado e se senta num toco de madeira ao lado de Mayra...)
Mayra: Como você saiu?
Monique: Fiz um estudo avançado com os índios da tribo... Eram sete, estudei com cada um para soltar eu e a expedição...
Mayra: Mas e eu?
Monique: Quando eu fui estudar o último para soltar você -a propósito com esse índio da lança- descobri que o índio queria ser índia...
(o índio olha para o pajé, nervoso...)
Monique:Daí não foi...
Mayra: Então, pode me soltar?
Pajé: Vai em frente...
(o índio corda as cordas com a lança)
(Mayra se levanta, esfregando os pulsos...)
Mayra: Vamos lá?
(pajé sai andando da oca e as duas os segue...)
(algumas índias e índios dançavam em volta de um galhos secos, talvez algum ritual...)
Mayra: Então, o que vou ter que fazer?
Pajé: Bem, primeiro, a tribo tá precisando de uns peixes... Então...
Mayra: Ah... Já entendi!
Pajé: Ele vai te ensinar...
(o índio da lança faz uma careta)
Índio: Eu?!
Pajé: É, você!
Ele prefiriria ensinar um dos exploradores...
(aparece Mayra com uma roupa indígena: uma espécie de “camiseta” de pano e um saia curtinha, até as coxas...)
Vamos combinar que Mayra ficou uma gracinha vestida de índio, mesmo que não colaborou com o fato dos cabelos tamparem sua comissão de frente e usar uma camisetinha...
Mas de enredo em termos carnavalescos, recebeu nota 10!!
(Mayra se agacha e olha o rio...)
Mayra: Como se faz?
Índio: Mim vai ensinar...
(o índio prepara sua lança e fica olhando o rio)
(Mayra faz um cara estranha para o índio)
(ele então abaixa a lança no rio e quando tira um peixe está cravado na ponta, se debatendo...)
Índio: Viu?
Mayra: Ahn... Claro...
Índio: Vez de Mayra...
(ele empurra a lança para Mayra, que se agacha, para tentar pegar um peixe...)
Mayra: Lá vai...
(ela vê um peixe passar e joga a lança, mas esquece de segurar, então a lança cai no rio e é levada pela correnteza...)
(Mayra levanta e olha nervosa para o índio, que estava irritado)
Mayra: Ahn... Você deve ter, não?
(o índio faz uma cara brava, suspira e dá outra lança para Mayra...)
Índio: Vê se Mayra não perder...
Mayra: Aham...
(aparece várias cenas: Mayra caindo no rio... Mayra rindo... Mayra perdendo a lança de novo... Mayra quase pegando um peixe... Mayra pegando uma bota... Mayra perdendo a lança de novo... O índio batendo a mão na cara... A lança de Mayra sendo roubada por um macaco... Os dois correndo atrás do macaco e finalmente Mayra pegando um peixe...)
(aparece Mayra voltando para tribo com o índio, carregando uma cesta cheia de peixes...)
(o pajé vai ao encontro deles...)
Pajé: Ah, então conseguiu?
Mayra: É... Ele me ajudou um pouco...
Pajé: Tudo bem... Já vai anoitecer... Amanhã você continua...
(aparece o sol do dia seguinte nascendo, Mayra acordando, indo junto com o índio fazer as outras coisas...)
(aparece várias cenas: Mayra pegando frutas... Mayra descascando -com dificuldade- uma árvore... Mayra mexendo com vários bichos... Mayra sentada numa árvore vendo o por-do-sol junto do índio... Mayra rindo, dando um tapa e derrubando o índio da árvore...)
(Mayra sai andando e esbarra com uma índia... Ou melhor: A índia. Ela era a filha do pajé...)
Mayra: Ai desculpa!
Mayra gelou porque pensou que a índia iria pegar uma lança e cravar em sua cabeça... Mas não...
Índia: Não, tudo bem...
