Demorou dois dias para chegarmos em São Francisco e durante a viagem, não havia acontecido nada demais. Mas ficar perto de Annabeth não estava me ajudando a me concentrar.

Desembarcamos e fomos a procura de um hotel não muito caro, onde poderíamos nos acomodar. Logo achamos um, porém não descansamos, fomos à procura de pistas.

– É melhor irmos procurar pelo monte.

– Ok.

Estávamos andando tranquilamente, focados na busca. Porém sentimos a presença de um monstro.

Era uma aranha enorme, mas era de bronze e as presas eram grandes. Poderia quase ser considerada um autômato. Annabeth congelou no lugar e Nico se pôs a postos.

Saquei Contracorrente e corri em direção ao monstro, atacando-o, mas minha espada parecia não ter feito algum.

Me afastei, mas o monstro continuava a avançando.

– Nico! Convoque os esqueletos para distrai-lo!

E Nico o fez, convocou os esqueletos e veio na minha direção.

– Annabeth entrou em choque.

– Droga.

Corri até ela e falei:

– Acorda! Você precisa luta, não seja inútil!

Ela piscou e se moveu lentamente.

– A-A-Aranha...

– ....

– Nico, leve ela daqui. - Falei, vendo os esqueletos perdendo para o monstro.

– Mas eu quero ajudar.

– Tenho um plano, mas tire Annabeth daqui porque ela só vai atrapalhar.

Meio contrariado e relutante, ele fez como eu pedi.

Subi no topo de uma árvore e peguei o arco e flecha que Ártemis me deu, tirei uma das flechas encantadas e apontei para o monstro. E logo atirei outra....e outra.... e outra flecha sucessivamente. Logo monstro já estava fraco.

Desci e me concentrei, senti o repuxo no estômago, uma enorme quantidade de água salgada vinha cada vez mais. Ordenei àquela água que esquentasse. O monstro debatia cada vez mais em sua prisão e logo uma leve fumaça saía da água. Finalmente, a água havia esquentado em um nível em que o bronze ia derretendo, até derreter totalmente e o que sobrava era uma poça negra e fétida.

Ordenei ao mar que voltasse a seu lugar de origem.

Vi Nico num canto com Annabeth, mesmo cansado, corri até lá.

– Foi divertido - disse sorrindo.

– Vamos voltar para o hotel e descansar, agora que sabemos que não nos querem aqui, tenho certeza de que estamos no caminho certo.

– Ela ainda não saiu do choque...

– Deuses! - reclamei, revirando os olhos.

Levantei a mão e lá se juntou um pouco de energia, levei a mão ao rosto de Annabeth e ela acordou, mas logo desmaiou.

Peguei-a no colo e disse para o Nico levar nossas coisas.

– Como fez isso?

– Aprendi com Apolo.

– Legal.

– É...

Chegamos no hotel e levamos Annabeth para o quarto e descemos para comer.

– Você ainda gosta dela, não é?

Olhei para ele bravo, ele devia saber que eu não gostava de falar isso.

P.O.V Nico 

Os olhos de Percy mudaram de cor bruscamente, aquilo estava me assustando.

A brisa ficou mais forte e sem perceber, eu estava do outro lado do restaurante.

Percy avançava lentamente e eu recuava cada vez mais para trás.

Ele chegou perto de mim e disse numa voz cortante:

– Nunca mais diga isso. Não importa quando, com quem for e as circunstâncias. Você me escutou?

E logo em seguida saiu correndo e sumiu do meu campo de visão.

É, estavam certos... O Percy deve ser o semideus mais poderoso de todos.