(a índia era bonita, usava uma flor vermelha na cabeça e falava diferente dos outros índios... Carregava uma bacia com flores...)
Mayra: Ai que bonito... Para que é isso?
Índia: Enfeites e tintas...
Mayra: Ai que legal!
(ela começa a mexer com o dedo com cuidado, como se as flores fossem carnívoras...)
Mayra: Você podia me ensinar a fa...
(Monique passa e a puxa com o braço...)
Monique: Vem cá...
(Monique a puxa até a oca onde estavam acomodados...)
Mayra: Ai! O que foi?
Monique: Como foi lá?
Mayra: Ahn... Empolgante...
Monique: Me conta aí...
Mayra: Contar o que?
Monique: Esse seu ar apaixonada...
Mayra: Apaixonada? Eu?! Ha-ha-ha... Tô morrendo de rir...
Monique: Eu conheço você! E quando você se separou da gente... Eu ouvi uns gritinhos e...
Mayra: Ah é, né, falando lá na floresta... Por quê não me avisou dos índios?!
Monique: Mas eu avisei!
Mayra: Eu só ouvi UM miado e era dos outros rapazes!
Monique: Miado? Não era um uivo de cachorro?!
(Mayra abre a boca para gritar com Monique, quando o pajé a chama...)
Pajé: Mayra!
Mayra: Já vou!
(Mayra sai da oca...)
Mayra: Me chamou, pajé?
Pajé: Sim minha filha...
Mayra: E o que quer?
Pajé: Quero lhe informar sobre a sua última tarefa...
Mayra(animada): Ai que ótimo! E o que é?
Pajé: Bom... Nós ficamos sabendo que tem um pessoal aí na nossa área...
Mayra: E...?
Pajé: E eu quero que você vá caçar eles...
Mayra: Oi? Como assim caçar?
(o índio que acompanha Mayra chega perto do pajé e lhe diz algo no ouvido...)
Pajé: Ai que ótimo, eles estão aqui perto... Ele vai te levar ver para você caçá-los amanhã...
Mayra: O que? Mais eu... Eu não...
(ela engasga nas palavras e segue o índio pela mata escura...)
Mayra: Ai... Nessa escuridão eu vou cair... Não tinha nenhuma tocha não?
(o índio a ignora e sobe numa árvore alta...)
Mayra: HEY, aonde você tá indo?
(ela vê que mais à frente há cabanas e uma fogueira...)
(ela sobe junto na árvore para enxergar melhor...)
Índio: Ali... Aquele é o líder...
(ele aponta para um homem...)
(Mayra quase cai da árvore ao perceber quem é...)
Mayra: Pedro?!
*** (aparece Mayra na oca andando para lá e para cá, como uma barata tonta...)
(Monique está sentada num pedaço de um tronco, comendo uma maçã...)
Monique: Olha, se você me dizer o que está acontecendo, eu juro que tentaria ajudar...
Mayra(andando rapidamente de um lado para o outro): Não pode ser ele... Não pode ser ele... Não pode ser ele!
Monique: Ele quem?
Mayra: Eles vão matá-lo? Ai meu Deus do céu...
(Monique joga o resto da maçã no chão, levanta, agarra os ombros da amiga e a sacode...)
Monique: DÁ PARA FAZER SENTIDO?!
Tá, alguma coisa fazer sentido para Monique era difícil, mas Mayra tentou...
Mayra: Eu vou ter que caçar o meu amor...
Monique: Ir atrás de quem ama não é bom?
Mayra: Depende do jeito que você vai atrás...
Monique: E você vai...
Mayra: Eu vou caçar o homem por quem eu tô apaixonada...
(Monique se senta no tronco novamente e percebe o que estava acontecendo...)
Monique: Ah... Isso é mal...
Mayra: Isso é péssimo!
Monique: E o que você vai fazer?
Mayra: Apelar para a chantagem emocional...
Monique: Com o pajé?
Mayra: Não...
E lá foi Mayra falar com a pessoa que era a “ban ban ban” do pedaço... Que mandava mais que o pajé: a filha do pajé...
Mayra: Oi...
Índia: Ah... Oi! Entra...
(Mayra entra... A índia mexia em uma bacia cheia de colares feitos de pedras, flores, folhas e outras coisas...)
Índia: Quer alguma coisa?
Mayra: É... Quero...
Índia: Então diga...
Mayra: É sobre a minha caça...
Índia: Ah sim... Meu pai tá reunindo uns bons guerreiros para te ajudarem...
Mayra: Esse é o problema...
Índia: Como?
Mayra: Esse homem que eu vou caçar... Bem... É que eu o conheci antes de vir para cá e estou apaixonada por ele...
(a índia levanta o rosto assustada...)
Índia: Isso é bom...
Mayra: Não... Não é nada bom! Eu vou caçá-lo para essa tribo matá-lo em picadinhos e alimentarem jacarés!
Índia(se levantando): Como você sabe dos jacarés?
Mayra: Sou uma boa arqueóloga... E eu preciso dele e da pedra...
Índia: Ah, aquela pedra não vale nada...
Mayra: Olha, você não tá entendendo... Essa pedra vai me colocar no topo dos arqueólogos...
Índia: E o que você quer que eu faça?
Mayra: Que me ajude!
Índia: Não sei como...
Mayra: Eu preciso de um plano para salvá-lo e para conseguir a pedra...
Índia: Bom... Aí só enganado meu pai... Mas depois disso tem que correr...
Mayra: Eu vou pensar em alguma coisa...
(Mayra sai apressada. A índia faz uma careta e volta a mexer em seus colares...)
(Mayra anda furiosa pela aldeira, quando encontra com o pajé...)
Pajé: Oi querida... A propósito, a tropa toda está pronta... Só que quem vai comandar toda a operação? Isso mesmo! Você...
Mayra: Ai que ótimo... Vou lá me preparar então...
(ela tenta fugir, mas o pajé agarra seu braço)
Pajé: Já arrumamos tudo!
Mayra: Não, mas eu...
Pajé(puxando-a): Vem...
(o pajé leva Mayra até um grupo de índios cheios de lança e arcos-e-flechas...)
Aí Mayra descobriu que o pajé tava pensando que a captura seria uma missão espiã de nível gravíssimo e já foi cortando o barato...
Mayra: Pajé, eu não sei se é preciso tudo isso...
Pajé: Isso não é nada... Emprestei uns índios de outras tribos... Toma!
(ele joga uma lança para ela)
Pajé(empurrando-a): Vai e me traga aqueles intrusos!
Mayra: Eu não... Tá bem...
E lá foi Mayra, mais confusa que cachorro em dia de mudança, controlando a expedição de índios malucos pela floresta...
(aparece Mayra na frente, e atrás, um bando de índios, prontos a atacar a qualquer momento...)
(Mayra vê o grupo de Pedro...)
Mayra: Lá estão eles...
Índio: É para atacar?
Mayra(nem prestando atenção): Sim...
Índio: Vamos lá tribo!
(o índio vai avante com os outros)
Mayra: O que? Eu quis dizer não! Voltem aqui!
Tarde demais, o esquedrão indígena já atacou...
Pedro: Epa o que é isso?!
(os índios ameaçam com as lanças...)
Pedro: Hey, que são vocês! Ah! Parem com isso!
(outros índios chegam com cordas e começam a amarrá-los...)
(Mayra fica escondida atrás de um árvore, com medo de se mostrar para Pedro)
(à noite, na tribo, os índios trazem Pedro e os outros pesquisadores para o pajé... Eles estão com os braços nas costas e as mãos amarradas...)
Pajé: Vejam só...
Pedro: O que vocês querem da gente?
Pajé: Fica quieto... Parabéns Mayra, conseguiu!
Pedro: Mayra?
(Mayra aparece)
Mayra: Oi Pedro...
Pajé: Vocês se conhecem? Mas... Deixa para lá! Aqui está sua pedra garota...
(o pajé dá a pedra para Mayra)
Mayra(fascinada): O Coração Da Amazônia...
Pedro: Você trocou uma vida... A minha vida por uma pedra?!
(Mayra se ajoelha perto dele e o abraça...)
Mayra: Você tem que entender...
Pedro: Eu não quero entender nada! Me matem de uma vez!
Pajé: Já que tá pedindo...
(o pajé faz um sinal, fazendo os índios levantarem Pedro e o levarem até um caldeirão com água fervente...)
(Mayra corre desesperada para uma canoa, junto com Monique e sua equipe...)
Monique: Vamos?
Mayra: Não, espera um pouco...
(os índios vão jogar Pedro no caldeirão, quando ele se solta, empurra os índios, salta sobre o caldeirão, derrubando o líquido fervente nos índios... Pedro foge com sua equipe, que estava libertada...)
(Pedro e os outros chegam a canoa de Mayra...)
Pedro: Obrigado pela faca e por libertar os outros antes...
(aparece a cena onde Mayra o abraça e mostra que ela lhe passou uma faca, que ele utilizou para se soltar)
Mayra: Nada... Vambora antes que eles cheguem...
(a canoa dá partida pelo rio, com o pajé gritando ao fundo...)
Pajé: E nunca mais roube meus bichos!!!
Mayra: Do que ele está falando?
(um assistente de Pedro tira um pano de uma gaiola, revelando três aves: duas araras e um canário...)
Mayra: O que é isso?
Pedro: Espécies raras de aves... Estavam na tribo...
(Mayra sorri e olha o Coração Da Amazônia)
Mayra então percebeu que os dois deram um calote no pajé...
(no hotel...)
Mayra: Monique, corre falar com aquele cara... Entre o Coração Da Amazônia para ele...
Monique: Pode deixar...
(Mayra se senta na cama, junto com Pedro, ela levanta a cabeça para ele e o beija...)
(à noite, Pedro e Mayra estão deitados assistindo um filme na televisão, quando Monique chega desesperada...)
Mayra: Monique, o que aconteceu?
Monique: O pajé... Ele que deu um calote na gente...
Mayra: O que? Como assim?
Monique: Aquele Coração Da Floresta era falso... Estava até escrito “Made In China”...
Mayra(se levantando): Como é que é?!
Monique: Isso mesmo que você ouviu! Como você acha que aquele velho safado sustenta a tribo? Ele vendeu o verdadeiro a muito tempo...
Mayra(se sentando): Não acredito...
(aparece Mayra lembrando da índia filha do pajé falando que a pedra não valia nada...)
Pedro: Calma vem cá...
(Pedro a beija...)
Monique: E agora? Perdemos nosso tesouro...
(Mayra olha para Pedro)
Mayra: Bem... Eu achei o meu...
(eles se beijam e Monique sai do quarto...)
Mayra, mesmo vendo que a pedra era falsa, conseguiu ser feliz, com um tesouro bem maior que relíquias do tempo ou pedras preciosas: o amor.


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Notas finais do capítulo

Na próxima quinta:
Filhinha de papai e patricinha de carteirinha, Cris tem uma vida perfeita para ela: passar o dia na piscina, salão de beleza, entre muitos mimos que ela tem... Só que essa sua vidinha perfeita começa a desmoronar quando ela descobre que a empresa de seu pai está falindo. E a empresa de seu pai é a coisa que lhe dá dinheiro. Agora, sem descer do salto e esbanjando charme, Cris resolve rebolar e salvar a empresa de seu pai, só que acaba descobrindo que não é tão fácil assim... Com vocês,
"A Luxuosa Do Rio De Janeiro".



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